O uso de dispositivos de assistência ventricular (VADs) tem se expandido consideravelmente na medicina pediátrica, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca grave ou com anatomias cardíacas complexas. No contexto pediátrico, a escolha do tipo de suporte, o tipo de dispositivo a ser utilizado e a forma de adaptação de cada paciente são cruciais para o sucesso do tratamento. A variedade de dispositivos e as especificidades do cuidado com crianças exigem uma análise detalhada e personalizada, considerando as diferenças fisiológicas entre os indivíduos.

Para crianças com insuficiência cardíaca avançada, a escolha do tipo de VAD, seja ele um LVAD (dispositivo de assistência ventricular esquerda), RVAD (assistente ventricular direita), BiVAD (assistência biventricular) ou SVAD (assistente ventricular único), deve ser baseada na gravidade da insuficiência e na presença de comorbidades. A adequação do dispositivo, ou seja, a "ajuste" do dispositivo à anatomia e fisiologia do paciente, é um passo essencial para evitar falhas mecânicas ou complicações associadas. Nesse processo, a tomografia computadorizada pode ser utilizada para realizar uma reconstrução tridimensional das vias vasculares do paciente, permitindo uma avaliação precisa da posição ideal dos cateteres e dos dispositivos de assistência.

O suporte temporário por VADs, como o CentriMag™ ou o RotaFlow™, é fundamental, especialmente quando há necessidade de estabilizar o paciente antes de um transplante ou recuperação da função cardíaca. Estes dispositivos são amplamente utilizados em pacientes pediátricos devido à sua flexibilidade de uso e à capacidade de adaptação a diferentes tamanhos corporais. A escolha do tipo de bomba e da abordagem para canulação depende do tamanho do paciente e da complexidade da condição clínica, podendo variar de um dispositivo centrífugo (centrimágico) a dispositivos levitados magneticamente, como o PediMag™.

Além disso, o uso de dispositivos temporários, como o Berlin Heart EXCOR®, tem sido a principal escolha em crianças pequenas, especialmente em crianças com menos de 3 kg. Este dispositivo pneumático de assistência paracorpórea é especialmente importante em contextos onde o paciente apresenta anatomias cardíacas complexas, como nos casos de doenças cardíacas congênitas. A sua aprovação pela FDA e sua utilização em diversos países reflete o sucesso contínuo na aplicação dessa tecnologia.

Entretanto, a utilização de dispositivos temporários deve ser vista com cautela. Esses dispositivos, embora sejam eficazes para estabilização e manutenção, podem causar complicações a longo prazo, como aumento da resposta inflamatória e a necessidade de anticoagulação mais intensiva. Isso se deve, em parte, ao fato de que os circuitos ECMO (oxigenadores de membrana extracorpórea) e os VADs, embora essenciais para suporte hemodinâmico, podem desencadear reações inflamatórias que exigem monitoramento cuidadoso.

Uma opção interessante para o suporte biventricular (BiVAD) em casos pediátricos críticos é o SynCardia TAH-t (Total Artificial Heart), um dispositivo pneumático pulsátil que substitui ambos os ventrículos e é utilizado após a cardiectomia. Embora seja um dispositivo permanente em adultos, em crianças ele tem sido empregado principalmente em situações de falha de enxerto após transplante, oferecendo uma solução para pacientes com anatomias cardíacas extremamente complexas.

No que diz respeito aos dispositivos de assistência contínua (como o HeartMate 3™), sua introdução recente no mercado para pacientes pediátricos com menos de 21 anos oferece uma nova abordagem para o tratamento de insuficiência cardíaca crônica em crianças. A possibilidade de usar dispositivos de fluxo contínuo em crianças tem proporcionado resultados promissores, proporcionando maior estabilidade e qualidade de vida para os pacientes.

No entanto, é essencial que as equipes médicas sigam protocolos rigorosos para evitar falhas do dispositivo, o que pode ocorrer devido a incompatibilidade entre o tamanho do paciente e do dispositivo. Os dispositivos de assistência ventricular, embora tenham proporcionado avanços significativos no tratamento da insuficiência cardíaca em pediatria, exigem uma abordagem cuidadosa, com monitoramento constante e ajustes conforme as necessidades específicas de cada criança.

Além disso, é importante considerar que os dispositivos de assistência ventricular não são soluções definitivas. São apenas uma ponte para o transplante cardíaco ou, em casos raros, uma recuperação das funções cardíacas. O desafio de longo prazo é garantir que as crianças com dispositivos de assistência recebam cuidados contínuos e adequados, especialmente em termos de anticoagulação, prevenção de infecções e monitoramento do funcionamento do dispositivo.

Em resumo, o uso de dispositivos de assistência ventricular em crianças oferece grandes benefícios em termos de estabilização hemodinâmica, mas também impõe desafios consideráveis em termos de escolha do dispositivo adequado, manejo das complicações e acompanhamento pós-implantação. O avanço tecnológico e o desenvolvimento contínuo desses dispositivos proporcionam novas perspectivas para o tratamento da insuficiência cardíaca pediátrica, mas o sucesso desse tratamento depende da personalização da abordagem médica e de um acompanhamento rigoroso e multidisciplinar.

Como a Implantação de um LVAD Pode Alterar a Cirurgia Cardíaca e Quais Procedimentos Associados Devem Ser Considerados?

A implantação de um dispositivo de assistência ventricular esquerda (LVAD) é um procedimento complexo que exige não apenas habilidades técnicas, mas também uma compreensão profunda da fisiologia cardíaca e dos procedimentos adicionais necessários para otimizar o resultado do paciente. A abordagem cirúrgica é ajustada com base na experiência do cirurgião, na estabilidade hemodinâmica do paciente e na técnica de perfusão escolhida, com destaque para a redução do tempo de circulação extracorpórea (CEC), que visa diminuir os riscos de vasoplegia e coagulopatia.

A técnica de "core-then-sew" é uma das abordagens preferidas, onde a circulação extracorpórea (CEC) é iniciada, e a posição da cânula de entrada é confirmada por ecocardiograma transesofágico (TEE). Segue-se com a realização de uma ventriculotomia circular, utilizando um dispositivo de perfuração, com suturas interrompidas e um anel de sutura sendo fixado com grampos metálicos. Esse método permite que o LVAD seja fixado de maneira firme ao coração do paciente.

Após a fixação do anel de sutura, é feita a cânulação da aorta, com a introdução da cânula arterial, enquanto a cânula venosa é posicionada de maneira percutânea pela veia femoral. Isso evita complicações e melhora a exposição das estruturas, facilitando o procedimento.

Além disso, em pacientes que não tiveram cirurgias cardíacas anteriores e não apresentam aderências pericárdicas significativas, o enxerto de saída é colocado intrapericardicamente, passando para a aorta ascendente. Em pacientes que passaram por cirurgia prévia, o enxerto pode ser colocado extrapericardicamente, com cuidados especiais para evitar lesões.

Uma das maiores dificuldades nesta cirurgia é a manipulação da válvula aórtica, onde as abordagens podem variar. Em alguns casos, a válvula aórtica é reparada com uma simples costura de coaptação, enquanto em outros, pode ser necessária a substituição da válvula por uma prótese biológica, especialmente quando há insuficiência aórtica significativa.

A anastomose do enxerto de saída à aorta ascendente é realizada após o desairamento completo do coração e do LVAD. O enxerto é então cortado e biselado antes de ser fixado. O procedimento é finalizado com a descompressão do coração e a retirada da circulação extracorpórea, momento em que o paciente é progressivamente desmamado do bypass cardiopulmonar.

Outro aspecto importante da cirurgia de implantação de LVAD envolve o tratamento das patologias valvulares associadas. Em pacientes com insuficiência aórtica significativa, a correção dessa condição é recomendada, embora a intervenção nas válvulas mitral e tricúspide seja mais controversa. A reparação da válvula tricúspide, por exemplo, pode ser considerada quando há dilatação do anel, frequentemente associada a insuficiência ventricular esquerda crônica.

A insuficiência mitral também é um desafio. A decisão de reparar ou substituir a válvula mitral em pacientes com insuficiência funcional severa é uma questão debatida, já que os benefícios podem não ser evidentes em termos de sobrevida, mas a melhora na qualidade de vida pode ser significativa. Técnicas de reparo da válvula mitral, como o uso de um ponto de Alfieri, podem ser realizadas sem a necessidade de cross-clamping da aorta, uma abordagem menos invasiva que facilita a recuperação do paciente.

Além disso, o fechamento da apêndice atrial esquerdo tem se mostrado uma medida preventiva importante para reduzir os eventos tromboembólicos em pacientes que se beneficiam de um LVAD, seja em pacientes com fibrilação atrial ou em pacientes sem essa condição. Esse fechamento pode ser realizado por sutura ou por dispositivos de oclusão, sendo necessário um exame prévio para excluir a presença de trombos.

Vale também destacar a crescente evidência que sugere que a oclusão do apêndice atrial esquerdo pode reduzir o risco de complicações tromboembólicas em pacientes com LVAD, especialmente quando realizados sem necessidade de uma abordagem invasiva adicional. A monitoração pós-procedimento por TEE é fundamental para confirmar o fechamento completo do apêndice.

Além dos aspectos técnicos, o manejo pós-operatório é crítico. A utilização de drenos torácicos é fundamental para o controle de complicações e para garantir que o paciente tenha uma recuperação sem complicações adicionais, como o acúmulo de fluido pleural. A abordagem minimamente invasiva, como o uso de toracotomia direita, tem mostrado ser vantajosa para uma recuperação mais rápida, especialmente em pacientes com boa anatomia.

Entender o impacto dessas técnicas e decisões no resultado final do paciente é fundamental. A implantação de um LVAD não é apenas um procedimento mecânico de inserção de um dispositivo, mas uma série de escolhas interligadas que afetam diretamente a função cardíaca, a recuperação pós-operatória e a qualidade de vida a longo prazo do paciente. O planejamento cuidadoso e a consideração dos fatores específicos de cada paciente, como o tipo de patologia cardíaca e a condição hemodinâmica, são essenciais para o sucesso da operação.

Qual é o impacto das cirurgias concomitantes de válvulas durante a implantação de dispositivos de assistência ventricular esquerda (VAD)?

A integração de dispositivos de assistência ventricular esquerda (VAD) no tratamento de insuficiência cardíaca avançada tem mostrado avanços significativos no manejo de pacientes com falência do ventrículo esquerdo. Entretanto, as condições associadas, como disfunção da válvula tricúspide e regurgitação mitral, frequentemente requerem abordagens terapêuticas adicionais durante o procedimento de implantação do VAD. A necessidade de tratar essas valvopatias concomitantes tem sido uma área de crescente interesse, considerando que a presença de insuficiência tricúspide ou mitral pode agravar o prognóstico pós-operatório desses pacientes.

A regurgitação tricúspide é uma complicação comum em pacientes com insuficiência ventricular esquerda, especialmente em pacientes que necessitam de suporte mecânico. Estudos indicam que a disfunção da válvula tricúspide pode ser exacerbada pela sobrecarga de volume imposta pelo dispositivo, o que pode comprometer ainda mais a função ventricular direita e piorar o quadro de insuficiência cardíaca. A decisão de realizar reparos ou substituições da válvula tricúspide durante a implantação do VAD não é trivial e depende de múltiplos fatores, incluindo a gravidade da regurgitação, a geometria do ventrículo direito e a resposta clínica do paciente. De fato, a correção da válvula tricúspide concomitantemente à implantação do VAD tem mostrado, em alguns casos, benefícios em termos de sobrevida e função cardíaca a longo prazo, embora os resultados não sejam unânimes em todos os estudos.

Além disso, a regurgitação mitral também é uma condição frequente em pacientes com insuficiência ventricular esquerda. O comprometimento da válvula mitral, especialmente quando severo, pode ser agravado pelo impacto hemodinâmico do VAD. Embora a correção mitral seja uma consideração importante, a decisão de realizar a cirurgia concomitante tem se mostrado controversa, pois, em alguns casos, a correção da válvula mitral pode não trazer benefícios significativos em termos de sobrevida ou melhoria funcional. A literatura sugere que a correção da válvula mitral, quando indicada, pode melhorar o conforto hemodinâmico imediato, mas seus efeitos a longo prazo permanecem um tema em debate.

A estratégia de realizar ou não cirurgias de válvulas concomitantes ao VAD deve ser tomada com base em uma análise detalhada do paciente, levando em consideração fatores como a idade, comorbidades, a gravidade da disfunção valvar e a resposta clínica à terapia de assistência ventricular. Além disso, o prognóstico dos pacientes pode ser influenciado por outras variáveis, como o estado funcional do ventrículo direito e a presença de outras condições cardíacas, que devem ser levadas em conta na hora de decidir o tipo de intervenção cirúrgica a ser realizada.

Estudos recentes indicam que a correção simultânea de válvulas pode ser particularmente útil em pacientes com regurgitação tricúspide significativa, quando associada a disfunção ventricular direita pronunciada. A realização de um reparo ou substituição da válvula tricúspide pode resultar em uma melhora clínica notável, particularmente no que diz respeito à redução da resistência vascular pulmonar e ao aumento da função ventricular direita. Por outro lado, em pacientes com regurgitação mitral associada, os benefícios da correção simultânea da válvula mitral permanecem mais ambíguos, sendo que em alguns casos a correção pode não ser necessária.

É importante destacar que, apesar dos benefícios observados em alguns estudos, a realização de procedimentos de válvulas concomitantes ao implante de VAD pode aumentar a complexidade da cirurgia e o risco de complicações, como infecções, sangramentos e disfunção do enxerto. Portanto, as indicações para a correção de válvulas durante a implantação do VAD devem ser cuidadosamente avaliadas, considerando os riscos e benefícios em cada caso específico.

A abordagem integrada no tratamento da insuficiência cardíaca avançada com o uso de dispositivos de assistência ventricular esquerda exige uma compreensão aprofundada não apenas dos dispositivos em si, mas também das comorbidades associadas, como as valvopatias. O manejo eficaz dessas condições pode ter um impacto significativo no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes a longo prazo. Assim, a escolha do tratamento cirúrgico deve ser feita com base em uma avaliação minuciosa, levando em consideração as condições clínicas, a resposta ao suporte mecânico e as possíveis complicações relacionadas ao tratamento.

Como gerenciar a trombose relacionada ao dispositivo de assistência ventricular esquerda (LVAD)

A trombose associada aos dispositivos de assistência ventricular esquerda (LVAD) continua sendo um dos principais desafios no manejo de pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Estes dispositivos têm revolucionado o tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca terminal, especialmente em casos onde o transplante cardíaco não é uma opção imediata, proporcionando uma solução temporária para manter a função circulatória. No entanto, a formação de trombos no interior da bomba continua a ser uma complicação significativa que pode prejudicar a eficácia do tratamento e aumentar os riscos de eventos adversos.

A trombose no contexto de dispositivos de assistência ventricular ocorre devido a vários fatores, incluindo a interação entre o sangue e os componentes mecânicos do dispositivo, bem como alterações hemodinâmicas e a formação de uma resposta inflamatória. Embora as bombas com fluxo contínuo, como o HeartMate II, tenham sido desenvolvidas para reduzir a formação de trombos, os casos de trombose ainda são relativamente frequentes, exigindo uma vigilância constante e, muitas vezes, intervenções terapêuticas.

A avaliação da trombose geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e exames de imagem. A detecção precoce pode ser feita por meio do monitoramento de sinais e sintomas, como dificuldades no ajuste de pressão, sinais de baixo débito cardíaco ou hemólise, que frequentemente ocorre em paralelo com a formação de trombos. Testes laboratoriais, como o aumento dos níveis de lactato desidrogenase (LDH), podem sugerir a presença de hemólise e, consequentemente, de trombose na bomba. Já a utilização de imagens, como a ecocardiografia e a tomografia computadorizada, têm se mostrado eficazes para visualizar a formação de coágulos na bomba e nas estruturas adjacentes.

O manejo terapêutico da trombose relacionada a LVAD depende do grau de obstrução e dos sintomas apresentados pelo paciente. O tratamento pode variar desde o ajuste na anticoagulação até a intervenção cirúrgica, como a troca do dispositivo. O ajuste da anticoagulação é frequentemente utilizado para tentar prevenir a formação de trombos sem aumentar o risco de sangramentos excessivos. Contudo, a utilização de anticoagulantes deve ser cuidadosamente monitorada, pois o equilíbrio entre evitar a trombose e prevenir o sangramento é delicado.

Além disso, existem avanços no desenvolvimento de bombas com sistemas de levitação magnética, como o HeartMate 3, que visam reduzir o risco de trombose ao minimizar o contato do sangue com as superfícies da bomba. Estes dispositivos têm demonstrado ser eficazes na redução da trombose, mas ainda requerem monitoramento constante, uma vez que nenhum sistema é completamente isento de complicações.

A trombose também pode ser mais prevalente em pacientes com condições subjacentes que aumentam o risco de coagulação, como a síndrome nefrótica ou distúrbios de hipercoagulabilidade. Esses pacientes exigem um acompanhamento especial, com ajustes na terapia anticoagulante e maior vigilância quanto ao desenvolvimento de complicações trombóticas. É importante lembrar que os dispositivos de assistência ventricular não substituem a necessidade de vigilância clínica constante, uma vez que a trombose pode ocorrer mesmo com o uso de terapia anticoagulante.

Além das opções tradicionais de anticoagulação e intervenção, estudos recentes sugerem que o tratamento com agentes antiplaquetários, como o sildenafil, pode reduzir a formação de trombos e até prevenir o acidente vascular cerebral isquêmico, um risco comum para pacientes com LVAD. A combinação de anticoagulação com terapias adjuvantes ainda está sendo estudada, e sua eficácia depende da resposta individual de cada paciente.

O gerenciamento de trombose em pacientes com LVAD exige uma abordagem multidisciplinar, que envolva não apenas cardiologistas, mas também hematologistas, cirurgiões cardíacos e especialistas em imagem. O objetivo é fornecer a melhor qualidade de vida possível, minimizando os riscos de complicações associadas ao dispositivo. Com o progresso contínuo da tecnologia dos LVADs e o refinamento das estratégias terapêuticas, é possível que as taxas de complicações trombóticas diminuam no futuro.

Os pacientes e profissionais de saúde devem estar cientes de que, apesar dos avanços, a trombose relacionada ao LVAD ainda é uma complicação relevante e desafiadora. A compreensão de todos os mecanismos envolvidos na formação de trombos e a implementação de abordagens personalizadas para cada paciente são fundamentais para melhorar os resultados a longo prazo desses dispositivos.