O manejo da pressão arterial (PA) e da anticoagulação em pacientes com dispositivos de assistência circulatória mecânica (MCS), como os dispositivos de assistência ventricular esquerda (LVADs), é uma parte essencial para a prevenção de complicações e para a maximização da eficácia da terapia. A pressão arterial inadequada e a anticoagulação insuficiente ou excessiva podem levar a uma série de eventos adversos, que comprometem tanto a sobrevivência quanto a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, protocolos bem estruturados são fundamentais para o sucesso do tratamento, já que complicações como derrames, trombose e falha do coração direito continuam a ser as principais causas de morbidade e mortalidade.
A relação entre hipertensão não controlada e aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com LVAD foi amplamente demonstrada em estudos clínicos como o "Evaluation of the HeartWare Left Ventricular Assist Device for the Treatment of Advanced Heart Failure" (HVADADVANCE) e no registro Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support (INTERMACS). O controle rigoroso da PA em pacientes implantados com LVAD tem mostrado reduzir significativamente o risco de AVC, especialmente o tipo hemorrágico, que é uma das principais causas de morte entre esses pacientes. A implementação de um protocolo rigoroso de controle de pressão, como o estudo ENDURANCE Supplemental Trial, demonstrou que a redução da pressão arterial média (MAP) para ≤ 85 mmHg resultou na diminuição de eventos cerebrovasculares.
Apesar dos benefícios do controle da PA, a prática clínica enfrenta desafios, como a dificuldade em medir a pressão arterial de forma precisa em pacientes com dispositivos de fluxo contínuo, como os LVADs. Tradicionalmente, os esfigmomanômetros automáticos não são eficazes, uma vez que esses dispositivos geram pulsabilidade arterial reduzida, o que dificulta a obtenção de leituras precisas. Nesse contexto, a utilização do método Doppler para medir a PA tem se mostrado mais eficaz. Esse método consiste na aplicação de uma sonda ultrassônica sobre a artéria braquial e o uso de um manguito padrão para inflar a pressão na extremidade superior do braço, com a leitura da PA sendo registrada no momento em que o fluxo sanguíneo é detectado.
A definição do alvo da PA, como uma pressão média entre 60 e 80 mmHg, é essencial para otimizar o desempenho dos dispositivos de assistência ventricular. Esse controle também deve levar em consideração a possível discrepância entre a pressão medida pelo Doppler e a PA invasiva, especialmente em situações clínicas onde a pulsação arterial é excepcionalmente estreita. Para pacientes com suspeita de discrepância entre os valores, a realização de um estudo com linha arterial radial pode ser útil, permitindo uma comparação entre a pressão registrada pelo Doppler e a PA invasiva.
No que diz respeito à anticoagulação, este é outro aspecto crucial para o sucesso do tratamento com dispositivos MCS. O uso inadequado de anticoagulantes pode resultar em trombose do dispositivo, aumentando o risco de AVC isquêmico, enquanto a anticoagulação excessiva pode levar a complicações hemorrágicas. Para dispositivos MCS duráveis, como o HeartMate II, HeartWare HVAD e HeartMate 3, o protocolo recomendado é manter a razão normalizada internacional (INR) entre 2.0 e 3.0, com monitoramento frequente da coagulação, geralmente duas vezes por semana. A variação nos níveis de anticoagulação pode ser ajustada conforme a resposta clínica do paciente.
Além disso, o ajuste adequado da anticoagulação em pacientes com dispositivos MCS temporários envolve o uso de heparina não fracionada ou heparina de baixo peso molecular até que o paciente atinja o INR terapêutico desejado. A escolha de anticoagulante e a frequência do monitoramento devem ser feitas com base no tipo específico de dispositivo implantado e na condição clínica do paciente, sendo sempre ajustadas de acordo com as necessidades individuais e as diretrizes clínicas.
É importante ressaltar que o manejo desses pacientes não se limita ao controle de PA e anticoagulação, mas envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui o acompanhamento de uma variedade de sistemas orgânicos. O tratamento com dispositivos MCS exige uma colaboração constante entre equipes médicas, enfermeiros, cuidadores e outros profissionais da saúde para garantir que o paciente tenha acesso ao melhor cuidado possível. Além disso, o uso de protocolos padronizados ajuda a reduzir a variação nos cuidados, melhorar a qualidade do atendimento e minimizar os erros.
Portanto, a chave para o sucesso no manejo de pacientes com dispositivos MCS está no controle preciso da pressão arterial, no monitoramento rigoroso da anticoagulação e na prevenção de complicações associadas ao dispositivo. O objetivo é proporcionar uma terapia que não apenas prolongue a vida, mas também melhore a qualidade de vida do paciente, garantindo um tratamento seguro e eficaz. A evolução dos protocolos médicos e a adesão a diretrizes estabelecidas representam os pilares para a melhoria contínua da prática clínica neste campo complexo.
Qual a Relevância do Monitoramento de Coagulação em Pacientes Sob Suporte Circulatório Mecânico e ECMO?
O monitoramento da coagulação sanguínea é uma parte fundamental do manejo de pacientes que recebem suporte circulatório mecânico, como os dispositivos de assistência ventricular (VADs) e a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). Estas terapias são empregadas em situações de insuficiência cardíaca ou respiratória grave, quando o suporte fisiológico do corpo não é mais suficiente para manter a função cardíaca ou pulmonar. Nesse contexto, o controle rigoroso da coagulação é essencial, pois esses pacientes estão em risco aumentado de complicações hemorrágicas ou trombóticas devido à interação complexa entre os anticoagulantes utilizados, os dispositivos de assistência circulatória e o estado fisiológico do paciente.
O uso de anticoagulantes como a heparina é crucial em pacientes submetidos a ECMO, mas os métodos tradicionais de monitoramento de coagulação, como o tempo de tromboplastina parcial ativada (aPTT) ou o tempo de protrombina (PT), podem não ser completamente eficazes em refletir com precisão o estado de coagulação desses pacientes. Em comparação com métodos convencionais, como a medição do tempo de coagulação ativada, novas tecnologias, como a tromboelastografia (TEG) e a tromboelastometria (ROTEM), têm se mostrado promissoras. Esses métodos oferecem uma avaliação mais detalhada da dinâmica da coagulação, permitindo ajustes mais precisos no regime anticoagulante e melhorando a segurança do paciente.
A coagulação inadequada pode levar a complicações sérias, incluindo sangramentos excessivos ou tromboses, e a monitorização em tempo real se torna vital para minimizar esses riscos. Estudo após estudo tem demonstrado que a utilização de técnicas de monitoramento mais sensíveis e específicas pode melhorar o desfecho clínico, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI) ou quando os pacientes estão em estado crítico. Isso é particularmente importante quando se trata de dispositivos de longo prazo, como os VADs, que aumentam ainda mais a complexidade do manejo anticoagulante devido à formação de trombos e ao risco de embolias.
A introdução de testes de ponto de cuidado (POC), como os testes rápidos de INR (índice normalizado internacional), tem sido considerada uma alternativa eficaz para monitorar a coagulação em tempo real, especialmente em centros de UTI. Contudo, o uso desses testes deve ser cuidadosamente integrado aos protocolos clínicos, já que os pacientes com ECMO ou VADs podem apresentar variações nas respostas aos anticoagulantes, tornando necessária a personalização do tratamento anticoagulante para cada caso específico.
Outros testes, como o Anti-Xa, também têm ganhado destaque na monitorização da heparina e de anticoagulantes de via alternativa, como o bivalirudina. Esses testes ajudam a avaliar a eficácia do anticoagulante em ação e a ajustar as doses de maneira mais precisa, especialmente em pacientes que necessitam de ajustes finos para evitar tanto o risco de trombose quanto o risco de sangramento. Adicionalmente, o uso de anticoagulantes alternativos, como os antagonistas da vitamina K, pode ser mais desafiador de monitorar, devido à variabilidade das respostas individuais e à interferência de fatores como a dieta ou a presença de doenças hepáticas.
Além disso, o monitoramento da coagulação não deve se restringir à simples medição dos níveis de anticoagulantes no sangue. A avaliação do perfil hemostático completo é essencial, incluindo a monitorização das plaquetas, a presença de anticoagulantes específicos, e o comportamento das células sanguíneas durante o tratamento. A hemólise, por exemplo, é uma complicação comum em pacientes com dispositivos de assistência ventricular, e seu efeito sobre os testes de coagulação pode ser subestimado, resultando em leituras imprecisas. Isso requer um acompanhamento contínuo e personalizado, com a utilização de métodos complementares para assegurar uma visão mais holística do estado hemostático do paciente.
A prática clínica também precisa integrar as novas diretrizes internacionais sobre o manejo anticoagulante em ECMO e VAD, como as publicadas pela Extracorporeal Life Support Organization (ELSO), que detalham recomendações sobre como otimizar a anticoagulação para reduzir o risco de complicações, ao mesmo tempo em que mantêm a eficácia terapêutica. Esses protocolos são fundamentais para proporcionar um tratamento seguro e eficaz, uma vez que a aplicação de anticoagulantes deve ser ajustada conforme o tipo de suporte circulatório, a condição clínica do paciente e os resultados de monitoramento em tempo real.
Por fim, é importante que os profissionais de saúde estejam sempre atentos à necessidade de personalizar a anticoagulação com base nas condições individuais do paciente. A ciência da coagulação está em constante evolução, com novos estudos surgindo a todo momento, mostrando que o controle e a avaliação da coagulação em pacientes com suporte circulatório mecânico e ECMO ainda apresentam desafios. A utilização das tecnologias mais recentes e a adesão rigorosa às diretrizes podem ser cruciais para melhorar os resultados desses pacientes, evitando complicações e otimizando os cuidados em ambientes de alta complexidade.
Impacto da Cirurgia de Reparação da Válvula Tricúspide durante a Implantação de CF-LVAD: Uma Revisão das Evidências e Resultados Clínicos
A insuficiência tricúspide (IT) é uma condição frequentemente observada em pacientes com insuficiência cardíaca avançada, especialmente em cenários de implante de dispositivo de assistência ventricular esquerda contínuo (CF-LVAD). A prevalência de IT moderada a grave nestes pacientes levanta questões sobre a necessidade de intervenção cirúrgica concomitante durante a implantação do CF-LVAD. Estudo após estudo tem tentado avaliar o impacto da correção cirúrgica da válvula tricúspide (TV) sobre o prognóstico dos pacientes, mas as evidências ainda são divergentes e complexas.
Existem relatos de que a correção da IT durante o implante do CF-LVAD poderia melhorar a função ventricular direita (RV) e reduzir a sobrecarga de volume e a dilatação do anel tricúspide, o que teoricamente poderia ajudar a prevenir a falência ventricular direita, uma das complicações mais graves após o implante. No entanto, estudos retrospectivos e análises de grandes registros de dados, como o EUROMACS, mostram resultados mistos. Alguns sugerem que a reparação da válvula tricúspide pode melhorar a gravidade da IT imediatamente após a cirurgia, mas sem demonstrar uma redução significativa na mortalidade geral ou na falência ventricular direita a longo prazo.
Em um estudo que analisou 2496 pacientes, 65% dos pacientes com IT significativa pré-operatória apresentaram melhora na gravidade da insuficiência tricúspide logo após a operação. Curiosamente, pacientes com miocardiopatia não isquêmica mostraram uma redução mais significativa na gravidade da IT em comparação com aqueles com miocardiopatia isquêmica. Porém, o impacto na sobrevida global e no risco de falência ventricular direita permaneceu incerto. A falta de evidências robustas e de estudos prospectivos randomizados faz com que a decisão de realizar uma cirurgia de reparo da TV ainda dependa de uma análise detalhada dos riscos e benefícios, com um enfoque multidisciplinar.
A recomendação das diretrizes da Sociedade Internacional de Transplante de Coração e Pulmão de 2013 indicava que a cirurgia de reparo da TV deveria ser considerada em casos de IT moderada a grave durante a implantação do CF-LVAD (Classe IIa, Nível de Evidência C). No entanto, mais de uma década depois, as evidências sobre a relação entre o reparo da TV e a sobrevida a longo prazo permanecem contraditórias. Em alguns estudos, a cirurgia de TV não mostrou diferença significativa na mortalidade ou complicações pós-operatórias, como falência renal ou necessidade de reoperação.
Adicionalmente, alguns estudos apontaram que a cirurgia de reparo da TV está associada a um aumento no risco de sangramentos pós-operatórios, complicações arritmogênicas e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC), especialmente quando realizada em conjunto com o implante de CF-LVAD. Isso implica que o benefício potencial da correção da IT precisa ser cuidadosamente ponderado contra os riscos de complicações adicionais, que podem prejudicar o curso clínico do paciente.
O efeito da cirurgia de reparo da TV sobre a função ventricular direita e sobre a sobrevida global parece depender da gravidade da IT e da presença de outras condições cardíacas, como a dilatação do anel tricúspide e a presença de disfunção ventricular direita preexistente. Um estudo de grande escala realizado com dados do registro INTERMACS analisou pacientes com IT de diferentes graus de severidade e não encontrou uma diferença significativa na sobrevida global entre aqueles que receberam a cirurgia de reparo da TV e os que não receberam. No entanto, os pacientes que passaram pela correção da TV tiveram uma diminuição no tempo de permanência na UTI, o que sugere um benefício no manejo pós-operatório imediato.
Deve-se notar que, embora a cirurgia de reparo da TV seja amplamente realizada, a técnica de escolha varia entre os centros. A anuloplastia da válvula tricúspide, em particular, tem mostrado ser uma abordagem eficaz para melhorar a função tricúspide em casos de insuficiência grave, sem a necessidade de substituição valvar. Embora existam diferentes métodos de reparo, a anuloplastia com anel rígido é frequentemente escolhida por sua durabilidade comprovada a longo prazo. A substituição da válvula tricúspide (TVR), por outro lado, é menos comum devido a seus riscos elevados e à menor prevalência de complicações associadas ao reparo simples.
Portanto, a decisão de realizar a cirurgia de reparo da válvula tricúspide durante a implantação de um CF-LVAD deve ser tomada com base em uma avaliação cuidadosa da severidade da insuficiência tricúspide, da função ventricular direita do paciente e de outros fatores clínicos, como a presença de comorbidades. As diretrizes mais recentes, como as do Consenso de Especialistas Europeus de 2019, sugerem que a cirurgia de reparo da TV deve ser considerada como uma opção de classe IIb, o que indica que ela pode ser indicada dependendo do risco estimado do paciente e do potencial benefício de reduzir a severidade da insuficiência tricúspide.
Ao considerar a inclusão da cirurgia de reparo da TV durante o implante do CF-LVAD, deve-se também ponderar os benefícios em termos de melhoria da qualidade de vida e da função ventricular direita a curto prazo, em comparação com os riscos de complicações cirúrgicas e a falta de evidências conclusivas sobre benefícios a longo prazo. Em um cenário onde o paciente já apresenta um risco elevado devido à insuficiência cardíaca avançada, a decisão sobre a inclusão ou não da cirurgia de reparo da TV precisa ser feita com cautela, sempre em conjunto com uma análise cuidadosa de todos os fatores envolvidos.
Como a Equipe Multidisciplinar de MCS Contribui para o Sucesso do Tratamento de Insuficiência Cardíaca Avançada
A implantação de dispositivos de assistência ventricular (VAD) em pacientes com insuficiência cardíaca avançada exige uma abordagem complexa e coordenada de uma equipe multidisciplinar altamente especializada. Cada profissional envolvido desempenha um papel crucial para garantir que o paciente receba o melhor tratamento possível, tanto em termos de cuidados clínicos quanto de monitoramento contínuo dos dispositivos implantados.
Os cirurgiões cardíacos, por exemplo, devem possuir credenciais no hospital para poder realizar a implantação de VADs duráveis, de acordo com as diretrizes do CMS (Centro de Serviços Medicare e Medicaid). O CMS define um critério mínimo de volume de implantes, estipulando que o cirurgião deve realizar no mínimo 10 implantes durante um período de 36 meses para ser considerado qualificado. Além disso, a formação do cirurgião deve ser feita pelo fabricante do dispositivo, para garantir que ele compreenda plenamente as particularidades de cada tipo de bomba e os procedimentos adequados para cada uma delas.
O coordenador de VAD é um papel essencial dentro dessa estrutura, sendo responsável por toda a continuidade do cuidado do paciente, desde o acompanhamento clínico até a gestão de equipamentos. Ele supervisiona o rastreamento de equipamentos e componentes de VAD, desenvolve políticas e configurações de pedidos, e educa tanto os pacientes quanto a equipe. O rastreamento de produtos é uma obrigação regulatória da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), e um sistema eficaz de localização de equipamentos e rastreamento de datas de validade é fundamental para garantir que todos os dispositivos estejam funcionando corretamente e que os produtos com defeito possam ser rapidamente localizados em caso de recall.
Os engenheiros biomédicos, por sua vez, são os responsáveis pela manutenção dos equipamentos e pela verificação dos dispositivos que necessitam de conexão elétrica. Além de garantir o bom funcionamento da maquinaria, esses profissionais devem realizar a manutenção anual dos dispositivos, conforme exigido pelo fabricante, e devem garantir que toda a documentação relativa a essa manutenção esteja em conformidade com as regulamentações da FDA. Caso haja a necessidade de substituição de algum componente, a equipe deve estar preparada para realizar o procedimento de maneira rápida e eficiente, minimizando qualquer risco para o paciente.
A equipe de perfusionistas também desempenha um papel de extrema importância, principalmente durante os implantes, quando são responsáveis por gerenciar a máquina coração-pulmão. Com conhecimento especializado sobre a fisiologia do fluxo contínuo, os perfusionistas são capazes de trabalhar com qualquer dispositivo de MCS. Sua formação deve ser complementada por uma compreensão aprofundada dos sistemas VAD, além de estarem preparados para lidar com situações emergenciais, como complicações durante o procedimento ou sinais de baixo fluxo. Seu trabalho é fundamental para a estabilidade do paciente antes e após a cirurgia.
Dentro do contexto nutricional, os dietistas também possuem uma função de relevância crítica. A má nutrição pode agravar ainda mais a insuficiência cardíaca e afetar os resultados do tratamento com VAD. Eles são responsáveis por avaliar o estado nutricional do paciente e implementar intervenções dietéticas para melhorar a saúde e a recuperação do paciente. Ferramentas como a Avaliação Nutricional Mínima podem ser utilizadas para projetar estratégias que melhorem o fluxo sanguíneo e o estado geral do paciente, contribuindo significativamente para a recuperação pós-operatória.
Os anestesiologistas e intensivistas, por sua vez, devem ter um domínio preciso sobre a interface entre o paciente e o dispositivo. O manejo anestésico de pacientes com VAD exige um conhecimento especializado, principalmente para realizar as intervenções adequadas durante o processo de implantação do dispositivo e durante procedimentos subsequentes. O controle da hemodinâmica e a administração de medicamentos vasoativos são práticas essenciais para a manutenção da estabilidade do paciente.
Além disso, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são fundamentais na reabilitação do paciente após o implante do VAD. O objetivo é proporcionar um retorno rápido e seguro à mobilidade e à realização das atividades diárias, o que favorece a recuperação do paciente e diminui o risco de complicações adicionais. A intervenção precoce desses profissionais contribui para o sucesso do tratamento e para a melhora da qualidade de vida do paciente.
Ao longo de todo esse processo, a coordenação entre os membros da equipe é fundamental. Todos devem estar devidamente treinados, qualificados e informados sobre os protocolos e procedimentos mais recentes no campo da insuficiência cardíaca avançada e dos dispositivos de assistência ventricular. A comunicação eficaz entre as diversas especialidades garante não apenas a segurança do paciente, mas também o sucesso do tratamento, com uma recuperação otimizada e a minimização de riscos.
Por fim, é importante ressaltar que o tratamento de insuficiência cardíaca avançada com o uso de VADs não se limita à fase de implantação e recuperação inicial. O cuidado contínuo é essencial para garantir o funcionamento adequado do dispositivo e para lidar com possíveis complicações. A equipe multidisciplinar deve estar sempre em alerta, preparada para ajustar o tratamento conforme as necessidades individuais do paciente, sempre com foco na melhoria da sua qualidade de vida e no prolongamento da sobrevida.

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