As superfícies metamateriais (MS) desenvolvidas demonstram grande potencial para aplicações de blindagem eletromagnética (EMI) em faixas de frequência específicas, como 20–30,9 GHz e 35,28–45 GHz. O desempenho dessas superfícies pode ser altamente eficaz quando se considera a configuração conformável da MS, a qual é projetada para ser flexível e adaptável a diferentes formas, mantendo um desempenho estável mesmo sob incidentes oblíquos. A MS testada, com um raio de curvatura de R = 25,5 mm, apresenta uma performance confiável tanto nas medições simuladas quanto nas reais, com um desempenho consistente nas frequências de interesse. A estabilidade das características da MS, como mostrado nas curvas de parâmetros S21, garante uma aplicabilidade robusta em condições de operação variadas, o que é crucial para tecnologias como 5G, que operam em bandas de frequência de alta precisão e precisam de soluções altamente confiáveis.
Além disso, a integração de uma MS conformável em sistemas de antenas tem mostrado avanços significativos em termos de performance. O uso de absorvedores de micro-ondas nas bordas da MS tem como objetivo minimizar reflexões indesejadas, garantindo a fidelidade das medições de parâmetros S21. Isso reflete o foco na precisão e estabilidade da superfície quando aplicada em sistemas de medição e tecnologias sensíveis. Em particular, a comparação entre os resultados simulados e medidos nas frequências de 27,3 GHz e 39,2 GHz destaca a eficiência da MS em diferentes condições de polarização, permitindo um controle superior sobre as propriedades de propagação das ondas eletromagnéticas.
Quando se analisa a aplicabilidade das MS em diferentes tipos de tecnologias, a comparação entre diferentes tipos de superfícies metamateriais existentes revela uma clara vantagem no design desenvolvido. Com uma estrutura fina e flexível, com uma periodicidade de unidade célula de 0,26 λ, a MS desenvolvida garante uma flexibilidade adicional para aplicações conformáveis, suportando até 60° de ângulo de incidência oblíqua sem perda significativa de desempenho. Em contraste com outras MS que não cobrem bandas de frequência específicas ou que não são adaptáveis a configurações conformáveis, o design aqui descrito é otimizado para aplicações no campo da tecnologia 5G, especificamente nas bandas de 28 GHz e 38 GHz, onde a largura de banda alcançada é significativa (42,8% em 27,3 GHz e 24,2% em 39,12 GHz).
Outro aspecto fundamental que deve ser compreendido ao trabalhar com MS é a importância da blindagem EMI, que é medida em termos de eficácia de blindagem (SE). A SE é calculada pela razão entre as ondas eletromagnéticas transmitidas e incidentes, e, conforme demonstrado nas medições realizadas, a MS desenvolvida mostra um desempenho superior, alcançando um SE de até 50 dB nas frequências de 27,3 GHz e 39,2 GHz. As medições reais de SE confirmam que a MS pode ser usada eficazmente para reduzir a interferência eletromagnética, embora uma leve variação tenha sido observada devido aos efeitos de borda e à dispersão das ondas. No entanto, essa variabilidade pode ser reduzida por meio da utilização de lentes dielétricas para focar as ondas incidentes ou pela fabricação de matrizes MS maiores, o que minimiza os efeitos de borda.
Além das aplicações de blindagem EMI, as superfícies metamateriais também desempenham um papel crucial na melhoria de antenas e dispositivos micro-ondas. A MS, ao atuar como um condutor magnético perfeito (PMC), reflete as ondas incidentes de maneira que permite o aumento do ganho de antenas, especialmente em sistemas MIMO (Multiple Input Multiple Output). A reflexão das ondas pelo MS resulta em uma interferência construtiva que amplifica o sinal refletido e, consequentemente, melhora o ganho da antena. O efeito da MS na melhoria da antena MIMO é evidenciado pelos padrões de radiação, que mostram um aumento significativo no ganho frente-à-costas e uma redução na radiação posterior. Esse comportamento pode ser observado em frequências específicas, como 28,5 GHz e 38 GHz, onde a introdução da MS aumenta significativamente a eficiência da antena.
Além disso, a utilização da MS como parte do sistema de antena MIMO resulta em uma isolação mais eficiente entre os elementos da antena, com um valor de isolação inferior a –18 dB, o que é essencial para manter a integridade e a qualidade do sinal. As medições realizadas em uma câmara anecoica validaram as simulações, comprovando que a MS contribui não apenas para o aumento do ganho da antena, mas também para a melhoria geral do desempenho do dispositivo, com padrões de radiação mais definidos e uma cobertura mais ampla das frequências de operação.
Quando se observa o reflexo das ondas eletromagnéticas pelas superfícies metamateriais, é importante lembrar que a MS pode ser projetada de maneira a permitir um controle fino sobre o comportamento das ondas, o que pode ser aproveitado em diversos dispositivos de micro-ondas e antenas. A capacidade de manipular as ondas de forma tão precisa oferece uma vantagem significativa na fabricação de dispositivos de comunicação avançada, especialmente em tecnologias emergentes como o 5G, onde a qualidade do sinal e a cobertura de banda são requisitos essenciais para o sucesso.
Como a Miniaturização de Antenas Planas Utilizando Estruturas Metamateriais Pode Melhorar o Desempenho e a Eficiência
A impedância de saída de uma antena projetada utilizando metamateriais pode ser ajustada para aproximadamente 50 Ohms, com o alcance de frequência sendo configurado da mesma forma que a simulação da célula unitária. As propriedades de fundo da simulação da antena são alinhadas com aquelas da célula unitária, garantindo que as características de radiação sejam similares. A escolha da condição de fronteira, crucial para a simulação da antena, deve ser feita com cuidado, especialmente porque o padrão de radiação no campo distante precisa ser analisado. Neste caso, a condição de fronteira Open (adição de espaço) é aplicada em todas as direções, exceto ao longo do eixo negativo Y, onde está localizada a linha de alimentação. Para simular a alimentação, um conector SMA é posicionado no centro da linha de alimentação, e um porta-onda é conectado entre os terminais positivo e terra do conector SMA. A dimensão do porta-onda é automaticamente calculada pelo software, e os parâmetros do solucionador permanecem consistentes com os da simulação da célula unitária.
Um exemplo de antena que utiliza uma célula unitária metamaterial simétrica é a antena de patch, onde o principal radiador é um ressonador ELC (Elétrico Indutivo e Capacitivo), que pode ser comparado a uma célula unitária de uma estrutura de metamaterial epsilon-negativo. A estrutura desta antena é altamente simétrica por natureza, mas para alcançar a ressonância em uma frequência mais baixa com uma largura de banda maior, é necessário modificar a largura de separação e o tamanho do plano de terra parcial. Além disso, dois blocos metálicos são gravados nas laterais direita e esquerda da linha de alimentação para aumentar o ganho, embora isso cause uma redução ligeira na largura de banda. As dimensões gerais da antena miniaturizada são 0,26 λL × 0,26 λL × 0,017 λL, onde λL é o comprimento de onda de operação no meio livre, na frequência de corte de −10 dB. A medição da antena fabricada indica que a largura de banda de operação para |S11| inferior a −10 dB é de 19,74% e o ganho máximo realizado é de 1,15 dBi. Além disso, o padrão de radiação no plano horizontal é omnidirecional, enquanto no plano de elevação observa-se um padrão em forma de haltere. Os níveis de polarização cruzada nos planos de elevação e horizontal são ambos inferiores a −12 dB.
A antena proposta utiliza um material dielétrico RT Duroid 5880, com espessura de 1,52 mm, uma constante dielétrica de 2,2 e uma tangente de perda de 0,0009. O projeto otimizado da antena é mostrado na Figura 13, com as medições detalhadas listadas na Tabela 2. O processo de design da antena começa com a análise do ressonador ELC com as condições de fronteira apropriadas. A partir disso, a antena inicial é formada, alimentada por uma estrutura de alimentação microstrip de 50 ohms com um tamanho de plano de terra finito. Depois, são aplicados alguns passos evolutivos para melhorar o desempenho da antena, com uma descrição detalhada do processo fornecida nas seções seguintes.
O ressonador ELC, utilizado como o principal radiador da antena, tem 19 mm de largura e 13 mm de comprimento, com cada lado medindo 1 mm de largura. A lacuna capacitiva tem 5 mm de largura e 0,6 mm de espessura. O material dielétrico utilizado, o RT Duroid 5880, possui espessura de 1,52 mm e constante dielétrica de 2,2. Dado que o ressonador é anisotrópico, ou seja, exibe características de ressonância diferentes dependendo das orientações do campo aplicado, ele precisa ser investigado sob diferentes condições de fronteira. A simulação desse ressonador foi realizada utilizando o software CST Microwave Studio, com dois conjuntos de condições de fronteira distintas. No primeiro conjunto (Setup 1), o campo elétrico é aplicado ao longo do eixo Y, enquanto o campo magnético é aplicado ao longo do eixo X. No segundo conjunto (Setup 2), as orientações dos campos são invertidas. Esses dois cenários demonstram como a polarização do campo elétrico e a circulação da corrente na estrutura afetam as características de ressonância, resultando em diferentes frequências de ressonância: 2,67 GHz e 8,03 GHz no primeiro caso, e 4,23 GHz no segundo.
A evolução do design da antena, com base nas características de ressonância do ressonador ELC, pode ser observada na sequência de mudanças realizadas. Quando a estrutura é excitada de uma maneira que a polarização do campo elétrico se alinha com a lacuna capacitiva (como no Setup 1), duas ressonâncias distintas ocorrem em frequências próximas. Para maior compactação, o plano de terra é ajustado para uma dimensão de L5 = 7,5 mm. No entanto, este design inicial da antena apresenta uma largura de banda estreita (10,41%) e um ganho insuficiente (0,07 dBi). Após ajustes evolutivos, como a redução do comprimento e da largura, a frequência de ressonância é deslocada para uma região de frequências mais altas, o que é necessário para aplicações em bandas como a C do 5G. Esses ajustes melhoram o desempenho da antena, permitindo uma largura de banda maior e melhor ganho.
Esses detalhes demonstram o impacto da miniaturização das antenas planas utilizando estruturas de metamateriais. As antenas projetadas dessa forma não apenas permitem reduzir o tamanho, mas também podem melhorar as características de radiação e desempenho. A simulação e o design cuidadoso das condições de fronteira, a escolha do material dielétrico adequado e as modificações nas características da célula unitária são essenciais para alcançar o equilíbrio entre compactação, largura de banda e ganho.
Como os Metamateriais e Superfícies Seletivas de Frequência (FSS) Influenciam as Comunicações 5G em Frequências de Ondas Milimétricas
Os elementos de antenas podem ser acoplados de diferentes formas, e o acoplamento é mais forte quando se tratam de elementos lineares, como dipolos, especialmente na frequência de ressonância, quando o comprimento do elemento . O acoplamento depende de diversos fatores, como a distância entre os elementos, a polarização e o ângulo de incidência da onda que ilumina a superfície do elemento. Este capítulo explora os conceitos básicos de metamateriais e resume as fundações teóricas necessárias para o design de Superfícies Seletivas de Frequência (FSS). Ele também fornece uma revisão das áreas de pesquisa relevantes e tem como objetivo fornecer uma visão do estado atual das aplicações de FSS em sistemas de comunicação de banda única e multibanda. Além disso, o capítulo discute os desafios e as inovações no uso de FSS, especialmente no contexto das comunicações 5G em bandas de ondas milimétricas.
As comunicações 5G em ondas milimétricas (mmWave) estão crescendo exponencialmente para atender à demanda por altas taxas de dados com baixa latência e maior largura de banda. As redes 5G têm o potencial de oferecer capacidades significativamente mais altas, melhor desempenho e maior flexibilidade, usando inovações como o múltiplo de entrada e saída (MIMO) e a mobilização de ondas milimétricas. Por exemplo, as velocidades de download em 5G mmWave nos Estados Unidos são mais de 38 vezes mais rápidas do que no 4G, com uma melhoria de 19 vezes em comparação com as redes 5G sub-6 GHz. Essa diferença de desempenho sublinha a importância das antenas e da infraestrutura de comunicação no domínio das ondas milimétricas para alcançar os objetivos da 5G. Frequências como 26 GHz, 28 GHz, 37 GHz e 38 GHz estão sendo alocadas para as comunicações 5G em mmWave, como demonstrado pela Qualcomm, que prevê uma revolução tecnológica, com implicações significativas em áreas como fábricas inteligentes, carros autônomos, casas conectadas, telemedicina e realidade virtual.
Apesar das vantagens, as ondas mmWave apresentam desafios consideráveis, especialmente em relação à sua limitação de alcance e à alta atenuação por absorção atmosférica, chuva e obstáculos físicos como prédios e árvores. Isso torna difícil cobrir grandes áreas e compromete a penetração de sinais em ambientes urbanos complexos. Para superar esses obstáculos, é necessária uma antena de alta ganância que compense a perda de sinal e a absorção atmosférica típicas dessas frequências. Assim, o design de FSS se torna essencial para melhorar o desempenho das comunicações em mmWave, proporcionando melhor isolamento entre antenas e cancelamento de interferências, além de auxiliar em técnicas como a formação de feixes e o aumento da eficiência do sistema.
O conceito de metamateriais é fundamental para esse contexto. Esses materiais, quando usados em superfícies planas, têm propriedades únicas que não podem ser encontradas em materiais naturais. A interação da onda eletromagnética com esses materiais é determinada por sua permissividade elétrica () e permeabilidade magnética (). O comportamento de um metamaterial é descrito pela sua permittividade e permeabilidade relativas, que influenciam diretamente o comportamento das ondas que interagem com eles. Se um material tem permissividade e permeabilidade positivas, ele é classificado como material duplamente positivo. Já os metamateriais com permissividade negativa e permeabilidade positiva são conhecidos como metamateriais epsilon-negativos, e aqueles com permissividade e permeabilidade negativas são chamados de metamateriais duplamente negativos.
Esses materiais apresentam comportamentos únicos, como a capacidade de suportar ondas de superfície com forte resposta ao campo eletromagnético, frequentemente observados em frequências óticas. Além disso, metamateriais duplamente negativos, que fazem a onda propagada seguir uma direção oposta, oferecem uma inversão no comportamento típico da lei de Snell, o que os torna extremamente interessantes para a manipulação da propagação de ondas em frequências de mmWave.
O uso de FSS em combinação com metamateriais é uma abordagem promissora para superar os desafios das comunicações 5G em mmWave. Ao aplicar FSS em bandas de mmWave, é possível melhorar significativamente o ganho das antenas, promover a inclinação do feixe e implementar técnicas de cancelamento de interferência, além de aprimorar a isolação em sistemas MIMO. Com base nas descobertas desse campo, novos designs de FSS estão sendo desenvolvidos para superar limitações dos designs existentes, incorporando novas funcionalidades que melhoram a performance geral do sistema.
Os metamateriais tunáveis também têm se mostrado uma área interessante para a pesquisa, pois permitem a modulação das propriedades do material em tempo real, oferecendo flexibilidade adicional para otimizar o desempenho do sistema. A pesquisa continua avançando, e novas soluções para as limitações encontradas nas aplicações de FSS para 5G serão essenciais para a evolução da tecnologia de comunicação.
Além disso, os avanços no design e aplicação de metamateriais e FSS precisam ser entendidos no contexto do impacto que essas tecnologias terão em vários setores da sociedade. As mudanças impulsionadas pela comunicação 5G e as inovações em metamateriais não se limitam apenas à velocidade de download ou capacidade de rede, mas também afetarão profundamente a forma como as cidades são planejadas, como as fábricas operam e como as pessoas interagem com a tecnologia no dia a dia. A implementação eficaz dessas tecnologias será a chave para desbloquear o potencial completo da 5G, garantindo não só a alta performance, mas também a sustentabilidade e a segurança das redes.
Como o Uso de Metamateriais Pode Melhorar o Ganho e Defletir Feixes em Antenas MIMO
O uso de antenas MIMO (Multiple Input Multiple Output) tem se tornado cada vez mais importante em diversas aplicações de comunicação, principalmente na faixa de ondas milimétricas (mmWave), que são cruciais para a 5G e outras tecnologias emergentes. A SPDG MIMO, que utiliza um design específico de antena, pode ser significativamente aprimorada por meio da incorporação de metamateriais (MTM) na parte traseira da antena. Os metamateriais, com suas propriedades eletromagnéticas exclusivas, oferecem uma forma eficiente de controlar a propagação das ondas eletromagnéticas (EM), permitindo a melhoria do ganho e a deflexão dos feixes de radiação.
Ao adicionar um MTM como um condutor magnético artificial, posicionado estrategicamente na parte traseira da antena SPDG, a radiação da antena pode ser direcionada com maior precisão. Isso ocorre porque o MTM induz uma variação de fase de -90° a 90°, o que resulta em uma interface construtiva das ondas eletromagnéticas na direção do eixo z da antena. Como consequência, o ganho da antena pode ser substancialmente aumentado. Um exemplo disso é mostrado pela configuração do MTM em um protótipo de antena MIMO SPDG, onde o MTM de célula unitária 6 × 4 foi colocado na parte traseira da antena, resultando em uma interface construtiva das ondas, conforme ilustrado nas figuras experimentais.
Tradicionalmente, a deflexão do padrão de radiação de antenas era alcançada utilizando lentes dielétricas, o que frequentemente tornava as antenas volumosas e complexas. No entanto, os metamateriais oferecem uma solução mais compacta e eficiente, com um controle preciso sobre a direção de propagação das ondas eletromagnéticas. Isso é possível devido às propriedades de refração distintas dos metamateriais, que, baseados na lei de Snell, podem curvar as ondas EM em ângulos predefinidos ao passar por regiões com diferentes índices de refração.
O comportamento da onda eletromagnética ao atravessar o MTM é simulado considerando as condições de contorno com condutores elétricos perfeitos (PEC) e condutores magnéticos perfeitos (PMC) ao longo dos eixos y e z. Esse comportamento permite que as células unitárias do MTM sejam posicionadas entre os elementos da antena MIMO, criando uma antena com feixe defletido. Quando dispostas de forma estratégica, essas células MTM formam regiões com diferentes índices de refração, o que resulta em um desvio direcionado das ondas EM. Em frequências específicas de operação, o índice de refração do MTM é inferior ao do substrato da antena, o que facilita a deflexão das ondas para uma direção controlada.
Quando esse princípio é aplicado, a antena MIMO com MTM resulta em um feixe defletido que pode ser manipulado de maneira eficiente. No protótipo fabricado, a deflexão do feixe pode ser observada em diferentes planos de radiação. No plano E (xy), a radiação é defletida em torno de 45° nas bandas de frequência de 28 GHz e 38 GHz, como mostrado nas medições simuladas e reais. A precisão dessa deflexão é um dos aspectos mais notáveis, apesar de pequenas diferenças entre as simulações ideais e os testes práticos, que são afetadas por tolerâncias de fabricação e calibração.
Outro benefício significativo dessa abordagem é o aumento da eficiência de isolamento entre os elementos da antena. A implementação do MTM na parte traseira não só melhora a radiação para a frente, mas também diminui a radiação para trás, criando um padrão de radiação mais focado. O ganho da antena também é elevado em 1–3 dBi em comparação com a antena tradicional, devido ao efeito combinado da estrutura MTM e do mecanismo de deflexão.
As características de desempenho da antena MIMO com MTM também podem ser analisadas em termos de ganho e correlação de envelope (ECC). O ECC da antena defletora de feixe é significativamente baixo (menor que 0,02), o que indica um desempenho de diversidade excepcional, já que a correlação entre os dois portos da antena é minimizada. O ganho de diversidade (DG) excede 9,9, demonstrando uma forte melhoria na performance da antena para as bandas de operação de 24–29,5 GHz e 36,7–40 GHz.
Finalmente, a melhoria da performance da antena MIMO é visível não apenas nos ganhos de radiação e deflexão de feixes, mas também na distribuição dos campos elétrico (E) e magnético (H). A interação desses campos, de acordo com a estrutura do MTM, proporciona uma deflexão adicional das ondas EM em direção ao substrato, o que resulta em um padrão de radiação mais eficiente e controlado.
Portanto, o uso de metamateriais nas antenas MIMO oferece uma maneira altamente eficaz de otimizar o desempenho dessas antenas, com melhorias significativas no ganho, no controle da direção do feixe e na redução de interferências. Essas características são especialmente valiosas em sistemas de comunicação modernos, onde a precisão e a eficiência são cruciais para o desempenho das redes de próxima geração. A integração do MTM nas antenas pode ser considerada um avanço tecnológico importante, tornando-as mais compactas, poderosas e flexíveis em suas aplicações.
Como o FSS Pode Impactar o Desempenho e a Estabilidade do Sistema 5G
A superfície seletiva de frequência (FSS) é um componente essencial no design de sistemas de comunicação modernos, especialmente no contexto das redes 5G. Sua capacidade de filtrar ou bloquear frequências específicas, ao mesmo tempo que permite a passagem de outras, torna-a crucial para o desenvolvimento de tecnologias de comunicação sem fio de alto desempenho. A integração da FSS com as antenas e dispositivos de RF (radiofrequência) tem sido explorada para otimizar a performance e a estabilidade, principalmente em frequências mais altas, como as utilizadas no espectro 5G.
O tamanho e a geometria dos elementos de uma FSS têm um impacto direto na sua resposta à incidência de ondas eletromagnéticas (EM) e, consequentemente, no seu comportamento como filtro. Uma das abordagens para melhorar a estabilidade do filtro FSS em relação ao ângulo de incidência (OIA) é a miniaturização das células unitárias da FSS. Elementos menores tendem a exibir um comportamento mais estável, reduzindo o desvio de fase ao longo de diferentes ângulos de incidência e aumentando a robustez do filtro contra mudanças imprevistas nas condições operacionais. Este processo de miniaturização pode ser desafiador, pois exige um equilíbrio entre precisão e tamanho reduzido, o que é frequentemente alcançado por meio de métodos de design sofisticados, como a utilização de componentes lumped (capacitores e indutores) ou a aplicação de geometrias convolutas.
Estudos têm mostrado que, ao diminuir o tamanho das células unitárias, é possível alcançar uma resposta de filtro FSS altamente estável para OIA de até 60°, o que é essencial para a aplicação em ambientes dinâmicos e em larga escala, como as redes 5G. Por exemplo, um estudo demonstrou que um resonador tipo "cross-loop" miniaturizado foi capaz de fornecer uma resposta estável a frequências de 27.2 GHz e 33.1 GHz, com estabilidade OIA até 35°.
Além disso, a possibilidade de ajustar a frequência de ressonância de uma FSS, por meio de diodos varatores ou técnicas de mudança de frequência passiva, oferece flexibilidade adicional para sistemas de comunicação. Essa tunabilidade é particularmente importante quando o sistema precisa se adaptar a diferentes padrões de comunicação ou à variação nas condições de operação, como em redes 5G dinâmicas. Embora essa técnica de ajuste de frequência seja útil, ela também impõe desafios ao integrar esses sistemas em estruturas miniaturizadas, que precisam manter alta performance em espaços reduzidos.
Outro aspecto relevante é a aplicação das FSS no bloqueio de interferência eletromagnética (EMI). Em sistemas de comunicação, a EMI pode prejudicar o desempenho dos transceptores e outros dispositivos sensíveis. A utilização de FSS para realizar o "shielding" ou blindagem de EMI permite que apenas as frequências desejadas sejam transmitidas, enquanto as indesejadas são bloqueadas, sem afetar outras frequências essenciais para a operação do sistema. Diferente de caixas metálicas convencionais, que bloqueiam todas as ondas EM, a FSS permite um controle mais preciso sobre quais frequências são bloqueadas, tornando-se uma solução mais eficiente e menos intrusiva. Aplicações em dispositivos de 5G, como em frequências de 28 GHz, demonstram como essas superfícies seletivas de frequência podem ajudar a garantir a compatibilidade EM e reduzir a interferência entre dispositivos.
A integração de FSS em sistemas de comunicação sem fio não se limita apenas a questões de desempenho e miniaturização, mas também abrange a flexibilidade na fabricação e no design. As superfícies FSS podem ser projetadas para se integrar de forma conformável e personalizada com diferentes tipos de antenas e sistemas, proporcionando vantagens significativas em termos de peso, custo e complexidade de fabricação. A combinação dessas superfícies com novos materiais metamórficos promete impulsionar ainda mais o desenvolvimento das redes 5G e de outros sistemas avançados de comunicação.
Ao considerar o papel fundamental que a FSS desempenha na estabilidade e desempenho das comunicações de quinta geração, é vital que o design e a implementação dessas superfícies sejam realizados com precisão, considerando todos os fatores, desde a miniaturização das células unitárias até a escolha adequada dos materiais e técnicas de fabricação. Cada aspecto do design, desde o tipo de resonador até a possibilidade de ajuste de frequência, contribui para um sistema mais eficiente, robusto e adaptável.
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