Cilium resolve desafios complexos relacionados à gestão de redes em ambientes Kubernetes, onde a comunicação entre pods e serviços torna-se cada vez mais difícil de monitorar e controlar usando regras tradicionais de firewall. O problema surge pela grande quantidade de endereços dinâmicos, como os atribuídos aos containers e pods, que dificultam a implementação e manutenção de políticas de rede de forma eficiente. O Cilium, com seu uso de eBPF (Extended Berkeley Packet Filter), oferece uma solução inovadora, permitindo a criação de políticas de rede conscientes das aplicações, ou seja, que compreendem os componentes internos dos aplicativos que rodam no Kubernetes, como containers, pods ou até serviços inteiros.
Essas políticas, além de substituírem as tradicionais regras de firewall, permitem que a comunicação entre clusters seja realizada de forma segura e eficiente, possibilitando padrões de design avançados, como arquiteturas de bancos de dados multi-região. Ao integrar o eBPF, o Cilium oferece recursos de segurança e rede diretamente no firewall Linux, sem necessidade de modificar o código da aplicação. A grande vantagem dessa abordagem é que o Cilium consegue fornecer uma gestão de rede simplificada e flexível, com monitoramento detalhado dos recursos, sem comprometer a performance.
Ao adotar o Cilium, os administradores de sistemas ganham acesso a métricas valiosas que ajudam a diagnosticar problemas e entender o comportamento da rede com maior clareza. O Cilium, em conjunto com o Hubble, gera dados detalhados sobre como as requisições são processadas pelos componentes do Kubernetes. Essas informações são essenciais para identificar e resolver problemas de conectividade ou performance, muitas vezes sem a necessidade de ferramentas externas.
Por exemplo, o Cilium permite o monitoramento de tráfego HTTP e DNS de maneira granular, fornecendo métricas chave como http_requests_total e dns_queries_total, que indicam a quantidade de requisições que passam pela rede. Flutuações nesses números podem ser normais, como picos de tráfego durante o horário de pico de negócios, mas uma queda repentina nesses valores pode ser um sinal claro de que há um problema de conectividade. O Hubble, por sua vez, permite que essas métricas sejam analisadas mais a fundo, facilitando a localização do ponto exato onde a falha ocorre, seja em conexões TCP ou nas consultas DNS.
Além disso, outra métrica importante fornecida pelo Cilium é a drop_count_total, que indica o número total de pacotes descartados pela rede. Um aumento abrupto nesse valor pode indicar problemas em camadas mais baixas da rede, como na camada L3 (rede), onde as políticas básicas de comunicação entre endpoints podem estar sendo violadas. Já os erros 5xx nas respostas HTTP (indicando falhas nos servidores web) ou respostas SERVFAIL nas consultas DNS são indicadores de que as políticas L7 (aplicação) podem não estar configuradas corretamente para permitir o tráfego desejado.
A latência também é uma métrica crucial, e o Cilium pode alertar os administradores para aumentos nas http_request_duration_seconds, o que pode indicar um pico no número de chamadas de API para um determinado endpoint. Caso isso aconteça, o Cilium aplica um limite à taxa de requisições, controlando a sobrecarga e evitando que o serviço entre em colapso. Com o tempo, se um endpoint continuar recebendo tráfego excessivo, é possível que seja necessário otimizar o serviço para reduzir a frequência das requisições.
Para monitorar o desempenho da rede de forma eficaz e resolver problemas de latência ou degradação do serviço, o Cilium integra-se com o Hubble, um sistema robusto para coleta de dados de rede, que possibilita uma visão detalhada da comunicação entre pods e serviços. O Hubble fornece uma visualização clara de como as requisições são processadas e como os dados fluem entre os diferentes componentes do cluster, permitindo um diagnóstico preciso e a resolução rápida de problemas. Sua integração com o OpenTelemetry ainda permite a exportação dos logs e traces gerados pela rede gerenciada pelo Cilium para plataformas de monitoramento de terceiros, facilitando a interoperabilidade com outras soluções de observabilidade.
O Hubble é composto por dois principais componentes: o Hubble Relay e o Hubble Server. O primeiro coleta dados de fluxo de rede de cada instância de servidor e os disponibiliza para visualização através de uma interface de linha de comando (CLI) ou interface gráfica (UI). A plataforma Hubble é automaticamente implantada com o Cilium, embora precise ser habilitada manualmente, através do comando Cilium hubble enable. Esse processo proporciona visibilidade detalhada, ajudando os administradores a monitorar o tráfego de rede de uma maneira mais abrangente.
A CLI do Hubble estende a visibilidade das ferramentas padrão do Kubernetes, como o kubectl, ao fornecer detalhes de rede em nível de pacote. Isso permite que os administradores monitorem o tráfego de entrada e saída dos pods e verifiquem se as políticas de rede estão funcionando corretamente. Por exemplo, o comando hubble observe --verdict DROPPED exibe as requisições que foram descartadas entre os serviços, possibilitando a análise do motivo do descarte, seja devido a políticas L3/L4 ou a outras questões relacionadas ao tráfego.
Já a interface gráfica (UI) do Hubble oferece uma visualização intuitiva do tráfego de rede em todo o cluster. Com ela, é possível gerar mapas de serviços, visualizando a topologia de rede e o comportamento das políticas de rede. Esses mapas são especialmente úteis em ambientes maiores, pois mostram automaticamente as dependências entre os serviços Kubernetes, permitindo que os administradores visualizem como os pods interagem uns com os outros e se o tráfego está sendo roteado corretamente para os endpoints apropriados.
O Hubble UI fornece uma interface web que facilita o monitoramento de atividades de rede em múltiplos clusters, incluindo visualizações de fluxos de dados entre camadas L3/L4 e L7. O uso dessas ferramentas permite que os administradores detectem problemas antes que se tornem críticos e mantenham a rede funcionando de forma eficiente, sem comprometer a segurança ou a performance.
Com o Cilium, a gestão da rede Kubernetes torna-se mais simples e eficaz. Ele não só oferece ferramentas para monitoramento detalhado e controle de tráfego, mas também implementa um modelo de segurança baseado em eBPF que melhora significativamente a observabilidade e a capacidade de resposta da rede, proporcionando um ambiente mais seguro e fácil de administrar.
Como Gerenciar Processos de Pedidos e Modificações em Sistemas de Telecomunicações
Os pedidos no setor de telecomunicações apresentam uma complexidade única em comparação com outros setores, uma vez que envolvem diversos tipos de serviços e tecnologias que precisam ser orquestrados de maneira eficiente. Um pedido começa com o cabeçalho, que inclui informações básicas do cliente, como nome, dados de contato, endereço e conta. Essas informações são fundamentais para criar a conta do cliente no sistema de gestão, servindo como base para o processamento subsequente do pedido. No momento da cobrança, no entanto, a granularidade do processo muda, e não é mais necessário trabalhar com o cabeçalho do pedido, mas sim com os itens individuais. Isso se deve ao fato de que a cobrança envolve dados sensíveis e, portanto, cada item do pedido deve ser analisado de maneira isolada para que, se houver alterações, o item possa ser modificado, ou, se necessário, cancelado.
A gestão de clientes em sistemas de telecomunicações exige atenção especial ao processo de criação de contas. Nesse momento, a granularidade deve ser maior, abrangendo o pedido completo, já que a primeira interação com o cliente requer uma visão holística de todas as suas necessidades e dados. No entanto, à medida que o ciclo de cobrança inicia, os itens devem ser tratados de forma separada. Isso reflete a complexidade do processo de gestão de pedidos, onde cada componente exige uma configuração específica para evitar erros durante a análise dos dados. Por exemplo, na instalação de equipamentos de rede, é inadequado tratar o processo em nível de item, já que a instalação pode envolver múltiplos passos que não podem ser subdivididos em unidades menores. A granularidade aqui deve englobar o pedido inteiro, considerando todos os elementos e interações envolvidas.
Quando ocorrem mudanças em um pedido, o conceito de compensação se torna central. A compensação é necessária tanto quando um pedido precisa ser alterado quanto quando um pedido falha em algum estágio do processo. Esse processo, denominado "fallout management", trata dos erros que ocorrem durante o processamento e permite que o sistema recupere o pedido, realizando uma nova tentativa ou corrigindo a falha de acordo com a causa identificada. Isso é crucial, especialmente em um ambiente tão dinâmico como o das telecomunicações, onde a complexidade dos pedidos e as exceções são frequentes. Portanto, quando um pedido falha, a abordagem recomendada é não cancelar ou reverter automaticamente, mas sim usar a gestão de falhas para identificar se o erro é técnico ou se é relacionado a um problema de negócio, antes de tomar qualquer ação corretiva.
Nos sistemas de telecomunicações modernos, a separação entre o sistema de faturamento e o sistema de gestão de clientes trouxe maior flexibilidade e escalabilidade, permitindo que os dados sejam gerenciados de maneira mais eficiente. Em vez de centralizar todas as operações em um único sistema, como era feito em arquiteturas legadas, os dados agora são distribuídos entre diferentes sistemas. Isso exige uma sincronização constante para garantir que os dados do cliente e os dados do produto, que são essenciais para a operação, sejam consistentes e de alta qualidade.
A gestão de dados mestres, tanto para clientes quanto para produtos, é crucial para a integridade e a qualidade dos processos de telecomunicações. A complexidade dos produtos e serviços no setor de telecomunicações, que são frequentemente atualizados e distribuídos por vários sistemas, exige uma gestão cuidadosa de dados mestres. Alterações nos dados do produto podem alterar o fluxo de orquestração e impactar diretamente o processamento do pedido, o que torna o gerenciamento de dados mestres uma parte integral do processo de execução dos pedidos. A ausência de um sistema separado de gestão de produtos e a inclusão dessa funcionalidade no servidor de orquestração facilita a manutenção da consistência e a agilidade nas mudanças, assegurando que todas as partes do processo sejam atualizadas simultaneamente quando necessário.
Por fim, é essencial compreender que os pedidos no setor de telecomunicações nem sempre são concluídos de maneira imediata. Quando se trata de produtos de linha fixa, o processo pode ser mais demorado, uma vez que requer a visita de um engenheiro para a instalação do equipamento, o que impede a conclusão instantânea do pedido. Esse tipo de pedido, portanto, precisa ser tratado de forma diferente em comparação com os pedidos de produtos móveis, que podem ser processados imediatamente. A diferença de tempo e a necessidade de diferentes tipos de serviços devem ser levadas em consideração ao planejar o processo de orquestração, garantindo que os prazos de entrega e os recursos necessários sejam adequadamente gerenciados.

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