PARTE 2.
TEMA 4. Equilíbrio químico.
Quando uma reação química ocorre, após algum tempo, estabelece-se um estado de equilíbrio (equilíbrio químico). A palavra "equilíbrio" significa um estado no qual todas as forças opostas que atuam sobre o sistema estão balanceadas. Um corpo em equilíbrio estável possui a capacidade de retornar a esse estado após uma perturbação externa.
Por exemplo, se a velocidade da reação (constante de velocidade k1)
k1 A(g) + B(vapor) ⇌ AB(g)
for igual à velocidade da reação inversa (constante de velocidade k2)
k2 AB(g) ⇌ A(g) + B(vapor)
o sistema estará em equilíbrio dinâmico. Essas reações são chamadas de reversíveis, e suas equações são representadas com uma seta dupla:
k1 A(g) + B(vapor) ⇌ AB(g)
k2
As reações que ocorrem da esquerda para a direita são chamadas de diretas, enquanto as que ocorrem da direita para a esquerda são chamadas de inversas.
É importante destacar que o sistema reacional permanece em equilíbrio dinâmico apenas enquanto o sistema for isolado. Um sistema é isolado quando não troca nem matéria nem energia com o ambiente.
O estado de equilíbrio químico de processos reversíveis é quantitativamente caracterizado pela constante de equilíbrio. Para a reação reversível geral
k1aA + bB ⇌ cC + dD (1.2.1)
k2
a constante de equilíbrio K, que é a razão entre as constantes de velocidade das reações direta e inversa, é dada por (1.2.2),
onde Kc é a constante de velocidade da reação, dependente da concentração dos componentes reagentes; C i ou [i] é a concentração molar de equilíbrio do i-ésimo componente;
a, b, c, d são os coeficientes estequiométricos das substâncias.
No lado direito da equação (1.2.2) estão as concentrações das partículas interagentes, que se estabelecem no equilíbrio – as concentrações de equilíbrio.
A equação (1.2.2) representa a expressão matemática da Lei das Massas no equilíbrio químico. Para reações com gases, a constante de equilíbrio é expressa em termos das pressões parciais, e não das concentrações de equilíbrio. Nesse caso, a constante de equilíbrio é indicada por Kr.
Pi é a pressão parcial de equilíbrio do i-ésimo componente.
Ci é a concentração molar de equilíbrio dos componentes.
a, b, c, d são os coeficientes estequiométricos das substâncias.
O estado de equilíbrio químico, sob condições externas constantes, teoricamente pode ser mantido indefinidamente. Na realidade, no entanto, ao alterar a temperatura, pressão ou concentração dos reagentes, o equilíbrio pode "deslocar-se" para um lado ou outro do processo.
As mudanças no sistema, devido a perturbações externas, são determinadas pelo princípio do equilíbrio dinâmico – o princípio de Le Chatelier-Brown. Quando um fator externo age sobre o sistema de equilíbrio, o equilíbrio se desloca de maneira a reduzir o efeito desse fator.
-
Efeito da pressão no equilíbrio de uma reação química (para reações em fase gasosa).
aA + bB ⇌ cC + dD
-
se a reação ocorre com aumento no número de componentes (a + b < c + d), o aumento da pressão desloca o equilíbrio da reação para a esquerda.
-
se a reação ocorre com diminuição no número de componentes (a + b > c + d), o aumento da pressão desloca o equilíbrio para a direita.
-
se o número de componentes é igual (a + b = c + d), a mudança de pressão não afetará a posição do equilíbrio.
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Efeito de um gás inerte. A introdução de um gás inerte tem um efeito semelhante ao da diminuição da pressão (Ar, N2, vapor d'água). O gás inerte não participa da reação.
-
Efeito da mudança na concentração dos reagentes. Ao adicionar mais substância, o equilíbrio químico se desloca na direção onde a concentração da substância diminui.
-
Efeito da temperatura no equilíbrio químico da reação.
Se calor é adicionado a um sistema de equilíbrio, ocorrem mudanças no sistema para atenuar esse efeito, ou seja, processos endotérmicos. Em reações exotérmicas, a diminuição da temperatura desloca o equilíbrio para a direita, enquanto em reações endotérmicas, o aumento da temperatura desloca o equilíbrio para a esquerda.Dependência de Kr com a temperatura – equação de Van't Hoff.
(); ln(kT1) – ln(kT2) =
Exemplos de resolução de problemas -
A reação entre nitrogênio e hidrogênio é reversível e ocorre de acordo com a equação
N2 + 3H2 ⇌ 2NH3. No estado de equilíbrio, as concentrações das substâncias envolvidas são: [N2] = 0,01 mol/L, [H2] = 2,0 mol/L, [NH3] = 0,40 mol/L. Calcule a constante de equilíbrio e as concentrações iniciais de nitrogênio e hidrogênio.
Resolução:
Para a reação apresentada, substituindo os valores das concentrações de equilíbrio, obtemos = 2
De acordo com a equação da reação, de 1 mol de nitrogênio e 3 mol de hidrogênio obtemos 2 mol de amônia, portanto, para formar 0,4 mol de amônia, foram consumidos 0,2 mol de nitrogênio e 0,6 mol de hidrogênio. Assim, as concentrações iniciais serão [N2] = 0,01 mol/L + 0,2 mol/L = 0,21 mol/L,
[H2] = 2,0 mol/L + 0,6 mol/L = 2,6 mol/L.
Resposta: Kr = 2; C0(N2) = 0,21 mol/L e C0(H2) = 2,6 mol/L. -
Um mol de uma mistura de propileno com hidrogênio, com densidade em relação ao hidrogênio de 15, foi aquecido em um recipiente fechado com catalisador de platina a 320°C, resultando numa redução de pressão de 25%. Calcule o rendimento da reação em porcentagem em relação ao teórico. Quanto a pressão do recipiente diminui em porcentagem se, nas mesmas condições, usarmos 1 mol de uma mistura dos mesmos gases com densidade em relação ao hidrogênio de 16?
Resolução:
C3H6 + H2 ⇌ C3H8
-
Suponha que ν(C3H6) = x, ν(H2) = 1 - x, então a massa da mistura é igual a 42x + 2(1 - x) = 2 • 15 = 30,
daí x = 0,7 mol, ou seja, ν(C3H6) = 0,7 mol, ν(H2) = 0,3 mol.
A pressão diminuiu em 25% devido à redução de 25% no número de mols durante a reação. Suponha que y mols de H2 tenham reagido, então após a reação: ν(C3H6) = 0,7 - y, ν(H2) = 0,3 - y, ν(C3H8) = y,
νtotal = 0,75 = (0,7 - y) + (0,3 - y) + y, logo y = 0,25 mol.
Teoricamente, poderiam ser formados 0,3 mol de C3H8 (H2 está em excesso), portanto o rendimento é. A constante de equilíbrio nas condições dadas é -
Escolha a raiz do quadrático que satisfaça 0 < b < 0,25, ou seja, b = 0,214 mol
No segundo caso, suponha ν(C3H6) = a mol, ν(H2) = (1 - a) mol, então a massa da mistura é igual a 42a + 2(1 - a) = 2 • 16 = 32, daí a = 0,75, ou seja, ν(C3H6) = 0,75 mol, ν(H2) = 0,25 mol. Suponha que b mols de H2 tenham reagido. Esse número pode ser encontrado a partir da constância da constante de equilíbrio
O número total de mols após a reação será
νtotal = ((0,75 - 0,214) + (0,25 - 0,214) + 0,214) mol, ou seja, diminuiu 21,4% em relação ao número inicial de mols (1 mol). A pressão diminui proporcionalmente ao número de mols, portanto, ela também diminui em 21,4%.
Resposta: rendimento de C3H8 = 83,3%; pressão diminuirá 21,4%.
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