A liberação da fração vascular do estroma (SVF) do tecido adiposo pode ser realizada por métodos físicos e químicos de digestão, que visam separar essa fração da matriz fibrosa que a envolve. A digestão química, em especial, envolve o uso de enzimas para degradar o tecido, seguida por um cultivo das células, especialmente das células-tronco mesenquimais (MSCs), para expansão celular. No entanto, esse processo é considerado mais do que uma manipulação mínima e está sujeito a rigorosas restrições regulatórias tanto nos Estados Unidos quanto na Europa (De Francesco et al., 2018).
Para contornar essas limitações, a técnica de microfragmentação física do tecido adiposo autólogo tem ganhado destaque. Essa técnica dispensa o uso de agentes enzimáticos e o cultivo celular, obtendo a fração vascular do estroma por meio da fragmentação mecânica do tecido, resultando em um produto celular heterogêneo. Diferentemente da digestão enzimática seguida de expansão em cultura, a microfragmentação mantém uma população celular composta por adipócitos, fibroblastos e macrófagos, além de células-tronco derivadas do tecido adiposo (ADSCs) (Di Matteo et al., 2019). Essa preparação inclui também componentes da matriz extracelular, como células sanguíneas residuais, óleo e detritos celulares, embora parte desses elementos inflamatórios seja removida pelo processo de lavagem com solução salina e filtração (Screpis et al., 2022).
A aplicação clínica da microfragmentação autóloga tem sido explorada principalmente no tratamento da osteoartrite (OA) do joelho. Ensaios clínicos humanos demonstram resultados positivos com uma única injeção de microfragmentado, observados por meio de escores relatados pelos pacientes (Giorgini et al., 2022; Screpis et al., 2022). Dois estudos randomizados e controlados compararam o microfragmentado ao plasma rico em plaquetas (PRP). No estudo de Dallo et al. (2021), houve melhora significativa em dois escores clínicos para o grupo tratado com microfragmentado, embora o PRP utilizado apresentasse concentrações de plaquetas apenas ligeiramente superiores ao sangue total. Já Baria et al. (2022) utilizaram um PRP rico em leucócitos com concentrações muito maiores de plaquetas e não encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, indicando que o perfil do PRP influencia o resultado comparativo.
Em medicina veterinária, três estudos avaliando a segurança, viabilidade e eficácia das injeções de microfragmentado em cães com osteoartrite apresentaram resultados promissores. Um estudo multicêntrico com 133 cães utilizando o sistema comercial Lipogems® mostrou melhora significativa nos escores subjetivos de dor e função, embora a ausência de grupo controle e a dependência de relatos dos tutores comprometessem a robustez dos dados (Zeira et al., 2018). Pavarotti et al. (2020) observaram melhorias significativas em parâmetros biomecânicos e no inventário breve de dor canino (CBPI) após uma única injeção intra-articular. Já Botto et al. (2022), em um ensaio clínico randomizado controlado, compararam o microfragmentado com ácido hialurônico, detectando pequenas, porém significativas, diferenças a favor do microfragmentado, apesar da falta de medidas objetivas e do não mascaramento dos avaliadores. Essas limitações ressaltam a necessidade de novos estudos controlados e cegos para validar o uso do microfragmentado em osteoartrite, tanto humana quanto animal.
A regulamentação das terapias ortobiológicas é um aspecto crucial para sua prática segura e eficaz. Nos Estados Unidos, o FDA, por meio do Center for Veterinary Medicine (CVM), supervisiona o uso de medicamentos, e os produtos celulares derivados, especialmente aqueles com cultivo e manipulação extensa, podem ser considerados medicamentos sujeitos à aprovação regulatória. A situação é mais nebulosa para terapias que utilizam SVF, aspirado de medula óssea (BMAC), PRP, soro autólogo condicionado (ACS) ou sistema de plasma enriquecido (APS), cuja classificação e regulamentação não estão totalmente definidas. O documento Guidance for Industry #218 do FDA ressalta que suas orientações não estabelecem obrigações legalmente executáveis, o que demonstra a complexidade e a evolução contínua das normas nesse campo (hhs.gov). Usuários e profissionais devem manter-se informados e atentos às atualizações regulatórias para garantir o uso responsável dessas tecnologias.
Além do exposto, é fundamental compreender que a heterogeneidade celular do microfragmentado adiposo, embora ofereça vantagens pela combinação de diferentes tipos celulares e componentes da matriz extracelular, pode também representar um desafio na padronização dos produtos e na previsão dos efeitos clínicos. A ausência de manipulação enzimática reduz os riscos associados ao cultivo celular, mas mantém uma variabilidade inerente que pode impactar a resposta terapêutica.
Outro aspecto relevante é a importância de parâmetros objetivos na avaliação da eficácia das terapias regenerativas, especialmente em estudos clínicos. Resultados baseados exclusivamente em relatos subjetivos dos pacientes ou tutores são suscetíveis a viés placebo e limitações metodológicas. Portanto, a incorporação de métodos biomecânicos, análises laboratoriais e avaliações clínicas cegas torna-se imprescindível para a consolidação do conhecimento e aplicação clínica segura.
Por fim, o avanço das terapias ortobiológicas depende não só do desenvolvimento tecnológico e clínico, mas também da harmonização regulatória internacional, que possibilite o acesso a tratamentos inovadores com segurança e qualidade, estimulando a pesquisa e garantindo a proteção dos pacientes humanos e animais.
Fraturas Vertebrais em Cães: Diagnóstico, Tratamento e Prognóstico
O prognóstico para animais com fraturas vertebrais, especialmente em casos de trauma relacionado a fraturas, é frequentemente desfavorável, particularmente quando não há percepção de dor caudal à lesão. Nesses casos, o prognóstico tende a ser muito ruim, chegando a ser desesperançoso (Olby et al., 2003). A avaliação precisa e o tratamento adequado são cruciais para a recuperação do animal, e, portanto, a compreensão de como essas lesões afetam a coluna vertebral é essencial.
O diagnóstico de fraturas e luxações vertebrais é comumente baseado em achados de imagens. A radiografia convencional é a primeira ferramenta diagnóstica, sendo capaz de identificar a maioria das fraturas vertebrais. Contudo, deve-se avaliar toda a coluna vertebral, pois aproximadamente 5 a 10% das fraturas são múltiplas (Feeny & Oliver, 1980; Bali et al., 2009). Ao realizar radiografias, é necessário posicionar o animal em decúbito lateral, realizando vistas ortogonais através da mudança do feixe de radiação. No entanto, a radiografia tem uma sensibilidade limitada (72%) e um valor preditivo negativo baixo (48%) para detectar lesões ósseas após o trauma espinhal (Kinns et al., 2006).
Para uma avaliação mais detalhada, a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) são recomendadas. A tomografia é considerada o padrão para a avaliação do componente ósseo da coluna vertebral, pois apresenta maior sensibilidade do que a RM na detecção de fraturas vertebrais (Galla- stegui et al., 2019). Por outro lado, a RM é mais eficaz para avaliar lesões no parênquima da medula espinhal e no canal espinhal. Durante a avaliação de imagem, é importante analisar a estabilidade espinhal, o que pode ser feito utilizando o conceito dos três compartimentos (Shores, 1992). A coluna vertebral é dividida em três compartimentos definidos por estruturas anatômicas: o compartimento dorsal, o compartimento médio e o compartimento ventral.
Quando dois ou três compartimentos são afetados ou deslocados, a fratura é considerada instável. A instabilidade é o fator mais crítico para determinar se o tratamento conservador ou cirúrgico será mais apropriado (Jeffery, 2010). A tomografia computadorizada é mais sensível do que a radiografia na detecção de lesões nas fraturas dos compartimentos médio e dorsal e na avaliação geral da instabilidade vertebral (Kinns et al., 2006).
As metas do tratamento das fraturas vertebrais são prevenir lesões adicionais na medula espinhal e limitar os efeitos dos processos de lesões secundárias por meio de estabilização hemodinâmica. Na maioria dos casos, os animais que não apresentam percepção de dor são eutanasiados devido ao prognóstico extremamente pobre (Bruce et al., 2008; Bali et al., 2009). O tratamento cirúrgico oferece uma recuperação neurológica mais rápida e completa.
No tratamento médico, é necessário gerenciar as lesões sistêmicas e administrar a fratura vertebral de forma conservadora. Com frequência, as fraturas vertebrais estão associadas ao poli-trauma, sendo necessário priorizar o tratamento de lesões respiratórias e circulatórias. Porém, a avaliação da fratura vertebral deve ser realizada precocemente durante o processo de triagem para evitar movimentos excessivos da coluna durante a manipulação do paciente. Se uma fratura ou luxação vertebral for suspeita, é essencial garantir que o cão esteja imobilizado em uma superfície firme.
O tratamento conservador para fraturas ou luxações envolve o uso de técnicas de coaptação externa, como a imobilização com talas e gessos, e a restrição rigorosa de movimento por um período de 6 a 8 semanas (Bagley, 2000; Jeffery, 2010). A escolha do tratamento conservador depende do comportamento, tamanho e idade do animal. O objetivo da coaptação externa é imobilizar as vértebras cranial e caudal à área lesionada, embora a coaptação externa possa não resistir à compressão axial, o que a torna inadequada quando há falha no compartimento ventral.
Em alguns estudos, a gestão conservadora demonstrou taxas de melhoria de até 94% (Carberry et al., 1989; McKee, 1990; Selcer et al., 1991; Hawthorne et al., 1999). Porém, se a estabilidade espinhal for comprometida, a cirurgia é indicada. A indicação para a intervenção cirúrgica inclui instabilidade espinhal, compressão da medula espinhal, piora do estado neurológico e dor resistente ao tratamento.
O tratamento cirúrgico visa a realinhamento e a descompressão das fraturas ou luxações, além de estabilizar a coluna vertebral. Existem diversas técnicas descritas para a estabilização vertebral (Sharp & Wheeler, 2005, pp. 211-246; Jeffery, 2010; Hettlich, 2017, pp. 209-221), refletindo que não há uma única técnica ideal para todas as situações. A escolha do método depende da forma das vértebras, do nível da coluna vertebral afetado e da preferência do cirurgião. O objetivo é alcançar uma estabilização rígida enquanto se evita lesões nas estruturas neurais e vasculares circundantes.
Embora existam várias técnicas para a estabilização vertebral, os resultados geralmente são positivos quando a percepção de dor é preservada (Bruce et al., 2008; Bali et al., 2009).
A Aplicação da Termografia Infravermelha no Diagnóstico e Reabilitação de Lesões Musculoesqueléticas em Cães
A termografia infravermelha tem se consolidado como uma ferramenta eficaz no diagnóstico e monitoramento de lesões musculoesqueléticas em cães. O princípio físico por trás da termografia baseia-se na detecção da radiação infravermelha emitida pelo corpo, que está diretamente relacionada à temperatura superficial da pele. Essa técnica permite avaliar alterações térmicas que podem indicar processos inflamatórios, distúrbios musculares ou até mesmo fraturas, antes mesmo que sinais clínicos evidentes se manifestem.
A utilização da termografia infravermelha na medicina veterinária tem se mostrado vantajosa, principalmente em conjunto com outras modalidades de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. Essas ferramentas combinadas proporcionam uma análise mais detalhada das lesões musculares e articulares, permitindo a identificação de áreas de aumento de temperatura associadas a inflamações ou sobrecarga muscular. Um dos maiores benefícios da termografia é sua capacidade de monitorar a evolução do processo de recuperação de uma lesão, oferecendo um método não invasivo e de rápida aplicação.
A técnica é especialmente útil na avaliação de cães com lesões esportivas, em que a reabilitação é uma parte crucial do tratamento. A capacidade de observar as mudanças térmicas durante e após o exercício físico, por exemplo, possibilita um acompanhamento preciso da resposta do corpo à atividade e à recuperação muscular. O uso de termografia após o exercício em cães de trabalho tem sido sugerido como uma forma eficaz de identificar lesões incipientes e ajustar programas de reabilitação de maneira precoce, antes que a lesão se agrave.
Além de seu valor diagnóstico, a termografia infravermelha também auxilia na detecção de problemas musculares subjacentes que podem não ser visíveis em exames tradicionais. Estudos têm demonstrado que, em cães com alterações musculares ou articulares, o aumento de temperatura pode ser detectado em áreas específicas, como o tendão de Aquiles ou a região do cotovelo, fornecendo informações cruciais sobre a localidade e extensão da lesão.
A combinação da termografia com outras técnicas de diagnóstico, como a ultrassonografia musculoesquelética, tem revelado grandes avanços no tratamento e na reabilitação de lesões em cães. Isso ocorre porque a termografia é capaz de identificar áreas de inflamação e sobrecarga muscular que podem não ser facilmente detectadas por meio de palpação ou exames convencionais, enquanto a ultrassonografia permite uma avaliação mais detalhada da estrutura interna dos músculos e tendões.
Porém, é essencial que os profissionais de medicina veterinária compreendam as limitações dessa tecnologia. Embora a termografia seja um excelente método para detectar anomalias térmicas, ela não substitui outros exames diagnósticos essenciais, como radiografias ou tomografias, que podem ser necessárias para um diagnóstico definitivo. Além disso, fatores externos como temperatura ambiente, umidade e até mesmo o estresse do animal podem influenciar os resultados da termografia, o que exige uma interpretação cuidadosa dos dados.
O uso de termografia infravermelha na prática clínica diária oferece, portanto, uma vantagem significativa na detecção precoce e monitoramento de lesões musculoesqueléticas em cães, especialmente em contextos de reabilitação. Sua eficácia está diretamente relacionada à experiência do profissional em interpretar as imagens, assim como à integração da termografia com outras tecnologias de diagnóstico. O avanço contínuo da tecnologia, aliado à crescente aplicação na medicina veterinária, promete um futuro em que o tratamento de lesões em animais será mais preciso e personalizado, contribuindo para uma recuperação mais rápida e eficaz.
A termografia infravermelha, embora promissora, deve ser utilizada com discernimento e em conjunto com outras modalidades diagnósticas, considerando sempre as particularidades de cada paciente.
Como a Imagem de Diagnóstico Tem Ajudado na Medicina Veterinária Esportiva Canina?
No contexto da medicina veterinária esportiva, a imagem de diagnóstico tem se tornado uma ferramenta essencial na avaliação e reabilitação de cães atletas. A detecção precoce de lesões, a avaliação de seu impacto e a escolha das terapias mais eficazes dependem, em grande parte, de tecnologias de imagem de última geração. Uma das áreas de estudo mais promissoras envolve o uso de ressonância magnética, tomografia computadorizada e termografia infravermelha para examinar as articulações, músculos e outros tecidos envolvidos em lesões.
A ressonância magnética, por exemplo, tem sido amplamente empregada para diagnosticar patologias no ombro canino, uma vez que proporciona uma visão detalhada das estruturas articulares e musculares. Um estudo recente demonstrou a eficácia da ressonância magnética na avaliação de lesões do ombro em cães, permitindo uma identificação precisa de danos musculares, tendinosos e ligamentares. Da mesma forma, a tomografia computadorizada tem mostrado grande potencial na detecção de lesões articulares complexas, como rupturas de ligamentos e meniscos, particularmente em cães com instabilidade articular.
Outra técnica diagnóstica relevante é a termografia infravermelha, que se destaca por sua capacidade de detectar variações de temperatura na superfície do corpo, indicando inflamação ou dor em áreas específicas. Ao monitorar essas mudanças de temperatura, os veterinários podem identificar lesões antes que elas se tornem clinicamente evidentes. Em esportes caninos de alto desempenho, como as competições de agilidade e corridas, onde o impacto nas articulações é frequente, a termografia se mostra uma ferramenta valiosa para a detecção precoce de problemas, permitindo uma intervenção rápida e eficaz.
Além disso, o uso combinado de imagens térmicas e outros métodos de diagnóstico por imagem, como a cintilografia óssea, tem demonstrado ser eficaz na investigação de claudicação oculta, onde a origem da dor pode não ser imediatamente aparente. Esses métodos avançados têm melhorado significativamente a precisão diagnóstica e, consequentemente, a eficácia dos tratamentos oferecidos aos cães atletas.
Nos últimos anos, a introdução de novas tecnologias de imagem, como a artrografia por ressonância magnética direta, também tem sido uma inovação importante no diagnóstico de lesões articulares, permitindo uma visualização mais clara das articulações e das estruturas internas. Estudos indicam que a combinação dessas novas tecnologias com abordagens terapêuticas inovadoras tem ajudado não só na recuperação de lesões existentes, mas também na prevenção de futuras complicações.
É fundamental que os profissionais de saúde veterinária entendam a importância de uma abordagem multimodal no tratamento e diagnóstico das lesões em cães, especialmente em atletas. A escolha das ferramentas adequadas, aliada ao conhecimento técnico, pode resultar em uma recuperação mais rápida e em um desempenho ideal do animal. Além disso, o uso de imagem de diagnóstico não se limita apenas ao tratamento de lesões, mas também pode ser fundamental na reabilitação, fornecendo dados valiosos sobre a progressão da recuperação e ajustando o plano terapêutico conforme necessário.
Além de simplesmente identificar lesões, o diagnóstico por imagem também desempenha um papel crucial na avaliação de alterações subtis no funcionamento do corpo do cão. A monitorização contínua de alterações térmicas e estruturais ao longo do tempo ajuda a identificar desequilíbrios biomecânicos ou problemas posturais, que podem, eventualmente, levar a lesões se não tratados. Dessa forma, a prevenção e a intervenção precoce são muito mais eficazes, melhorando a qualidade de vida do animal e prevenindo o agravamento das condições.
A utilização de técnicas de imagem também pode ser um indicativo importante para o planejamento de intervenções cirúrgicas ou terapias físicas, como o uso de ultrassom terapêutico e outras modalidades de reabilitação. A imagem de diagnóstico, ao fornecer uma visão detalhada do problema, permite que os profissionais de saúde veterinária escolham as abordagens mais adequadas para o tratamento de lesões musculoesqueléticas e outras condições, otimizando o tempo de recuperação e melhorando o desempenho físico do cão.
Por fim, o desenvolvimento contínuo dessas tecnologias abre novas portas para o diagnóstico e tratamento de condições médicas e musculoesqueléticas em cães. Em um futuro próximo, espera-se que mais métodos inovadores e menos invasivos se tornem amplamente acessíveis, melhorando ainda mais o prognóstico e a qualidade de vida dos cães em tratamentos veterinários.

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