As terapias alternativas e dietéticas têm mostrado grande potencial na reversão das doenças cardíacas, um tema cada vez mais debatido entre profissionais de saúde. O Dr. Dean Ornish, médico assistente clínico da Universidade da Califórnia, em São Francisco, desenvolveu um regime alimentar que ficou conhecido como "dieta de reversão". Essa dieta, baseada quase exclusivamente em vegetais e alimentos de baixo teor de colesterol e gordura animal, foi comprovadamente eficaz no tratamento e até na reversão de doenças cardíacas. A combinação da dieta vegetariana com exercícios e redução de estresse demonstrou melhorar significativamente a saúde cardiovascular de seus pacientes.
Porém, outros especialistas, como o Dr. Cowden, sugerem que não é simplesmente a redução do colesterol que traz os benefícios da dieta do Dr. Ornish. Em vez disso, a eficácia desse regime se deve, em grande parte, à redução de um aminoácido chamado metionina, encontrado principalmente em carnes vermelhas e produtos lácteos. O metionina é precursor da homocisteína, uma substância prejudicial que pode oxidar o colesterol no sangue, promovendo o aparecimento de doenças cardiovasculares. Uma dieta rica em vegetais e grãos, por sua vez, oferece grande quantidade de vitaminas antioxidantes, como B6, C, E e betacaroteno, fundamentais na prevenção da aterosclerose.
O Dr. Passwater também advoga por uma abordagem dietética para o controle do colesterol LDL, o “mau” colesterol. Ele sugere uma dieta onde menos de 30% das calorias diárias venham de gorduras, combinada com um regime de suplementação nutricional, que visa elevar os níveis de antioxidantes e evitar a oxidação do colesterol. A inclusão de alimentos que combatem a oxidação, como cebolas, maçãs e chá verde ou preto, também é altamente recomendada. Esses alimentos possuem flavonoides, como a quercetina, que oferecem propriedades antioxidantes e anti-aterogênicas, ajudando a prevenir doenças do coração.
Estudos demonstraram que pessoas com altos níveis de quercetina apresentaram 53% menos risco de desenvolver doenças cardíacas do que aquelas com os níveis mais baixos. Além disso, a ingestão regular de maçãs, chocolate amargo e chá verde pode ser determinante na prevenção de doenças isquêmicas do coração, que são causadas pela obstrução das artérias e pela consequente diminuição da oferta de sangue e oxigênio ao coração. Um estudo realizado na Holanda durante dez anos mostrou que indivíduos que consumiam em média 72 mg de catequinas diárias, obtidas com a ingestão de quatro maçãs, duas xícaras de chá ou um pedaço pequeno de chocolate amargo, tinham 51% menos chances de falecer devido a doenças cardíacas isquêmicas.
Outro ponto crucial na alimentação é a compreensão de que nem todas as gorduras são iguais. Embora as gorduras sejam essenciais para a absorção de nutrientes, a transmissão de impulsos nervosos e a manutenção das membranas celulares, as gorduras ruins, como as saturadas e trans, estão diretamente ligadas ao ganho de peso, inflamação, doenças cardíacas e câncer. Portanto, é fundamental substituir as gorduras ruins por gorduras boas.
As gorduras boas se dividem em duas categorias: monoinsaturadas e poli-insaturadas. As gorduras monoinsaturadas, encontradas em nozes, abacates e óleos vegetais como o azeite de oliva, são benéficas para a redução de colesterol total e LDL, além de promoverem a perda de peso. Já as gorduras poli-insaturadas, presentes em peixes como o salmão e no óleo de peixe, também são eficazes na redução do colesterol LDL e no aumento do HDL, o “bom” colesterol.
Por outro lado, as gorduras ruins, como as saturadas e trans, são extremamente prejudiciais à saúde cardiovascular. As gorduras saturadas, presentes em carnes vermelhas, laticínios e certos óleos vegetais (como o óleo de coco e de palma), elevam os níveis de colesterol total e LDL. Já as gorduras trans, resultantes da hidrogenação de óleos vegetais para aumentar a durabilidade dos alimentos processados, como biscoitos, margarinas e frituras, são ainda mais nocivas, reduzindo a função dos vasos sanguíneos e diminuindo os níveis de HDL. Estudos recentes demonstraram que dietas ricas em gorduras trans podem reduzir a função vascular em até 29%, além de diminuir em 20% os níveis de HDL.
Com relação aos ácidos graxos essenciais, existe um grande debate sobre a importância dos ômegas 3, 6 e 9. Enquanto os ômegas 3 e 6 são essenciais, pois o corpo não consegue produzi-los, o ômega 9 não é essencial, pois o organismo pode sintetizá-lo. O ômega 3, especialmente, é crucial para reduzir inflamações, um fator-chave nas doenças degenerativas, incluindo as cardiovasculares. Estudos têm mostrado que o ômega 3 pode diminuir a pressão arterial, combater a inflamação, ajudar a prevenir doenças autoimunes e melhorar a saúde mental. Esse ácido graxo pode ser obtido através de peixes oleosos como o salmão e suplementos de óleo de peixe, além de fontes vegetais como o óleo de linhaça e as algas marinhas.
Em suma, a combinação de uma dieta baseada em alimentos vegetais, a redução da ingestão de carnes vermelhas e produtos lácteos, e o aumento do consumo de alimentos ricos em antioxidantes e ácidos graxos essenciais pode resultar não apenas na prevenção, mas também na reversão de doenças cardíacas. Além disso, a escolha das gorduras corretas desempenha um papel fundamental na saúde cardiovascular, sendo necessário um ajuste no estilo de vida para promover a saúde do coração de forma eficaz.
Quais Suplementos Podem Ajudar no Tratamento e Prevenção da Angina e Acidente Vascular Cerebral?
A angina é uma condição comum que afeta milhões de pessoas no mundo, sendo uma manifestação de dor no peito resultante de uma diminuição do fluxo sanguíneo para o coração. Essa redução do fluxo sanguíneo é geralmente causada pelo estreitamento das artérias coronárias. Existem várias abordagens terapêuticas, além das tradicionais, que têm mostrado ser eficazes no tratamento e prevenção da angina. Dentre estas, os suplementos alimentares desempenham um papel significativo. Diversos nutrientes podem melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o coração e até mesmo reduzir a dor associada à angina.
O Pantetina, também conhecido como coenzima A, é um suplemento que inibe a síntese de colesterol e tem mostrado, em estudos clínicos, ser eficaz na redução do colesterol e no tratamento da angina. Sua ação sobre os lipídios sanguíneos pode ajudar a prevenir o acúmulo de gordura nas artérias, uma das principais causas do estreitamento arterial. Estudos indicam que doses de 300 mg de Pantetina, três vezes ao dia, podem trazer benefícios significativos.
A Vitamina E, especialmente na forma de Tocoferol, tem sido altamente recomendada pelos médicos como uma forma de proteger o coração. O Dr. Donald Carrow, diretor do Florida Institute of Health, acredita que a Vitamina E pode prevenir ou até reverter doenças cardíacas, sendo eficaz em reduzir o risco de infartos. A forma mais potente de Vitamina E é o Tocoferol, que se apresenta em diversas variações como alfa, beta, delta e gama. De acordo com o Dr. Carrow, esses compostos atuam como agentes que reduzem a formação de coágulos sanguíneos, contribuindo para a dilatação das artérias. Para pacientes com angina, ele recomenda 50 mg de Tocoferol misturado, três vezes ao dia.
Outro nutriente essencial para quem sofre de angina é o Magnésio. O Citrato de Magnésio é particularmente eficaz, pois ajuda a dilatar as artérias coronárias, facilitando o fluxo sanguíneo. O Dr. Carrow observa que a deficiência de magnésio tem um papel significativo no agravamento da angina, e a suplementação pode trazer alívio imediato. A dosagem recomendada é de 28 gramas de Citrato de Magnésio por dia, preferencialmente em jejum. Além disso, esse mineral também pode ajudar a interromper uma crise de angina se tomado logo no início dos sintomas.
A Homeopatia, embora controversa para muitos, tem mostrado benefícios na gestão da dor da angina. O Cactus, por exemplo, é um remédio homeopático que, de acordo com o naturopata Mark Stengler, pode aliviar rapidamente a dor associada a ataques de angina. A recomendação é dissolver dois grânulos do medicamento a cada 5 minutos até que a dor desapareça. É importante ressaltar que este tratamento não substitui a medicação prescrita, mas pode ser utilizado como um suplemento.
Em relação aos tipos de angina, existe a angina variante de Prinzmetal, que não está associada ao estreitamento das artérias, mas sim a um espasmo temporário de uma das artérias coronárias. Este tipo de angina responde bem à suplementação com magnésio, que pode relaxar as artérias e prevenir esses episódios de dor.
Além dos suplementos mencionados, outros tratamentos e estratégias podem ser benéficos para quem sofre de angina. A Terapia com Oxigênio Hiperbárico, por exemplo, tem sido aplicada para tratar pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC). Nesse tratamento, o paciente é colocado em uma câmara de oxigênio sob alta pressão, o que facilita a absorção de oxigênio pelos tecidos e pode acelerar a recuperação de danos cerebrais. Além disso, a infusão de peróxido de hidrogênio diluído tem mostrado eficácia em dissolver lipídios das paredes arteriais, melhorando a circulação.
Estudos sobre o uso de antioxidantes também indicam que vitaminas como a E, C e betacaroteno, combinadas com ácidos graxos essenciais, podem ser eficazes na proteção e recuperação do cérebro em casos de AVC, acelerando a reversão dos danos causados pela falta de oxigênio.
O uso de terapias biológicas também tem se mostrado promissor. A teoria desenvolvida por Gunther Enderlein, um bacteriologista alemão, propõe que doenças devem ser tratadas no nível celular, utilizando extratos de plantas e fungos. Esses tratamentos, administrados por via intravenosa, têm sido utilizados com sucesso para interromper o avanço de um AVC e melhorar a recuperação do paciente.
Além dos tratamentos alternativos, algumas abordagens simples, como um banho quente, podem proporcionar alívio temporário da dor associada à angina. A água quente pode ajudar a dilatar os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão nas artérias do coração. Entretanto, este método deve ser utilizado com cautela, pois a falta de ventilação adequada pode piorar os sintomas.
É importante frisar que, embora os suplementos e tratamentos alternativos possam ser eficazes no alívio da dor e na prevenção de complicações, eles não substituem os tratamentos médicos tradicionais. Pacientes com angina devem sempre consultar seu médico antes de iniciar qualquer regime de suplementação ou tratamento alternativo. Além disso, a monitorização constante da saúde cardiovascular é essencial para a prevenção de complicações mais graves, como infartos ou AVCs.
Como Terapias Alternativas Podem Revolucionar o Tratamento das Doenças Cardíacas
Infusões de peróxido de hidrogênio frequentemente interrompem a fibrilação ventricular (contrações rápidas e ineficazes dos ventrículos do coração), a resposta do coração à falta de oxigênio. O falecido Dr. Charles Farr, de Oklahoma City, relatou o sucesso do uso alternado de infusões intravenosas de peróxido de hidrogênio diluído e terapia de quelatação para reverter a insuficiência cardíaca de alto débito (quando o coração falha apesar de bombear grandes quantidades de sangue). Além disso, a terapia com ozônio pode ser usada para tratar distúrbios circulatórios arteriais e dissolver placas ateroscleróticas. Normalmente, a injeção de ozônio na artéria é o método empregado para esse tipo de tratamento. A terapia hiperbárica de oxigênio (THO) é uma forma de tratamento com oxigênio particularmente eficaz para o tratamento de AVCs. David A. Steenblock, D.O., de Mission Viejo, Califórnia, um dos principais praticantes de THO para acidente vascular cerebral, afirma que “toda sala de emergência nos Estados Unidos deveria ter uma câmara hiperbárica de oxigênio e todo médico deveria ser treinado em seu uso”. Ele destaca que, ao fornecer mais oxigênio ao cérebro nas primeiras 24 horas após um AVC, é possível salvar uma grande quantidade de tecido cerebral, reduzindo de 70% a 80% dos danos. O tratamento do paciente nos três primeiros dias após o AVC pode ainda minimizar os danos. Dr. Steenblock obteve resultados inesperados, mesmo tratando pacientes até 15 anos após o AVC. O objetivo é fornecer o máximo de oxigênio possível ao cérebro, ajudando a reviver tecidos cerebrais privados de oxigênio, mas não totalmente destruídos no momento do acidente.
Historicamente, mais de 1.000 casos de pacientes tratados com THO para AVC, com taxas de melhora de 40% a 100%, foram relatados em revistas científicas. Esses tratamentos são uma prova do poder de terapias não convencionais para reverter danos graves e melhorar as condições de saúde de pacientes com doenças cardíacas ou sequelas de AVC.
A Evitação do Transplante Cardíaco com Terapias Alternativas
Dr. W. Lee Cowden, de Fort Worth, Texas, relatou um caso notável de um médico de 45 anos que sofria de pneumonia e um coração dilatado. Após um teste de fração de ejeção (medindo a porcentagem de sangue que o ventrículo bombeia a cada batimento), o resultado foi alarmante: o coração do paciente estava ejetando apenas 16% de seu conteúdo, sendo que o normal seria 60%. Seu médico recomendou um transplante cardíaco como única solução. Quando o paciente foi atendido por Dr. Cowden, ele mal conseguia caminhar sem ficar sem fôlego. O tratamento adotado foi uma desintoxicação intensiva, incluindo uma dieta vegetariana e jejum de suco de vegetais por três dias, acompanhado de um regime de suplementação nutricional que incluía coenzima Q10, vitamina C, magnésio, complexo vitamínico, minerais, ácidos graxos ômega-3, ácido láurico e carnitina, além de ervas antivirais como erva de São João, Pfaffia paniculata e Lomatium dissectum. Em apenas três meses, o paciente foi capaz de correr 16 km por dia e, ao repetir o teste de fração de ejeção, seu resultado havia subido para 30%. O que era considerado um caso de falência cardíaca irreversível se transformou em uma recuperação surpreendente. Agora, o paciente trabalha 60 horas por semana e continua a correr todos os dias.
Medicina Tradicional Chinesa e a Doença Cardíaca
A Medicina Tradicional Chinesa vê as doenças cardíacas como um problema de digestão deficiente, o que leva ao acúmulo de placas nas artérias. O especialista Harvey Kaltsas recomenda o uso de ervas para fortalecer a função digestiva. Ele afirma que na China se entende há milênios que a circulação precisa fluir sem impedimentos. Kaltsas sugere um extrato da planta mao-tung-ching (Ilex puibeceus) para dilatar os vasos sanguíneos bloqueados. Um estudo realizado na China com 103 pacientes com doença coronária mostrou uma melhora significativa em 101 casos após o uso da planta, administrada oralmente (4 onças) ou por via intravenosa (20 mg). Para problemas crônicos, o Dr. Maoshing Ni, especialista em Medicina Chinesa, usa uma combinação de acupuntura e ervas para dissolver placas, reduzir colesterol e melhorar a circulação sanguínea.
Medicina Ayurvédica e o Tratamento das Doenças Cardíacas
A medicina ayurvédica adota diversos métodos para reduzir os radicais livres, substâncias que contribuem para o processo de doenças nas artérias e no coração. Dr. Han Sharma, professor da Universidade Estadual de Ohio, explica que o fumo, álcool, poluentes ambientais e a carne geram radicais livres que prejudicam a saúde cardiovascular. A abordagem ayurvédica inclui o uso de suplementos alimentares à base de ervas específicas e técnicas de purificação, como o pancha karma. Além disso, a prática de meditação transcendental é indicada para reduzir o estresse, um fator de risco significativo para doenças cardíacas. O Dr. Virender Sodhi, especialista em medicina ayurvédica, relatou um caso notável de um paciente de 55 anos com dores no peito tão graves que não conseguia andar mais de dez passos sem precisar descansar. Após exames, foi diagnosticado com obstruções graves nas artérias coronárias e colesterol elevado. O paciente se recusou à cirurgia de ponte de safena e seguiu um tratamento que incluía mudanças alimentares e o uso de ervas adequadas. Três meses depois, seu colesterol caiu mais de 30%, e a capacidade de exercício melhorou consideravelmente. Dois anos depois, ele continuava bem, sem sintomas, e seu EKG havia melhorado significativamente. Em um hospital de Bombaim, Índia, 3.300 casos de doenças coronárias foram tratados com essa abordagem, com uma taxa de sucesso de 99%.
Redução do Estresse e Exercícios Físicos como Parte do Tratamento
O estresse é um dos principais fatores responsáveis por doenças graves, sendo amplamente reconhecido como um “assassino moderno”. A redução do estresse é, portanto, essencial para qualquer abordagem terapêutica eficaz. Além disso, o exercício físico regular ajuda a fortalecer o coração e a melhorar a circulação, contribuindo para a saúde cardiovascular geral. Incorporar técnicas de gerenciamento de estresse, como a meditação e o yoga, pode ter um impacto significativo na prevenção e no tratamento de doenças cardíacas.
Por que a Angioplastia e Cirurgia de Ponte Não São Soluções Definitivas para Doenças Cardíacas?
A angioplastia se tornou um procedimento rotineiro – mais de 3.000 são realizadas diariamente nos Estados Unidos, com duração média de 30 minutos, e a maioria dos pacientes pode voltar para casa no dia seguinte. Um tubo consertado, paciente curado, certo? Errado! Embora a qualidade de vida possa melhorar um pouco após a angioplastia (embora temporariamente), os pacientes frequentemente sentem-se mais aliviados, respiram com mais facilidade e, talvez, até vivam um pouco mais. Mas o paciente não está curado. Ele permanece vulnerável a futuras obstruções e à progressão da doença arterial coronariana. As taxas de recorrência de infartos, angina e outras complicações cardíacas são alarmantemente altas entre aqueles que passaram por esses tratamentos, provando que a terapia convencional não é eficaz na prevenção de novas doenças cardíacas. Com esses procedimentos (bypass e angioplastia), acredita-se que a artéria bloqueada tenha sido "consertada" e que o paciente esteja curado, mas a experiência tem mostrado o contrário.
Alívio Temporário
Os fatos são claros: todas essas medidas são apenas soluções temporárias, paliativas, que não tratam a questão essencial de curar e prevenir doenças cardíacas. O entendimento do que causa infartos ainda é uma incógnita. Os tratamentos convencionais atualmente seguem uma abordagem generalista e simplista: uma solução única para todos. O coração humano é um órgão complexo, que pode sofrer de diversas doenças, como válvulas com defeito, membranas inflamadas, entre outras. No entanto, as doenças das artérias que transportam o sangue para o músculo cardíaco, conhecidas como doença arterial coronariana, ainda são a principal causa de morte entre homens e mulheres nos Estados Unidos, com 500.000 mortes por ano, e 7,2 milhões globalmente.
Três Descobertas Importantes
Atualmente, cientistas estão afirmando que o modelo das "artérias entupidas" está ultrapassado. Não é tão simples assim. A mais recente teoria sugere que os infartos são causados por rupturas nas artérias, o que leva à formação de um coágulo sanguíneo que bloqueia o fluxo de sangue para o músculo cardíaco, e não simplesmente pela obstrução das artérias. O coração então para de bater por falta de oxigênio e nutrientes, ou seja, a bomba para de funcionar. Após invalidar o modelo das artérias bloqueadas, cardiologistas fizeram três descobertas significativas:
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Os infartos, em geral, ocorrem em artérias que têm pouco ou nenhum bloqueio significativo de placa.
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O número de infartos depende mais do tipo de placa do que da quantidade de placa nas artérias.
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São as placas mais moles que têm maior probabilidade de se romper do que as artérias que estão calcificadas e duras.
Embora essas descobertas estejam apontando para uma compreensão mais profunda do que causa as doenças cardíacas, não levaram a uma mudança significativa nos tratamentos. Mais de 400.000 cirurgias de ponte e mais de 1.000.000 de procedimentos de angioplastia ainda são realizados todos os anos nos Estados Unidos. E, a nível global, esses números estão aumentando, em vez de diminuir. Os tratamentos convencionais para doenças cardíacas ainda se concentram apenas em intervenções tecnológicas, como medicamentos para redução de colesterol, cirurgia de ponte, angioplastia e transplantes cardíacos.
A Preocupação com a Cirurgia: Excesso e Complicações
Recentemente, a cirurgia de ponte e a angioplastia têm sido descritas por muitos especialistas como "cirurgias excessivamente prescritas e desnecessárias". As chances de complicações associadas a esses tratamentos são elevadas, e os custos são exorbitantes. Além disso, esses procedimentos não resolvem a questão subjacente da doença arterial coronariana, que continua a ser a principal causa de morte prematura, apesar dos avanços tecnológicos.
As Doenças Cardíacas Mais Comuns
Existem várias formas de doenças cardíacas, com algumas mais prevalentes do que outras. O ataque cardíaco, por exemplo, ocorre quando a aterosclerose (o acúmulo de placa nas artérias) bloqueia as artérias coronárias, impedindo que o coração receba oxigênio suficiente. Isso leva à morte do tecido cardíaco, ou seja, ao infarto (ou infarto do miocárdio). Esse evento pode levar à parada cardíaca, que frequentemente resulta em morte. Nos Estados Unidos, cerca de 500.000 pessoas morrem de infarto por ano, e mais de 1,5 milhão de casos novos e recorrentes de infartos acontecem anualmente. Embora muitas vezes não haja sinais de alerta até que a obstrução seja considerável, o infarto geralmente é o resultado de comportamentos abusivos de longo prazo, como dieta inadequada e falta de exercício físico. A predisposição genética também pode ser um fator crucial.
Estenose Coronária
A estenose coronária ocorre quando as artérias coronárias se estreitam devido ao acúmulo de substâncias, restringindo o fluxo sanguíneo para o coração. Esse estreitamento pode levar a um quadro de angina, onde o coração não recebe oxigênio suficiente e o paciente começa a sentir dor no peito. Essa dor é resultado da sobrecarga do coração, que não consegue mais bombear eficientemente devido à redução do fluxo sanguíneo. A estenose coronária é, portanto, uma das principais causas de infartos, resultando em um risco significativo para os pacientes.
Angina: Sinal de Alerta
A angina é uma condição grave, que pode ser potencialmente fatal, e deve ser tratada com seriedade. Existem dois tipos principais de angina: angina pectoris e angina variante de Prinzmetal. A angina pectoris é geralmente descrita como dor no peito ou desconforto causado pela falta de oxigênio no coração, devido ao estreitamento das artérias. Essa dor pode irradiar para o ombro esquerdo, braços, pescoço, mandíbula ou costas, e dura entre 1 e 30 minutos. Em geral, a angina é desencadeada por estresse emocional, temperaturas extremas, refeições pesadas, álcool, fumo ou esforço físico – todos fatores que exigem mais oxigênio do coração. Ignorar os sinais de angina é arriscado, pois eles são um alerta de que algo mais sério pode acontecer no futuro.
Além disso, existe uma forma mais perigosa e difícil de detectar, chamada angina silenciosa. Ela não apresenta os sintomas clássicos de dor no peito, mas pode se manifestar por falta de ar, formigamento nos braços, tontura ou outros sintomas vagos causados por esforço excessivo ou estresse emocional. Estima-se que cerca de 50% dos pacientes com estenose coronária desenvolvem angina silenciosa, e muitas vezes o primeiro sintoma visível é um infarto súbito. Outra forma de angina, a angina variante de Prinzmetal, ocorre devido a um espasmo nas artérias coronárias e geralmente acontece enquanto o paciente está em repouso.
Conclusão
A compreensão atual sobre as doenças cardíacas está evoluindo, mas ainda está longe de ser definitiva. As intervenções tecnológicas como angioplastia e cirurgia de ponte, embora proporcionem alívio temporário, não resolvem os problemas subjacentes e podem até aumentar os riscos. Portanto, é crucial uma abordagem mais holística e preventiva para as doenças cardíacas, focando não apenas em intervenções imediatas, mas em uma mudança no estilo de vida e em uma compreensão mais profunda dos mecanismos genéticos e biológicos que podem contribuir para essas condições.
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