As baterias de metal líquido (LMBs) formam um complexo eletroquímico interessante, no qual íons viajam através do eletrólito de sal fundido e se reduzem no cátodo. Simultaneamente, um corrente elétrica é gerada quando os elétrons se movem por meio de um circuito externo. Durante o processo de carga, o ciclo é invertido, com os íons metálicos retornando ao ânodo à medida que a liga se decompõe. Para garantir um funcionamento otimizado, as LMBs mantêm todos os seus componentes em estado líquido, operando a temperaturas superiores a 300 °C. A energia térmica necessária é frequentemente mantida durante o ciclo por meio de processos exotérmicos. Esse conceito simples de design e a eficiência resultante das camadas imiscíveis diminuem a chance de contaminação cruzada, sendo que a auto-segregação natural assegura um funcionamento constante e confiável, sem a necessidade de separadores.
A eficácia das LMBs é regida pelos princípios da eletroquímica e da termodinâmica. Em termos termodinâmicos, a voltagem de uma LMB é determinada pela energia livre de Gibbs (ΔG) da reação da célula, representada pela equação ΔG = −nFE, onde n é a quantidade de elétrons transportados, F é a constante de Faraday e E é a voltagem da célula. A redução da energia de ativação para a difusão iônica e a melhoria das cinéticas das reações eletroquímicas são significativamente aprimoradas em temperaturas elevadas. Para minimizar perdas parasitas e maximizar a eficiência do sistema, é fundamental controlar cuidadosamente a quantidade de energia térmica necessária para manter as temperaturas específicas.
Outro ponto crucial é que a funcionalidade das LMBs depende profundamente dos princípios eletroquímicos. A tensão em circuito aberto (OCV) da bateria é determinada pela diferença de potencial químico entre os materiais do ânodo e do cátodo. O eletrólito de sal fundido oferece pouca resistência ao transporte de íons devido à sua alta condutividade iônica. A condição líquida dos eletrodos melhora as cinéticas das reações, o que, por sua vez, reduz as sobrepotenciais e permite um desempenho superior. A estabilidade e a resistência à corrosão são, sem dúvida, dois dos aspectos mais importantes no design e operação das LMBs. Os materiais para os eletrodos, tanto do ânodo quanto do cátodo, devem ter baixa solubilidade no eletrólito para evitar misturas indesejadas, e os materiais para o invólucro da bateria devem ser resistentes à corrosão para garantir a estabilidade e longevidade do sistema.
Comparadas às baterias de estado sólido tradicionais, as LMBs apresentam várias diferenças significativas, em grande parte devido às interfaces de metal líquido que as fazem funcionar. Como os eletrodos estão no estado líquido, quaisquer falhas estruturais ou defeitos podem ser reparados espontaneamente durante o uso, o que representa uma grande vantagem. O crescimento de dendritos, que é uma preocupação típica em sistemas de estado sólido, é amplamente eliminado. A ausência de interfaces sólido-sólido e a alta condutividade iônica do eletrólito de sal fundido também conferem às LMBs uma alta densidade de potência, devido à baixa resistência interna. A melhoria na transferência de massa, a redução das restrições de difusão e os ciclos rápidos de carga e descarga são resultados das dinâmicas de fluidos nas interfaces líquidas.
A longevidade e a ciclabilidade das LMBs são outros benefícios importantes. Devido à ausência de estresse mecânico, os eletrodos líquidos apresentam baixo desgaste ao longo do tempo, resultando em uma vida útil mais longa. Resultados experimentais mostram desempenho consistente por milhares de ciclos, com quase nenhuma perda de capacidade. Além disso, devido ao seu design simples, à abundância de materiais baratos e à excelente escalabilidade, as LMBs são uma opção econômica. A escalabilidade em diferentes tamanhos de bateria é facilitada pela sua simplicidade, o que as torna ideais para o armazenamento de energia em larga escala. Outro benefício intrínseco das LMBs é o gerenciamento térmico, uma vez que, dependendo da faixa de temperatura de operação, o calor gerado durante o ciclo muitas vezes pode manter o material em estado fundido sem a necessidade de aquecimento adicional de fontes externas.
Do ponto de vista ambiental, as LMBs oferecem uma opção sustentável devido à sua reciclabilidade e ao uso de metais abundantes na Terra, minimizando a dependência de componentes raros e caros. Os sistemas de armazenamento de energia sustentável se beneficiariam enormemente dessa característica, o que aumenta a atratividade das LMBs para aplicações em larga escala.
Além da simplicidade, eficácia e baixo impacto ambiental, as LMBs apresentam uma grande promessa para aplicações em larga escala. Sua construção em três camadas, que é regida pelas leis fundamentais da termodinâmica e da eletroquímica, garante seu funcionamento confiável e eficiente. Com suas capacidades de autocura, alta densidade de potência e foco ambiental, as LMBs são uma tecnologia essencial para o avanço dos sistemas de energia renovável. Para atender à crescente demanda das redes de energia modernas, espera-se que os pesquisadores se concentrem no aprimoramento do gerenciamento térmico, no aumento da capacidade de fabricação e na otimização dos materiais.
A escolha dos materiais para os eletrodos das LMBs também depende de várias condições termodinâmicas e eletroquímicas. Para os eletrodos negativos, são preferidos metais mais eletropositivos, como o lítio, potássio e cálcio, enquanto os eletrodos positivos devem ser feitos de metais mais eletronegativos, como o bismuto e o antimônio. Isso se reflete na química e nos processos de deposição que ocorrem durante o ciclo de carga e descarga da bateria. O ponto de fusão dos materiais é outro fator determinante para o design da LMB, uma vez que as baterias operam em faixas de temperatura específicas. O estudo das mudanças de fase de ligas metálicas é crucial, pois essas variações influenciam diretamente no desempenho e na estabilidade da bateria.
A pesquisa em andamento sobre esses materiais e seus comportamentos térmicos, juntamente com a exploração de sistemas eutéticos, trará inovações contínuas no design e na operação das LMBs, ampliando seu potencial para aplicações de armazenamento de energia renovável em larga escala.
Quais são os Desafios e as Perspectivas Futuras das Baterias de Metal Líquido à Base de Sódio?
As baterias de metal líquido (LMBs, do inglês "Liquid Metal Batteries") têm se destacado nas últimas décadas como uma tecnologia promissora para o armazenamento de energia em larga escala, sendo uma possível solução para desafios associados a sistemas de energia renovável e à necessidade crescente de soluções mais eficientes de armazenamento. Dentre as diversas opções de LMBs, as baterias à base de sódio (Na-LMBs) se apresentam como uma alternativa interessante devido às suas propriedades únicas e ao potencial de custo-benefício, especialmente quando comparadas às tradicionais baterias de lítio.
A operação das baterias de metal líquido baseadas em sódio segue o princípio de separação de fases, onde o sódio líquido atua como um dos eletrodos, enquanto o outro é composto por um material sólido ou líquido que interage com o sódio. A vantagem primordial dessas baterias é a abundância do sódio, um metal que é significativamente mais acessível e econômico que o lítio, o que poderia representar um avanço crucial no mercado de baterias de grande capacidade.
Do ponto de vista técnico, as baterias de metal líquido à base de sódio funcionam de maneira relativamente simples, mas eficaz. Durante o processo de carga, o sódio metálico é depositado no cátodo, enquanto a energia é armazenada no ânodo. Esse processo reversível torna a bateria altamente eficiente, desde que a temperatura e a integridade dos materiais utilizados sejam cuidadosamente controladas.
Porém, como qualquer nova tecnologia, as LMBs de sódio enfrentam desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a necessidade de operar a temperaturas elevadas para garantir a fluidez do sódio metálico. Essa condição exige materiais especiais para a construção das células e sistemas de refrigeração eficazes para evitar danos térmicos e melhorar a durabilidade da bateria.
Além disso, embora o sódio seja abundante, seu comportamento electroquímico em baterias de metal líquido é complexo. A interação entre o sódio e o material do cátodo pode resultar em reações indesejadas que reduzem a eficiência da bateria ao longo do tempo. Portanto, uma das áreas mais exploradas é a pesquisa de novos compostos e configurações que possam minimizar esses efeitos, garantindo um ciclo de vida mais longo e um desempenho mais estável.
Outro desafio significativo está na corrosão e nas questões de selagem das baterias, que precisam ser projetadas para suportar os ambientes de alta temperatura sem comprometer a segurança ou a performance. O desenvolvimento de materiais resistentes à corrosão e sistemas de vedação eficientes é, portanto, uma prioridade em muitos estudos sobre as LMBs.
Em termos de perspectivas futuras, o avanço das LMBs à base de sódio pode estar ligado ao desenvolvimento de novos materiais para os eletrodos e ao aprimoramento das técnicas de fabricação. A pesquisa está cada vez mais voltada para a otimização da performance a temperaturas mais baixas, o que ampliaria a aplicabilidade dessas baterias para uso em diversas áreas, incluindo o armazenamento de energia renovável e a alimentação de sistemas elétricos de grande escala.
Além disso, é importante observar que, apesar de seus avanços, as baterias de metal líquido à base de sódio ainda não estão prontas para substituír completamente outras tecnologias mais estabelecidas, como as de lítio. O desempenho em termos de capacidade e durabilidade, quando comparado com as baterias de lítio, ainda deixa a desejar em alguns aspectos. No entanto, com o constante aumento da demanda por soluções de armazenamento energético acessíveis e com maior capacidade, as LMBs de sódio continuam sendo uma das principais candidatas para atender a essas necessidades no futuro.
Por fim, um aspecto importante a ser considerado é a eficiência energética das LMBs à base de sódio. Embora a tecnologia tenha grande potencial de armazenamento, a eficiência com que a energia é armazenada e liberada precisa ser aprimorada para tornar as baterias mais competitivas no mercado. Pesquisas continuam focadas na redução das perdas de energia e na melhoria da capacidade de armazenar grandes quantidades de energia de maneira eficiente.
Quais os desafios e as perspectivas para a tecnologia das baterias de metal líquido?
Nos últimos anos, grandes avanços foram realizados na química das baterias e na modelagem multiphísica, oferecendo uma compreensão mais profunda das dificuldades superadas na criação das baterias de metal líquido (LMBs). Entre os principais benefícios dos modelos de baterias de metal líquido de alta temperatura (HT-LMBs) estão a operação sem dendritos, a facilidade de fabricação das células, a recuperação eficaz de materiais e a dependência de materiais abundantes na Terra. Essas características são viáveis graças ao uso de eletrólitos de sal fundido e eletrodos de metal líquido. No entanto, para aumentar sua eficiência, é necessário reduzir as temperaturas operacionais dessas baterias, sem comprometer o design de três camadas líquidas. Novos métodos e químicas de baterias alternativas têm o potencial de realizar essa redução de temperatura.
Para acelerar o uso comercial das HT-LMBs, é crucial que a modelagem multiphísica continue a avançar, permitindo que as estratégias de design e operação em larga escala sejam refinadas. Um dos principais obstáculos para a utilização generalizada das MT-LMBs e RT-LMBs é a questão da interface entre os eletrodos líquidos e os eletrólitos sólidos, o que dificulta alcançar altas densidades energéticas de forma consistente. Um desafio fundamental na criação de LMBs de alto desempenho é desenvolver eletrólitos sólidos com altos números de transferência e boa condutividade iônica. A eficiência total e a vida útil das baterias são influenciadas por diversos fatores, como o layout das células e os processos de teste, além da própria química da bateria.
A relação intrincada entre os processos eletroquímicos e termofísicos pode ser melhor entendida e otimizada para uso prático por meio de avanços na modelagem multiphísica. É essencial compreender com mais profundidade a dinâmica dos fluidos, a eletroquímica e o calor para impulsionar os avanços das LMBs no futuro. Para otimizar o design dos eletrodos e as composições dos eletrólitos, é indispensável o uso de modelos computacionais avançados que considerem a distribuição do potencial elétrico, o fluxo eletrovórtice, a convecção térmica e o transporte de massa.
A evolução da tecnologia das LMBs dependerá da melhoria das habilidades de modelagem, as quais ajudarão a aprimorar as eficiências de carga-descarga e reduzir o impacto dos fenômenos de auto-descarregamento. Futuras pesquisas devem investigar novas químicas com maior estabilidade eletroquímica, alta densidade energética e temperaturas operacionais mais baixas, com o objetivo de melhorar o desempenho e a praticidade. Um passo importante na busca pela implementação realista das LMBs além das aplicações de armazenamento em rede é o desenvolvimento das RT-LMBs e MT-LMBs usando ligas fusíveis como sistemas baseados em Ga ou Na-K. O avanço nas técnicas de engenharia de ligas também será crucial para reduzir os pontos de fusão, aumentar a molhabilidade e garantir a compatibilidade dos materiais com os eletrólitos sólidos e líquidos.
Além disso, melhorias no desempenho, na vida útil e na segurança das baterias podem ser alcançadas com a exploração de diferentes eletrodos líquidos e composições inovadoras de sal fundido. Devido à sua longa vida útil, materiais baratos e características ecológicas, as LMBs têm o potencial de transformar o armazenamento de energia em escala de rede. Diferente das baterias de íons de lítio (LiBs), as LMBs não dependem de recursos raros e caros, mas sim de materiais abundantes na Terra e recicláveis. Com o uso de materiais de eletrodo otimizados e eletrólitos baratos à base de sal fundido, as LMBs podem ser produzidas em larga escala a um custo acessível, abrindo portas para a integração de energias renováveis em grande escala.
Essas baterias se destacam especialmente em aplicações que requerem armazenamento de longo prazo, devido às suas características de auto-cura e resistência ao desenvolvimento de dendritos, o que melhora a segurança e a confiabilidade. Ao longo dos últimos dez anos, importantes avanços foram feitos na criação de diversos tipos de LMBs, incluindo as HT-LMBs, que aumentam a densidade energética otimizando os eletrólitos de sal fundido e utilizando estratégias de liga, as MT-LMBs, que reduzem as temperaturas operacionais ao integrar eletrólitos sólidos e novos materiais para eletrodos, e as RT-LMBs, que permitem operação em temperatura ambiente ao usar sistemas de metal líquido baseados em Na-K e Ga. Esses avanços destacam o potencial das LMBs para atender à crescente demanda por sistemas de armazenamento de energia sustentáveis, acessíveis e eficientes.
Desenvolvimentos futuros na escolha dos materiais, engenharia de interfaces e técnicas de fabricação escaláveis serão essenciais para a comercialização das LMBs. Para que a aceitação dessas baterias seja generalizada, é crucial resolver questões como estabilidade dos eletrólitos, resistência à corrosão e otimização de custos. As LMBs podem oferecer novas possibilidades para a mobilidade elétrica, integração com redes inteligentes e armazenamento estacionário de energia, graças ao desenvolvimento de condutores rápidos de íons e sistemas híbridos de eletrólitos. À medida que os estudos avançam, as LMBs têm o potencial de impactar de forma significativa a transição para um sistema energético futuro que seja tanto mais sustentável quanto mais robusto.
Como as Baterias de Metal Líquido Podem Transformar o Armazenamento de Energia em Escala de Rede?
As baterias de metal líquido (LMBs) são vistas como uma solução inovadora para os desafios do armazenamento de energia em larga escala, especialmente quando se trata de integrar fontes renováveis à rede elétrica. Graças à sua alta capacidade de armazenamento e eficiência, as LMBs permitem uma melhor integração das energias renováveis, como solar e eólica, na rede elétrica. Além disso, ao oferecer uma alternativa viável ao armazenamento de energia, as LMBs têm o potencial de eliminar a necessidade de novas construções de sistemas de produção, transmissão e distribuição de energia, o que pode resultar em uma rede elétrica mais confiável, especialmente em face da obsolescência dos sistemas tradicionais de fornecimento de energia.
O custo estimado por unidade de energia armazenada é bastante competitivo, desde que as células de grande porte sejam construídas com materiais ativos acessíveis e amplamente disponíveis. Com o crescente papel da energia solar e eólica na matriz energética global, o armazenamento de energia em larga escala se torna um componente essencial para garantir a viabilidade e a estabilidade de um sistema energético eficiente. As principais exigências para o sucesso de qualquer tecnologia de armazenamento de energia são a mínima perda de capacidade ao longo do tempo e um alto número de ciclos de carga e descarga, mantendo o custo baixo por unidade de energia armazenada.
O funcionamento das baterias de metal líquido é baseado na utilização de uma estrutura ativa totalmente líquida, o que traz vários benefícios. A estratificação estável da bateria, quando as densidades são corretamente ajustadas, permite a auto-organização da célula. Isso contribui para a velocidade do processo de carga e descarga, além de permitir alta capacidade em taxas elevadas. Como as baterias de metal líquido não possuem eletrodos estruturados, a durabilidade da célula é praticamente ilimitada, uma vez que ela é imune ao envelhecimento. Além disso, o fato de todos os componentes das baterias serem líquidos implica que a mecânica dos fluidos desempenha um papel crucial no desenvolvimento e operação dessa tecnologia.
A pesquisa sobre a mecânica dos fluidos em LMBs está se aprofundando a cada ano. Fenômenos como a instabilidade de Tayler, o fluxo eletrovórtice, o fluxo de Marangoni e as instabilidades de interface têm sido amplamente estudados e são cruciais para o avanço dessa tecnologia. Conectar esses fenômenos com o trabalho já realizado pode fornecer aos pesquisadores e engenheiros novas perspectivas para melhorar o design e o funcionamento das LMBs. Em particular, o estudo da interação entre os diferentes materiais, escalas de comprimento e densidades de corrente pode resultar em inovações que aprimorem o desempenho e a eficiência das células.
As LMBs têm uma história fascinante, começando com os experimentos de cientistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial, que desenvolveram baterias usando uma mistura de sais como eletrólitos, inicialmente para bombas e foguetes. O desenvolvimento posterior das baterias de sal fundido nos anos 60, com a introdução do sódio como eletrodo negativo devido ao seu baixo ponto de fusão e baixo custo, estabeleceu as bases para o avanço das tecnologias de baterias de metal líquido. Nos últimos anos, os esforços de pesquisa se concentraram na próxima geração de baterias de metal líquido, com inovações em materiais como magnésio-antimônio (Mg-Sb) e chumbo-antimônio (Pb-Sb).
Uma célula típica de LMB consiste em dois eletrodos de metal líquido, separados por uma camada de eletrólito de sal fundido. Durante o processo de descarga, a célula gera uma tensão entre os dois eletrodos, extraindo elétrons do eletrodo líquido e fornecendo energia ao circuito externo. Esses elétrons retornam ao eletrodo durante a recarga, com a remoção dos íons de sal fundido e sua deposição na camada superior do eletrodo. O processo eletroquímico de redução e oxidação, que ocorre quando os íons metálicos passam pela camada de eletrólito de sal fundido, é essencial para o funcionamento da célula.
O desempenho das LMBs depende da escolha dos materiais para os eletrodos negativos e positivos, bem como das propriedades do eletrólito de sal fundido. As características ideais para os eletrólitos incluem alta condutividade iônica, baixa solubilidade metálica, baixo ponto de fusão e densidade adequada para manter a separação das três camadas líquidas, além da ausência de reações laterais dentro da faixa de operação de temperatura e tensão. Para os eletrodos líquidos, espera-se que atendam a critérios como alta condutividade elétrica e estabilidade isotópica.
O desenvolvimento de eletrólitos adequados tem sido um longo processo de pesquisa, com avanços importantes em dois tipos principais de eletrólitos: os eletrólitos de sal fundido e os líquidos iônicos. Ambos desempenham um papel vital na operação das baterias de metal líquido, que são sistemas físicos híbridos altamente complexos. As LMBs não apenas representam uma nova forma de armazenar energia, mas também oferecem a possibilidade de criar sistemas de armazenamento de energia de alta capacidade e longa durabilidade, essenciais para o crescimento da indústria pesada e o armazenamento de energias renováveis em larga escala.
As possibilidades de inovação nas baterias de metal líquido são vastas, e a compreensão dos fenômenos envolvidos é crucial para o avanço dessa tecnologia. A pesquisa atual precisa continuar a explorar novos materiais, configurações de design e métodos de fabricação que possam melhorar ainda mais a eficiência e a viabilidade econômica dessas baterias, tornando-as uma solução realista para o armazenamento de energia em escala global.
Quais os Desafios e Perspectivas para as Baterias de Metal Líquido de Lítio (Li-LMB)?
As baterias de metal líquido de lítio (Li-LMB) emergem como uma solução inovadora e promissora para o armazenamento de energia, especialmente em contextos industriais de alta demanda e em sistemas de redes inteligentes. Sua alta densidade energética, durabilidade e capacidade de resposta rápida as tornam indispensáveis em indústrias como manufatura, mineração e transporte, onde a demanda por energia é constante e de alta intensidade. A habilidade de suportar ciclos de descarga profunda sem perdas significativas de capacidade assegura seu desempenho confiável em condições extremas, o que as torna essenciais para operações críticas. Além disso, as Li-LMB são ideais para integrar fontes de energia renováveis nos sistemas industriais, promovendo sustentabilidade ao mesmo tempo que atendem às rigorosas exigências das indústrias modernas.
Porém, para que o uso destas baterias seja ampliado em larga escala, como nas redes de distribuição de energia, há desafios técnicos consideráveis a serem superados. Um dos principais obstáculos está relacionado à estabilidade dos materiais. O lítio, devido à sua alta reatividade, é suscetível a reações indesejadas com os eletrólitos e outros componentes da célula. Tais reações podem formar camadas interfaciais que dificultam a condução iônica, comprometendo o desempenho e a vida útil da bateria. O desenvolvimento de materiais mais estáveis, capazes de suportar as condições eletroquímicas agressivas dentro da célula, é uma das prioridades de pesquisa.
Outro desafio importante é a escalabilidade e a redução de custos. A produção de baterias Li-LMB em grande escala deve ser otimizada para garantir um custo viável sem sacrificar a qualidade ou a eficiência. O processo de fabricação deve ser ajustado para reduzir custos, o que inclui a produção de lítio de alta pureza e a escolha de materiais de cátodo mais acessíveis. O design da arquitetura da bateria também precisa ser ajustado para permitir a fácil escalabilidade, garantindo uma distribuição uniforme de temperatura e minimizando os riscos de falhas térmicas, como o runaway térmico.
Além disso, é fundamental considerar os impactos ambientais e econômicos dessa tecnologia. O processo de extração e processamento de lítio, por exemplo, pode ter consequências ambientais significativas. Portanto, práticas de mineração sustentáveis e o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem para minimizar a pegada ecológica dessas baterias são essenciais. Apesar dessas preocupações, o fato de as Li-LMB possuírem uma vida útil longa pode ser visto como uma vantagem ambiental, já que geram menos resíduos em comparação com outras tecnologias de armazenamento de energia.
Em relação ao impacto econômico, a adoção em massa das baterias Li-LMB pode revolucionar o mercado de armazenamento de energia. Sua escalabilidade e capacidade de fornecer energia de forma eficiente em grandes quantidades podem fazer com que se tornem um dos pilares para sistemas de energia renovável, facilitando a integração de fontes como solar e eólica nas redes elétricas.
Outro aspecto relevante é a aplicação em redes elétricas inteligentes, que estão ganhando cada vez mais importância na gestão eficiente da energia. À medida que a demanda por soluções de armazenamento cresce, as Li-LMB apresentam-se como uma solução promissora, pois possuem a capacidade de responder rapidamente a flutuações na oferta e demanda de energia, estabilizando a rede elétrica e garantindo um fornecimento contínuo e confiável.
A contínua pesquisa em novas ligas de materiais e eletrólitos mais estáveis está abrindo portas para baterias com densidades energéticas ainda maiores e vida útil prolongada. Além disso, a inovação nos processos de fabricação permitirá a produção em massa, o que pode reduzir os custos de produção e tornar as Li-LMB mais acessíveis. Este avanço será crucial para garantir que a tecnologia se torne viável economicamente, especialmente para aplicações em larga escala, como armazenamento de energia para grandes redes elétricas.
É importante, portanto, que o progresso tecnológico nas Li-LMB não seja apenas focado no aumento da eficiência, mas também na resolução dos desafios relacionados à segurança e à sustentabilidade. A tecnologia precisa ser capaz de garantir que as baterias sejam seguras, mesmo em condições extremas, e que sua produção e descarte não prejudiquem o meio ambiente.
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