Os sistemas de segurança de processos são cruciais para a integridade operacional de instalações industriais que lidam com fluidos sob pressão. Para evitar acidentes graves, como explosões ou falhas estruturais, é fundamental que os contêineres utilizados para armazenar ou processar substâncias perigosas possuam uma série de mecanismos de proteção. Um dos principais objetivos é garantir que a pressão interna do recipiente não ultrapasse o limite máximo seguro, o que poderia comprometer sua integridade e causar danos aos operadores e ao meio ambiente. Para isso, dispositivos de segurança, como válvulas de segurança (PSV) e sistemas de proteção de pressão (HIPPS), desempenham um papel vital.
Em primeiro lugar, cada fonte de entrada para o contêiner deve ser protegida por uma válvula de segurança, cujo valor de pressão de ajuste nunca deve ultrapassar a pressão máxima de trabalho do recipiente (MAWP). Isso é necessário para evitar que o contêiner seja sujeito a uma sobrepressão inesperada. Além disso, deve-se garantir que, no mínimo, uma dessas válvulas não possa ser isolada do contêiner, para que, em caso de emergência, a proteção seja sempre mantida ativa.
Para contêineres que fazem parte de sistemas de ventilação, como os scrubbers finais de gás de tocha, o design deve ser projetado para suportar pressões de operação elevadas. Essas unidades devem ser capazes de suportar a pressão máxima de acúmulo sem obstruções no fluxo interno ou externo, como válvulas de pressão de retrocesso ou amortecedores de fogo. Caso haja algum tipo de obstrução, a instalação de discos de ruptura ou tampões de segurança (PSE) torna-se essencial para evitar falhas catastróficas, permitindo o bypass do fluxo em caso de aumento da pressão ou bloqueios.
Em termos de proteção contra superaquecimento, é necessário que os sistemas de controle de temperatura estejam devidamente configurados. O contêiner deve ser projetado de modo que, em caso de um aumento inesperado de temperatura, a pressão interna seja adequadamente controlada. Os sistemas de proteção podem incluir dispositivos como válvulas de segurança térmica (TSH), que atuam para prevenir o superaquecimento causado por fontes externas de calor. Para contêineres que operam sob condições de baixa temperatura, a adaptação dos materiais às condições extremas é igualmente crucial para garantir a estabilidade estrutural e evitar falhas.
Além disso, a segurança do contêiner também envolve a proteção contra vácuo, o que pode ocorrer quando o fluxo de saída excede o fluxo de entrada, ou quando há uma falha nos sistemas de controle de pressão. Para proteger contra isso, são utilizados dispositivos como válvulas de segurança de vácuo (PSV) e sistemas de alívio de pressão. Esses dispositivos são projetados para liberar pressão quando ela atinge níveis perigosos, evitando que o contêiner sofra danos estruturais devido ao vácuo.
Outro aspecto importante na proteção do contêiner é o controle do nível de líquido, especialmente em casos de overflow. Quando o nível de líquido dentro do contêiner excede os limites operacionais, isso pode causar transbordamento ou danos aos equipamentos adjacentes. Para evitar esse risco, os sistemas de monitoramento de nível devem ser bem ajustados, e dispositivos de segurança, como sensores de nível baixo (LSL) e sensores de nível alto (LSH), devem ser instalados para garantir que o nível do líquido seja mantido dentro de uma faixa segura.
A presença de válvulas unidirecionais (FSV) nas linhas de descarga também é essencial para prevenir o retorno de fluidos. A instalação dessas válvulas minimiza os riscos associados ao fluxo reverso, que pode ocorrer quando o equipamento de processo a jusante não está funcionando corretamente ou quando há uma falha no sistema de controle de pressão.
No que diz respeito aos sistemas de ventagem, é importante garantir que o contêiner possua uma válvula de alívio de pressão adequada, que permita a liberação de gases de forma controlada em caso de aumento de pressão. A instalação de um sistema de venting redundante pode ser considerada para garantir a eficácia da proteção em situações extremas. Em algumas situações, como em contêineres atmosféricos, o uso de sistemas de ventilação é uma exigência crítica para a segurança, especialmente quando o sistema não é pressurizado internamente.
Por fim, é essencial que os sistemas de segurança sejam constantemente monitorados e mantidos. A calibração regular de válvulas de segurança, o acompanhamento das condições operacionais e a realização de testes de integridade das válvulas e dispositivos de controle de pressão são tarefas fundamentais para garantir que o sistema de segurança esteja sempre pronto para responder a qualquer situação de risco.
A compreensão dessas práticas é essencial para a operação segura de instalações industriais e para a proteção tanto dos trabalhadores quanto do ambiente. A implementação de sistemas de proteção adequados não apenas garante a integridade estrutural dos contêineres, mas também contribui para a prevenção de acidentes graves e para a manutenção de um ambiente de trabalho seguro e eficiente. Além disso, é importante que os operadores sejam devidamente treinados para reagir a situações de emergência e que o sistema de segurança seja periodicamente revisado e atualizado de acordo com as melhores práticas e normas de segurança vigentes.
Como é composto o sistema de ventilação e qual a sua importância na segurança das plantas de petróleo e gás?
O sistema de ventilação e flare é fundamental para a segurança das plantas de petróleo e gás, constituindo-se de quatro componentes principais que devem ser cuidadosamente quantificados e projetados. O primeiro componente é a fonte do sistema de ventilação, que estabelece a conexão entre os processos produtivos e as instalações auxiliares com o sistema de ventilação propriamente dito. Essa fonte pode ser composta por válvulas de segurança de pressão, discos de ruptura, válvulas automáticas e manuais de alívio, ventilações para manutenção e válvulas de controle, todas essenciais para o manejo seguro das pressões internas da planta.
O segundo componente refere-se ao sistema de coleta de ventilação, formado por cabeamentos principais e ramais que capturam os fluxos gasosos provenientes de diversas fontes e os direcionam para um dispositivo centralizado de descarte. Este sistema deve garantir a adequada condução do fluxo, evitando retornos ou perdas, o que poderia comprometer a segurança operacional.
O terceiro elemento é o sistema de separação do flare, cuja função é remover líquidos que possam estar presentes no fluxo de gases captados. Sem essa separação, os líquidos lançados diretamente no sistema de flare podem causar sérios problemas, como poluição local e risco de incêndios, com a possibilidade de queda de líquidos inflamáveis no solo próximo ao ponto de ventilação. Normas como a API Std 521 são claras ao exigir o uso de sistemas de separação, incluindo tanques para líquidos, para garantir o descarte seguro e ambientalmente correto.
A concepção do sistema de ventilação deve ser orientada por um processo de projeto detalhado e rigoroso, que inclui a análise das diferentes condições que podem causar ventilação, como produção normal, manutenção, regulagem de pressão e emergências. Cada condição possui volumes de ventilação distintos, sendo que a capacidade do sistema deve ser calculada com base no máximo fluxo esperado durante situações de acidente, não se baseando em conceitos simplistas como o de "ventilação total", que não assegura a operação segura.
O princípio do "desligar primeiro, ventilar depois" orienta o projeto, simulando os processos de ventilação em condições estáveis e dinâmicas para estudar as variações de pressão, temperatura e taxa de ventilação, garantindo o controle confiável da taxa inicial e a segurança do sistema. Situações emergenciais graves, como terremotos, inundações e incêndios, exigem sistemas de desligamento e ventilação imediata, enquanto falhas em sistemas públicos ou equipamentos demandam avaliação criteriosa para determinar a necessidade de ventilação urgente.
O dimensionamento final do sistema envolve etapas complexas que vão desde a definição das diretrizes de projeto segundo normas internacionais, passando pela identificação das fontes de ventilação e suas condições, cálculo dos fluxos máximos possíveis, até a determinação da quantidade de seções de isolamento e válvulas de alívio emergencial necessárias para manter a segurança da planta. Métodos matriciais são usados para avaliar cenários em que múltiplas fontes e válvulas podem ventilar simultaneamente, considerando fatores como pressão máxima permitida, mistura gás-líquido e faixas de temperatura.
Além do projeto físico, o sistema de flare deve atender a critérios rigorosos de espaçamento e dissipação térmica, garantindo que a radiação do flare esteja dentro de limites seguros para operadores e equipamentos próximos, bem como permitir a difusão segura do gás, mesmo em condições de ventilação fria ou em situações de vazamento. Atualizações tecnológicas podem incluir a adoção de sistemas HIPPS para redução de carga e melhoria da resposta em emergências.
É fundamental compreender que o sistema de ventilação não é apenas uma infraestrutura passiva, mas um mecanismo dinâmico e complexo, integrado à operação e segurança da planta, que requer análise detalhada, simulação precisa e monitoramento constante. A correta definição dos parâmetros de projeto, aliada ao entendimento profundo das condições operacionais e de emergência, assegura a proteção de vidas, do meio ambiente e da integridade das instalações.
Além do conteúdo apresentado, o leitor deve considerar que o sistema de ventilação é parte integrante de uma filosofia maior de gestão de riscos industriais, que envolve avaliação contínua de perigos, manutenção preventiva, treinamento especializado e resposta rápida a incidentes. A segurança das plantas de petróleo e gás depende, portanto, não só do projeto do sistema, mas também da cultura organizacional e do compromisso com a segurança em todas as fases da operação.
Como calcular a carga de ventilação durante falhas operacionais em sistemas industriais?
A análise da capacidade de ventilação em sistemas industriais deve levar em consideração diversas falhas operacionais críticas, incluindo a falha de energia elétrica, falha no sistema de vapor e falha no sistema de resfriamento. Durante uma falha de energia, o volume de descarga para um sistema protegido individual deve ser calculado conforme as normas específicas, ajustando-se os valores para refletir o impacto do controle por instrumentos na carga de ventilação. Além disso, é essencial avaliar as descargas originadas pela abertura automática de válvulas de controle que podem ocorrer devido à falta de energia, como por exemplo, o alívio automático de pressão causado pelo desligamento de compressores elétricos.
No caso da falha do sistema de vapor, o método de cálculo é semelhante: determina-se a carga de ventilação segundo as normas vigentes, corrigindo os valores conforme a influência dos controles instrumentais. Deve-se ainda contabilizar as descargas associadas às válvulas que se abrem automaticamente em função da falha, como a interrupção do funcionamento de compressores movidos a turbinas a vapor. O cálculo deve considerar também os dispositivos de alívio de pressão, seja automático ou manual, adotando-se o maior valor de carga liberada.
O sistema de resfriamento, por sua vez, apresenta uma particularidade importante: a carga máxima de ventilação provocada pela falha de água de resfriamento normalmente está incluída na análise das falhas de energia e de vapor, pois estas são as causas mais frequentes dessas situações.
Quando múltiplas causas de falha ocorrem simultaneamente, deve-se considerar o efeito combinado dessas condições sobre a carga de ventilação. Por exemplo, a falha simultânea de energia e vapor pode provocar também falhas no sistema de água de resfriamento e no sistema de ar instrumental, aumentando significativamente a carga sobre o sistema de ventilação. Nesses casos, a soma das cargas liberadas por todos os sistemas protegidos, junto com as cargas adicionais oriundas da abertura automática de válvulas de controle, deve ser calculada para garantir uma avaliação precisa da demanda sobre a flare.
O cálculo hidráulico da rede de tubulações de ventilação deve incluir dados detalhados de cada válvula de alívio, tais como composição e temperatura do gás liberado, pressão máxima admissível no ponto de origem da descarga, vazão e curva de variação da vazão no tempo. Critérios de projeto indicam que a velocidade do gás na rede de ventilação deve ser controlada para evitar a geração de números de Mach superiores a limites estabelecidos, garantindo a integridade dos equipamentos e a eficiência do sistema.
Outro fator crítico no projeto é a consideração da pressão de contrapressão suportada pelas válvulas de alívio, que varia conforme o tipo e modelo do dispositivo. Essa pressão deve ser levada em conta ao dimensionar a tubulação e demais componentes do sistema, para assegurar que o sistema funcione adequadamente sob todas as condições previstas, evitando refluxos ou falhas mecânicas.
Durante o cálculo das perdas de pressão no sistema de ventilação e flare, deve-se considerar aspectos como a rugosidade interna das tubulações (adotando valores empíricos para corrosão e depósitos), perdas em conexões e entradas, além das limitações de pressão dos equipamentos conectados à rede, como analisadores, gases de selo de bombas e agitadores, tanques flutuantes, entre outros.
O processo de cálculo geralmente inicia na cabeça da flare, onde as perdas de pressão são mais críticas, e retorna-se até as válvulas de alívio, utilizando softwares especializados que permitem uma análise integrada e precisa do comportamento hidráulico do sistema.
Além da análise puramente técnica dos volumes e pressões, é importante compreender que a interação entre os sistemas de controle automático — como desligamentos e partidas automáticas — e os dispositivos de ventilação exerce um papel fundamental na resposta do sistema durante situações de emergência. Essa dinâmica influencia diretamente a capacidade do sistema em manter a segurança operacional e a integridade das instalações.
Além das questões técnicas expostas, é fundamental para o leitor entender que a segurança em sistemas de ventilação industrial não depende apenas dos cálculos estáticos. A análise deve contemplar a variabilidade operacional, o comportamento dinâmico dos equipamentos e as possíveis interações entre falhas múltiplas e sistemas de controle. A compreensão das interdependências entre os sistemas e o rigor no dimensionamento contribuem para minimizar riscos de acidentes, impactos ambientais e prejuízos econômicos.
Qual a escolha ideal para sistemas de queima: flare elevado, flare subterrâneo ou outro tipo de dispositivo?
A escolha do tipo de flare deve considerar diversos fatores, desde as características do meio de descarga até os requisitos de segurança e impacto ambiental. O flare é um sistema crítico para a queima de gases residuais em instalações industriais, sendo essencial na manutenção de um ambiente seguro e na minimização dos riscos relacionados ao vazamento de substâncias perigosas. Abaixo, são discutidos os principais aspectos a serem considerados no processo de seleção e design de flares.
O primeiro aspecto a ser analisado é a natureza, a frequência e a quantidade do descarte. Isso implica que o tipo de flare escolhido deve ser compatível com o volume e as características do gás a ser queimado, assim como sua frequência de emissão. Além disso, a disponibilidade de espaço para instalação também é um fator decisivo, pois a infraestrutura necessária para a instalação do flare pode variar consideravelmente dependendo do tipo escolhido. A escolha do tipo de flare também deve levar em conta o impacto potencial sobre a vegetação local e as comunidades circundantes, como o impacto visual, sonoro e térmico causado pela queima dos gases. Esses aspectos são fundamentais para atender aos requisitos ambientais que envolvem a emissão de poluentes, radiação, fumaça, luz e ruído.
No que diz respeito à escolha do local e à altura do flare, os requisitos de segurança desempenham um papel crucial. Flare elevados são geralmente preferidos em áreas com maior risco de exposição ao calor radiante, já que sua altura contribui para a dispersão do calor e dos poluentes. Para flares de solo, que possuem queimadores próximos ao chão, a área necessária para instalação é maior, e a proteção contra o calor radiante é mais difícil de ser implementada. No entanto, flares de solo podem ser uma solução mais viável em áreas com restrição de espaço, especialmente quando a instalação de um flare elevado não é possível devido a limitações geográficas ou urbanísticas.
Quando se fala nas características do fluido a ser queimado, é importante considerar a composição química e as pressões de descarga do gás. Flare de solo, por exemplo, são adequados para gases inflamáveis não tóxicos ou levemente tóxicos, mas não são apropriados para gases altamente tóxicos. Além disso, a capacidade de tratamento dos flares de solo é limitada. Já os flares elevados oferecem maior flexibilidade e capacidade de processamento, o que os torna mais indicados para o manejo de grandes volumes de gases ou gases com características mais complexas.
A eficiência econômica também deve ser considerada. Flare de solo, especialmente os do tipo fechado, envolvem custos iniciais e de manutenção mais altos devido à complexidade do sistema, como a necessidade de múltiplos queimadores, válvulas de controle e sistemas de segurança. Já os flares elevados, embora mais simples em termos de construção, podem apresentar custos operacionais mais baixos, principalmente em termos de manutenção e operação a longo prazo. Do ponto de vista da segurança, flares de solo são adequados para operações regulares, como o descarte de gases durante a produção normal, mas não são recomendados para situações de emergência, onde grandes volumes de gases podem ser liberados rapidamente.
A escolha do tipo de flare também deve ser influenciada pelo impacto na comunidade. Flares elevados, se posicionados em áreas residenciais ou perto de vias navegáveis, podem causar distúrbios devido à luz intensa, ao calor radiante e ao ruído. Isso pode afetar diretamente a qualidade de vida das pessoas nas proximidades, o que exige um planejamento cuidadoso da localização. Flare de solo, com sua menor altura, pode ser mais adequado em áreas com maior densidade populacional, desde que sejam aplicadas medidas de contenção do calor e do som.
Além disso, o ambiente geográfico em que a instalação está localizada também exerce influência sobre a escolha do sistema. Flares elevados, em locais mais baixos, podem ser mais eficazes na dispersão de gases queimados, já que sua altura favorece a difusão dos poluentes, reduzindo a concentração no solo.
Para o design do sistema de flare, é essencial que o ponto de descarte do gás seja adequado, levando em consideração a distância de segurança para os equipamentos e pessoal. A altura e a posição do flare devem garantir que a radiação térmica não seja prejudicial a ninguém. O risco de uma possível explosão também precisa ser analisado, com uma avaliação do limite inferior de explosão do gás não queimado. Além disso, a presença de substâncias como óxidos de nitrogênio, sulfeto de hidrogênio e monóxido de carbono nos fluidos descarregados deve ser levada em conta para evitar problemas de poluição atmosférica e garantir uma queima eficiente.
A inovação no design de sistemas de flare tem sido impulsionada pela ampliação das instalações de petróleo e gás, o que exige a consideração de sistemas de flare mais sofisticados, com capacidade para lidar com grandes volumes de emissões. No entanto, a tendência é que se busque otimizar o uso de flares elevados compartilhados, que apresentam vantagens econômicas e operacionais. Com a expansão da produção, a carga sobre o sistema de flare aumenta, elevando os riscos associados à operação e exigindo um planejamento cada vez mais detalhado.
Em última análise, a escolha do tipo de flare, seu design e a configuração do sistema devem ser feitos levando-se em consideração todos esses fatores de maneira integrada, de modo a garantir não apenas a eficiência na queima de gases, mas também a segurança, o respeito às normas ambientais e o custo-benefício do sistema.
Como prevenir falhas de ignição e retrocessos em sistemas de flare industrial?
A operação segura de um sistema de flare depende fundamentalmente da confiabilidade de seus sistemas de ignição — tanto os localizados em altura quanto os instalados ao nível do solo. Uma série de falhas mecânicas, operacionais e ambientais pode comprometer essa confiabilidade, resultando em deflagração, falhas de ignição ou, em casos críticos, acidentes envolvendo emissões não controladas de gases inflamáveis.
O fornecimento lento ou obstruído de gás combustível, por exemplo, pode ocasionar uma ignição atrasada, propiciando a formação de atmosferas inflamáveis e, consequentemente, deflagração. A presença de pequenas quantidades de líquido no gás combustível é igualmente problemática, exigindo drenagem regular e manutenção sistemática das válvulas. A obstrução de válvulas por condensado ou o transporte de líquidos junto ao gás prejudica tanto a ignição quanto a estabilidade da chama piloto.
Do lado do solo, a ausência de ar purificado ou falhas no fornecimento de energia — como quedas de tensão ou panes em válvulas solenóides — tornam impossível a ignição da chama piloto, além de favorecer emissões perigosas. A baixa pressão do ar purificado ou o uso inadequado de reguladores manuais agravam esse cenário. Recomenda-se a instalação de fonte de alimentação ininterrupta (UPS), válvulas confiáveis e sistemas de drenagem regulares, além do teste periódico da resistência à ignição por descarga à terra.
Problemas como o envelhecimento das velas de ignição, acúmulo de líquido nas tubulações ou falhas de termopares devem ser monitorados por meio de inspeções regulares e calibração de instrumentos. A falha do ignitor em altitude ou do sistema de ignição por deflagração no solo compromete o acendimento da tocha principal. A má instalação dos ignitores, bloqueios na linha de gás da chama piloto ou sua posição relativa inadequada, bem como condições ambientais adversas (chuva, vento), são fatores adicionais que precisam ser considerados. A substituição por ignitores resistentes ao clima e termopares blindados são medidas eficazes.
Outro fator crítico é o fluxo de nitrogênio. A obstrução da linha de nitrogênio, ausência de fornecimento ou o uso de placas de orifício muito restritivas resultam em risco de retrocesso durante a purga. Isso pode gerar atmosferas explosivas, particularmente perigosas em tochas que queimam gases ácidos, onde a difusão gravitacional amplia o risco de intoxicação por proximidade. Nessas situações, é inadequado confiar em sistemas de ignição por deflagração no solo; o uso de chama piloto ou ignição automática é fortemente recomendado.
A supervisão contínua da combustão é fundamental. Sensores como termopares instalados na cabeça da tocha permitem acionar alarmes em temperaturas abaixo do limite inferior, enquanto monitores de vídeo e luzes indicadoras no ignitor oferecem visualização em tempo real do estado da chama piloto. A integração do sinal de status da chama ao sistema DCS da sala de controle permite resposta rápida a qualquer anormalidade.
O controle do fluxo de vapor também é determinante. A escassez de vapor de eliminação de fumaça ou do ejetor compromete a combustão, gerando fumaça densa. A injeção controlada de vapor absorve calor, reduz a temperatura da zona de combustão, prolonga o tempo de oxidação e reduz a massa molecular relativa do meio, facilitando a combustão limpa. Contudo, o excesso de vapor resulta em desperdício, ruído excessivo, instabilidade da
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