O modelo Emu2 utiliza uma abordagem unificada de pré-treinamento generativo para lidar com uma variedade de tarefas de geração visual, combinando texto, imagens e informações de localização de objetos em um formato multimodal integrado. Durante o treinamento, as amostras incluem essas diferentes fontes de dados dispostas em uma estrutura específica, com as coordenadas dos objetos representadas visualmente por caixas delimitadoras em uma imagem preta, indicando as localizações de elementos como pessoas ou animais. Emu2-Gen é projetado para integrar texto, imagens de objetos e suas respectivas localizações de maneira coesa, utilizando uma função de perda de regressão apenas para o embedding final da imagem.
Essa abordagem multimodal, em que texto e imagens são processados juntos, permite que o modelo compreenda melhor o contexto, adaptando-se rapidamente a diferentes tarefas. Durante o ajuste fino, a estrutura visual do modelo é congelada para evitar o colapso do modelo, e a robustez é aumentada por meio de variações aleatórias no fundo e cortes nas imagens de objetos, além da exclusão aleatória de tokens e informações de localização. O modelo é treinado com uma taxa de aprendizado que passa por uma fase de aquecimento nos primeiros passos e segue uma decaída cosseno até zero, ajustando-se a diferentes tipos de dados e contextos ao longo do processo de treinamento.
A configuração do treinamento envolveu uma grande quantidade de dados e uma arquitetura que inclui 37 bilhões de parâmetros, o que, apesar de menor em comparação com alguns modelos concorrentes, como o Flamingo-80B, tem mostrado desempenho superior em várias tarefas. Emu2 supera modelos de grande escala, especialmente em tarefas de aprendizado de contexto e em avaliação de zero-shot e few-shot, como nos benchmarks VQAv2, VizWiz e TextVQA, onde a quantidade de exemplos fornecidos impacta diretamente na performance do modelo. Esses resultados revelam a capacidade de Emu2 de aprender de forma eficiente e de realizar tarefas complexas com uma quantidade limitada de exemplos.
Em termos de tarefas práticas, Emu2 se destaca em gerar imagens e realizar classificações baseadas em exemplos simples, como a classificação e contagem de objetos em imagens com apenas alguns exemplos dados. Isso demonstra a habilidade do modelo em lidar com prompts visuais, como círculos vermelhos sobrepostos a imagens, mantendo uma alta taxa de precisão mesmo em cenários do mundo real.
Além disso, Emu2 tem mostrado um desempenho impressionante ao seguir instruções em tarefas acadêmicas de questionamento visual, como nas avaliações de datasets como VQAv2, OKVQA, e GQA, além de ter um desempenho robusto em conjuntos de dados de vídeo como MSVD e MSRVTT. Isso destaca a versatilidade do modelo, que é capaz de operar bem em múltiplos domínios, mesmo sem ser treinado especificamente para cada tipo de tarefa. A capacidade do modelo de lidar com questões visuais e de gerar respostas adequadas, mesmo em cenários de video-percepção, mostra sua robustez em comparação com outros modelos que se especializam em um único tipo de dado.
Outro ponto significativo de avaliação do Emu2 é sua capacidade de compreensão de expressões referenciais em tarefas de expressão de referência, como no RefCOCO, RefCOCO+ e RefCOCOg. Nesses benchmarks, Emu2 supera outros modelos, atingindo resultados notáveis, especialmente em tarefas mais complexas de interpretação de referências dentro de imagens, evidenciando um forte desempenho em compreensão visual contextual.
Além das capacidades de entendimento e resposta, Emu2 também se destaca na geração visual controlada, oferecendo uma performance superior em tarefas de reconstrução de imagens e geração com base em texto, localização e imagens. A combinação do encoder e decoder visual do Emu2 permite uma manipulação eficiente de imagens, seja na estilização, composição de múltiplos objetos ou mesmo edição baseada em texto, mantendo uma qualidade visual excelente.
O que realmente distingue Emu2 de outros modelos é sua capacidade de integrar informações de diferentes modalidades e gerar resultados de alta qualidade em um formato que não depende de grandes quantidades de dados ou treinamento específico para cada tipo de tarefa. Isso coloca Emu2 como uma solução poderosa para diversos problemas em que a interpretação e a geração multimodal de dados são necessárias, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento de modelos de IA mais adaptáveis e eficazes em diferentes cenários do mundo real.
Além disso, é crucial entender que a robustez do modelo não está apenas no treinamento com grandes volumes de dados, mas também na maneira como ele lida com diferentes tipos de entradas, como variações de fundo ou ruído nos dados. A flexibilidade do Emu2 em aprender com poucos exemplos e sua capacidade de generalizar de maneira eficaz são pontos chave que devem ser compreendidos para aproveitar ao máximo seu potencial em tarefas práticas. Isso faz com que Emu2 seja uma ferramenta valiosa não apenas para ambientes controlados, mas também para situações dinâmicas e de difícil previsão, onde a IA precisa se adaptar rapidamente a novas informações.
Como aprimorar a generalização zero-shot de modelos de visão e linguagem com ajuste dinâmico de prompts no tempo de teste?
A adaptação de modelos fundacionais para tarefas específicas sem a necessidade de dados rotulados é um dos maiores desafios na aplicação prática da inteligência artificial. A técnica tradicional de uso de prompts manuais — frases ou comandos cuidadosamente elaborados para guiar o modelo — depende fortemente de heurísticas específicas ao domínio, o que limita sua eficácia e escalabilidade. A evolução natural desse conceito deu origem ao ajuste de prompts via aprendizado supervisionado, onde o prompt é aprendido diretamente a partir de dados anotados para uma tarefa específica, como no método CoOp aplicado ao CLIP. Essa abordagem possibilita otimizar o prompt e melhorar o desempenho em tarefas conhecidas, mas tem limitações evidentes: a necessidade de dados anotados, a falta de generalização para distribuições fora do domínio treinado, e a restrição ao conjunto específico de tarefas observadas.
Para superar esses obstáculos, introduz-se o ajuste de prompt no tempo de teste (Test-Time Prompt Tuning, TPT), que ajusta o prompt dinamicamente para cada amostra individual sem usar dados adicionais ou anotações. Essa estratégia torna possível a adaptação instantânea e específica a cada tarefa e amostra, mantendo a característica zero-shot do processo. O TPT se baseia em gerar múltiplas versões aumentadas da amostra de teste, otimizando o prompt para maximizar a consistência das previsões do modelo entre essas versões. A regularização da entropia marginal é usada como função de perda para incentivar previsões mais confiáveis e consistentes.
Um elemento crítico do TPT é o módulo de seleção de confiança, que filtra as versões aumentadas com baixa confiança, aquelas cuja previsão apresenta alta entropia, evitando assim que ruídos ou distorções nas imagens aumentadas comprometam o ajuste do prompt. Esse cuidado é fundamental para garantir que a adaptação não degrade o desempenho do modelo, mantendo a robustez diante das variações naturais dos dados.
A aplicação prática do TPT foi estudada em dois contextos principais: classificação de imagens e raciocínio visual dependente do contexto. No primeiro, uma amostra isolada é utilizada para ajustar o prompt e obter previsões mais coerentes, enquanto no segundo, conjuntos de suporte exemplificando a presença e ausência de um conceito visual são usados para guiar a adaptação do prompt, permitindo que o modelo infira a presença do conceito na imagem consulta, mesmo sem treinamento adicional.
Essa abordagem representa uma forma inovadora de transferir o conhecimento pré-treinado de modelos contrastivos de visão e linguagem, como o CLIP, para uma variedade de tarefas e distribuições desconhecidas, sem a necessidade de re-treinamento ou de coleta massiva de dados anotados. Ela explora a propriedade desejável de modelos robustos de ter fronteiras de decisão situadas em regiões de baixa densidade de dados, alinhando-se com técnicas de regularização por consistência que buscam invariância às pequenas perturbações de entrada.
Além do método em si, é importante compreender que a generalização sob mudança de distribuição é um problema intrínseco da aprendizagem de máquina em ambientes reais. Modelos robustos devem ser capazes de lidar com variações naturais, conceitos novos e ruídos, características comuns em aplicações práticas. A capacidade do TPT de adaptar o prompt em tempo real a uma única amostra de teste representa um avanço significativo na construção de modelos genéricos e confiáveis, pois elimina a dependência de dados específicos para cada tarefa, ampliando o alcance e a utilidade dos modelos fundacionais.
Outro ponto relevante é a distinção entre aprendizado com e sem supervisão. Métodos anteriores de ajuste de prompt não supervisionados ainda dependem de múltiplas amostras de treino ou teste para funcionar, enquanto o TPT atua de maneira completamente on-line, apenas com o exemplo atual. Isso torna o método particularmente atraente para cenários onde os dados anotados são escassos ou inexistentes, reforçando sua aplicabilidade em contextos de zero-shot.
O entendimento da natureza dos prompts como parte diferenciável do modelo, que pode ser otimizado em relação à função de perda, é fundamental para apreender a elegância do TPT. Essa visão transforma o prompt de um elemento estático e manual para um parâmetro dinâmico, adaptativo e diretamente treinável, o que amplia as possibilidades de customização e desempenho do modelo em tarefas diversas.
Além disso, é crucial reconhecer as limitações e desafios que acompanham essa abordagem. A adaptação baseada em uma única amostra pode ser sensível a ruídos e particularidades daquela instância, exigindo mecanismos como a seleção de confiança para evitar decisões precipitadas. A escolha das transformações aumentativas para gerar versões da amostra deve ser cuidadosa para preservar a informação relevante e não induzir viéses indesejados. A generalização do método para tarefas além das estudadas, como raciocínio mais complexo ou multi-modalidades além da visão e linguagem, também demanda investigações futuras.
A compreensão profunda desses aspectos, combinada com o domínio das técnicas matemáticas envolvidas na otimização da entropia marginal e no tratamento das incertezas, permite que o leitor apreenda não só o funcionamento do TPT, mas também seu papel no avanço da inteligência artificial generalista.
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