O turismo, como atividade econômica complexa, é amplamente estudado por meio de modelos como o Sistema de Contas Nacionais, que permite mensurar o impacto econômico do setor no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Uma das metodologias fundamentais para essa análise é a modelagem input-output, que não apenas quantifica os fluxos econômicos entre setores, mas também pode incorporar elementos ambientais, como emissões de carbono e poluentes gerados pelas atividades turísticas. Essa abordagem possibilita uma compreensão detalhada das interdependências entre o turismo e setores industriais ou não industriais, como o meio ambiente, evidenciando os impactos diretos e indiretos dessa atividade.
A integração de dados ambientais no modelo input-output reforça a importância da sustentabilidade no turismo, permitindo que se verifique quantitativamente como os subprodutos das atividades turísticas afetam o meio ambiente. Os Sistemas de Contas Nacionais e a Contabilidade Satélite do Turismo são ferramentas essenciais para mostrar as delicadas interações entre turismo e meio ambiente, oferecendo uma base sólida para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias empresariais que busquem um equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental.
No âmbito da gestão de riscos, o setor turístico enfrenta múltiplas ameaças que podem ser financeiras, físicas, psicológicas ou relacionadas a infraestrutura. O seguro de viagem surge, portanto, como uma estratégia crucial para mitigar esses riscos. Historicamente, a prática do seguro está associada à mitigação de incertezas em atividades de alto risco, remontando às antigas rotas marítimas e ao sistema de “bottomry” dos mercadores da Babilônia. Atualmente, o seguro de viagem abrange uma vasta gama de proteções contra imprevistos como cancelamentos, roubos, doenças e interrupções causadas por crises globais, como a pandemia da Covid-19.
A pandemia expôs uma fragilidade no mercado de seguros de viagem, evidenciando um elevado índice de subseguro e a negação de diversas reivindicações em um momento crítico, o que comprometeu a reputação do setor e intensificou o desafio de aumentar a conscientização sobre a importância do seguro. Ao mesmo tempo, o aumento da percepção de risco pode incentivar a compra de seguros, criando um campo fértil para pesquisas futuras que explorem essa dualidade. A personalidade do turista também influencia essa decisão, com perfis mais cautelosos e ansiosos tendendo a adquirir maior proteção.
No campo da propriedade intelectual, que protege direitos sobre criações industriais, científicas, literárias e artísticas, há um papel estratégico no turismo. A identificação e proteção da origem e da marca de destinos turísticos, como regiões com sol e mar ou centros culturais renomados, são essenciais para o desenvolvimento e a diferenciação competitiva no mercado global. Essa proteção assegura que criadores e empreendedores possam obter benefícios econômicos legítimos por suas inovações e criações, incentivando a continuidade de esforços criativos.
Entretanto, a propriedade intelectual enfrenta críticas devido às restrições que impõe ao comércio livre e à circulação de conhecimento, bem como pelo risco de monopolização por grandes corporações, o que pode limitar o desenvolvimento incremental em setores econômicos e culturais. Na indústria do turismo, essas tensões refletem-se na necessidade de equilibrar a proteção dos direitos de propriedade intelectual com a promoção da inovação aberta e do compartilhamento de experiências culturais.
Além dos aspectos econômicos e legais, a compreensão profunda das interações entre turismo, sustentabilidade ambiental, gestão de riscos e proteção intelectual é fundamental para a formulação de políticas eficazes e para o desenvolvimento de estratégias empresariais robustas. O futuro do turismo passa por uma integração harmoniosa dessas dimensões, onde a análise quantitativa sofisticada se alia à proteção dos direitos de criação, visando não apenas o crescimento econômico, mas também a resiliência do setor e a preservação dos patrimônios naturais e culturais que sustentam a atividade turística.
É crucial reconhecer que o turismo não é um fenômeno isolado, mas sim uma rede complexa de relações econômicas, sociais e ambientais. Assim, o fortalecimento da governança em seguros, a adoção de modelos econômicos integrados e o respeito às normas de propriedade intelectual devem caminhar juntos para assegurar um desenvolvimento turístico sustentável e inovador.
Qual é o impacto do turismo nas economias locais e na governança pública?
Os governos compartilham responsabilidades no setor de turismo de diversas maneiras, tanto diretamente quanto indiretamente, gerenciando atrações essenciais, como parques, museus, estádios esportivos e centros de convenções. Além disso, são responsáveis pela criação de políticas e marcos legislativos que moldam as práticas do turismo, o que inclui o gerenciamento de recursos humanos e a definição de indicadores estatísticos relevantes. Muitas agências nacionais de turismo possuem contrapartes provinciais, territoriais e locais, e frequentemente trabalham em colaboração com organizações de marketing de destinos em todos os níveis, visando promover a experiência turística.
Alterações nas políticas governamentais, como a Lei da Comissão de Turismo do Canadá, de 2001, e a Estratégia Federal de Turismo de 2011, tratam de questões de governança, coordenação, colaboração e competição internacional. Essas mudanças afetam diretamente a maneira como o turismo é estruturado, impulsionado e regulamentado dentro de um país. No entanto, é importante notar que a indústria de turismo, mesmo em mercados maduros como o do Canadá, continua a oferecer oportunidades para recuperação e crescimento, principalmente em um cenário pós-pandemia.
Em relação a países em desenvolvimento, como Cabo Verde, o turismo começou com investimentos estrangeiros diretos nas ilhas de Sal e Boa Vista, ainda no início dos anos 1990. O crescimento econômico do país nas últimas décadas possibilitou sua ascensão como uma nação de renda média. A contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde aumentou substancialmente, passando de 10% em 2003 para 37,2% em 2019. Esse aumento resultou em um impacto significativo no mercado de trabalho, com o turismo representando 39,3% do total de empregos e fornecendo 65,8% de todos os empregos no setor de serviços.
A indústria turística de Cabo Verde tem se concentrado principalmente em pacotes turísticos all-inclusive nas ilhas de Sal e Boa Vista, além de promover o ecoturismo nas ilhas de Fogo, Santo Antão, São Nicolau e Santiago. No entanto, o governo de Cabo Verde começou a se organizar de maneira mais estratégica após 2009, quando desenvolveu seu primeiro plano diretor de turismo (2010-2013) e o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo (2018-2030). A criação de um imposto turístico noturno em 2013 foi uma medida para financiar a melhoria e a sustentabilidade da indústria.
Além disso, o setor de aluguel de carros também desempenha um papel importante no turismo. Com o crescimento do mercado global de aluguel de veículos, que foi avaliado em US$ 85,79 bilhões em 2019, o turismo tem se beneficiado de uma maior diversificação nos serviços oferecidos. As empresas de aluguel de carros têm acompanhado o avanço da tecnologia, investindo em veículos elétricos e sem emissão de poluentes, além de se prepararem para o futuro com veículos autônomos. Esses desenvolvimentos não apenas aprimoram a experiência do turista, mas também refletem mudanças nas tendências econômicas e tecnológicas, que afetam diretamente a maneira como o setor de transporte se integra à indústria do turismo.
A adaptação da indústria do turismo às mudanças tecnológicas e às novas demandas dos consumidores é crucial para o crescimento sustentável do setor. Além disso, o governo tem um papel vital na criação de condições favoráveis para a atração de investimentos internacionais e no desenvolvimento de incentivos para o investimento local. O turismo não pode ser visto apenas como uma fonte de receita, mas como um elemento que exige um planejamento estratégico, uma coordenação eficaz entre diversas esferas de governo e um foco na sustentabilidade ambiental e no bem-estar das comunidades locais. O papel das universidades e das instituições de pesquisa também é fundamental para o desenvolvimento do setor, pois elas contribuem com o conhecimento necessário para lidar com as questões emergentes, como a sustentabilidade e a fidelização do turista.
Por fim, além do crescimento das infraestruturas turísticas, é importante destacar o impacto do turismo na sociedade local. A adoção de comportamentos pró-turismo por parte dos residentes, a promoção de atitudes favoráveis ao turismo e o aumento da conscientização sobre os benefícios do setor são aspectos que devem ser constantemente observados e incentivados, para que o turismo possa ser uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social que traga benefícios tanto para os turistas quanto para os habitantes locais.
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