Alertas são um componente vital no Elastic Stack. O Kibana, integrado com o Elasticsearch, oferece um sistema robusto para criar e gerenciar alertas com base nas condições definidas pelo usuário. Em um ambiente dinâmico de monitoramento de dados, a capacidade de identificar anomalias, falhas e variações nas métricas é fundamental para garantir a continuidade dos serviços e a correta interpretação dos dados.
Criar alertas no Kibana é um processo relativamente simples, que pode ser feito através de uma interface gráfica intuitiva. Utilizando dados armazenados no Elasticsearch, é possível configurar alertas que podem ser acionados por e-mail, Slack, ou até mesmo por chamadas a serviços externos. Estes alertas podem ser configurados para monitorar condições específicas, como variações nos valores de métricas ou a detecção de picos de tráfego.
Ao configurar um alerta, o primeiro passo é selecionar a fonte de dados. Por exemplo, ao trabalhar com o fluxo de dados metrics-rennes_traffic-raw, criado no processo anterior de exploração de dados no Discover, você pode definir uma regra que monitora a velocidade média dos veículos em um determinado intervalo de tempo. A partir daí, você pode configurar a condição do alerta, como "quando a média da velocidade for abaixo de 12 km/h por 35 minutos". O Kibana permite também personalizar as ações que serão realizadas quando o alerta for disparado. Pode-se, por exemplo, configurar uma ação de envio de e-mail, incluindo informações detalhadas sobre o alerta, como o valor exato da média da velocidade e o timestamp.
A flexibilidade do Kibana vai além da simples configuração de alertas. O sistema permite a criação de regras complexas, integração com diferentes canais de notificação e a customização das ações. Com o uso de conectores, o Kibana pode interagir com diversos serviços externos, como Slack ou webhooks, tornando o processo de monitoramento mais ágil e eficiente.
Com as recentes atualizações do Elastic Stack, como a possibilidade de criar regras via APIs ou Terraform, os usuários agora podem automatizar a criação de alertas e personalizar ainda mais seus sistemas de monitoramento. A introdução de ações condicionais também permite criar cenários mais complexos de notificação, com base em consultas programadas e em determinadas condições. Essas inovações tornam o sistema ainda mais robusto, permitindo responder a incidentes com mais rapidez e precisão.
Entretanto, para que os alertas sejam verdadeiramente eficazes, é preciso ir além da configuração básica. Boas práticas de alertamento são essenciais para evitar problemas comuns, como o envio excessivo de alertas falsos ou a falta de clareza nas notificações. A criação de tags e identificadores nos alertas é uma prática recomendada, pois ajuda a fornecer contexto adicional e facilita a tomada de decisões rápidas. Além disso, a segmentação de alertas críticos de informações não urgentes, utilizando diferentes canais de comunicação, pode garantir que a equipe esteja mais focada nas questões que exigem uma ação imediata.
Importante também é a prática de alertar com base em sintomas, e não em causas. Isso significa que, ao configurar alertas, deve-se priorizar sinais de que algo está errado (por exemplo, um aumento anômalo no tráfego ou uma falha em um serviço), ao invés de tentar monitorar diretamente a causa do problema, que pode ser mais difícil de identificar em tempo real.
No entanto, apesar de sua eficácia, o sistema de alertas do Kibana não deve ser considerado isoladamente. O Watcher, uma funcionalidade tradicional do Elasticsearch, também é uma opção poderosa para automatizar ações com base em condições específicas. A principal diferença entre o Kibana Alerting e o Watcher está na flexibilidade e integração. Enquanto o Kibana é ideal para criar alertas com uma interface amigável e ações pré-configuradas, o Watcher oferece uma abordagem mais personalizada e programática, permitindo maior controle sobre as ações automatizadas.
Além disso, a combinação dessas ferramentas pode proporcionar uma solução mais completa. Por exemplo, o Kibana pode ser usado para monitoramento em tempo real, enquanto o Watcher pode ser configurado para uma abordagem mais analítica, acionando alertas em intervalos maiores ou com condições mais complexas.
Ao construir um sistema de alertas no Kibana, é fundamental definir claramente as políticas e processos que irão guiar as notificações. Deve-se garantir que todas as partes envolvidas estejam cientes de suas responsabilidades e que haja um protocolo de escalonamento para que as notificações sejam tratadas de maneira eficiente. A comunicação clara e a documentação detalhada sobre os alertas são componentes chave para evitar confusão e garantir uma resposta rápida.
Além disso, o contexto nos alertas é fundamental. Não apenas as informações sobre o incidente, mas também sobre as circunstâncias e impacto potencial. Isso ajuda as equipes a decidirem as ações a serem tomadas de maneira mais ágil e com menos margem para erros.
Por fim, é importante considerar o fluxo de dados que alimenta os alertas. O Kibana oferece ferramentas para realizar uma análise detalhada da taxa de logs e padrões de dados, o que pode ser essencial para identificar anomalias com maior precisão. Técnicas como análise de taxa de logs e detecção de pontos de mudança podem ser cruciais para antecipar problemas antes que se tornem críticos. Além disso, a utilização de algoritmos de aprendizado de máquina não supervisionado para detectar anomalias em dados também se apresenta como uma técnica avançada para melhorar a precisão dos alertas.
Como implementar a busca semântica com vetores densos no Elasticsearch
No desenvolvimento de sistemas de busca avançada, a utilização de vetores densos oferece uma nova dimensão de precisão ao buscar por semelhanças semânticas. Para ilustrar isso, analisaremos um script básico e os componentes fundamentais para a implementação de uma busca semântica com vetores densos no Elasticsearch. O uso de vetores densos permite representar dados textuais de maneira que o significado semântico seja preservado e comparado de maneira mais eficaz, ao contrário dos métodos tradicionais de correspondência exata de termos.
A primeira parte fundamental do script é a definição do mapeamento do índice, onde é configurado o campo plot_vector. Este campo, definido como dense_vector, contém o vetor denso que representará o conteúdo semântico de um texto. A definição do campo inclui também o número de dimensões do vetor e o algoritmo de similaridade a ser utilizado, como no seguinte exemplo:
Aqui, o vetor tem 384 dimensões, sendo otimizado para operações de similaridade por meio do produto escalar. Isso permite uma comparação mais eficiente entre os vetores gerados.
A próxima etapa é a configuração do pipeline de ingestão, que será responsável por transformar os documentos recebidos em vetores densos. Esse pipeline utiliza um modelo de machine learning previamente treinado para realizar a inferência sobre o conteúdo textual. A transformação ocorre através de um modelo de Sentence Transformers, onde o campo plot do documento é utilizado para gerar a representação vetorial que será armazenada no campo plot_vector:
Esse pipeline aplica a inferência para cada documento, criando um vetor denso a partir do campo de texto e removendo os dados brutos após a conversão, garantindo que apenas os dados relevantes sejam mantidos.
Outro ponto importante a ser considerado é o processo de ingestão em massa. Neste script, o parâmetro chunk_size é configurado para 100, ao invés do valor padrão de 500, devido à alta carga computacional que o pipeline de ingestão pode gerar ao processar modelos de machine learning. A ingestão em menores blocos ajuda a evitar problemas de desempenho durante o processamento:
Após a ingestão dos dados, é possível visualizar e inspecionar os documentos através do Kibana, o que permite verificar se os vetores densos foram corretamente indexados. Na interface do Kibana, em "Stack Management | Kibana Data Views", você criará uma nova visualização de dados que referencie o índice movies-dense-vector. A partir daí, será possível verificar o campo plot_vector dentro dos documentos para confirmar que os vetores densos estão presentes.
Uma vez que os dados estejam indexados, a busca semântica pode ser realizada utilizando o recurso de consulta kNN (k-nearest neighbors). O Elasticsearch utiliza o modelo de machine learning para transformar o texto de entrada em um vetor e, em seguida, realiza a busca nos vetores dos documentos indexados, retornando os mais próximos. O seguinte exemplo mostra como isso é feito através da consulta:
Neste exemplo, a consulta "romantic moment" é convertida em um vetor, e o Elasticsearch realiza uma busca kNN para encontrar os cinco documentos cujos vetores são mais próximos ao vetor gerado pela consulta. O resultado será uma lista de documentos cujos conteúdos semânticos correspondem à ideia de "momento romântico", mesmo que as palavras exatas não apareçam nos documentos.
Finalmente, ao construir a aplicação de busca, podemos integrar a busca semântica com outras funcionalidades, como filtros e agregações, criando uma experiência de busca dinâmica e poderosa. A implementação de uma busca lexical, como discutido em capítulos anteriores, pode ser comparada com a busca semântica para verificar como os resultados variam de acordo com os métodos utilizados.
A implementação de buscas semânticas com vetores densos transforma a maneira como lidamos com grandes volumes de dados textuais, proporcionando uma busca mais intuitiva e relevante. Esse tipo de integração entre machine learning e sistemas de busca permite que as ferramentas se adaptem ao conteúdo de forma mais inteligente, com foco no significado, e não apenas na correspondência exata de palavras.
Como Integrar Pesquisa Vetorial e IA Generativa para Aplicações de Perguntas e Respostas
Ao desenvolver um aplicativo de perguntas e respostas, a escolha de uma estratégia de busca eficiente é crucial. No contexto da integração com o Elasticsearch, utilizamos uma estratégia híbrida que combina as abordagens tradicionais de BM25 e a pesquisa k-NN (k-Nearest Neighbors). A principal vantagem dessa combinação é a capacidade de tirar o melhor proveito de ambos os métodos, oferecendo uma busca mais precisa e personalizada de acordo com o conteúdo dos documentos.
Entretanto, ao trabalhar com documentos de um índice existente do Elasticsearch, nos deparamos com um problema: a estrutura desses documentos não é ideal para o que o LangChain espera. Para resolver isso, foi necessário definir funções customizadas para o processo de construção de documentos e de consultas. A função custom_document_builder foi criada para determinar como um documento é estruturado com base nos dados recuperados do Elasticsearch, enquanto a função custom_query_builder permite personalizar a consulta que é enviada para o Elasticsearch.
Além disso, ao integrar um modelo de linguagem generativa (LLM) ao processo de recuperação de informações, é fundamental que o modelo só gere respostas com base no contexto fornecido pelos documentos recuperados. Para isso, utilizamos um template de prompt cuidadosamente projetado para garantir que o LLM não produza respostas fora do contexto. O prompt utilizado foi:
A ideia aqui é que o modelo só seja capaz de gerar respostas com base nos documentos específicos recuperados durante a fase de busca. Para orquestrar todo esse processo, LangChain nos fornece o conceito de "chain" (cadeia), que é uma sequência de chamadas aos diversos componentes (como o LLM, a etapa de recuperação de dados, ou outras ferramentas). Em nosso caso, definimos uma cadeia que conecta a recuperação de dados ao modelo de linguagem e à etapa de formatação da resposta.
A cadeia que criamos foi configurada da seguinte forma:
Essa configuração nos permite não só gerar uma resposta, mas também exibir as fontes de onde a resposta foi gerada, aumentando a transparência do processo.
Outro ponto importante no desenvolvimento de um sistema de perguntas e respostas baseado em IA generativa é a configuração do modelo de linguagem. Utilizamos uma função chamada setup_chat_model, que inicializa o modelo com parâmetros como a URL base, o modelo desejado e a temperatura, que controla o nível de aleatoriedade das respostas geradas.
A interação com o modelo ocorre através da função ask, que é chamada sempre que o usuário envia uma consulta, e é ela que aciona a cadeia de recuperação e geração de respostas:
Este fluxo permite que o sistema responda com precisão, combinando o poder do modelo generativo com a recuperação de informações baseada em Elasticsearch.
A flexibilidade dessa abordagem é visível também nas configurações personalizáveis da interface. Por exemplo, a sidebar da aplicação permite que o usuário escolha o modelo de IA a ser utilizado, como o Ollama/Mistral ou o OpenAI GPT-3.5, e ajuste parâmetros como a temperatura para controlar a variação das respostas. Além disso, configurações adicionais relacionadas ao número de documentos a serem recuperados ou ao tamanho da janela do RankFusion (RRF) podem ser ajustadas para otimizar a busca e melhorar a qualidade das respostas.
Existem abordagens alternativas interessantes para melhorar ainda mais o desempenho da busca vetorial com o Elasticsearch no LangChain. Uma dessas alternativas é o uso de um "self-querying retriever", que converte a pergunta original em uma consulta estruturada para o Elasticsearch, ajustando-a ao formato dos documentos e melhorando a precisão da busca. Outra técnica interessante é o "MultiQueryRetriever", que gera várias consultas a partir de uma única pergunta original, permitindo que o sistema recupere diferentes perspectivas e informações mais variadas. Essa abordagem é especialmente útil em casos onde a pergunta é ambígua ou pode ser abordada de diversas maneiras.
Essas técnicas de busca avançada, junto com o uso de LangChain e Elasticsearch, oferecem um conjunto poderoso de ferramentas para construir aplicações de perguntas e respostas robustas e adaptáveis. Ao experimentar e ajustar as configurações de busca e de IA generativa, é possível criar um sistema altamente personalizado e eficiente, capaz de atender às necessidades específicas de diversos casos de uso.
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