O conceito de fluxo de um campo vetorial é fundamental para entender a dinâmica de sistemas descritos por equações diferenciais. Quando se fala de fluxo, normalmente usamos a notação para denotar o mapeamento, sendo uma variável que representa o tempo. Esse fluxo, denotado como , é crucial em várias áreas da matemática, incluindo o estudo dos campos vetoriais completos.
Um campo vetorial é dito completo se, para todo ponto pertencente a uma variedade , o intervalo associado ao fluxo do campo é igual a , ou seja, o fluxo está definido em todo o produto cartesiano . Em outras palavras, as curvas integrais de um campo vetorial completo são definidas para todos os valores de , independentemente do ponto inicial . Essa definição garante que a dinâmica do sistema descrito pelo campo vetorial seja completamente analisada, sem restrições de tempo ou espaço.
Outro conceito importante é o de derivada de uma função escalar ao longo de um campo vetorial . A derivada de ao longo de , denotada por , é uma função que associa a cada ponto de o valor da derivada direcional de na direção do vetor , isto é, . Essa operação permite estudar como a função se comporta ao longo das trajetórias definidas pelo campo vetorial . A derivada é uma função suave, e suas propriedades variam conforme o comportamento local do campo vetorial.
Os campos vetoriais em uma variedade formam um espaço vetorial, denotado por , onde a combinação linear de campos vetoriais resulta em um novo campo vetorial. Além disso, se e forem campos vetoriais e , forem funções reais suaves, podemos definir a combinação linear , que resulta em um campo vetorial cujos valores em cada ponto são dados por . Esse conjunto pode ser visto como um módulo sobre o anel das funções reais suaves definidas sobre , o que introduz uma estrutura algébrica interessante.
Para uma análise mais profunda, é importante introduzir a definição de álgebras de Lie. Um espaço vetorial sobre é uma álgebra de Lie se, além da estrutura de espaço vetorial, for possível definir um produto binário , que satisfaça certas propriedades. As propriedades desse produto incluem a comutatividade antissimétrica, a bilinearidade e a identidade de Jacobi. No caso dos campos vetoriais, o produto de Lie entre dois campos e , denotado por , é um novo campo vetorial, cujas propriedades e comportamentos são estudados no contexto de sistemas não lineares.
A definição de produto de Lie para campos vetoriais, , envolve a operação , e a construção desse produto é fundamental para compreender como os campos vetoriais interagem entre si. Em termos coordenados locais, o produto de Lie é expresso por derivadas parciais que envolvem as componentes dos campos vetoriais e suas relações. O produto de Lie, embora simples em sua definição, tem um papel crucial na análise de sistemas dinâmicos e no controle de sistemas não lineares, onde a interação entre os campos vetoriais é frequentemente não trivial.
Além disso, o conceito de "campo vetorial tangente a uma subvariedade" é de grande importância. Se for uma subvariedade de e , forem campos vetoriais suaves de , a operação de Lie entre e , denotada , continuará sendo tangente a . Esse resultado é importante para o estudo de sistemas que possuem restrições geométricas, como aqueles modelados em subvariedades de uma variedade maior. A propriedade de que o produto de Lie de campos vetoriais tangentes a uma subvariedade permanece tangente à mesma subvariedade permite uma análise mais precisa dos sistemas que se restringem a essas regiões geométricas.
Por fim, a noção de campos vetoriais -relacionados também é relevante. Dois campos vetoriais e são -relacionados se , onde é uma função suave entre variedades. A operação de Lie entre campos vetoriais e pode ser transferida para uma nova variedade de forma controlada, utilizando a estrutura -relacionada. Isso facilita a transferência de resultados entre diferentes contextos geométricos, preservando propriedades importantes do sistema dinâmico estudado.
Esses conceitos não são apenas fundamentais no campo da geometria diferencial, mas também têm aplicações diretas em teoria de controle, física matemática e sistemas dinâmicos, onde a interação entre múltiplos vetores e a análise do fluxo de sistemas não lineares é crucial. O entendimento aprofundado dessas definições e teoremas permite uma análise robusta e completa do comportamento dinâmico de sistemas complexos.
Como Provar a Existência de um Sistema Regularizando Dinâmico Usando a Extensão Dinâmica
Para provar que o sistema (0,0) é igual a 0, 0, começamos analisando o sistema composto descrito pela equação (5.35). Com base na definição de , sabemos que o comportamento do sistema, caracterizado por m-ujo, pode ser expresso como:
Neste ponto, é fundamental observar que, se a equação (5.38) não for verdadeira, então a função , tal como definida, deve satisfazer a condição , , conforme mostrado na equação (5.39).
Essa análise leva à consideração de uma nova lei de retroalimentação dinâmica dada por:
Note-se que, devido à equação (5.39), tanto a retroalimentação dinâmica (5.31) quanto a nova lei (5.40) possuem a mesma aproximação linear no ponto . Isso implica que, tanto o sistema composto (5.1)-(5.31) quanto o sistema composto (5.1)-(5.40), têm a mesma aproximação linear no ponto de equilíbrio . A primeira, que é representada pela equação (5.35), possui uma matriz de desacoplamento não singular em , o que implica que o sistema resultante do uso da nova retroalimentação também possuirá uma matriz de desacoplamento não singular em , uma vez que a singularidade ou não singularidade de tal matriz depende exclusivamente da aproximação linear no ponto de equilíbrio.
A retroalimentação (5.40) demonstra que a -ésima componente de não depende explicitamente de , mas apenas de e das outras componentes de . Isso permite reestruturar o sistema (5.1)-(5.40) como um sistema de entrada-saída com um único canal de entrada, o que, ao ser linearizado, revela que o sistema composto não pode ter uma matriz de desacoplamento não singular, pois a redução de um dos canais de entrada implica uma estrutura de controle com menos de entradas.
Agora que mostramos que a equação (5.38) deve ser verdadeira, podemos substituir uma das componentes de por uma nova variável , levando à transformação coordenada que expressa o sistema fechado em termos das novas variáveis. Este processo resulta em um novo sistema de equações que mantém as propriedades desejadas de desacoplamento.
A continuidade do processo de extensão dinâmica depende da suposição de que a matriz tem posto constante em uma vizinhança de . Isso implica que a extensão dinâmica pode ser iterada para construir sistemas compostos que preservam as propriedades desejadas ao longo das iterações. Importante, a extensão dinâmica gerada por esse algoritmo é de dimensão mínima em comparação com qualquer outra possível extensão regularizadora, o que a torna uma abordagem eficiente e sistemática para o problema de controle não-interativo com estabilidade.
Além disso, é relevante que qualquer feedback estático regular seja uma extensão dinâmica trivial do sistema original. Esse tipo de feedback regularizador, embora de dimensão mínima, é útil como uma forma base de estabilizar sistemas, e pode ser visto como um componente fundamental em uma estrutura mais ampla que envolve retroalimentações dinâmicas mais complexas.
Finalmente, a propriedade de que as extensões dinâmicas geradas por diferentes seleções de parâmetros podem ser feitas de forma a manter a mesma dimensão implica que, para qualquer par de extensões dinâmicas geradas pelo algoritmo, a estrutura global do sistema composto não sofrerá alterações significativas, exceto por uma mudança nas coordenadas e nos parâmetros de feedback estático. Essa constância na dimensão da extensão dinâmica é uma característica desejável em muitos problemas de controle, pois garante a previsibilidade e a estabilidade do processo ao longo das iterações.
Como Entender e Aplicar o Algoritmo de Distribuição Invariante Controlada na Teoria Geométrica de Feedback de Estado
A partir da análise de sistemas dinâmicos controlados, chegamos à conclusão de que para o sistema descrito pela equação A* ; = 1, 14 (x) = (K4) para todo x, temos que z*l = 0 para todos os valores de x. Considerando um sistema com duas entradas e duas saídas definido sobre R5, como mostrado no Exemplo 6.3.4, temos as equações que representam os comportamentos dos estados do sistema, cujas funções de controle a serem aplicadas visam determinar as distribuições invariantes controladas.
Neste contexto, ao utilizarmos o vetor Wi(x) dado por uma matriz de diferenciais, podemos calcular o rank das matrizes e determinar a estrutura do sistema de maneira geométrica. O cálculo de Ai(x) = Wi(x)g(x) é essencial para determinar a invariância local da distribuição, resultando na formulação de um conjunto de funções (diferenciais) que definem a dinâmica do sistema. A relação de dependência entre estas funções e os vetores de controle utilizados ao longo do algoritmo de distribuição invariante controlada, estabelece as bases para a solução das distribuições invariantes controladas.
É importante notar que, quando o sistema se encontra em um ponto regular, a distribuição zl torna-se não singular e involutiva, o que significa que ela possui as propriedades de máximas subvariedades integrais. Essas propriedades são fundamentais para entender o comportamento do sistema em torno de um ponto específico, e é exatamente neste ponto que entramos no domínio da dinâmica de zero. A partir do momento em que conseguimos estabelecer que a distribuição zl está invariavelmente controlada pela ação do feedback, podemos aplicar métodos algébricos para garantir que o sistema continue seguindo a trajetória desejada.
A aplicação prática deste algoritmo de distribuição invariante controlada depende de uma compreensão precisa da dinâmica do sistema e das funções de controle definidas para ele. A solução das equações diferenciais que modelam a evolução dos estados do sistema, juntamente com a escolha adequada das funções de controle, torna-se a chave para garantir que a distribuição invariante seja efetiva. Neste processo, a invariância do sistema sob feedback é garantida pela manipulação da matriz que define o controle do sistema.
De fato, ao considerar a relação entre a dinâmica zero e a distribuição invariante controlada, é possível afirmar que a transformação do sistema sob o feedback levará ao alinhamento das trajetórias com as subvariedades integrais da distribuição, o que garante o controle adequado do sistema. Isso é exemplificado por resultados como o teorema de que a distribuição Z* localmente coincide com a subvariedade integral de A* em torno de um ponto regular.
Por fim, deve-se compreender que a invariância da distribuição, que é uma consequência da escolha e definição adequada das funções de controle, não depende apenas de um único parâmetro, mas da interação entre todos os componentes do sistema. A estrutura algébrica gerada pelas diferentes matrizes e funções de controle permite que o sistema evolua de maneira previsível e controlada, o que é crucial para a aplicação de sistemas dinâmicos em diversas áreas da engenharia.
Como as Extensões Dinâmicas e Distribuições Geométricas Influenciam o Controle Não Interativo com Estabilidade
O problema do controle não interativo em sistemas não lineares envolve a busca por uma realimentação dinâmica que torne o sistema fechado equivalente a um conjunto de subsistemas independentes, sem interação entre as saídas. Para abordar este problema, é fundamental considerar extensões dinâmicas do sistema original e as distribuições associadas, que oferecem uma perspectiva geométrica para analisar as condições necessárias à estabilização e não interação simultâneas.
Dado um sistema não interativo com um grau relativo vetorial definido no ponto de equilíbrio, a extensão dinâmica introduz novas variáveis de estado que possibilitam a modelagem do sistema ampliado. Essa extensão transforma o problema original em um sistema (fechado em malha) estendido, cuja dinâmica é expressa por campos vetoriais que dependem tanto do estado original quanto das variáveis dinâmicas adicionais. A análise desse sistema estendido permite definir uma distribuição, designada por , que representa um “alargamento” da distribuição original .
O papel dessa distribuição estendida é crucial: ela permanece invariável independentemente da extensão dinâmica escolhida, desde que esta preserve a propriedade de não interação do sistema. Isso indica que é uma estrutura geométrica intrínseca, ligada diretamente às características fundamentais do sistema e do problema de controle em questão. A demonstração dessa invariância se baseia em argumentos indutivos que utilizam identidades envolvendo os campos vetoriais e suas derivadas de Lie, ilustrando a robustez da distribuição perante transformações dinâmicas que respeitam as condições de não interação.
Além disso, essa distribuição oferece um instrumento para identificar obstruções ao controle não interativo com estabilidade. Considerando sistemas para os quais existe um conjunto não vazio de extensões dinâmicas regularizadoras, a distribuição é definida de forma unívoca e independente da escolha da extensão e do feedback utilizado para a resolução do problema. Esta propriedade garante que o espaço tangente definido por é uma característica intrínseca do sistema, refletindo suas limitações estruturais e permitindo a definição de subvariedades invariantes localmente sob o campo de vetor original do sistema.
A existência e a invariância dessas subvariedades, que podem ser vistas como variedades integrais da distribuição , implicam que as soluções do sistema estabilizado por realimentação dinâmica estão confinadas a estas variedades, reforçando a importância do entendimento geométrico na análise e projeto do controle. Essa abordagem distingue-se da mera manipulação algébrica, propondo uma visão integrada onde a estabilidade e a não interação são propriedades que emergem da estrutura geométrica do sistema ampliado.
Além disso, o estudo detalhado dos comutadores (ou colchetes de Lie) entre os campos vetoriais associados ao sistema e às suas extensões permite compreender como as propriedades de regularidade e não interação são mantidas sob transformações dinâmicas. A análise combinatória dos comutadores auxilia na caracterização das distribuições invariantes, oferecendo ferramentas matemáticas precisas para a construção e validação de controladores dinâmicos.
É importante notar que a viabilidade do controle não interativo com estabilidade depende não apenas das propriedades locais em torno do ponto de equilíbrio, mas também da existência de extensões dinâmicas que possam ser aplicadas de forma regularizadora. A aplicabilidade prática do método exige, portanto, uma verificação criteriosa dessas condições estruturais e geométricas, para assegurar que o projeto do controlador seja realizável.
Compreender essas relações geométricas fornece uma visão profunda do problema de controle, permitindo que se reconheça que a estabilidade e a não interação são consequências da preservação de distribuições específicas sob realimentações dinâmicas. Essa perspectiva transcende o método clássico de linearização, permitindo a aplicação a sistemas não lineares complexos, cujas dinâmicas apresentam interações internas difíceis de serem eliminadas sem um tratamento geométrico rigoroso.
Por fim, é relevante destacar que a compreensão da distribuição e sua invariância também auxiliam na identificação dos graus de liberdade restantes para o projeto do controlador, orientando a construção de realimentações que assegurem o desempenho desejado. Este insight é valioso para engenheiros e pesquisadores que buscam aplicar teoria geométrica avançada na síntese de controladores robustos para sistemas não lineares.

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