A análise dos comportamentos e atitudes dos diferentes grupos políticos diante de ameaças externas e internas revela divisões significativas nas preferências sociais e políticas. Por um lado, as pesquisas indicam que tanto liberais quanto conservadores reconhecem a necessidade de uma ação “drástica e agressiva”, porém com objetivos bem distintos. Por exemplo, 83% dos apoiadores de Trump defendem uma ação agressiva para se proteger de ameaças externas, como ataques estrangeiros, mas apenas 26% deles acreditam que é necessário adotar medidas agressivas para combater ameaças internas, como a concentração excessiva de riqueza. Já os liberais, por sua vez, apresentam uma visão oposta: 75% defendem ações agressivas para salvar o planeta e redistribuir a renda, enquanto apenas 18% consideram necessárias ações extremas contra ameaças externas.

Além disso, ao observarmos as atitudes de apoio à agressão, surge uma diferença significativa entre os conservadores que apoiam Trump e aqueles que não o apoiam. Os primeiros demonstram um apoio mais forte à ação agressiva contra ameaças externas, mas são menos inclinados a apoiar medidas agressivas para combater a desigualdade de renda. Quando comparamos esses dados com os de outros conservadores, a diferença entre os grupos se estreita, sugerindo que o apoio a Trump tem um efeito particular nas preferências de ação.

Embora os dados não mostrem uma diferença estatisticamente significativa entre os apoiadores de Trump e os conservadores não apoiadores em relação às tendências autoritárias ou às preferências sociopolíticas gerais, uma tendência de maior autoritarismo é observada entre os primeiros. Este autoritarismo, embora discreto, parece se manifestar principalmente na disposição para a ação direta e agressiva, especialmente quando se trata de defender a nação contra ameaças externas.

Ao examinar a disposição de tomar ações políticas para alcançar objetivos, o estudo apresenta um conjunto de comportamentos variáveis, desde ações legais, como participar de protestos pacíficos, até ações potencialmente ilegais ou violentas, como violar limites de contribuição ou auxiliar em danos a propriedades. Os resultados indicam que, em geral, os apoiadores de Trump são mais inclinados a se envolver em ações que ultrapassam os limites da legalidade ou da violência. Por exemplo, 67% dos apoiadores de Trump afirmaram que curseariam um político que considerassem errado, enquanto 36% estariam dispostos a participar de um comício potencialmente violento. Esses números são mais altos do que os observados em outros grupos políticos, o que aponta para uma maior disposição para a ação radical.

No entanto, essa disposição para agir também pode refletir uma falta de confiança nos canais tradicionais de mudança política, como as eleições ou as instituições democráticas. Isso fica claro quando se observa que um número significativo de apoiadores de Trump indicaria que se oporia a uma decisão política por meios que poderiam ser considerados ilegais, como manipular votos ou desobedecer a leis em nome da segurança nacional.

O contraste entre os diferentes grupos políticos não se limita apenas às atitudes em relação à violência e à agressão. Os liberais, embora mais inclinados a apoiar ações agressivas para resolver questões de desigualdade e salvar o meio ambiente, apresentam uma aversão muito maior à violência ou à quebra de leis, especialmente quando comparados aos conservadores. Este padrão sugere que, embora todos os grupos políticos reconheçam a necessidade de ações drásticas, as justificativas e os limites para essas ações variam significativamente.

Além disso, a pesquisa sugere que o apelo do autoritarismo nas preferências políticas não é uma característica exclusiva de um único lado do espectro político. Mesmo entre aqueles que se opõem ao autoritarismo tradicional, há uma disposição crescente para abraçar formas de ação que, embora muitas vezes não envolvam violência direta, podem ser vistas como uma forma de "agressão" política, como o uso de táticas não convencionais para promover mudanças. Isso indica uma mudança mais ampla na forma como as pessoas pensam sobre a política, o que pode ter implicações significativas para o futuro das democracias liberais.

Por fim, é fundamental entender que a disposição para a ação, seja agressiva ou não, é muitas vezes uma reação ao sentimento de alienação ou à percepção de que os meios tradicionais de mudança não são eficazes. Quando uma grande parte da população sente que suas preocupações não estão sendo ouvidas ou atendidas, surge uma tendência de radicalização, onde a política se torna uma luta pela sobrevivência de um modo de vida, mais do que uma simples escolha entre alternativas ideológicas.

A Dinâmica Securitária nas Preferências Políticas e Sociais nos EUA

No contexto político atual, observa-se uma crescente polarização entre as preferências securitárias e sociais. A análise das tendências de voto entre diferentes grupos raciais, especialmente dentro do Partido Democrata, revela um dado crucial: a segurança é vista por muitos como um valor superior à própria democracia. Este ponto é evidenciado pela diferença de opinião entre os eleitores negros e brancos sobre a questão da segurança nacional, com três vezes mais negros democratas preferindo a segurança em vez da democracia, comparados aos brancos democratas (42% contra 14%). Além disso, uma maior proporção de negros democratas acredita que "é provavelmente melhor assumir que os estrangeiros pretendem nos prejudicar", um reflexo do crescente sentimento securitário no seio desta comunidade.

Esta tendência se estende para outras questões, como a política social, onde se observa uma diferença significativa entre os eleitores brancos e negros. Por exemplo, enquanto 83% dos democratas brancos são a favor dos direitos ao aborto e ao casamento gay, apenas 64% e 42% dos democratas negros apoiam essas causas, respectivamente. A resistência a algumas das bandeiras sociais tradicionais é ainda mais forte entre os democratas negros, com 56% a favor da oração nas escolas, em comparação com apenas 25% dos democratas brancos. Este padrão de apoio a políticas mais conservadoras, tanto na área social quanto econômica, é ampliado em questões de segurança, onde negros democratas mostram maior apoio à pena de morte, controle de imigração e gastos com defesa.

A maior parte do apoio ao Partido Democrata por parte dos negros não se deve a uma rejeição das visões securitárias ou de uma inclinação esquerdista nas questões sociais, mas sim a uma postura de outsiders. Ao longo das décadas, à medida que os negros se percebem mais como parte do "in-group" americano, em vez de uma minoria externa, suas inclinações securitárias começarão a se refletir mais nas escolhas políticas, o que pode ser prejudicial para os candidatos democratas. Este fenômeno não é restrito à população negra, mas pode se estender à comunidade LGBTQ+ à medida que a aceitação social cresce, levando a um movimento crescente entre os membros dessa comunidade em direção a uma postura mais securitária, o que pode beneficiar candidatos republicanos, particularmente aqueles menos preocupados com questões sociais.

Este padrão também é evidente na divisão dentro do Partido Republicano, onde quase metade dos republicanos se identifica com questões securitárias, como imigração, defesa, lei e ordem, patriotismo e direitos das armas. No entanto, uma parte significativa do Partido Republicano não vê essas questões como prioritárias, o que sugere que pode haver uma fissura dentro do partido entre aqueles que priorizam a segurança e aqueles que focam mais nas questões econômicas ou sociais. Essa divisão poderá ser ampliada após a saída de Trump da cena política, especialmente se o Partido Republicano se dividir em um ala securitária e uma ala mais focada em questões econômicas e sociais.

Ao observar os eleitores republicanos que priorizam questões sociais ou econômicas, nota-se que muitos ainda optam por questões securitárias como suas segundas prioridades. Isto demonstra que, mesmo entre os republicanos que se concentram em questões não securitárias, há uma tendência crescente de apoio a temas relacionados à segurança nacional. Isso reflete a popularidade dos temas securitários não só como uma questão isolada, mas como uma preocupação transversal que permeia diversas facetas das escolhas políticas e sociais.

Com isso, a tendência é que, nas próximas décadas, o número de indivíduos com inclinações securitárias, particularmente entre as comunidades negras, hispânicas e LGBTQ+, aumente, o que poderá suavizar, mas não eliminar, a forte base securitária que atualmente é característica dos republicanos. Mesmo com o envelhecimento da geração de securitários brancos, a mudança demográfica e a ascensão de novos grupos que compartilham dessas preocupações podem manter o securitarismo como uma força política relevante.

A dinâmica do securitarismo, portanto, não é uma característica isolada de um grupo específico, mas um fenômeno que atravessa várias comunidades e tem o poder de remodelar as preferências políticas e eleitorais nos próximos anos, tanto para os democratas quanto para os republicanos. A questão central, no entanto, será como essas inclinações securitárias serão integradas nas futuras coalizões partidárias, o que poderia levar a novas coalizões políticas, com implicações importantes para o futuro político dos Estados Unidos.

Como a Política Pós-Trump Reconfigura as Divisões Ideológicas e Demográficas

As divisões políticas do mundo moderno não se definem mais unicamente pela dicotomia entre "internos" e "externos", mas, cada vez mais, pelo abismo ideológico entre aqueles que apoiam os "internos" e aqueles que apoiam os "externos". As disputas entre grupos como sunitas e xiitas, hutus e tutsis, pashtuns e hazaras, ou mesmo entre diferentes etnias, continuam a existir, mas a linha divisória dos conflitos contemporâneos não se restringe mais à etnia, religião ou identidade cultural. O ponto focal de muitas disputas globais está se tornando a forma como as pessoas se posicionam em relação à proteção dos "externos", em vez da sua inclusão ou exclusão do corpo social.

No contexto da segurança, os maiores inimigos não são mais os "externos" em si, mas os "internos" que se recusam a abraçar completamente os "internos" do ponto de vista ideológico. Em muitas sociedades, as divisões que antes eram fundamentadas em critérios demográficos estão agora sendo substituídas por uma polarização ideológica crescente. Em um mundo onde as linhas que dividem etnias, religiões, gêneros, orientações sexuais e até raças estão ficando cada vez mais tênues, a verdadeira linha divisória é traçada entre os que têm tendências unitaristas, favoráveis à inclusão, e os que são securitários, defensores de uma proteção rigorosa contra as ameaças externas.

A evidência empírica, como a apresentada no Capítulo 5, demonstra que uma grande parte dos apoiadores de figuras políticas polarizadoras, como Donald Trump, vê uma ameaça não apenas nos imigrantes, mas também em suas oposições ideológicas. Por exemplo, 75% dos apoiadores de Trump se sentem ameaçados por imigrantes, mas um número igualmente elevado de 74% se sente ameaçado pelos liberais. Isso reflete a crescente hostilidade entre os dois campos ideológicos. A partir desses dados, podemos ver que a ameaça percebida não vem mais de um "inimigo externo" ou de uma identidade que se opõe à própria, mas de um adversário ideológico que representa uma visão de mundo completamente diferente.

O que está em jogo, então, não é mais a defesa de uma identidade demográfica específica, mas a luta por uma visão compartilhada de como o mundo deve ser estruturado. Para os securitários, o que importa não é a diversidade, mas a capacidade de garantir um espaço seguro, onde a ordem e a homogeneidade possam ser mantidas. Já para os unitaristas, a prioridade é assegurar que os "externos" vulneráveis sejam acolhidos, integrados e protegidos. Ambos os grupos, portanto, necessitam da ideia de um "outro", mas sua hostilidade se direciona àqueles que se opõem à sua visão de mundo e à realização de suas respectivas agendas.

Imaginemos que um securitário seja apresentado a duas opções de vizinhança. A primeira seria uma comunidade extremamente diversa, multiétnica e multirracial, mas com forte apoio a direitos armamentistas, aumento de gastos militares, construção de muros nas fronteiras e políticas de governo restritivas. A segunda opção seria uma vizinhança composta exclusivamente por cidadãos brancos, cristãos, heterossexuais, empregados e cumpridores da lei, mas com um forte apoio à abertura das fronteiras, ao aumento do gasto com ajuda externa e ao controle rigoroso das armas. Qual dessas opções você acha que o securitário escolheria? É razoável supor que a maioria optaria pela primeira, uma comunidade diversificada, desde que ela estivesse alinhada com suas crenças sobre a segurança e a proteção dos "internos". Isso acontece porque os securitários preferem um ambiente onde a segurança e a homogeneidade ideológica prevaleçam, mesmo que essa homogeneidade não seja etnicamente pura.

Esse dilema se reflete em outro ponto essencial: os unitaristas, por sua vez, provavelmente optariam pela segunda opção, preferindo viver em uma comunidade unitaria, com fortes valores compartilhados, mesmo que essa comunidade fosse homogênea etnicamente, mas com uma visão diametralmente oposta sobre como lidar com as questões dos "externos". A escolha entre segurança e acolhimento se torna um dilema que transcende as divisões étnicas e raciais, e nos coloca diante da questão central do que cada grupo valoriza mais: um ambiente seguro, mas ideologicamente homogêneo, ou uma sociedade diversa, mas que compartilhe uma visão comum de justiça social e inclusão.

A política nos dias de hoje se tornou uma batalha entre securitários e unitaristas, em vez de uma multiplicidade de grupos que se opõem uns aos outros em torno de questões específicas de identidade. As divisões ideológicas estão se tornando cada vez mais rígidas, e as coalizões que antes se formavam de maneira fluida e mutável estão se tornando mais inflexíveis. A situação política se tornou mais feroz e implacável, como se a democracia, como sonhada por James Madison, estivesse sendo distorcida em uma polarização irreconciliável.

A maior lição que podemos extrair disso é que a democracia do futuro não será definida pela gestão de múltiplas identidades étnicas, religiosas ou culturais, mas pela capacidade de gerenciar uma democracia bi-ideológica, onde as forças do unitarismo e do securitarismo coexistem e competem de forma dinâmica. Isso exigirá não apenas a aceitação de uma variedade de perspectivas ideológicas, mas também a habilidade de trabalhar com aqueles que possuem visões diferentes, sem recorrer a uma polarização total. Em última análise, a verdadeira dificuldade será a criação de um espaço democrático onde ambos os lados possam viver e governar juntos, sem que a disputa ideológica destrua a convivência pacífica.

Qual é a relação entre disposições psicológicas e a adesão ao populismo nacionalista?

A interpretação dos dados eleitorais contemporâneos exige mais do que simples análise econômica ou demográfica; ela requer uma leitura profunda das disposições psicológicas, valores culturais e afetos políticos que moldam as preferências dos eleitores. Um dos maiores erros metodológicos cometidos por analistas é confiar exclusivamente em pesquisas de boca de urna, que, conforme apontado por Edsall (2018), tendem a super-representar eleitores com ensino superior, mais propensos a cooperar com entrevistadores. Trabalhos como os de Parker et al. (2018), baseados em eleitores validados, oferecem uma correção parcial a esse viés.

A análise de votos por condado, frequentemente usada para sustentar explicações econômicas do voto populista, falha em capturar nuances fundamentais. Como salientam Sides, Tesler e Vavreck (2018), “condados não votam” — são as pessoas que o fazem, e dentro desses condados marginalizados há traços culturais e psicológicos que não se explicam apenas pela renda. Os dados sugerem que as motivações para aderência ao populismo nacionalista residem mais em ansiedades culturais e desejos de segurança do que em descontentamento material direto. Isso não elimina a relevância da economia, mas evidencia sua função como catalisador simbólico, mais do que causa substancial.

Estudos sobre valores morais e traços de personalidade também reforçam essa interpretação. Pesquisas conduzidas por Jost et al. (2003), Inbar, Pizarro e Bloom (2009) e Haidt (2012) demonstram que conservadores tendem a valorizar a ordem, a lealdade ao grupo e a pureza moral, enquanto liberais enfatizam o cuidado e a justiça. Tais diferenciações morais influenciam diretamente atitudes políticas, inclusive em relação à imigração, diversidade cultural e autoridade. Fortunato, Hibbing e Mondak (2018) mostraram que determinadas características de personalidade, como baixa abertura à experiência e maior aversão ao risco, correlacionam-se com posturas autoritárias e preferência por candidatos que prometem restaurar a ordem.

Essas disposições não são meramente ideológicas; elas se manifestam afetivamente. Há evidência crescente de que emoções como medo, raiva e frustração desempenham papel central nas decisões políticas. Wuthnow (2018) e Zito & Todd (2018) destacam que sentimentos de humilhação cultural e desejo de “revanche” da classe trabalhadora branca estão por trás de muitos relatos de eleitores. Essa “hipervigilância” emocional é muitas vezes confundida com ameaça real, quando na verdade se trata de um estado disposicional — uma sensibilidade aguda a potenciais distúrbios da ordem percebida. Lavine et al. (2002) descrevem isso como “sensibilidade aguda à ameaça”, um estado psicológico que predispõe os indivíduos a apoiar líderes fortes e retóricas securitárias.

A teoria crítica da personalidade autoritária, desenvolvida por Adorno e colegas (1950), permanece relevante nesse contexto. Para Adorno, o autoritarismo não é apenas uma orientação política, mas um complexo de traços ligados à rigidez cognitiva, submissão à autoridade e agressividade contra grupos desviantes. Embora a escala F tenha sido criticada por problemas metodológicos, seus fundamentos teóricos continuam a informar interpretações atuais de comportamento político. A submissão autoritária, por exemplo, muitas vezes se entrelaça com tendências de aquiescência — uma aceitação acrítica de normas e figuras dominantes —, e com projeções inconscientes que transformam o “outro” em ameaça simbólica.

Ademais, a polarização geográfica observada por Maxwell (2019) deve ser compreendida como reflexo de cisões identitárias mais profundas. A separação entre áreas urbanas e rurais, por exemplo, não é apenas territorial, mas cultural e psicológica, refletindo modos distintos de perceber o mundo, de se relacionar com o diferente e de responder a transformações sociais rápidas. Neste cenário, a política torna-se palco de disputas morais, onde cada lado acredita estar defendendo a essência da sociedade.

É fundamental entender que as atitudes políticas não surgem no vácuo. Elas são moldadas por estruturas afetivas duradouras, disposições temperamentais e histórias sociais encarnadas. A ideia de que os cidadãos votam com base em cálculo racional ou interesse econômico direto é insuficiente. A política, especialmente em contextos de crise e transformação, é profundamente emocional e moralizada. As divisões partidárias contemporâneas refletem esse embate de visões de mundo, onde o securitarismo — o desejo por estabilidade, controle e coesão — se opõe ao universalismo, à abertura e à diversidade.

O leitor atento deve também considerar a complexidade da autopercepção política. Muitas vezes, os indivíduos não têm plena consciência das motivações que os impulsionam. Como observam Chapman University (2019) e diversos estudos de psicologia política, o desejo de manter uma autoimagem socialmente aceitável pode distorcer respostas em pesquisas. Além disso, valores e traços de personalidade operam em níveis inconscientes, escapando à racionalização imediata.

Importante lembrar que o autoritarismo não nasce necessariamente de uma ameaça direta, mas de uma disposição a perceber o mundo como ameaçador. Essa predisposição à hipervigilância pode ser cultivada por narrativas midiáticas, experiências pessoais ou dinâmicas comunitárias. E é justamente aí que líderes populistas encontram terreno fértil: oferecendo linguagem moral clara, promessas de ordem e identidades bem definidas para uma audiência psicologicamente pronta a recebê-las.