A evolução dos sistemas de computação, com o surgimento de novas arquiteturas e modelos de servidores, trouxe transformações profundas nas formas como as empresas gerenciam suas infraestruturas tecnológicas. O AS/400, uma das plataformas mais emblemáticas da IBM, conseguiu passar de um sistema centralizado para um ambiente distribuído, atendendo às demandas de sistemas client/server com eficácia. A chave para essa transição está em sua arquitetura modular e flexível, que permite a integração de novos componentes sem afetar as aplicações existentes.
Dentro de um ambiente client/server, a comunicação entre clientes e servidores pode ocorrer de várias formas, como a conferência assíncrona e síncrona. A conferência assíncrona, como é o caso das plataformas de quadro de avisos eletrônicos em serviços como CompuServe e Prodigy, permite que os usuários participem de discussões de grupo a qualquer momento. Por outro lado, a conferência síncrona envolve a colaboração em tempo real, com ferramentas como quadros brancos eletrônicos, voz e até mesmo imagens de vídeo, permitindo que os participantes se conectem e colaborem de forma dinâmica, como em reuniões virtuais.
A programação de reuniões também foi aprimorada com o avanço das tecnologias de agenda eletrônica. O AS/400, por exemplo, pode atuar como um servidor para gerenciar o agendamento de compromissos, compartilhamento de calendários e listas de tarefas. Nesse contexto, o servidor desempenha o papel de manter as informações compartilhadas, garantindo que os processos de organização e comunicação sejam eficientes.
O conceito de fluxo de trabalho (workflow) também surge como um exemplo importante de como as empresas podem otimizar seus processos internos. O workflow é uma tecnologia que ajuda a automatizar o fluxo de trabalho em diversos setores de uma organização, como no processamento de pedidos ou no atendimento a solicitações de suporte. Por exemplo, no atendimento ao cliente, quando um pedido é realizado, ele é encaminhado automaticamente para os departamentos responsáveis, garantindo uma resposta rápida e eficiente. Com o uso de sistemas como o AS/400, o fluxo de trabalho pode ser totalmente automatizado, desde a recepção de uma solicitação até sua execução, passando pela comunicação contínua entre os envolvidos, incluindo o envio de e-mails para alertar os responsáveis sobre as etapas do processo.
Além do mais, o AS/400 é capaz de incorporar a ideia de objetos distribuídos por meio de servidores de objetos. Esse conceito é baseado na distribuição de objetos entre o cliente e o servidor, permitindo que um método invocado pelo cliente em um objeto seja executado no servidor, e os resultados sejam retornados para o cliente. O uso de um "Object Request Broker" (ORB), como o CORBA, facilita essa comunicação entre os objetos do cliente e do servidor, possibilitando um ambiente mais ágil e flexível para a execução de aplicações distribuídas.
No entanto, a verdadeira transformação do AS/400 não se limita apenas à adição de novas funcionalidades, mas sim à sua capacidade de integrar todas essas tecnologias em um único sistema. A combinação de conferências assíncronas e síncronas, agendamento eletrônico, fluxo de trabalho automatizado e objetos distribuídos cria um ambiente de colaboração eficiente, onde todos os elementos de um processo de negócios podem ser gerenciados de forma centralizada e com alta capacidade de resposta. Assim, independentemente de qual modelo de servidor seja utilizado, a verdadeira eficácia de um sistema client/server depende da sua capacidade de ser integrado de forma harmoniosa aos processos e aplicações existentes na organização.
A evolução do AS/400, de um minicomputador da segunda geração para um servidor de quarta geração, pode ser explicada por sua arquitetura única. Desde a década de 1980, a IBM, em Rochester, reconheceu a importância de adaptar suas máquinas para suportar sistemas distribuídos. O sistema System/36, por exemplo, ofereceu suporte para redes distribuídas de grande escala. O AS/400 herdou muitas dessas capacidades e foi projetado para operar com múltiplos processadores, cada um executando uma parte do sistema operacional, o que permitiu uma maior flexibilidade e escalabilidade.
Ao longo dos anos, a IBM desenvolveu uma série de ferramentas e produtos para aprimorar essa arquitetura, como o Distributed Data Management (DDM), que permite que programas de aplicação trabalhem de forma transparente com arquivos armazenados em sistemas remotos. Dessa forma, a integração de tecnologias de rede no AS/400, aliada a sua capacidade de processamento distribuído, tornou essa plataforma uma das mais avançadas e confiáveis para suportar sistemas client/server.
Além disso, a compatibilidade do AS/400 com diferentes sistemas e a possibilidade de adicionar novos módulos e funcionalidades de forma incremental proporcionaram um caminho claro para a evolução do sistema. A flexibilidade para migrar para novos modelos de negócios sem interromper os processos existentes é uma característica central do AS/400, que o torna uma opção atraente para empresas que desejam modernizar suas infraestruturas sem perder a estabilidade e a confiabilidade de suas operações.
No entanto, ao adotar soluções client/server como o AS/400, é fundamental que as empresas compreendam que essa transformação envolve mais do que simplesmente adicionar novos recursos tecnológicos. A integração eficaz de novas tecnologias exige uma adaptação cuidadosa dos processos internos, treinamento adequado da equipe e, acima de tudo, uma estratégia bem definida para a migração gradual para novos modelos de negócios. O sucesso de uma implementação client/server depende, em grande parte, da capacidade da empresa de gerenciar essa transição de forma eficiente, aproveitando as vantagens das novas tecnologias sem comprometer a continuidade das operações.
Quais são os principais avanços nos frameworks e ambientes de aplicação orientados a objetos para a computação corporativa?
Os frameworks orientados a objetos têm sido fundamentais na evolução dos sistemas de computação para empresas. Eles permitem a criação de soluções modulares e adaptáveis, promovendo a reutilização de componentes e a integração entre diferentes plataformas. Esses frameworks podem ser classificados principalmente em dois tipos: os horizontais e os verticais. Os horizontais são mais gerais, projetados para servir a diferentes setores da indústria, enquanto os verticais são específicos para um setor ou tipo de negócio, permitindo a adaptação de componentes e objetos às necessidades particulares de um mercado.
Por exemplo, um framework horizontal pode incluir objetos básicos de gestão financeira, que poderiam ser utilizados por qualquer empresa, independentemente do seu setor. Em contraste, um framework vertical pode ser projetado para a indústria bancária, contendo objetos específicos para o manejo de contas, transações e outros processos financeiros especializados. A utilização de frameworks permite que os parceiros de negócios possam participar de um espectro mais amplo de mercados, aproveitando tecnologias comuns para a criação de soluções diversificadas e eficazes.
Além disso, a construção de frameworks de sistemas para suportar funções tradicionais de sistemas operacionais dentro de um ambiente orientado a objetos também é uma tendência crescente. Tais frameworks são desenvolvidos para dar suporte a funcionalidades como salvamento e restauração de dados, bem como a gestão de comunicações entre plataformas, oferecendo um meio de comunicação transparente e eficiente, essencial para as operações empresariais que envolvem múltiplos sistemas.
No campo dos ambientes de aplicação, surgem duas tecnologias emergentes importantes: o OpenDoc e o Taligent. O OpenDoc, desenvolvido pela Apple em colaboração com grandes empresas como IBM, Novell, Sun e Oracle, é uma arquitetura voltada para documentos compostos orientados a objetos. Este sistema permite a criação de documentos que combinam texto, gráficos, tabelas e até elementos multimídia como vídeo e áudio, facilitando a criação de documentos colaborativos e dinâmicos. Utilizando a tecnologia Bento para armazenamento de dados e um sistema de controle de versões, o OpenDoc facilita o trabalho conjunto em documentos, permitindo que múltiplos usuários compartilhem e editem partes de um mesmo conteúdo. A compatibilidade com o OLE (Object Linking and Embedding), oferecida pela Microsoft, garante a interoperabilidade entre diferentes sistemas, permitindo que objetos OpenDoc possam ser utilizados dentro de contêineres OLE e vice-versa.
Por outro lado, o Taligent é um ambiente operacional avançado criado inicialmente pela IBM e Apple, com a participação da HP. O Taligent é baseado em um sistema operacional orientado a objetos e utiliza o SOM (System Object Model) como base para o desenvolvimento de aplicações. Este ambiente tem como foco a criação de um sistema portátil com novas ferramentas de desenvolvimento, além de uma interface gráfica inovadora chamada “People, Places & Things”, que visa proporcionar uma experiência de usuário mais intuitiva do que os sistemas tradicionais, como Windows ou macOS. A integração do Taligent com o AS/400, uma das plataformas da IBM, traz novos recursos que permitem que aplicações baseadas no Taligent possam acessar diretamente dados e serviços do AS/400 sem a necessidade de chamadas remotas ou comandos procedurais, simplificando a interação entre os sistemas e melhorando a eficiência.
Por fim, o WebConnection para OS/400 se destaca como uma solução voltada para a computação centrada em rede, um modelo que representa o futuro da computação cliente/servidor. Com o aumento do uso da Internet nos negócios, o AS/400, com sua robusta base de dados integrada, ganha uma nova funcionalidade ao permitir que se torne um repositório de dados acessível através da web. Esse sistema não só oferece funcionalidades como servidores HTTP e FTP, mas também assegura a segurança e a integridade dos dados, dificultando a introdução de vírus ou alterações não autorizadas. Essa capacidade de se conectar de forma segura e eficaz à Internet coloca o AS/400 em uma posição estratégica para explorar as oportunidades de negócios geradas pela rede global.
É importante notar que, ao utilizar esses frameworks e ambientes de aplicação, as empresas estão não apenas adotando tecnologias avançadas, mas também se posicionando para tirar proveito de novas formas de colaboração, integração e distribuição de informações. Ao focar na modularidade e no reaproveitamento de componentes, essas soluções tornam-se não apenas mais eficientes, mas também mais adaptáveis a mudanças rápidas e a diferentes demandas de mercado.
Como o AS/400 se adapta ao paradigma de computação cliente/servidor na transformação dos negócios
A evolução dos modelos de computação empresarial ao longo das últimas três décadas demonstra um percurso desde sistemas centralizados até arquiteturas distribuídas que colocam o usuário final no centro da operação. Inicialmente, predominavam os mainframes — sistemas robustos, porém isolados e restritos, localizados em ambientes controlados, inacessíveis diretamente aos usuários finais. Esse modelo, caracterizado pelo processamento em lotes, resultava em uma relação distante entre o negócio e a tecnologia, dificultando a agilidade nas respostas.
Posteriormente, o surgimento dos minicomputadores trouxe uma descentralização inicial, quando departamentos ou pequenas unidades de negócio passaram a adquirir seus próprios recursos computacionais, criando um ambiente de computação departamental. Essa fragmentação deu origem ao conceito de dois níveis, em que os minicomputadores complementavam, mas não substituíam, os mainframes. A era dos PCs ampliou ainda mais essa dispersão do poder computacional, oferecendo aos usuários individuais máquinas dedicadas e capazes de executar diversas aplicações, principalmente de produtividade pessoal. Contudo, a proliferação descontrolada de PCs e redes locais gerou novos desafios de gestão e integração.
O paradigma cliente/servidor representa uma resposta a essas complexidades, organizando a computação em uma estrutura distribuída, frequentemente em três níveis: o primeiro abriga os sistemas centrais de produção e bancos de dados empresariais; o segundo atende aos sistemas departamentais e grupos de trabalho; o terceiro compreende os dispositivos finais, como PCs e estações de trabalho. Este modelo visa combinar a inteligência distribuída e a cooperação entre máquinas distintas, garantindo que os recursos sejam acessíveis de maneira transparente, independente da localização física do usuário ou do servidor.
No cerne desse paradigma, o conceito de client/server define uma relação de interoperabilidade: clientes solicitam serviços e servidores os fornecem, trocando informações por meio de mensagens via redes locais ou remotas. A inteligência não está concentrada em um único ponto, mas distribuída, promovendo flexibilidade e escalabilidade. Tal abordagem também protege a integridade e criticidade das informações empresariais, ao mesmo tempo em que oferece facilidade de uso.
O sistema AS/400 da IBM é emblemático nesse contexto. Tradicionalmente reconhecido pela robustez e ampla oferta de aplicações, o AS/400 adaptou-se para atuar como servidor dentro do modelo cliente/servidor, acompanhando a evolução das necessidades empresariais nos anos 1990. Um percentual significativo das unidades vendidas já vem com software de fornecedores independentes (ISVs), refletindo o crescente ecossistema de aplicações client/server. Essa transformação se dá tanto pela adaptação das soluções existentes quanto pelo desenvolvimento acelerado de novas aplicações que exploram plenamente a arquitetura distribuída.
A capacidade do AS/400 em suportar serviços compartilhados para múltiplos clientes dentro da rede, mantendo a segurança e a integridade dos dados, reforça seu papel na infraestrutura de negócios. Além disso, a adoção de tecnologias orientadas a objetos e a integração com grupos de trabalho elevam sua utilidade e flexibilidade, consolidando-o como uma plataforma de próxima geração para computação empresarial.
É essencial compreender que o paradigma cliente/servidor não é apenas uma questão técnica, mas um reflexo da mudança organizacional e estratégica. A distribuição da inteligência computacional deve ser alinhada às necessidades dos usuários finais, garantindo acesso eficiente e seguro às informações, sem comprometer o controle e a governança corporativa. A interoperabilidade entre sistemas heterogêneos e a transparência no acesso aos recursos são fundamentais para que essa arquitetura funcione adequadamente.
A contínua evolução para modelos distribuídos mais sofisticados — nos quais os papéis de cliente e servidor podem se inverter ou se misturar — sugere que a computação empresarial seguirá em direção a ambientes ainda mais integrados e inteligentes, exigindo plataformas capazes de suportar essa complexidade crescente. Assim, compreender o papel do AS/400 dentro deste cenário oferece uma visão estratégica para a adoção tecnológica que harmonize desempenho, segurança e adaptabilidade.
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