O design de trajetórias de UAV (Unmanned Aerial Vehicle) desempenha um papel crucial na otimização do desempenho em sistemas de Transferência de Energia Sem Fio (WPT, Wireless Power Transfer), especialmente quando se considera o modelo não linear de eficiência de captação de energia (EH, Energy Harvesting). Uma análise detalhada das trajetórias de voo, com diferentes limitações de velocidade do UAV, revela a importância de uma abordagem bem projetada para maximizar a eficiência da transferência de energia. A comparação entre o modelo SHF proposto e outros métodos convencionais, como o Linear SHF e o Naive SHF, demonstra a superioridade do SHF, especialmente quando são levados em consideração fatores como o número de pontos de parada e a distribuição da potência de transmissão.

No estudo de trajetórias, observamos que para limites de velocidade baixos, como 1 m/s e 2 m/s, as trajetórias do método Naive SHF seguem caminhos que, embora conectem os dispositivos de forma eficiente em termos de distância, não conseguem maximizar a eficiência de captação de energia devido às restrições de tempo e velocidade de carga. Em contrapartida, o design SHF proposto ajusta a posição dos pontos de flutuação do UAV de forma a ficar mais próximo dos dispositivos de coleta de energia, o que melhora substancialmente a transferência de energia. Quando a velocidade do UAV é maior, o desempenho entre os diferentes métodos se aproxima, mas, mesmo assim, o SHF continua a exibir um desempenho superior, especialmente quando a distribuição de energia é mais desafiadora.

O impacto da potência de transmissão sobre a eficiência da captação de energia revela uma variação no desempenho do SHF proposto em comparação com os limites superiores. Quando a velocidade do UAV é limitada a 1 m/s, o gap de desempenho entre o SHF e o limite superior se amplia, mas com o aumento da velocidade para 10 m/s, esse gap se torna quase imperceptível. Isso evidencia a importância de ajustar a velocidade do UAV em função das necessidades específicas de cada cenário de transferência de energia, para que o desempenho alcance seu ponto ideal.

A variação no número de dispositivos de coleta de energia (GDs) também tem uma relação direta com a eficiência do sistema. À medida que mais dispositivos são adicionados à rede, a eficiência de captação de energia diminui devido ao aumento da dificuldade de gerenciar a transferência eficiente de energia para cada receptor. No entanto, o método SHF proposto mantém um desempenho próximo ao limite superior, demonstrando a robustez do design em cenários com maior número de dispositivos. Além disso, a análise da distribuição da potência colhida entre os dispositivos, em topologias com cinco dispositivos, mostrou que o SHF proposto proporciona uma distribuição de energia mais equilibrada, em comparação com outros métodos que não priorizam a equidade, como o Naive SHF e o Linear SHF.

A introdução de pontos de inflexão nas trajetórias, que aproximam trajetórias curvas de voo, também se mostrou eficaz na melhoria do desempenho do sistema. A adição de pontos de inflexão suaviza a trajetória do UAV, particularmente em áreas de curvas acentuadas, mas a partir de um número moderado de pontos de inflexão (3 a 5), a melhoria do desempenho se estabiliza, enquanto o tempo de computação aumenta significativamente. Esse trade-off entre a suavização das trajetórias e a complexidade computacional é um fator a ser considerado ao otimizar o design de trajetórias de UAV em cenários reais.

Em resumo, o design de trajetórias SHF, ao considerar características não lineares do modelo de EH e otimizar a distribuição da energia coletada, oferece uma solução mais eficiente para sistemas de WPT que envolvem múltiplos dispositivos e restrições de velocidade. A flexibilidade do modelo SHF, com a introdução de pontos de inflexão, permite que ele se adapte a uma ampla gama de cenários, equilibrando performance e custo computacional. Assim, a consideração de parâmetros como a velocidade do UAV, o número de dispositivos de coleta de energia e os pontos de inflexão nas trajetórias são essenciais para alcançar a máxima eficiência na transferência de energia sem fio.

Como a Trajetória do VANT Pode Melhorar a Eficiência das Redes IoT com Transferência de Energia Sem Fio

A eficiência das redes de sensores sem fio, particularmente em cenários com Internet das Coisas (IoT), tem sido um campo de estudo crescente, especialmente devido aos desafios que envolvem a manutenção da energia dos dispositivos com baterias limitadas. Nesse contexto, a utilização de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) para a transferência de energia sem fio (WPT, do inglês Wireless Power Transfer) tem se mostrado uma solução promissora. Contudo, o processo de otimização das trajetórias dos VANTs para maximizar a transferência de energia exige um planejamento meticuloso, que envolve variáveis complexas, como a posição, a velocidade e a potência de transmissão, distribuídas ao longo de períodos de tempo.

Diversos estudos têm explorado maneiras de otimizar esses parâmetros. Por exemplo, uma pesquisa investiga um sistema de rede de VANTs para transferência de energia sem fio, onde o processo de WPT é dividido em duas fases. O foco está em desenvolver algoritmos eficientes para lidar com as durações dessas fases, as potências de transmissão dos VANTs e as trajetórias que devem seguir. A tecnologia de WPT com VANTs é vista como uma solução viável para enfrentar os desafios técnicos das redes IoT, oferecendo uma abordagem inovadora para melhorar o desempenho da captação de energia e prolongar a vida útil dos dispositivos.

A questão principal que surge no design das trajetórias dos VANTs é como tirar proveito da mobilidade desses veículos para melhorar a eficiência da transferência de energia. No entanto, a otimização das trajetórias apresenta um grande desafio, uma vez que essas trajetórias envolvem um número infinito de variáveis distribuídas ao longo de períodos infinitos de tempo. Por isso, muitos estudos se concentram no desenvolvimento de métodos para otimizar essas trajetórias. Um exemplo notável é o problema max-min estudado, onde se busca otimizar as posições e as durações do voo do VANT para maximizar a energia recebida pelos dispositivos de solo. Em outras pesquisas, foi proposta uma estratégia subótima conhecida como "sucessiva decolagem e voo" (SHF), que divide a trajetória do VANT em duas partes: uma parte em que o VANT paira em pontos específicos e outra em que ele se desloca rapidamente entre esses pontos.

Ao aprimorar o método SHF com pontos de virada, ou seja, pontos onde o VANT muda de direção sem parar, conseguiu-se uma aproximação mais próxima da trajetória ideal. Essa melhoria, chamada SHF-T, demonstra que, conforme o número de pontos de virada aumenta, a trajetória do VANT se aproxima ainda mais do ponto ótimo. Embora esses avanços já tenham contribuído significativamente para a eficiência das trajetórias de VANTs, ainda existe espaço para melhorias, especialmente quando se considera o design de longo prazo. Esse tipo de design inclui múltiplos períodos de tarefa, onde o VANT realiza a mesma trajetória para recarregar os dispositivos IoT e, em seguida, entra em modo de descanso em uma posição específica. Essa abordagem sustentável envolve a otimização de trajetórias ao longo de um período operacional prolongado, utilizando a trajetória SHF-T como base para melhorar a eficácia da operação.

Em um modelo de rede IoT assistida por VANTs, os dispositivos de solo estão fixos e suas localizações são aleatórias. O VANT, por sua vez, voa a uma altura constante e carrega esses dispositivos. Durante a operação, a posição horizontal do VANT é controlada e sua velocidade é limitada por uma velocidade máxima. O modelo de canal utilizado para a transferência de energia sem fio considera um modelo de perda de percurso no espaço livre, onde as probabilidades de linha de visada (LoS) entre o VANT e os dispositivos de solo são altas. A potência recebida pelos dispositivos IoT depende da distância entre o VANT e o dispositivo, sendo que a eficiência da conversão da energia recebida em energia utilizável para carregar os dispositivos é um fator crucial, considerando o processo não-linear de conversão de RF para DC.

Para medir a sustentabilidade da rede IoT, é importante introduzir o conceito de "tempo de vida útil restante da rede" (RNL, Remaining Network Lifetime), que considera o estado de energia dos dispositivos de solo. A RNL indica quanto tempo a rede pode operar sem carregamento adicional, levando em conta que diferentes dispositivos podem ter diferentes tempos de vida útil devido a variações nas capacidades de bateria e nas taxas de consumo de energia. A RNL é limitada pelo dispositivo com a menor vida útil restante. Dessa forma, o objetivo é garantir que a rede permaneça operacional durante o maior tempo possível, utilizando o VANT para realizar a transferência de energia sem fio de maneira eficiente.

Além disso, para garantir uma operação contínua e sustentável da rede, o VANT executa a mesma trajetória repetidamente durante os períodos de tarefa. Esse comportamento cíclico é fundamental para a operação de longo prazo da rede. A estrutura da trajetória SHF-T, com pontos de virada otimizados, permite que o VANT maximize a eficiência da transferência de energia enquanto minimiza os custos associados ao deslocamento e à manutenção da posição.

No entanto, para alcançar um desempenho ideal, é fundamental não apenas otimizar a trajetória do VANT, mas também considerar as características específicas dos dispositivos IoT e as condições ambientais. Cada dispositivo IoT pode ter requisitos diferentes de energia, e fatores como obstáculos ou interferências no ambiente de operação podem afetar a eficiência da transferência de energia. Portanto, um design eficaz deve levar em conta essas variabilidades e ajustar a operação do VANT para garantir que todos os dispositivos recebam a energia necessária para funcionar.

Como a Trajetória do VANT e o Padrão de Antena Direcional Impactam a Eficiência do WPT

O uso de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) para transmissão de energia sem fio (WPT, Wireless Power Transfer) tem se mostrado uma solução promissora para a melhoria da eficiência e da cobertura das redes de transferência de energia. Através da análise de simulações, podemos avaliar o design de eficiência energética proposto, que envolve uma antena direcional 3D, e observar o impacto da trajetória do VANT e do padrão de antena para a maximização da eficiência. No campo das redes de WPT com VANT, a introdução de antenas direcionais tem se mostrado um caminho essencial para a melhoria do desempenho, já que as tradicionais antenas omni-direcionais muitas vezes desperdiçam uma grande quantidade de potência, especialmente em cenários de perda de caminho significativo.

A proposta inicial para melhorar o desempenho do WPT com VANTs envolveu otimizar a trajetória do VANT com base em um modelo ideal de eficiência de conversão linear. Alguns estudos anteriores, por exemplo, abordaram o design de trajetórias de baixo custo para cenários 1D, após análise matemática da trajetória ótima do VANT. No entanto, a eficiência de conversão no processo de coleta de energia (EH, Energy Harvesting) varia significativamente com o valor da potência do sinal recebido. Em geral, quando a potência recebida aumenta, a eficiência de conversão inicialmente aumenta, mas eventualmente diminui. Esse comportamento não pode ser modelado adequadamente por um modelo linear de EH, tornando necessário adotar modelos não lineares para representar melhor o comportamento real da conversão de energia.

Pesquisas adicionais buscaram melhorar ainda mais o desempenho do WPT com VANTs ao incorporar modelos não lineares para a eficiência de conversão e ajustar não só a trajetória do VANT, mas também a potência transmitida. Essas abordagens têm se mostrado eficazes na melhoria da eficiência da rede, mas ainda enfrentam limitações significativas, como a perda de potência de RF, que limita drasticamente a quantidade de energia coletada, principalmente quando se utiliza antenas omni-direcionais para transferir energia.

A introdução das antenas direcionais, que podem formar feixes direcionados de maneira mais eficiente, tem o potencial de aumentar a qualidade do canal e melhorar a eficiência do WPT. No entanto, a tecnologia de beamforming (formação de feixes) precisa ser bem compreendida e implementada. Existem duas principais estratégias de beamforming: digital e analógico. O beamforming digital, embora flexível e baseado em informações instantâneas do canal, exige operações eletrônicas complexas, o que pode não ser viável em um sistema baseado em VANTs. Por outro lado, o beamforming analógico, baseado em arrays lineares de antenas (ULA), pode ser implementado com custos relativamente baixos e baixa complexidade operacional, tornando-se uma opção mais adequada para integrar em VANTs.

Vários estudos sobre o WPT com VANTs e antenas direcionais, como o de antenas analógicas baseadas em arrays lineares, têm mostrado que essa tecnologia pode melhorar a cobertura e a eficiência do sistema. No entanto, esses trabalhos ainda se concentram principalmente em antenas 1D ULA, o que resulta em uma projeção de energia em forma de anel, desperdiçando ainda uma parte significativa da potência. Para aproveitar melhor os benefícios do beamforming nas redes de WPT com VANTs, é necessário considerar uma arquitetura de array de antena mais flexível, como uma ULA 3D, que pode moldar feixes direcionados de maneira mais precisa.

Porém, a adoção de antenas 3D apresenta desafios significativos, como o aumento da complexidade no ganho da antena e a necessidade de modelar adequadamente esse sistema no contexto do WPT com VANT. A combinação do beamforming analógico e a otimização da trajetória do VANT, com o controle de potência adequado, são aspectos essenciais que precisam ser estudados em maior profundidade para superar as limitações atuais.

O modelo de sistema proposto para a análise desse cenário de WPT com VANTs envolve uma rede de sensores sem fio, onde um único VANT equipado com uma antena ULA 3D mantém uma altitude constante e serve como fonte de energia para vários nós sensores (SNs) espalhados por uma área determinada no solo. A transferência de energia é realizada através de sinais de rádio-frequência (RF), e a energia acumulada é utilizada pelos sensores para suas funções diárias, como aquisição de dados, recarga de baterias e comunicação sem fio.

Além disso, é importante observar que, em cenários práticos, o VANT frequentemente realiza múltiplas tarefas sequenciais. Assim, a posição inicial e final do VANT para uma missão de WPT pode ser predeterminada com base nas tarefas subsequentes ou anteriores. Isso implica em uma necessidade de otimização de sua trajetória durante o tempo T de operação, que é restringida por um limite de velocidade máxima V, garantindo que o VANT se mova de maneira controlada e eficiente ao longo do plano horizontal.

Por fim, a questão central para otimizar a eficiência do WPT com VANTs, utilizando antenas 3D, é encontrar o equilíbrio entre a flexibilidade do beamforming analógico e a complexidade do modelo de antena. A melhoria do desempenho depende não apenas da precisão do modelo de antena, mas também da consideração de fatores práticos como a mobilidade do VANT, o controle de potência e a otimização da trajetória para maximizar a transferência de energia.

Como a Planejamento de Trajetória e o Beamforming Analógico Impactam na Eficiência de Transferência de Energia em UAVs

Quando se analisa a eficiência de transferência de energia em redes de UAVs (Veículos Aéreos Não Tripulados) habilitadas para WPT (Transferência de Energia Sem Fio), o desafio está em otimizar tanto o comportamento da trajetória do UAV quanto a alocação de potência de transmissão e o beamforming analógico. Embora, à primeira vista, aumentar a potência de transmissão possa parecer uma maneira direta de melhorar a eficiência de conversão de energia, é importante notar que uma vez que a potência recebida atinge um certo limiar, um aumento adicional na potência de transmissão não leva necessariamente a uma melhora proporcional na eficiência. Isso ocorre porque o sistema entra em uma região de saturação onde a eficiência de conversão não melhora mais, limitando o impacto da expansão das restrições de potência de transmissão na eficiência global do sistema.

Com a validação de um algoritmo iterativo e a avaliação de seu desempenho otimizado, passamos a analisar a trajetória do UAV e a solução de beamforming analógico para ganhar uma compreensão mais profunda do design conjunto. Ao observar os gráficos que ilustram as trajetórias otimizadas para diferentes velocidades máximas VV e tempos de operação do WPT TT, fica evidente que, com um valor maior de velocidade máxima ou tempo de operação do WPT, o UAV pode se aproximar mais dos sensores de rede (SNs), o que, por sua vez, resulta em uma melhoria na qualidade do canal sem fio. Esse aprimoramento na proximidade do UAV aos SNs promove um aumento na eficiência de transferência de energia, como corroborado pelos dados.

Além disso, a distribuição de potência colhida, conforme representado em gráficos de diferentes números de elementos de antena (NtN_t) e tempos de slot nn, é significativa. Quando se utiliza o beamforming analógico, a potência colhida pode ser concentrada principalmente no SN mais próximo, o que é um fator crucial para melhorar a eficiência energética do WPT. A comparação entre os valores Nt=27N_t = 27 e Nt=125N_t = 125 revela que, com mais elementos de antena, a linha de feixe se torna mais estreita e potente na posição do SN, resultando em um desempenho superior na melhoria da eficiência energética.

Esses resultados indicam que a flexibilidade nas trajetórias do UAV, combinada com a adequação do número de elementos da antena, pode otimizar significativamente a eficiência do WPT. Além disso, ao integrar o beamforming analógico, o sistema se torna mais eficaz na concentração de energia onde ela é mais necessária, o que reduz a perda de potência durante a transmissão e melhora a eficiência global da rede.

É essencial compreender que, embora o beamforming analógico com um número maior de antenas melhore a eficiência energética, isso também traz desafios em termos de complexidade de implementação e requisitos de hardware. À medida que o número de antenas cresce, mais recursos são necessários para coordenar o feixe de maneira eficaz. Além disso, a implementação de trajetórias otimizadas pode exigir maior capacidade computacional para calcular as variáveis associadas à posição e aos parâmetros do UAV, especialmente em cenários dinâmicos com múltiplos SNs.

Em redes reais, a dinâmica do ambiente, como obstáculos físicos, interferências e variações nas condições de sinal, pode afetar os resultados do modelo idealizado. Portanto, a adaptabilidade do sistema, considerando mudanças inesperadas na configuração do ambiente ou no comportamento do UAV, é um aspecto importante que deve ser levado em conta no design de sistemas de WPT.

Como Gerenciar a Confiança em Redes Veiculares Assistidas por UAVs: Desafios e Soluções

A gestão de confiança nas redes veiculares assistidas por UAVs (Unmanned Aerial Vehicles), ou veículos aéreos não tripulados, surge como um dos maiores desafios para garantir a segurança e eficiência da comunicação nessas redes. A integração dos UAVs com veículos terrestres adiciona uma camada de complexidade ao sistema, criando vulnerabilidades que podem ser exploradas por atacantes, comprometendo a integridade do processo de consenso entre os participantes da rede.

Em redes VANET (Vehicular Ad-hoc Networks) assistidas por UAVs, muitos trabalhos existentes focam em uma única sub-rede dentro da rede de duas camadas. A introdução dos UAVs no sistema, que frequentemente atuam como nós de retransmissão ou agregadores de dados, amplia as possibilidades de ataques. A segurança dessa infraestrutura enfrenta problemas como acesso não autorizado, interceptação de mensagens e manipulação de dados. Vulnerabilidades típicas no domínio dos UAVs, como o spoofing de GPS e interferências nos sinais de comunicação, podem comprometer o caminho de retransmissão de mensagens e, em última instância, prejudicar os serviços baseados na localização dos veículos. Ao mesmo tempo, ataques como adulteração de mensagens ou ataques Sybil no domínio do VANET podem se espalhar rapidamente através do sistema assistido por UAVs, ampliando o impacto e a extensão do ataque.

A natureza interconectada dos domínios dos UAVs e VANETs cria uma vasta superfície de ataque, o que exige mecanismos robustos de segurança que possam atuar de forma eficaz em ambas as camadas. Para proteger as comunicações, é fundamental que os modelos de confiança sejam projetados não apenas para detectar comportamentos maliciosos, mas também para mitigar as consequências desses ataques, garantindo que a integridade do sistema seja preservada. A implementação de modelos de confiança em ambientes dinâmicos como o UAV-assisted VANET enfrenta desafios adicionais relacionados à privacidade. A coleta e análise de comportamentos ou mensagens para avaliar a confiança pode expor informações sensíveis sobre os veículos ou seus usuários, levantando questões de privacidade. Equilibrar a eficácia do modelo de confiança com a proteção da privacidade dos usuários exige uma abordagem cuidadosa, respeitando não apenas as regulamentações de proteção de dados, mas também as expectativas dos usuários em relação à confidencialidade das informações.

Outro grande desafio é o uso de inteligência artificial (IA) para gerenciar a confiança em redes tão complexas. A quantidade de dados gerados em tempo real pode ser esmagadora, especialmente em cenários de tráfego denso, onde múltiplos veículos e UAVs interagem simultaneamente. O processamento desses dados exige recursos computacionais significativos e algoritmos eficientes para garantir que a avaliação de confiança seja feita de forma rápida e precisa. A escalabilidade dos sistemas baseados em IA é essencial, visto que a rede tende a crescer continuamente com o aumento do número de participantes, exigindo soluções que possam lidar com grandes volumes de dados sem comprometer a performance.

Apesar dos avanços no gerenciamento de confiança para redes assistidas por UAVs, ainda existem questões não resolvidas que exigem atenção. A utilização ineficiente dos recursos, a alta taxa de falsos positivos na detecção de comportamentos maliciosos, a dificuldade de alcançar o consenso nos modelos de confiança e os riscos de ataques em camadas cruzadas são apenas algumas das áreas que necessitam de mais pesquisa e desenvolvimento. Além disso, os problemas de privacidade e a escala crescente dos dados processados em sistemas baseados em IA representam desafios contínuos que precisam ser endereçados para que as redes veiculares assistidas por UAVs possam operar de maneira segura e eficiente.

A solução para essas questões passa pela evolução contínua dos modelos de gestão de confiança, com um foco especial em garantir a interoperabilidade entre os diversos domínios da rede, o que torna a comunicação mais robusta e a defesa contra ataques mais eficaz. Com o aumento da complexidade dessas redes, é essencial que os mecanismos de segurança evoluam para incorporar novas tecnologias e métodos de detecção de ataques, ao mesmo tempo que respeitem os direitos de privacidade dos usuários e a necessidade de recursos computacionais eficientes.