Kuznetsova A. Ya.
Universidade Pedagógica Estatal de Novosibirsk, Novosibirsk, Rússia (630126 Novosibirsk, Vilyuiskaya, 28), e-mail: [email protected]
Resumo. A tarefa é refletir as mudanças no objeto de pesquisa através das mudanças no aparato metodológico utilizado. As mudanças, originadas pela unificação das ciências do mundo material e do homem, levam necessariamente à mudança para a paradigmas pós-clássicos. A condicionalidade evolutiva e histórica da formação da gnoseologia comum para o mundo físico e mental é mostrada. Afirma-se que o aprimoramento da matemática representa um movimento em direção à natureza psíquica do ser humano. A imagem científica do mundo é apresentada como o modelo metodológico mais geral do objeto do conhecimento científico. É mostrado que mudanças no tipo de racionalidade, no tipo de reflexividade e no nível de ontologia são refletidas na nova metodologia de pesquisa. O artigo aponta para as propriedades sinergéticas do sistema intelectual como um novo modelo metodológico da ciência.
Palavras-chave: paradigma pós-clássico, nova metodologia, imagem científica do mundo, sistema intelectual, objeto de pesquisa, nível de reflexividade, objeto de estudo.
Desde a segunda metade do século XX e início do século XXI, na ciência surgiu a necessidade de uma atualização metodológica. A busca pela única e correta regularidade do processo de humanização da educação, do desenvolvimento da personalidade e da formação do cidadão encontra obstáculos ao lidar com problemas educacionais, os quais são causados por dificuldades metodológicas. Embora, na metodologia, as ciências naturais tenham se tornado as mais importantes no século XX, a reflexão sobre a metodologia da ciência moderna leva à conclusão de que é necessário incluir de forma mais abrangente o homem e a sociedade historicamente em desenvolvimento no objeto de estudo da ciência natural. Tal expansão do objeto de pesquisa ocorre devido à inclusão de objetos humanos. A metodologia do conhecimento natural desempenha o papel de liderança no contexto do desenvolvimento do conhecimento integrado moderno. Atualmente, o conhecimento humanitário, incluindo a teoria educacional, enfrenta dificuldades causadas pelos princípios metodológicos da ciência clássica, que servem de base para a metodologia humanitária. Na primeira metade do século XX, a metodologia da ciência natural já havia avançado de forma proativa, o que gerou a formulação de problemas metodológicos nas ciências humanitárias. Para superar essas tendências, é necessário revisar as bases gnoseológicas do conhecimento humanitário, fazer uma transição para um novo nível de visão de mundo e abandonar alguns postulados radicais da paradigmas clássicos.
Embora na segunda metade do século XX a ciência pós-clássica já incorporasse a ideia de objetos humanos, ainda não estavam suficientemente desenvolvidas as representações sobre o homem e seu lugar na imagem científica do mundo. O surgimento da filosofia da educação na segunda metade do século XX mostrou que, na virada do século XX para o XXI, a resolução dos problemas metodológicos na educação seria possível desde que houvesse unidade entre o conhecimento teórico das ciências humanitárias e as ciências naturais, que foram artificialmente separadas no século XIX. A pesquisa das bases funcionais da filosofia da educação revela uma vasta área de problemas cujas soluções são necessárias para o desenvolvimento de um novo campo de conhecimento científico. A qualidade revolucionária e proativa do conhecimento natural permitiu que, ao trabalhar em uma nova metodologia integral, fosse possível correlacionar a lógica da teoria da educação com a lógica e metodologia da ciência pós-clássica moderna, adotando novas representações sobre os ideais e valores do pensamento científico no século XXI. A base para a nova filosofia da educação foi preparada tanto pela solução do problema de aprimoramento da metodologia já adotada pelas ciências naturais quanto pelo desenvolvimento da metodologia do período pré-sinergético sobre o "princípio auto-organizador" (E. Kant), pelos estudos sobre teoria de sistemas e análise sistêmica, entre outros. Surgiram condições para que esses elementos se tornassem a base para a formação do paradigma pós-clássico, que une as ciências do mundo material e do homem. A integração da ciência e educação exige a clarificação da imagem central e predominante da ciência moderna, assim como a inclusão desse conhecimento no conteúdo educacional.
Para esclarecer a relação entre ciência e educação no nível das metodologias, é útil um modelo histórico do processo de integração entre ciência e conteúdo educacional em uma área de conhecimento específica. Novos princípios metodológicos entram no conteúdo educacional junto com o conhecimento científico. Tal conexão é confirmada pelas representações sobre paradigma. T. Kuhn define paradigma científico como o conjunto de conhecimentos amplamente aceitos dentro de uma ciência específica, e esclarece que o conteúdo do paradigma se torna o conteúdo dos livros didáticos.
Historicamente, a evolução da ciência natural leva à evolução da gnoseologia geral. Partindo da suposição de que não há uma fronteira clara separando o físico e o psíquico, nos aproximamos da compreensão das bases gnoseológicas comuns para os respectivos conhecimentos científicos e suas metodologias de investigação. A filosofia da educação implica o desenvolvimento de representações sobre o fato de que a atividade cognitiva sempre envolve o conhecimento do próprio sujeito da pesquisa. Para identificar esse componente, é necessária a reflexão sobre o autoconhecimento. A importância da unidade entre funções físicas e psíquicas no processo de conhecimento da natureza foi observada por E. Mach. O ser vivo, possuidor de memória, tem no seu campo psíquico uma percepção de um espaço e tempo mais vasto do que os seus sentidos poderiam abranger sozinhos. Mesmo o desenvolvimento da cultura caracteriza-se por uma ampliação das áreas espaciais e temporais dominadas pelo homem. As representações obtidas pelos fatos observados diretamente são integradas ao seu pensamento, e, se forem insuficientes para formar uma imagem completa da realidade, ele mentalmente completa essa imagem, para a qual precisa apenas seguir as regras do processo de pensamento e da lógica. Ou seja, as representações sobre a realidade que formamos com base na experiência necessariamente incluem as peculiaridades do nosso próprio pensamento, "…o físico e o psíquico, obviamente, contêm elementos comuns, e, portanto, não há uma oposição abrupta entre eles, como geralmente se pensa" [7, p. 16]. Na ciência natural pós-clássica, a análise conjunta do pensamento e da experiência tornou-se parte do método científico. Foi essa linha filosófica humanista, e não o desenvolvimento técnico, que proporcionou o progresso da ciência natural no século XX. O impulso cognitivo começa quando o homem observa mudanças no ambiente ao seu redor. O que mais o interessa são as mudanças causadas por ele mesmo. Essa característica cognitiva fundamenta o processo de experimentação. O experimento visa descobrir novos efeitos das interações na natureza ou novas relações entre elas. Aqui, o experimento físico se torna uma continuação do mental, e vice-versa. "A grande e falsa barreira entre o experimento e a dedução, na realidade, não existe. Sempre se trata de estabelecer um acordo entre nossos pensamentos, de um lado, e os fatos da realidade – de outro, e com os próprios pensamentos" [7, p. 205].
Paralelamente ao reconhecimento do papel do sujeito no conhecimento científico, vai-se alinhando a filosofia com a ciência natural. O surgimento da filosofia da ciência natural no início do século XX orientou a teoria do conhecimento para uma linha humanista, refletindo não apenas a natureza do físico, mas também a do psíquico nos resultados do trabalho científico. No trabalho matemático "Teoria da Relatividade", A. Eddington discute a diferença entre o pensamento matemático e físico. "Na ciência experimental", ele diz, "não devemos atribuir, mas descobrir algumas propriedades" [10, p. 11]. A matemática não se preocupa com o significado prático de um termo, desde que seu uso não cause contradições; portanto, o aprimoramento da matemática é como um movimento em direção à psique humana.
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