A evolução contínua da tecnologia de microprocessadores e sistemas operacionais abre novas fronteiras para o desenvolvimento de aplicações empresariais e pessoais. Um dos principais avanços observados foi a integração de processadores Intel e sistemas operacionais como o OS/2 para o gerenciamento de tarefas computacionais pesadas, permitindo uma distribuição mais eficiente do processamento para componentes externos ao processador principal, como os FSIOPs. Este movimento não apenas optimizou o desempenho do sistema, mas também permitiu a implementação de aplicativos diretamente nos processadores externos, sem a necessidade de interações complexas com o processador principal. Essa capacidade de delegar funções a unidades de processamento dedicadas foi um divisor de águas em sistemas como o AS/400, amplificando a eficiência no gerenciamento de aplicações em servidores.
Em um cenário de servidores, como o AS/400, a crescente capacidade de armazenamento e processamento tornou-se essencial. Inicialmente, o foco estava em sistemas de arquivos para servidores PC, como o LAN Server e o suporte ao Novell NetWare. No entanto, a inclusão de servidores Lotus Notes para atender a um público corporativo maior demonstrou a flexibilidade do sistema em adotar novos aplicativos e evoluir conforme as necessidades de mercado. A abordagem de utilizar processadores Intel e PowerPC permitiu um aumento significativo na diversidade de sistemas operacionais suportados, como o AIX, Windows NT e Solaris, além do próprio OS/400. Essa expansão possibilitou a execução de uma gama mais ampla de aplicações, atendendo a requisitos empresariais mais complexos e variados.
A contínua evolução dos processadores, com a possibilidade de integrar versões mais poderosas, como o Intel Pentium ou até mesmo os processadores PowerPC, trouxe flexibilidade para o futuro do AS/400. A escalabilidade da plataforma, com a possibilidade de trocar processadores e adaptar novos sistemas operacionais, garantiu sua longevidade no mercado. O suporte tanto a processadores de 32 bits como a futuras versões de 64 bits fortaleceu ainda mais a posição do AS/400 como uma plataforma robusta para as necessidades empresariais.
O futuro da computação promete continuar essa trajetória de inovação, com uma expectativa de crescimento exponencial na capacidade de processamento e na redução de custos. A evolução dos microprocessadores, que dobram de performance a cada 18 meses, e a diminuição dos custos tornam as tecnologias computacionais, como a programação orientada a objetos (OO) e a multimídia, mais acessíveis e aplicáveis a uma gama maior de soluções. Além disso, os avanços na comunicação de alta largura de banda, com o uso de tecnologias como ATM, fibra ótica e comunicações via satélite, abrem novas possibilidades para a computação distribuída.
A convergência de diferentes mercados, como o de entretenimento, comunicação e computação, é outro aspecto que define o futuro da tecnologia. As linhas que delimitam o trabalho no escritório, em casa, ou enquanto se viaja, começam a desaparecer, criando um ambiente de trabalho verdadeiramente distribuído e flexível. O uso de tecnologias como o GPS e dispositivos de transponders irá transformar até mesmo aplicações tradicionais, como o controle de inventário, tornando-as mais dinâmicas e adaptadas à realidade globalizada.
Além disso, a análise de grandes volumes de dados, com a aplicação de técnicas como mineração de dados e filtragem, se tornará cada vez mais essencial. As funções de gerenciamento, segurança, distribuição e sincronização de dados serão cruciais em um cenário onde a quantidade de informação cresce exponencialmente. O grande desafio será garantir que os sistemas possam lidar com esses volumes de dados de maneira eficiente e segura.
O conceito de servidor evolui juntamente com as mudanças no modelo de uso e interação com os sistemas. A transição de um modelo centralizado para um modelo distribuído peer-to-peer é uma tendência clara, com o cliente se tornando mais robusto e capaz de executar funções complexas localmente. As futuras gerações de servidores precisarão lidar com uma maior diversidade de dispositivos conectados, incluindo dispositivos móveis, sem perder a capacidade de fornecer dados e funções essenciais de maneira eficiente.
A evolução do modelo cliente/servidor reflete a transformação da maneira como as empresas e os usuários interagem com a tecnologia. O número de nós em uma rede aumentará, assim como as capacidades dos clientes, que serão mais semelhantes a servidores otimizados para ambientes de desktop. As futuras redes distribuídas demandarão mais do servidor, que terá que atuar de maneira mais inteligente e autônoma. A relação cliente-servidor se tornará mais dinâmica e menos dependente de uma conexão constante, criando um cenário no qual o servidor será capaz de antecipar necessidades e agir por conta do usuário, mesmo quando este estiver desconectado.
O conceito de servidor que apenas armazena solicitações dos usuários e as apresenta quando eles se reconectam será obsoleto. Em vez disso, os servidores deverão lidar com as solicitações de forma pró-ativa, processando as informações e agindo como intermediários inteligentes que gerenciam as interações dos usuários com a rede. Esta mudança exigirá inovações tanto na infraestrutura de servidores quanto nos sistemas operacionais, para garantir que as necessidades de conectividade, processamento e segurança sejam atendidas de maneira eficaz.
Endtext
Como a Arquitetura do AS/400 Mudou a Visão sobre Computadores para Pequenos Negócios
O AS/400 foi projetado com uma arquitetura inovadora que simplificava de maneira impressionante o compartilhamento de dados e programas entre usuários. O mais importante sobre a arquitetura do AS/400 é que ela foi criada do zero, sem carregar os fardos de tecnologias anteriores, muitas das quais apenas existiam na mente dos projetistas. Essa abordagem sem as limitações do passado foi um dos principais motivos pelos quais o AS/400 se destacava em relação às outras máquinas da época.
Para entender a importância dessa arquitetura, é essencial olhar para o histórico da IBM, especialmente no início dos anos 60. Naquela época, a empresa estava muito focada em criar sistemas compatíveis entre si, como foi o caso da linha System/360, que prometia a flexibilidade de mover um cliente de um modelo de computador para outro sem grandes dificuldades. No entanto, em Rochester, Minnesota, um grupo de desenvolvedores acreditava que havia uma oportunidade de mercado para um computador específico para pequenas empresas, algo que, à primeira vista, parecia contradizer a filosofia da IBM.
Ao contrário dos sistemas da linha 360, que eram projetados para atender grandes corporações, a ideia em Rochester era desenvolver um computador simples, barato e fácil de usar, adequado para empresas menores. No entanto, a IBM, em sua visão centralizada e cheia de preconceitos sobre inovações fora do seu controle, não estava disposta a apoiar um novo projeto que competisse com sua linha principal. A solução foi criar uma nova linha de máquinas sem revelar para a sede da empresa qual era a verdadeira natureza do projeto. Chamaram o novo projeto de Advanced Unit Record Systems (AURS), dando-lhe a aparência de uma máquina de gravação de dados, uma tecnologia da época. Na prática, estavam criando algo totalmente novo, com grande potencial para transformar o mercado de pequenas empresas.
A primeira máquina projetada tinha um conjunto de instruções extremamente simples e era composta por apenas 3.000 circuitos, em contraste com a complexidade das máquinas modernas, que podem ter milhões de circuitos. A programação era feita de uma maneira quase artesanal, utilizando plugboards semelhantes aos usados em máquinas de cartões perfurados da década de 1950. Essa era uma forma de conectar circuitos e programar a máquina de maneira primitiva, mas eficiente para as necessidades da época.
O ponto crucial para o sucesso desse novo projeto foi a criação do RPG (Report Program Generator), um software desenvolvido para simplificar a programação de aplicativos comerciais. O RPG foi uma das primeiras linguagens de programação não procedurais, o que significava que o programador não precisava se preocupar com a sequência exata das instruções. Essa abordagem foi muito mais simples do que outras linguagens da época, que eram baseadas em estruturas procedurais, em que o programador precisava especificar o fluxo de execução passo a passo. Isso tornou o RPG uma ferramenta altamente acessível para programadores de negócios, permitindo que eles criassem soluções sem a complexidade das linguagens tradicionais.
Ao olhar para o legado dessa inovação, é importante compreender que o AS/400 não foi apenas um computador, mas sim um ponto de virada na forma como os sistemas eram projetados. Ele estava baseado na ideia de que a simplicidade e a acessibilidade eram os pilares para alcançar um mercado mais amplo, especialmente o de pequenas e médias empresas. Essa abordagem permitiu que o AS/400 fosse rapidamente aceito no mercado, criando um novo padrão de eficiência e flexibilidade.
Além disso, a transição de sistemas incompatíveis para sistemas mais simples e acessíveis foi uma das chaves para o sucesso de máquinas como o AS/400. A capacidade de eliminar a complexidade dos modelos anteriores e oferecer soluções mais baratas e fáceis de usar tornou esse sistema uma verdadeira revolução. Mesmo que sua abordagem fosse muito diferente da filosofia central da IBM na época, ela mostrou que a inovação não precisaria seguir sempre os mesmos padrões estabelecidos.
É relevante notar que a filosofia por trás do AS/400 reflete a ideia de que a evolução tecnológica nem sempre precisa ser uma continuação das mesmas ideias anteriores, mas pode ser uma ruptura que, ao invés de complicar, simplifica e torna acessível o que antes parecia impossível. Isso demonstra a importância de olhar para os problemas sob uma nova perspectiva, algo que foi essencial para o sucesso desse sistema.
Por fim, o conceito de programação simples, a redução de custos e a flexibilidade são características que continuam sendo fundamentais para os sistemas de computadores até hoje. Com o advento de novas tecnologias, a filosofia do AS/400 permanece relevante, principalmente ao mostrar como soluções simples podem, muitas vezes, ser mais eficazes do que abordagens complexas e sobrecarregadas. As lições aprendidas com o AS/400 continuam a influenciar a maneira como novas soluções de software e hardware são projetadas para atender às necessidades de negócios em constante evolução.
Como lidar com complicações cardiovasculares, respiratórias e tromboembólicas em pacientes com lesão medular
Como a Comunicação Digital e a Retórica de Ódio Redefiniram o Poder Político?
Como Interfacer Displays com o ESP32: Uma Visão Detalhada sobre Displays TFT e E-Paper

Deutsch
Francais
Nederlands
Svenska
Norsk
Dansk
Suomi
Espanol
Italiano
Portugues
Magyar
Polski
Cestina
Русский