O processo de ingestão de dados no Elasticsearch pode ser complexo, mas é fundamental para a organização e indexação eficaz de grandes volumes de informações. Um dos métodos mais eficazes para esse processo é o uso da API Bulk, que permite inserir grandes conjuntos de dados em Elasticsearch de maneira eficiente. No contexto de ingestão de dados relacionados a filmes, por exemplo, é possível automatizar o processo de indexação utilizando scripts em Python e configurar mapeamentos adequados para garantir que os dados sejam processados corretamente.
Ao trabalhar com Elasticsearch, um dos primeiros passos é configurar os templates de índice, que definem como os dados serão estruturados e armazenados. O Elasticsearch, por padrão, usa mapeamento dinâmico, o que significa que ele tenta adivinhar automaticamente o tipo de dado de cada campo. No entanto, em muitos casos, é preferível especificar os mapeamentos de forma explícita para garantir que os dados sejam indexados de maneira correta e otimizada. A configuração de templates de índice permite essa personalização, criando um ambiente em que os dados sejam bem organizados desde o momento da ingestão.
Ao trabalhar com o modelo de filmes, por exemplo, é possível especificar mapeamentos como o tipo de dados para o campo "release_year" ou "director". Esses mapeamentos podem ser definidos de maneira precisa para garantir que qualquer dado que entre na base de dados se adeque ao formato previamente estabelecido, evitando inconsistências. Isso também é vantajoso no que diz respeito à busca e análise de dados, já que o Elasticsearch pode otimizar os índices com base em mapeamentos bem definidos.
No caso da ingestão de grandes volumes de dados, como no exemplo de um dataset de filmes que inclui mais de 30 mil registros, a API Bulk do Elasticsearch se torna uma ferramenta indispensável. Através do uso de funções auxiliares como streaming_bulk, é possível indexar grandes volumes de dados sem sobrecarregar a memória do sistema. A função streaming_bulk é particularmente eficaz quando o dataset é muito grande para ser carregado de uma vez, permitindo processar os dados em lotes menores e assim otimizar o uso de recursos do sistema.
É importante observar que a correta implementação de um índice não envolve apenas a ingestão de dados, mas também a organização eficiente desses dados dentro do Elasticsearch. Isso implica na utilização de templates de índice e funções auxiliares para garantir que o sistema possa lidar com o volume de dados de maneira eficaz. A escolha entre as diferentes funções auxiliares da API Bulk deve ser feita com base nas características do dataset. Por exemplo, o uso de bulk pode ser ideal para conjuntos de dados menores, enquanto o streaming_bulk é indicado para grandes volumes que não podem ser carregados totalmente na memória.
Além disso, ao usar o Elasticsearch, a verificação da estrutura do índice é um passo importante para garantir que os mapeamentos estejam sendo aplicados corretamente. Através de comandos como GET /movies/_mapping, é possível verificar o mapeamento de campos como "genre" e "director", o que ajuda a identificar se houve algum erro ou inconsistência na indexação dos dados. Quando o mapeamento está correto, ele permite consultas mais rápidas e eficientes, otimizando o desempenho do Elasticsearch.
Outro ponto essencial é a manutenção contínua do índice. Após a ingestão de dados, é importante acompanhar o uso da base de dados e monitorar a performance das consultas. Isso pode ser feito utilizando ferramentas como Kibana, que permitem visualizar e analisar os dados armazenados no Elasticsearch de maneira intuitiva.
No entanto, ao focar apenas no processo de ingestão de dados, pode-se negligenciar aspectos fundamentais como a qualidade e a consistência dos dados antes da ingestão. É essencial que os dados sejam limpos e formatados adequadamente para evitar erros durante o processo de indexação. A criação de um pipeline de dados que inclua validação e transformação dos dados antes da ingestão pode ser uma estratégia eficiente para garantir a integridade do sistema.
Além disso, a configuração de regras de análise, como o uso de analisadores (analyzers), é fundamental para a construção de índices que possam ser consultados de maneira eficaz. A escolha do analisador adequado pode fazer toda a diferença na forma como as consultas são executadas e nos resultados retornados, especialmente quando se trabalha com campos de texto livre, como resumos de filmes ou descrições.
Por fim, a compreensão de como o Elasticsearch lida com dados e como otimizar seu uso é um processo contínuo. A flexibilidade do Elasticsearch permite que ele seja adaptado a uma ampla gama de casos de uso, mas para isso é necessário entender profundamente como ele indexa, armazena e recupera os dados. Além disso, é fundamental investir tempo na definição de boas práticas de indexação e na escolha das ferramentas adequadas para cada situação, garantindo assim a performance e a escalabilidade do sistema.
Como a Transformação e Enriquecimento de Dados Funciona no Elasticsearch
No ecossistema do Elasticsearch, o processo de ingestão de dados é uma parte fundamental para garantir que os documentos sejam processados corretamente antes de serem indexados e pesquisados. Esse processo envolve pipelines de ingestão, que são estruturas que permitem modificar e enriquecer dados de maneira automatizada e eficiente. O fluxo de trabalho começa quando os dados chegam e são direcionados para uma série de processadores, onde podem passar por diversas transformações, como adição ou remoção de campos, formatação de dados e enriquecimento do conteúdo. Após essas modificações, o Elasticsearch adiciona os documentos processados ao índice ou fluxo de dados determinado.
A configuração de pipelines de ingestão pode ser realizada de duas maneiras principais: utilizando a interface Kibana ou diretamente por meio das APIs de ingestão. As APIs oferecem uma abordagem programática, permitindo a criação de pipelines de ingestão em código, o que facilita a automação e integração com sistemas externos. Além disso, o Elasticsearch armazena essas pipelines no estado do cluster, o que garante sua disponibilidade em todo o ambiente, permitindo que sejam aplicadas a qualquer nó que esteja processando dados. Dessa forma, uma vez definida uma pipeline, ela pode ser usada por qualquer processo de ingestão dentro do cluster, garantindo consistência no processamento de dados, independentemente de seu ponto de entrada.
Os processadores desempenham um papel crucial no pipeline, pois são responsáveis por transformar os dados conforme as regras configuradas. Um exemplo de processador bastante utilizado no Elasticsearch é o "enrich processor", que permite enriquecer os documentos durante a ingestão com dados provenientes de outros índices. Esse tipo de processamento é útil em diversas situações práticas, como identificar serviços da web ou fornecedores a partir de endereços IP, adicionar informações detalhadas de produtos a pedidos de venda usando IDs de produtos ou enriquecer registros com detalhes de contato a partir de endereços de e-mail.
A configuração de um pipeline com processadores de enriquecimento é feita por meio do "enrich index", que é uma versão otimizada de índices fonte, projetada para acelerar o processo de busca durante a ingestão. Esses índices enriquecidos são tratados como índices de sistema, sendo gerenciados internamente pelo Elasticsearch e exclusivamente utilizados pelos processadores de enriquecimento. O uso adequado do enriquecimento permite que os dados sejam complementados com informações valiosas de forma dinâmica, contribuindo para uma análise mais robusta e detalhada.
No entanto, a gestão de erros também é uma parte essencial desse processo. O parâmetro "on_failure" permite configurar uma lista de processadores a serem executados em caso de falha durante a ingestão. Isso garante que erros sejam devidamente tratados, com registros de falhas ou notificações adequadas, permitindo uma resolução rápida e mantendo a integridade dos dados.
No caso de integrações do Elastic Agent, a maioria das integrações já vem com pipelines dedicados para a normalização e análise dos dados antes de sua indexação no Elasticsearch. Um exemplo prático é a personalização de uma pipeline de ingestão para enriquecer os dados gerados por uma integração existente. Isso pode ser feito criando uma pipeline personalizada dentro da interface Kibana, sem a necessidade de modificar a configuração padrão da integração.
Ao modificar uma integração existente, como a do servidor Apache, para usar uma pipeline personalizada, o primeiro passo é selecionar a política do agente que está sendo utilizada. Dentro dessa política, é possível adicionar um novo processador, que pode ser um pipeline processor. Esse processador permite que uma pipeline adicional seja executada sobre os dados, permitindo o enriquecimento de informações, como a adição de um campo "description" ou a execução de um algoritmo de impressão digital (fingerprint) para rastrear a origem dos dados.
Uma das vantagens de usar pipelines personalizados é a flexibilidade que eles oferecem. Por exemplo, ao adicionar um pipeline de enriquecimento personalizado, você pode adicionar campos que são específicos para o seu caso de uso sem alterar a configuração global da integração. Isso é especialmente útil para preservar as personalizações em futuras atualizações da integração, que poderiam modificar ou remover as configurações padrão.
Além disso, as integrações no Elasticsearch são definidas a nível de conjunto de dados. Isso significa que, ao trabalhar com logs de acesso do Apache, a pipeline personalizada afeta exclusivamente esse conjunto de dados e seus índices relacionados. Caso você precise trabalhar com outros tipos de logs, como logs de erro, seria necessário criar pipelines personalizados específicos para essas fontes de dados, permitindo uma estratégia de processamento de dados ainda mais flexível e adaptada.
Por fim, uma técnica alternativa para enriquecer dados no Elasticsearch envolve o uso de agentes de ingestão, como o Elastic Agent. Em vez de processar os dados somente dentro do Elasticsearch, é possível aplicar transformações nos dados antes mesmo de sua ingestão, utilizando metadados específicos de hosts. Essa abordagem oferece a vantagem de filtrar e enriquecer dados na origem, o que pode otimizar o desempenho e reduzir a carga no Elasticsearch.
Em resumo, a transformação e o enriquecimento de dados são processos vitais para garantir que o Elasticsearch possa fornecer resultados de alta qualidade e precisos. As pipelines de ingestão e os processadores desempenham um papel central nesse processo, permitindo que os dados sejam modificados e complementados antes de serem indexados. Isso não só melhora a precisão das consultas, mas também garante que os dados sejam integrados de forma eficiente e dinâmica. A compreensão profunda dessas técnicas e da maneira como elas podem ser aplicadas a diferentes tipos de dados é fundamental para tirar o máximo proveito do Elasticsearch.
Como Explorar e Visualizar Dados com o ES|QL e o Kibana Lens no Elastic Stack
O ES|QL, uma linguagem de consulta desenvolvida para o Elastic Stack, permite uma manipulação e exploração de dados mais ágil e poderosa. Seu formato de consulta, baseado em comandos encadeados por pipes, oferece uma flexibilidade única na extração e processamento de informações. O ES|QL se divide em dois tipos principais de comandos: os comandos de fonte e os comandos de processamento. Enquanto os comandos de fonte têm a função de recuperar ou gerar dados em forma de tabelas, os comandos de processamento recebem uma tabela como entrada e geram uma nova tabela como saída.
Uma das características distintivas do ES|QL é a sua capacidade de combinar múltiplas fontes de dados e realizar cálculos ou agregações diretamente dentro do Elasticsearch, ao contrário das consultas convencionais que são transformadas em DSL para execução. Isso permite que o ES|QL opere com uma performance muito superior, processando as funções de busca, agregação e transformação diretamente no motor do Elasticsearch. A adição de índices de enriquecimento permite que dados de fontes externas sejam incorporados de forma eficiente, melhorando a análise e proporcionando insights mais profundos.
O comando ENRICH, por exemplo, é utilizado para adicionar dados de índices de enriquecimento a partir de outros índices originais. Para usar este comando, o ES|QL precisa de pelo menos dois componentes fundamentais: o índice de origem, que contém os dados a serem enriquecidos, e o índice de enriquecimento, que é um índice interno e somente leitura do Elasticsearch. A aplicação de uma política de enriquecimento define como os dados adicionais serão mesclados, permitindo uma análise mais detalhada com informações de múltiplas fontes.
Outra característica relevante do ES|QL é a sua arquitetura de computação, que foi desenvolvida para suportar tanto as exigências funcionais quanto de performance do sistema. Em vez de traduzir expressões de consulta para o Query DSL, as consultas são executadas nativamente dentro do Elasticsearch, o que garante não apenas alta performance, mas também flexibilidade para trabalhar com grandes volumes de dados de forma eficiente. O ES|QL também pode ser utilizado para gerar alertas e criar visualizações de dados diretamente no Kibana.
No Kibana, a ferramenta Lens tem ganhado popularidade por sua interface intuitiva e fácil de usar, oferecendo uma maneira acessível de criar visualizações dinâmicas dos dados do Elasticsearch. Com a funcionalidade de arrastar e soltar, o Lens permite que usuários de todos os níveis de habilidade criem visualizações poderosas, como gráficos de barras, gráficos de linhas e gráficos de indicadores, com apenas alguns cliques. O Lens também sugere visualizações com base no conjunto de dados carregado, facilitando a exploração de insights rapidamente.
A criação de visualizações no Lens começa com a seleção de um conjunto de dados — como, por exemplo, o conjunto de dados de tráfego de Rennes — e a escolha do tipo de visualização. Entre as visualizações básicas, encontramos o gráfico métrico, que exibe um valor numérico, o gráfico de medidores, que mostra o valor de uma variável dentro de uma faixa predeterminada, e o gráfico de rosca, que permite dividir os dados por categorias, oferecendo uma visão mais detalhada da composição dos dados.
A criação de visualizações avançadas também é possível, como gráficos comparativos de média de velocidade e status de tráfego, gráficos de localização, e gráficos multivariados que permitem uma comparação dinâmica de variáveis complexas. Esses gráficos ajudam a identificar padrões e correlações nos dados, fundamentais para otimizar decisões baseadas em dados reais e atualizados.
Além das visualizações gráficas, o Kibana Lens oferece uma forma eficiente de personalizar as cores, rótulos e outras características das visualizações. Isso é especialmente importante quando se busca tornar os dados não apenas acessíveis, mas também intuitivos e fáceis de entender, melhorando a comunicação visual e a interpretação dos dados por diferentes partes interessadas. A capacidade de salvar e compartilhar essas visualizações em dashboards no Kibana facilita ainda mais a colaboração entre equipes e a distribuição dos insights gerados.
Em suma, a integração entre ES|QL e Kibana Lens oferece uma plataforma poderosa para explorar, analisar e visualizar dados no Elastic Stack. A combinação de um mecanismo de consulta de alto desempenho com ferramentas intuitivas de visualização cria um ambiente ideal para transformar dados complexos em insights valiosos. Ao explorar as capacidades dessas ferramentas, os usuários podem obter uma compreensão mais profunda dos dados, acelerando o processo de tomada de decisões e melhorando a eficiência operacional.
Além disso, é essencial que os leitores entendam a importância de se familiarizar com os diferentes tipos de comandos do ES|QL para poder tirar o máximo proveito da flexibilidade da linguagem. Com o tempo, o domínio dessas ferramentas permitirá que você crie consultas e visualizações mais sofisticadas e ajustadas às necessidades específicas de seu conjunto de dados. As visualizações no Kibana, por sua vez, não devem ser apenas vistas como uma forma de representar dados, mas como uma maneira de contar histórias complexas de forma acessível e compreensível, proporcionando insights acionáveis para qualquer usuário.
Como Criar Campos de Execução e Visualizações no Kibana: Uma Abordagem Avançada
O Kibana, aliado ao Elasticsearch, permite realizar uma série de operações poderosas em tempo real, entre elas a criação de campos de execução (runtime fields) para transformar e visualizar dados sem a necessidade de reindexação. Este recurso é particularmente útil para situações em que a estrutura de dados é dinâmica e precisa ser processada de maneira otimizada.
Nos exemplos abordados, foi criado um campo de execução no Kibana, especificamente para mapear o dia da semana e a hora do dia a partir do campo @timestamp. Ao utilizar o recurso de campos de execução, é possível gerar transformações de dados diretamente na interface do Kibana, sem a necessidade de reindexar os dados. Este processo é viabilizado através da linguagem de script chamada Painless, que, apesar de simples e intuitiva, oferece grande flexibilidade ao manipular os dados. No exemplo apresentado, a função emit() foi utilizada para atribuir o valor do campo a partir do script, garantindo que as alterações acontecessem de maneira dinâmica.
Uma das maiores vantagens desse método é que os campos de execução não exigem alteração da estrutura de dados original, o que é uma vantagem significativa para evitar a sobrecarga de um reprocessamento de dados extensivo. No entanto, ao utilizar campos de execução, é importante considerar o impacto na performance do cluster Elasticsearch, uma vez que a execução de scripts para cada documento pode aumentar significativamente o tempo de resposta, especialmente em grandes volumes de dados.
A criação de campos de execução pode ser realizada de várias maneiras. A primeira abordagem envolve a criação do campo diretamente no Kibana, através da interface de criação de campos em uma visualização de dados. No entanto, existem outras duas formas de definir campos de execução: através da adição de uma cláusula runtime_mappings em uma busca, ou, mais comumente, ao incluir a cláusula de execução diretamente no mapeamento do índice. Essa última abordagem é vantajosa quando se deseja que o campo de execução esteja disponível globalmente em todas as buscas, sem necessidade de definição repetitiva.
Contudo, a criação de campos de execução não é isenta de desafios. Por serem calculados dinamicamente a cada consulta, é fundamental otimizar o script para que ele não sobrecarregue os recursos do cluster. A eficiência do campo de execução está diretamente ligada à complexidade do script utilizado. Quando scripts ineficientes são empregados, há o risco de comprometer a performance do Elasticsearch, podendo até causar falhas no nó de processamento.
A utilização de campos de execução se mostra extremamente útil em uma variedade de cenários. Por exemplo, se é necessário controlar a explosão de mapeamentos, ou quando se precisa economizar espaço evitando indexar campos pesados, ou ainda em situações de prototipagem, onde o campo criado poderá ser transformado em um campo indexado posteriormente. Outro caso comum é quando se lida com dados não estruturados, em que o uso de campos de execução permite testar transformações como o processamento de Grok sem a necessidade de usar um pipeline de ingestão.
Outro ponto que merece destaque é a linguagem de script Painless, que foi projetada especificamente para o Elasticsearch, oferecendo uma sintaxe semelhante ao Groovy, mas otimizada para o ambiente de busca e análise. Sua integração direta com as APIs do Java torna-a uma ferramenta poderosa para transformações de dados complexas. Para quem deseja aprofundar o conhecimento sobre a linguagem Painless, é recomendável consultar a documentação oficial, que oferece uma vasta gama de exemplos e orientações.
Além disso, a criação de visualizações e mapas no Kibana também pode ser integrada aos campos de execução. No caso de dados geoespaciais, como no exemplo de tráfego de Rennes, o Kibana permite criar mapas dinâmicos para representar dados geográficos de maneira visual e interativa. As camadas de mapa podem ser ajustadas para exibir diferentes tipos de métricas, como velocidade média dos veículos e limites de velocidade, como foi demonstrado. A flexibilidade do Kibana Maps em lidar com múltiplas camadas de dados, como documentos e clusters, possibilita uma visualização rica e informativa, ideal para análises geográficas em tempo real.
Em termos de performance, ao utilizar campos de execução, deve-se sempre ponderar sobre a complexidade dos scripts utilizados e suas implicações no tempo de resposta das consultas. Para otimizar o uso de campos de execução, pode-se considerar a criação dos campos em um pipeline de ingestão, onde o script é executado uma única vez por documento, ao invés de ser recalculado a cada busca.
O uso de campos de execução no Kibana, embora extremamente útil e poderoso, exige uma abordagem cuidadosa no que diz respeito à otimização e à escolha do momento adequado para sua aplicação. Além disso, a visualização desses dados, quando realizada por meio de mapas interativos e dinâmicos, permite aos usuários uma compreensão profunda dos dados geoespaciais, facilitando a análise e a tomada de decisões com base em informações mais ricas e detalhadas.
Como Construir e Avaliar um Modelo de Classificação Usando Dados de Tráfego
A análise de dados de tráfego requer a construção de modelos preditivos robustos, capazes de classificar o status do tráfego com base em diversas variáveis. No processo de criação de um modelo de classificação, é fundamental selecionar variáveis dependentes e independentes, ajustar a configuração do modelo e avaliar sua performance com as métricas adequadas. A seguir, descreveremos um processo de construção de modelo de classificação passo a passo, desde a configuração inicial até a avaliação dos resultados.
Ao iniciar o processo de criação do modelo, deve-se garantir que o índice do DataFrame de tráfego, denominado rennes-traffic-dataframe-analysis, tenha sido gerado corretamente conforme os requisitos técnicos definidos. Esse índice resulta do trabalho de transformação de dados, sendo o ponto de partida para toda a análise subsequente. Após isso, adentra-se no assistente de criação do DataFrame, onde é necessário selecionar o tipo de trabalho como “Classificação” na seção de configuração.
A primeira etapa crucial é a seleção da variável dependente. No caso de nossa análise, escolhemos top_metrics.traffic_status, pois ela será o alvo da previsão do modelo, ou seja, o que buscamos prever a partir das características de entrada. Para tornar o modelo mais eficiente, deve-se restringir a análise a variáveis que sejam de fato relevantes para a classificação, desmarcando campos que não agregam valor. As variáveis como day_of_week, hour_of_day, location_reference e max_speed.max são selecionadas, pois têm impacto direto na previsão do status do tráfego.
Uma vez configurados os campos necessários, é hora de definir o percentual de dados a ser utilizado para treinamento. Embora em modelos de regressão 50% dos dados seja uma prática comum, para a classificação, um percentual de 20% pode ser mais adequado. Isso ocorre porque a análise de classificação tende a ser mais complexa e demorada, e um volume menor de dados para treinamento pode acelerar o processo. No entanto, o percentual utilizado é uma decisão que pode variar dependendo do caso de uso e do tamanho do conjunto de dados.
Na seção de opções adicionais, é necessário ajustar o valor da importância das características (Feature importance), que, no caso deste exemplo, é definido como 4. A importância das características é uma métrica que avalia o impacto de cada variável na capacidade preditiva do modelo. Quanto maior o valor de importância de uma característica, mais relevante ela será para a previsão. As configurações de hiperparâmetros podem ser deixadas como padrão, já que o modelo usará a otimização automática para encontrar os melhores valores.
Após configurar os parâmetros essenciais, deve-se definir o ID do trabalho e fornecer uma breve descrição. A validação da configuração é feita automaticamente pelo assistente, e ao passar com sucesso por esse processo, pode-se finalmente criar o modelo. O tempo de execução pode variar dependendo do tamanho do conjunto de dados e da porcentagem de treinamento escolhida, mas, em nossos testes, o processo levou cerca de 10 minutos.
Com o modelo em execução, é possível monitorar o progresso e analisar os resultados após sua conclusão. A página de exploração de resultados é dividida em seções importantes: análise, avaliação do modelo, matriz de dispersão e resultados. Na seção de avaliação do modelo, são apresentadas métricas essenciais, como precisão, recall, F1 score e matriz de confusão, que ajudam a entender como o modelo está classificando os dados.
A matriz de confusão é um dos principais recursos para avaliar a performance do modelo de classificação. Ela exibe as comparações entre as classificações reais e as previstas, permitindo visualizar de maneira clara os verdadeiros positivos, verdadeiros negativos, falsos positivos e falsos negativos. Ao analisar a matriz de confusão normalizada, as métricas são apresentadas como proporções ou porcentagens, o que facilita a comparação de modelos com diferentes tamanhos de conjuntos de dados. Outro gráfico importante para a avaliação é a curva ROC, que ilustra a taxa de verdadeiros positivos (TPR) versus a taxa de falsos positivos (FPR) para diferentes limiares de decisão. A área sob a curva (AUC) é um valor que mede a capacidade discriminativa do modelo, com valores próximos de 1 indicando um bom desempenho.
Outro ponto crucial na avaliação do modelo é a análise da importância das características. Através dessa métrica, podemos identificar quais variáveis tiveram maior impacto na previsão do status do tráfego. Por exemplo, no modelo construído, a variável hour_of_day mostrou-se a mais influente, com uma média significativa acima de 2.5, seguida pela variável location_reference. Com essa análise, é possível entender melhor como cada variável contribui para o desempenho do modelo, além de possibilitar ajustes nas variáveis escolhidas para otimizar os resultados.
Por fim, na seção de resultados, o modelo exibirá uma tabela com a comparação entre as classes previstas de status de tráfego e as reais. Esses resultados são essenciais para uma análise pós-modelo, permitindo identificar padrões e tomar decisões informadas sobre o tráfego em tempo real.
Além dos elementos descritos, o processo de classificação em análises de tráfego envolve aspectos importantes que devem ser compreendidos para garantir a eficácia do modelo. A configuração dos dados de entrada, a escolha de variáveis relevantes, o ajuste fino dos parâmetros e a constante avaliação de performance são componentes essenciais para um modelo de classificação robusto. A modelagem preditiva não é uma ciência exata, e ajustes constantes baseados nos resultados obtidos são necessários para aprimorar a precisão do modelo.
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