A migração de bancos de dados para a nuvem tem se tornado uma prática cada vez mais comum em empresas que buscam melhorar a escalabilidade, a segurança e a performance de suas infraestruturas. O Azure, plataforma de nuvem da Microsoft, oferece uma série de ferramentas para facilitar essa transição. Entre essas ferramentas, o Azure Database Migration Service (DMS) se destaca como o principal serviço para a migração de bancos de dados locais para o Azure SQL, enquanto outras soluções complementares podem ser empregadas conforme o cenário da migração.
O Azure Database Migration Service é uma solução em nuvem que possibilita migrações online ou offline de bancos de dados locais para produtos do Azure SQL. Embora o DMS seja amplamente utilizado para migrações online, ele também oferece suporte a migrações offline para certos tipos de bancos de dados. O processo de migração online inclui uma série de etapas que garantem a continuidade do serviço durante a transferência dos dados.
Primeiramente, deve-se provisionar uma instância do Azure SQL, que pode ser um banco de dados, uma instância gerenciada ou uma máquina virtual no Azure. Em seguida, é necessário configurar a instalação local para realizar a sincronização contínua de todas as transações novas com o banco de dados no Azure. Quando o banco de dados local estiver completamente sincronizado, é possível realizar a migração, ajustando as strings de conexão nos aplicativos que acessam o banco de dados e, finalmente, desativando a replicação e desconectando o servidor local.
Além do Azure DMS, outras ferramentas podem ser utilizadas, como o SQL Server Migration Assistant (SSMA), que automatiza a migração de bancos de dados Microsoft Access, DB2, MySQL, Oracle e SAP ASE para o SQL Server ou instâncias do Azure SQL. Outro recurso valioso é o Azure Data Studio, uma ferramenta cross-platform de análise de dados que, com a extensão de migração do Azure SQL instalada, pode realizar a análise de uma instalação SQL local, recomendar o produto do Azure SQL mais adequado para a migração e até mesmo executar a migração por meio do Azure DMS.
Uma das soluções adicionais para migração é a replicação transacional. Após duplicar o banco de dados de origem na instalação de destino, os administradores podem configurar o servidor de origem para publicar todas as novas transações SQL para o destino de forma quase em tempo real. Essa abordagem oferece uma migração contínua, sem a necessidade de interrupções significativas nos serviços. Também existem opções como o BACPAC, que permite exportar os dados e o esquema do banco de dados para o formato de arquivo BACPAC, e o SQL Data Sync, que possibilita a sincronização bidirecional de dados entre diferentes bancos de dados.
Para as migrações offline, o Azure Data Studio também se mostra eficaz. Em um cenário offline, após a configuração e análise inicial do banco de dados, o Azure Data Studio examina o tráfego de dados da instalação local e recomenda uma configuração de hardware virtual adequada para os produtos do Azure SQL, com base nesse tráfego. O processo de migração é, então, realizado, e o administrador recebe uma série de recomendações para garantir que o ambiente no Azure seja compatível com a carga de trabalho esperada.
Quando a migração é realizada com o Azure DMS, um dos aspectos importantes a ser compreendido é a diferença entre migrações online e offline. No modo online, a maior parte da migração é realizada sem interrupções no serviço, com apenas um pequeno intervalo de downtime necessário durante a "corte" para o novo banco de dados. Já na migração offline, o processo exige uma parada mais longa, já que a replicação dos dados ocorre após a exportação do banco de dados.
Além dessas ferramentas, também existem alternativas que podem ser mais específicas para certas necessidades. Por exemplo, a ferramenta Bulk Copy Program (BCP) é uma opção interessante para exportar dados de uma instalação SQL Server para um arquivo de dados, podendo ser usada quando se deseja migrar grandes volumes de dados de maneira eficiente. O uso do Import/Export Service para transferir dados via arquivos BACPAC também é uma boa prática quando se busca simplificar o processo de exportação e importação de dados para o ambiente Azure.
Outro fator que deve ser considerado pelos profissionais durante o processo de migração é o impacto no desempenho das aplicações que utilizam os bancos de dados. O uso do SQL Data Sync, por exemplo, ajuda a mitigar problemas relacionados à sincronização de dados entre diferentes bancos, especialmente em cenários de alta disponibilidade ou quando existem diversas versões do banco de dados em diferentes regiões geográficas. Além disso, ao utilizar ferramentas como o SQL Server Migration Assistant (SSMA), é fundamental garantir que a compatibilidade do banco de dados com o Azure SQL seja verificada adequadamente para evitar incompatibilidades no momento da migração.
É essencial que o planejamento da migração considere não apenas as ferramentas, mas também os requisitos de segurança e compliance do ambiente de dados, uma vez que a transferência de informações sensíveis exige cuidados específicos, como o uso de criptografia durante o processo de migração. Para bancos de dados críticos, pode ser necessário realizar testes de carga e de performance no novo ambiente Azure para garantir que a infraestrutura possa suportar a quantidade de dados e transações esperadas.
Como Simplificar a Configuração de Máquinas Virtuais e SQL Server no Azure
Ao clicar no botão "Começar com uma configuração pré-definida" dentro do portal Microsoft Azure, o assinante é apresentado a uma série de recomendações de hardware virtual baseadas na carga de trabalho pretendida para a máquina virtual (VM), como ilustrado na Figura 1-5. Embora o assinante possa modificar a configuração do hardware de uma máquina virtual a qualquer momento, os templates do Azure Marketplace oferecem uma maneira prática de simplificar esse processo de configuração.
Após selecionar a configuração de hardware para a VM, uma janela com abas aparece, permitindo que o assinante forneça valores para várias configurações básicas, como o nome da máquina virtual, o grupo de recursos, a rede virtual e as credenciais da conta administrativa da VM. As abas também incluem diversas outras configurações de máquina virtual e SQL Server. Muitas dessas configurações vêm com valores padrão que atendem às necessidades mais comuns para o plano selecionado.
Além das configurações de máquina virtual, a interface também contém uma aba específica para configurações do SQL Server, como ilustrado na Figura 1-7. Esta aba é um benefício da extensão do IaaS Agent, permitindo acesso às configurações do SQL Server ainda antes de sua instalação. Entre as opções configuráveis estão a conectividade SQL, o tipo de autenticação, a integração com o Azure Key Vault, o armazenamento e as configurações de instância do SQL Server, entre outras.
Ao configurar todos os parâmetros necessários, o assinante pode clicar na opção "Revisar + Criar". Nesse ponto, o Azure valida as configurações e exibe um resumo com todas as definições que serão aplicadas à criação da VM. Caso algum parâmetro esteja mal configurado ou apresente algum risco, como a abertura do protocolo RDP (3389) à Internet, o portal alerta o usuário, permitindo ajustes antes da criação da VM.
Além disso, o assinante pode optar por integrar o SQL Server diretamente no portal do Azure, utilizando a extensão IaaS Agent, que facilita o gerenciamento de instâncias do SQL Server em máquinas virtuais. A extensão oferece uma série de funcionalidades, como o gerenciamento de SQL Server via portal, flexibilidade no licenciamento e a possibilidade de registrar diferentes versões e edições do SQL Server de maneira eficiente.
Entre os recursos da extensão, destaca-se a automação de backups do SQL Server para o Azure Blob Storage, a aplicação automática de patches e a integração com o Azure Key Vault para um armazenamento seguro das chaves de criptografia. Além disso, a integração com o Azure Update Manager permite gerenciar atualizações do sistema operacional e do SQL Server de forma centralizada, garantindo que as instâncias estejam sempre atualizadas, sem conflitos com outras ferramentas de patch.
É importante lembrar que, ao usar a automação de patches e o Azure Update Manager, o assinante deve optar por um ou outro, já que os dois sistemas não são compatíveis entre si. Isso significa que, para evitar conflitos, deve-se decidir qual serviço será utilizado na aplicação de atualizações.
O Azure também oferece uma configuração detalhada do armazenamento temporário do SQL Server, permitindo ajustar parâmetros como o número de arquivos, tamanhos iniciais e locais de armazenamento do TempDb. Outras funcionalidades avançadas incluem a exibição gráfica da utilização do disco e a integração com o Microsoft Defender for Cloud, que permite monitorar a segurança e gerar recomendações sobre o estado do SQL Server no portal do Azure.
Além das funcionalidades práticas, a extensão do IaaS Agent inclui a avaliação das melhores práticas para SQL Server, fornecendo recomendações sobre otimizações de desempenho, índices, e funcionalidades que podem estar obsoletas ou ausentes.
Com relação ao Azure SQL, a plataforma oferece diversas opções de implantação para criar bancos de dados SQL na nuvem. O portal do Azure oferece uma interface intuitiva onde o assinante pode visualizar todos os seus bancos de dados SQL, acessar recomendações de desempenho e aplicar configurações específicas para atender às necessidades de sua aplicação.
Ao utilizar as ferramentas e opções oferecidas pelo Azure, o processo de gerenciamento de máquinas virtuais e instâncias SQL Server pode ser simplificado e automatizado, reduzindo significativamente o tempo e o esforço necessários para manter os sistemas em operação. No entanto, é crucial que os administradores compreendam profundamente as implicações de cada configuração, pois ajustes incorretos podem levar a problemas de desempenho, segurança e custos inesperados.
Além disso, a escolha entre as diferentes opções de implantação SQL, como o uso do Azure SQL Database ou de uma VM com SQL Server, deve ser feita com base nas necessidades específicas da aplicação, no orçamento disponível e nos requisitos de escalabilidade.
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