No contexto da era Trump, o conceito de pedagogia pública se revela uma ferramenta teórica crucial para compreender como discursos de ódio e fascismo são promovidos e disseminados. Trump, com seu ascendente populismo de direita, não é apenas uma figura política, mas também um pedagogo que manipula as massas por meio de uma retórica profundamente divisiva, marcada pelo racismo, misoginia e outras formas de intolerância. Essa abordagem educativa, por mais grotesca que seja, se constrói sobre uma lógica de manipulação das emoções e crenças do público, funcionando como uma pedagogia pública do ódio.

O termo "pedagogia pública" foi introduzido como uma maneira de entender como ideologias dominantes são não apenas disseminadas, mas também reforçadas por meio de discursos públicos e formas de comunicação midiática. Trump, com sua habilidade de usar as redes sociais, especialmente o Twitter, tornou-se um mestre na arte de manipular o que é entendido como "educação" pública, levando ao surgimento de um tipo de aprendizagem onde valores ultraconservadores, nacionalistas e fascistas são promovidos. Este fenômeno está intrinsicamente relacionado com o crescimento do movimento alt-right, uma facção da direita radical que encontra em Trump uma espécie de líder e modelo, essencial para a promoção de uma nova forma de fascismo. A ascensão da alt-right é, em grande parte, o reflexo de uma pedagogia pública que utiliza as novas plataformas digitais para criar uma narrativa alternativa e antagônica à história de justiça social e igualdade.

A internet desempenha um papel central nesse processo, funcionando não apenas como uma ferramenta de comunicação, mas como um veículo para o treinamento de novos seguidores em uma ideologia que não apenas distorce fatos, mas também reescreve a história para atender aos interesses de uma minoria poderosa. O uso de memes, vídeos e fóruns de discussão como canais de propagação de ideologias extremistas amplia o alcance de um tipo de pedagogia que visa a normalização do racismo, do sexismo e de um nacionalismo xenófobo. Esses discursos, ao contrário de uma pedagogia voltada para o bem-estar coletivo, buscam criar um espaço de segregação, onde o "outro" é constantemente desumanizado e onde o ódio é legitimado como uma forma de resistência à mudança.

Em resposta a essa perigosa pedagogia pública, surge a necessidade de uma resistência organizada, que não apenas critique a retórica de Trump e da alt-right, mas proponha uma pedagogia pública anticapitalista e anti-fascista. Uma pedagogia que recuse os princípios de exclusão e opressão, e, em vez disso, promova valores de solidariedade, justiça e igualdade. Essa resistência, no entanto, não se dá apenas por meio de discursos, mas por ações práticas que busquem modificar as estruturas sociais e políticas que permitem o crescimento dessas ideologias de ódio.

Para além da crítica ao fascismo de Trump, é crucial compreender como suas ações e declarações impactam as gerações mais jovens, particularmente na maneira como eles percebem o mundo ao seu redor. A pedagogia pública de ódio molda não apenas a política, mas também as identidades e as relações sociais, incentivando a divisão e criando um espaço de hostilidade e desconfiança. Portanto, o que deve ser feito é mais do que uma resistência política direta; é também uma reeducação das bases sociais, uma pedagogia que promova a reflexão crítica e que reestabeleça um compromisso com os valores democráticos e humanistas.

É importante notar que a ascensão do fascismo contemporâneo, alimentada por Trump e pela alt-right, não é um fenômeno isolado, mas parte de uma crise global mais ampla, onde o capitalismo neoliberal entra em uma fase de crise profunda, gerando incerteza e medo. Nesse contexto, as figuras que promovem a intolerância encontram um terreno fértil, uma vez que suas mensagens oferecem uma falsa sensação de segurança e identidade a um público cada vez mais desconectado da realidade.

A luta contra essa pedagogia do ódio exige um compromisso com a construção de um futuro diferente, onde a pedagogia pública seja uma ferramenta para a promoção do bem comum e para a superação das divisões que fragmentam as sociedades contemporâneas.

Como o Discurso Público de Trump Alimenta o Ódio e a Normalização do Fascismo

O comportamento público de Donald Trump e seu uso de retóricas polarizadoras têm sido uma das principais características de sua presidência. Ele foi capaz de mobilizar um grande número de seguidores, especialmente da extrema direita, com um discurso que se baseia na criação de inimigos e na promoção de um nacionalismo agressivo. Em seu discurso, Trump não apenas reforçou estereótipos sobre certos grupos, como também deu legitimidade a discursos abertamente fascistas e racistas, usando sua posição para normalizar ideias extremistas e, muitas vezes, violentas. Esse processo de "pedagogia pública do ódio", como é chamado por muitos estudiosos, é uma estratégia que visa reconfigurar o entendimento público da política, transformando comportamentos extremistas em algo aceitável dentro do discurso nacional.

Segundo Rory McVeigh, a adesão a movimentos de extrema direita está frequentemente relacionada a um sentimento de perda de status, poder ou privilégio, seja no âmbito econômico, político ou social. Quando Trump utiliza esse tipo de retórica, ele apela diretamente para esses sentimentos de frustração e ressentimento, dizendo a seus seguidores que suas angústias são justificadas e que eles têm um direito legítimo de se revoltar. Nesse contexto, Trump não apenas aponta os responsáveis pelas dificuldades dos seus seguidores, mas também usa os imigrantes e pessoas de cor como bodes expiatórios, desviando a atenção das verdadeiras causas estruturais, como as políticas econômicas que beneficiam as elites, em detrimento da classe média e trabalhadora branca.

O exemplo mais evidente desse uso de pedagogia pública do ódio ocorreu em sua resposta aos eventos violentos em Charlottesville, em 2017. Quando confrontado com a violência dos grupos neonazistas e supremacistas brancos, Trump optou por afirmar que havia "bons e maus em ambos os lados", uma declaração que efetivamente validou a ideologia dos extremistas e tentou suavizar as ações violentas desses grupos. Ao fazer isso, ele não só normalizou o fascismo, mas também transmitiu a mensagem de que essas ideias poderiam ser aceitas e integradas ao discurso político mainstream. Sua atitude inicial de silêncio, ao não se posicionar prontamente, também pode ser interpretada como uma forma de validação tácita do comportamento dos supremacistas brancos. Esse tipo de resposta contribui para a ideia de que tais comportamentos não são extremistas, mas sim uma forma legítima de expressão política.

Trump também recorreu a plataformas como o Twitter para divulgar e legitimar ideias racistas e fascistas. Um exemplo disso foi o famoso retweet de Trump, em 2017, de três vídeos islamofóbicos postados pela líder do grupo fascista britânico "Britain First". Esses vídeos, que retratam muçulmanos como criminosos e ameaças à sociedade, foram compartilhados com seus milhões de seguidores, ampliando a disseminação de um discurso odioso e divisivo. Embora Trump tenha afirmado que não sabia a origem dos vídeos, ele não hesitou em divulgar um conteúdo que refletia uma ideologia que ressoava com muitos de seus seguidores.

Além de reforçar o racismo e a islamofobia, as ações de Trump também têm contribuído para uma mudança na forma como o discurso público é estruturado nos Estados Unidos. Ele tem utilizado sua posição de poder para deslegitimar qualquer oposição, adotando uma postura agressiva e vulgar contra aqueles que não compartilham de suas visões. A retórica de Trump não se limita apenas à incivilidade, mas também carrega em si um discurso de supremacia branca e "limpeza étnica", onde certos grupos são considerados dispensáveis e até mesmo sujeitos a um "extermínio social", como aponta Henry Giroux. Nesse novo vocabulário, as pessoas marginalizadas não são apenas ignoradas ou silenciadas, mas são vistas como excessos que precisam ser removidos da sociedade.

Ademais, a forma como Trump se utiliza da retórica política não é desprovida de intenção. Como mostram diversos pesquisadores, suas falas e ações são cuidadosamente orquestradas para alcançar um objetivo claro: a promoção de um nacionalismo branco e a criação de uma divisão ainda mais profunda na sociedade americana. Ele não é um personagem político desinformado; pelo contrário, seu discurso é uma ferramenta de manipulação e controle. O fato de que ele consegue mobilizar milhões de pessoas com base em ressentimentos e medos infundados é um reflexo da eficácia de sua "pedagogia pública do ódio", que transforma atitudes extremistas em uma forma de expressão legítima e desejável para uma parcela significativa da população.

É importante entender que esse tipo de discurso não se limita à retórica, mas também se traduz em políticas concretas, como as restrições à imigração, os ataques aos direitos das minorias, e a deslegitimação das instituições democráticas. As ideias que Trump promove não apenas afetam os grupos diretamente visados, mas também têm o potencial de mudar a forma como as futuras gerações irão compreender questões de raça, gênero, e classe social.

No entanto, embora a retórica de Trump seja um dos exemplos mais visíveis da pedagogia pública do ódio, ela não é única. Movimentos de extrema direita, como o "alt-right", têm seus próprios mecanismos de mobilização, que envolvem tanto a criação de uma ideologia de massas quanto a promoção de uma visão erudita e acadêmica para justificar suas crenças. Nesse sentido, Trump e a alt-right representam dois aspectos de um mesmo fenômeno: de um lado, a popularização de ideias extremistas de forma direta e agressiva; do outro, a construção de uma base intelectual para sustentar essa visão. A interação entre essas duas correntes é fundamental para entender a ascensão do fascismo na política contemporânea.

Trump e o Fascismo: Um Estudo Sobre a Retórica, a Política e a Resistência

A ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos suscitou uma série de questionamentos sobre sua relação com ideologias extremas e autoritárias, como o fascismo. Este fenômeno não pode ser compreendido sem uma análise detalhada da retórica e das ações do ex-presidente, que refletiram elementos de um movimento que, à medida que se desenvolvia, parecia se alinhar com certos aspectos do fascismo moderno. A questão de se Trump é ou não um fascista (ou um neofascista) precisa ser abordada em várias camadas: sua retórica política, suas atitudes em relação a grupos marginalizados, e o uso de plataformas como o Twitter para disseminar ideologias de ódio.

Desde o início de sua campanha, Trump utilizou um discurso racista e xenófobo para solidificar seu apoio, dirigindo-se a setores da população com frustração e ressentimento sobre mudanças sociais e demográficas. Suas declarações contra imigrantes, especialmente mexicanos, e muçulmanos, espelham o tipo de retórica que foi central em regimes fascistas do passado. Este discurso foi acompanhado por uma agenda política que buscava reverter políticas progressistas e recriar um passado idealizado, onde os Estados Unidos seriam, de acordo com ele, "grandes novamente". O alvo dessa retórica não se limitava apenas aos imigrantes, mas também incluía uma visão degradante e discriminatória sobre outros grupos étnicos e raciais. Trump não poupou críticas a comunidades nativas americanas, afro-americanos, e latino-americanos, sendo acusado de desumanizar esses grupos em vários de seus pronunciamentos.

Outro aspecto relevante do comportamento de Trump foi seu uso de plataformas digitais, particularmente o Twitter, para disseminar sua mensagem. As características dessa rede social, como a simplicidade, a impulsividade e a falta de civilidade, eram compatíveis com o estilo de comunicação de Trump, que frequentemente utilizava a plataforma para provocar controvérsias, atacar adversários políticos e legitimar ideologias extremistas. O Twitter tornou-se, assim, uma ferramenta para promover o que pode ser visto como uma "pedagogia pública" do ódio, uma estratégia para mobilizar e radicalizar seguidores ao redor de um núcleo de ideias que flertavam com o autoritarismo.

O crescimento do movimento alt-right, que teve sua ascensão paralela à de Trump, oferece outro ponto de análise crucial. Figuras como Richard Spencer e Andrew Anglin, entre outros, promoveram uma ideologia de supremacia branca, nacionalismo étnico e, em muitos casos, um explicitamente fascista movimento político. A retórica e as ações desses grupos ressoaram com as políticas de Trump e com a cultura política que ele ajudou a fomentar. A alt-right usou a internet como um canal primário para espalhar sua mensagem, com sites como The_Donald no Reddit, que serviam como um ponto de encontro para aqueles que compartilhavam visões extremistas, e o National Policy Institute, que buscava impulsionar uma agenda fascista para os Estados Unidos. A interação entre Trump e esses grupos não foi casual, e muitos analistas veem na relação uma dinâmica perigosa para a democracia e a coesão social.

Enquanto o fenômeno Trump e a ascensão da alt-right representam um ataque às normas democráticas e aos direitos das minorias, também é importante compreender os esforços de resistência que surgiram em resposta a esses movimentos. O Antifa, movimento antifascista nos Estados Unidos, teve um papel crucial em confrontar diretamente os seguidores de Trump e os ativistas da alt-right, especialmente em confrontos nas ruas e em manifestações públicas. Essas ações de resistência não foram apenas uma resposta às políticas de Trump, mas também uma tentativa de combater a normalização do discurso de ódio e da intolerância que se espalhavam com o apoio de setores influentes da mídia e da política.

É essencial notar que, embora o fascismo moderno e suas diversas manifestações representem uma ameaça significativa para a democracia, ele não está isolado. Ele é alimentado por um conjunto de condições sociais, econômicas e políticas, incluindo a desigualdade crescente, a crise ambiental e o colapso de modelos econômicos que anteriormente sustentavam as promessas do "sonho americano". A crise climática, que Trump minimizou e negou, é uma das grandes questões interligadas ao surgimento do fascismo no século XXI, conforme apontado por Carl Beijer. O fascismo, sob essa perspectiva, emerge como uma reação desesperada a essas crises, utilizando o nacionalismo e o racismo como instrumentos de desvio e distração, enquanto camufla ou nega os verdadeiros desafios que a humanidade enfrenta.

A resistência ao fascismo, tanto na forma de manifestações públicas como em batalhas políticas e ideológicas, deve ser vista não apenas como uma reação às ameaças imediatas, mas como parte de um movimento maior por justiça social, direitos humanos e sustentabilidade ecológica. O futuro do nosso planeta e a luta contra o fascismo estão intimamente ligados. Enfrentar a ascensão do autoritarismo exige uma compreensão profunda dos mecanismos históricos que conduzem tais movimentos e a construção de alternativas políticas que priorizem a solidariedade, a inclusão e a proteção do meio ambiente.

Como Movimentos Sociais Estão Moldando a Luta por Justiça e Igualdade no Século XXI

A democracia econômica e social, como ideal, busca uma transformação radical onde as necessidades humanas ocupam o centro das políticas e não a busca por lucros para poucos. Dentro deste conceito, a Democracia Socialista Americana (DSA) surge como um espaço organizativo e de ativismo político, buscando reformas que empoderem as massas trabalhadoras. Fundada em 1982, a DSA tem evoluído ao longo dos anos, passando de 6.000 membros para aproximadamente 47.000, consolidando-se como a maior organização socialista de adesão nos Estados Unidos. Seus membros variam de democratas progressistas a socialistas mais revolucionários, e a organização, ao se considerar um “grande abrigo”, acentua seu caráter socialista enquanto dialoga com diversas formas de ação política, desde o legislativo até o engajamento direto. É possível que, com o tempo, a DSA se mova em uma direção mais revolucionária, impulsionada pela geração mais jovem que, influenciada por figuras como Bernie Sanders, começa a questionar o verdadeiro significado do socialismo.

Esses jovens, que se envolvem com a organização em busca de um entendimento mais profundo da política socialista, são, sem dúvida, parte de um movimento de transformação social mais amplo. A educação pública sobre o socialismo, baseada tanto em meios tradicionais quanto em novas formas de pedagogia pública, abre espaço para a radicalização da luta e o fortalecimento da ideia de uma mudança revolucionária no sistema socioeconômico atual. O futuro da DSA, e de movimentos semelhantes, parece estar em uma rota de crescente radicalização à medida que as gerações mais novas se tornam mais conscientes das falhas estruturais que perpetuam a desigualdade e a exploração.

Em um outro espaço da luta por justiça, encontramos a campanha dos Pobres, um movimento inspirado em uma versão radical da teologia cristã, cujo foco é a reconstrução moral da sociedade americana. Este movimento, que remonta ao "Poor People’s Campaign" dos anos 60 liderado por Martin Luther King Jr., volta à tona como uma resposta direta à crescente desigualdade e à devastação social e econômica nas comunidades mais vulneráveis. Ao adotar uma abordagem que se afasta da dicotomia esquerda versus direita, a campanha se concentra na questão do certo contra o errado, adotando uma pedagogia de amor em oposição à retórica do ódio. Em 2016, William Barber, co-presidente do movimento, fez um discurso impactante na Convenção Nacional Democrata, convocando uma “ressurreição moral” do país, apelando para a transformação de suas estruturas políticas e econômicas.

A campanha é radical na sua crítica ao racismo sistêmico, à pobreza e à devastação ecológica, propondo um modelo alternativo de economia voltada para a paz e justiça social. Em seu núcleo, o movimento busca desafiar a narrativa moral distorcida promovida por extremistas religiosos e políticos conservadores, deslocando o foco de questões polarizadoras como o direito ao aborto e a posse de armas para questões de igualdade, dignidade e direitos humanos. A mensagem central do movimento, que emula a filosofia de King, é de que a mudança deve vir de baixo, através da ação direta das comunidades, com a convicção inabalável de que a não violência é o caminho para a transformação.

A luta feminista, especialmente dentro de contextos patriarcais, é outro campo essencial de resistência. Movimentos feministas tomaram uma importância ainda maior diante da crescente misoginia e anti-feminismo disseminados por figuras políticas como Donald Trump e a extrema-direita. Entre os principais movimentos de destaque, podemos citar o "One Billion Rising" e o "MeToo", ambos com ênfase na justiça social e na luta contra a violência de gênero. O "One Billion Rising", por exemplo, surge como uma resposta contundente contra o aumento da violência contra as mulheres, com uma plataforma global de solidariedade contra o fascismo, racismo, e o neoliberalismo. Suas campanhas de 2018, como o lema "Rise! Resist! Unite!", chamam a atenção para a opressão das mulheres em um mundo marcado pela violência estrutural, desigualdade e repressão.

Já o movimento #MeToo, fundado por Tarana Burke em 2006, inicialmente com o intuito de ajudar sobreviventes de violência sexual, evoluiu para um movimento global de resistência e empoderamento das mulheres. Através do poder da empatia, #MeToo ajudou a desestigmatizar a experiência de sobreviventes de assédio sexual, dando visibilidade e voz a milhões de mulheres que, por muito tempo, ficaram em silêncio. Com a sua expansão, o movimento tem sido essencial para destacar a amplitude do impacto da violência sexual, especialmente sobre mulheres de comunidades marginalizadas. A sua ascensão não foi apenas uma reação ao abuso de poder no setor privado, mas também uma crítica direta ao comportamento e linguagem sexista promovida por líderes políticos como Trump, que minimizam e até zombam da gravidade do abuso sexual.

Esses movimentos, ao abordarem questões de classe, gênero e justiça social, representam a convergência de uma nova onda de ativismo global que desafia as formas tradicionais de poder. Por trás de cada um desses movimentos está uma busca incansável pela equidade, não apenas no discurso, mas na prática transformadora do cotidiano das pessoas que enfrentam as estruturas opressivas do capitalismo e do patriarcado.

Além disso, é importante entender que essas lutas não são isoladas, mas interconectadas. A luta contra o racismo, a opressão de gênero, a pobreza e a destruição ambiental, entre outros, são todas questões que se entrelaçam, e as soluções também precisam ser abrangentes. Movimentos como a DSA, o Poor People’s Campaign, o One Billion Rising e o #MeToo não só desafiam as estruturas de poder, mas também criam novos espaços de solidariedade e ação política, nos quais as experiências e as vozes marginalizadas podem finalmente ser ouvidas e reconhecidas. A luta por justiça social não se dá apenas em grandes manifestações, mas também no cotidiano, nos pequenos atos de resistência que se somam a uma mudança estrutural mais ampla.