A preservação tradicional de peles cruas com sal, apesar de econômica, provoca impactos ambientais significativos devido à alta concentração de sólidos dissolvidos totais (TDS), cloretos, demanda bioquímica e química de oxigênio (DBO e DQO) e odores pungentes liberados no efluente. Para garantir a conservação ideal, é necessário o uso de 40 a 50% de sal sobre o peso verde das peles, sendo que até 17% desse sal permanece nas peles, enquanto o restante contamina o ambiente, elevando a salinidade da água e do solo. Essa prática resulta em níveis alarmantes de TDS acima de 2100 ppm e cerca de 55% de cloretos nos efluentes, demonstrando uma preocupante carga poluidora.
Inovações recentes apontam para os nanomateriais, especialmente nanopartículas de prata baseadas em ácido gálico (GA@AgNPs), como alternativas promissoras para a preservação de peles cruas. A síntese dessas nanopartículas envolve a redução de nitrato de prata com ácido gálico sob agitação contínua em temperatura ambiente, produzindo colóides aplicados diretamente no lado da carne das peles. Após 30 dias de cura, as propriedades físico-químicas das peles tratadas com GA@AgNPs evidenciam resultados superiores aos do método convencional com sal, como maior resistência à tração, maior alongamento percentual, resistência ao rasgo e maior temperatura de encolhimento, indicando melhor preservação estrutural e desempenho final do couro.
Além disso, o uso de nanopartículas resulta em uma redução substancial na liberação de poluentes, com diminuição significativa da demanda bioquímica e química de oxigênio e do teor de sólidos suspensos totais, TDS e cloretos no líquido de imersão. Outros nanomateriais, como óxidos de zinco, titânio, cobre e ferro, também demonstram potencial antimicrobiano e preservativo, podendo ser incorporados para substituir a cura com sal, reduzindo o impacto ambiental e melhorando as características do couro, além de facilitar a reidratação e o processo de curtimento.
No processo de beneficiamento, especificamente na etapa conhecida como "beam house", onde as peles são imersas em soluções alcalinas para remoção de pelos e abertura da estrutura fibrilar, a poluição gerada é igualmente preocupante, representando até 70% da carga poluidora total da indústria do couro. A introdução de nanobiocatalisadores, como nanopartículas de óxido de zinco imobilizadas com proteases, oferece uma alternativa limpa e sustentável para o despelamento. Estes nanocatalisadores atuam seletivamente sobre proteínas não colagenosas, facilitando a remoção dos pelos sem os efeitos indesejáveis típicos dos métodos tradicionais, como odores desagradáveis e alto consumo de produtos químicos.
A aplicação dos nanobiocatalisadores, em forma de pasta aplicada no lado da carne, resulta em um despelamento eficiente com menor consumo de enzimas, preservando as propriedades físicas do couro e conferindo resistência antimicrobiana adicional. Processos similares utilizando enzimas combinadas com nanopartículas magnéticas de óxido de ferro (Fe3O4) têm demonstrado excelente desempenho na abertura da fibra e remoção dos pelos, sem comprometer a qualidade organoléptica e física do couro produzido. A estabilidade e uniformidade das nanopartículas são asseguradas por revestimentos de polietilenoglicol (PEG), que também contribuem para a atividade enzimática e durabilidade do nanocatalisador.
Esses avanços evidenciam uma tendência clara rumo a processos mais sustentáveis na indústria do couro, onde a nanotecnologia permite não apenas a substituição de práticas poluentes, mas também a melhoria das propriedades finais do produto, com menor impacto ambiental e maior eficiência produtiva.
É fundamental compreender que a aplicação dos nanomateriais no tratamento de peles exige controle rigoroso da síntese e caracterização, garantindo a estabilidade, distribuição e atividade funcional das nanopartículas. A escalabilidade e a economicidade desses processos dependem da produção em larga escala e da integração com as etapas industriais existentes. Além disso, a toxicidade potencial dos nanomateriais e seu destino ambiental devem ser avaliados criteriosamente para assegurar que a inovação não gere novos problemas ecológicos.
A nanotecnologia na indústria do couro não é apenas uma ferramenta para melhorar o desempenho técnico do material, mas uma transformação profunda que alia sustentabilidade ambiental, eficiência química e avanços tecnológicos, promovendo um novo paradigma para a produção de couro no século XXI.
Como a Concentração de Nitrogênio Afeta as Propriedades do Carbono Diamantado: Uma Análise Espectral e Estrutural
Os espectros Raman das películas de diamante são amplamente influenciados pelas características do substrato de silício, com a intensidade das linhas espectrais associada ao material base. Os picos principais que se manifestam nos espectros, como o pico D de desordem, revelam informações valiosas sobre a estrutura do material e as modificações induzidas pela presença de nitrogênio. O pico de desordem, localizado na faixa de 1345.2–1362.0 cm−1, é um dos mais expressivos nas análises de filmes de carbono tipo diamante, com a posição do pico variando conforme a concentração de nitrogênio. A compressão ou a tensão nas camadas resultantes de defeitos intersticiais ou pela adição de nitrogênio desloca esse pico para números de onda mais elevados ou mais baixos, respectivamente, conforme as condições de deposição.
Quando a concentração de nitrogênio atinge 0,210% (vol.), o pico D, que originalmente aparece em 1350 cm−1, desloca-se para 1345.2 cm−1, indicando a introdução de tensões no filme, relacionadas ao aumento de defeitos e à formação de uma estrutura mais desordenada. Em contraste, a introdução de nitrogênio também pode resultar na formação de uma fase amorfa, cujos picos associados ao carbono sp2, como o pico G entre 1548.9–1553.6 cm−1, se tornam mais pronunciados. Esses picos indicam a presença de defeitos que prejudicam o crescimento cristalino e promovem a nucleação múltipla e o sobrecrescimento do filme.
A variação dos picos e a intensidade espectral são acompanhadas por mudanças no tamanho dos grãos, que aumentam à medida que a concentração de nitrogênio se eleva até 0,026%, e depois diminuem novamente quando o nitrogênio ultrapassa essa concentração. Este comportamento sugere que o nitrogênio, em concentrações mais baixas, pode favorecer o crescimento de grãos de diamante, enquanto em concentrações mais altas, a fase grafítica e a formação de defeitos em anéis sp2 se tornam predominantes.
O efeito do nitrogênio sobre o tamanho dos grãos também pode ser interpretado à luz de estudos prévios, que indicam uma redução no tamanho dos grãos em filmes NCD (diamond-like carbon) à medida que a densidade de defeitos aumenta com a maior incorporação de nitrogênio. No entanto, os resultados atuais seguem uma tendência diferente, observada em filmes de diamante formados em jatos de plasma DC, onde a concentração moderada de nitrogênio resulta em um aumento no tamanho dos grãos.
Além disso, a resistividade elétrica dos filmes de diamante sofre uma diminuição significativa com a adição de nitrogênio, passando de 7 × 10^9 Ω-cm para 2 × 10^7 Ω-cm. Este comportamento é caracterizado pela modificação da estrutura eletrônica do material, uma vez que o nitrogênio incorpora-se à rede cristalina do diamante, promovendo uma condutividade semiconduzente. A introdução de nitrogênio no material não só altera a morfologia e o tamanho dos grãos, mas também altera suas propriedades elétricas de maneira substancial, o que pode ser de grande importância para aplicações que exigem propriedades específicas de condução elétrica.
É fundamental entender que a presença de nitrogênio nos filmes de diamante resulta em uma complexa interação entre a estrutura cristalina e a fase amorfa, com as propriedades finais dependentes da concentração exata de nitrogênio e das condições de deposição. O efeito do nitrogênio nas características espectrais e estruturais do diamante pode ser controlado, o que permite a modulação de suas propriedades para aplicações específicas, como em dispositivos eletrônicos, sensores e materiais de alta dureza.
Além disso, a concentração de nitrogênio também pode ser utilizada para otimizar a qualidade do filme em relação à formação de defeitos, pois a composição do gás de plasma afeta diretamente o crescimento do cristal e a integridade estrutural do material. Esse controle preciso pode permitir o desenvolvimento de filmes com características mais previsíveis e adequadas a aplicações industriais exigentes.
Métodos de Coaptação Microvascular: Produção de Dispositivos e Simulação Computacional
Os métodos para união de vasos sanguíneos, embora iniciados no final do século XIX, eram limitados a estudos em animais e técnicas experimentais. Naquela época, os primeiros avanços significativos envolviam o uso de fio de seda fino e agulhas curvas, substituindo materiais como couro, tendões e catgut, que eram usados para fechamento de feridas, mas não para reparo vascular. Não foi até meados do século XX, por volta da Segunda Guerra Mundial, que as anastomoses vasculares começaram a ser realizadas durante o reparo de ferimentos traumáticos. O processo evoluiu, e a necessidade de operar vasos cada vez menores levou ao desenvolvimento de técnicas mais sofisticadas, como o uso de microscópios cirúrgicos e a fabricação de materiais suturantes e agulhas mais finas.
Existem diversos métodos para realizar a anastomose microvascular, mas eles podem ser divididos em duas categorias principais: técnicas de sutura e técnicas não suturadas. Este capítulo foca nas metodologias mais frequentemente empregadas e fornece uma visão geral de seu desenvolvimento e fabricação.
A sutura microvascular é, atualmente, o método mais utilizado, empregando fios finos, não absorvíveis e monofilamentos, que são fixados a agulhas curvas e atraumáticas. O material de sutura é geralmente composto por polímeros, como o polipropileno ou o náilon. O processo de fabricação começa com a síntese do polímero a partir de monômeros, que são combinados para criar o produto final desejado. Por exemplo, o monofilamento de Ethilon é composto pelos polímeros alifáticos Nylon 6 e Nylon 6,6, enquanto o Prolene é produzido a partir de uma estereoisomeria cristalina isotática do polipropileno. Após a síntese, o polímero é cortado em pequenos pellets, que são então fundidos e extrudados para formar o fio de sutura, sendo esticados a velocidades variáveis para ajustar a resistência à tração do material. O fio resultante é, então, lubrificado com silicone para garantir um deslizamento suave durante o uso.
A agulha microvascular é tipicamente feita de uma liga de aço inoxidável e começa como um fio longo, que é aquecido e esticado para obter o diâmetro desejado, geralmente em torno de 0,03 mm para agulhas microcirúrgicas. O fio é então cortado em pequenos segmentos e processado para criar a ponta afiada. A seção transversal da agulha pode ser projetada para minimizar o trauma em procedimentos delicados ou, alternativamente, ter uma borda de corte para facilitar a transição por tecidos mais espessos. Após a usinagem da ponta, a agulha é curvada de acordo com o perfil necessário, variando de 3/8 a 5/8 de círculo, com a maioria das agulhas microvasculares sendo arredondadas e com uma ponta afilada de 3/8 de círculo. Algumas agulhas podem passar por um tratamento térmico para melhorar suas propriedades mecânicas antes de serem polidas eletroliticamente, o que remove qualquer impureza da superfície da agulha e garante um acabamento uniforme. As agulhas atraumáticas são projetadas de maneira que o fio de sutura não seja anexado por um "olho", mas sim por um furo axial no interior da agulha, que é feito a laser devido ao diâmetro extremamente pequeno da agulha. Após a inserção do fio, a união entre o fio e a agulha é garantida por uma crimpagem fina, e as agulhas são testadas por tração antes de serem embaladas e esterilizadas.
Outro dispositivo amplamente utilizado para a anastomose microvascular é o sistema de acoplamento anastomótico (MAC), desenvolvido pela Synovis em 1986, após estudos do dispositivo anterior de Nakayama. Este sistema de acoplamento, baseado em um princípio de anel e pino, permite que os vasos cortados sejam passados através de anéis de polietileno de alta densidade, que são evertidos sobre pinos de aço inoxidável afiados. Os anéis são então pressionados, intertravando os pinos e proporcionando uma anastomose bem selada, sem a presença de material estranho na luz do vaso. O sistema MAC pode coaptar vasos com diâmetros variando de 0,8 a 4,3 mm e espessura de parede de até 0,5 mm. Esse dispositivo oferece várias vantagens, como a facilidade de uso e a precisão no alinhamento dos vasos durante o procedimento. Além disso, a técnica reduz significativamente o trauma nos tecidos e acelera o processo de reparo vascular.
Esses avanços têm um impacto significativo na medicina moderna, especialmente em áreas como a microcirurgia e a medicina regenerativa. Contudo, é importante destacar que, apesar dos desenvolvimentos notáveis nesses dispositivos e técnicas, ainda existem desafios relacionados à personalização do tratamento para casos específicos, variabilidade nas características dos tecidos e resposta do corpo a dispositivos implantados. A constante evolução da tecnologia de materiais e o refinamento das técnicas de simulação computacional oferecem novas oportunidades para superar esses desafios, com o objetivo de melhorar os resultados para os pacientes e reduzir complicações.
O domínio das técnicas de coaptação microvascular exige não apenas um entendimento técnico dos materiais e dispositivos, mas também uma compreensão detalhada da biologia dos vasos sanguíneos, da resposta tecidual ao trauma e da necessidade de inovação contínua na medicina. Além disso, os profissionais que realizam esses procedimentos devem estar atualizados com os avanços tecnológicos, pois a integração de métodos tradicionais e novos dispositivos pode melhorar significativamente a eficácia das anastomoses, promovendo uma recuperação mais rápida e melhores resultados a longo prazo.
Como a incorporação de óxido de grafeno reduzido afeta as propriedades cristalinas e morfológicas do TiO₂ em compósitos fotocatalíticos?
Os principais picos de difração de raios X (XRD) de TiO₂ puro e dos compósitos TiO₂–RGO apresentam grande similaridade, indicando que a adição do óxido de grafeno reduzido (RGO) não altera as orientações cristalinas preferenciais nem induz o crescimento de novas fases cristalinas no TiO₂. A ausência de picos característicos do RGO nos difratogramas do compósito pode ser explicada pela sua baixa concentração e pela intensidade de difração relativamente fraca do material. Resultados semelhantes foram observados por diversos pesquisadores, confirmando que, mesmo após a incorporação de grafeno, os sinais específicos de grafeno não se manifestam de forma evidente na análise por XRD.
A microscopia eletrônica de transmissão (TEM) constitui uma ferramenta fundamental para caracterizar a estrutura atômica do grafeno e do óxido de grafeno reduzido, além de permitir a visualização direta da morfologia superficial dos compósitos TiO₂–grafeno. Em várias investigações, o grafeno aparece como uma estrutura em larga escala, atuando como um suporte bidimensional para a deposição eficaz das nanopartículas de TiO₂. A atividade fotocatalítica do compósito está diretamente relacionada ao grau de dispersão das nanopartículas na superfície do grafeno, evidenciando que a homogeneidade dessa distribuição é essencial para o desempenho funcional. Imagens de TEM revelam a dispersão uniforme de nanopartículas, como as de ouro (Au), sobre a superfície do TiO₂, que por sua vez está sustentado por folhas delgadas de grafeno, reforçando a interação sinérgica entre os componentes, especialmente quando obtidos por métodos avançados como a síntese hidrotérmica assistida por micro-ondas. Essa conexão íntima entre os elementos do compósito promove a supressão eficaz da recombinação dos portadores de carga, fator decisivo para a melhoria da performance fotocatalítica.
Outras variações do compósito, como as nanopartículas de TiO₂ revestidas com prata (Ag) sobre folhas de grafeno reduzido, também demonstram, através de imagens TEM, uma forte interação facilitada pelo processo hidrotérmico. Da mesma forma, nanopartículas dopadas com lantânio (La) apresentam-se bem distribuídas e mantêm a integridade da estrutura bidimensional do grafeno após o tratamento hidrotérmico. A tendência das nanopartículas de se acumularem nas rugosidades e bordas das folhas de grafeno está relacionada à distribuição das funções químicas no óxido de grafeno, que atuam como sítios preferenciais para a nucleação e fixação das partículas.
A microscopia de força atômica (AFM) é empregada para medir o perfil superficial das folhas de grafeno em escala nanométrica, além de estimar a espessura das camadas do grafeno nos compósitos. Através dessa técnica, foi possível sintetizar nanografenos oxidados controlados, com tamanho abaixo de 50 nm, que formaram uma estrutura tipo núcleo/casca ao serem revestidos sobre nanopartículas de TiO₂. A espessura dos nanografenos oxidados obtidos variou de 0,8 a 2,0 nm, indicando a presença de folhas simples ou empilhamentos duplos. A análise da distribuição de tamanho revelou que a fragmentação controlada do grafeno original permitiu obter folhas com dimensões mais uniformes e reduzidas, fator importante para maximizar a área superficial e a interação com as nanopartículas.
A espectroscopia Raman, por sua vez, é uma técnica não destrutiva e poderosa para avaliar a qualidade cristalina e o grau de redução do óxido de grafeno em compósitos TiO₂–grafeno. Os espectros Raman evidenciam picos característicos do TiO₂ na fase anatase e, simultaneamente, as bandas D e G associadas ao grafeno e ao óxido de grafeno. O aumento da razão ID/IG após o tratamento hidrotérmico indica a remoção dos grupos oxigenados e a restauração parcial da rede conjugada de carbono, essencial para a condução elétrica e transferência de carga no compósito. Pequenas mudanças na posição das bandas Raman sugerem transferência de carga eficiente entre o TiO₂ e o grafeno, confirmando a interação eletrônica entre os componentes.
Por fim, a espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) demonstra a presença de grupos funcionais característicos no óxido de grafeno, como C–O, C–OH e C=O, além de grupos hidroxilas e água adsorvida. O tratamento térmico e hidrotérmico altera essas funcionalidades, promovendo a redução química do óxido de grafeno e fortalecendo as interações físico-químicas entre o TiO₂ e o grafeno, o que influencia diretamente as propriedades catalíticas e estabilidade do material.
Além dos aspectos técnicos já abordados, é fundamental compreender que a sinergia entre TiO₂ e grafeno não se limita à mera combinação física dos materiais. A interação química e eletrônica entre as superfícies permite uma modulação das propriedades eletrônicas, que favorece a separação dos portadores de carga e amplia a eficiência fotocatalítica em aplicações ambientais e energéticas. O controle da morfologia em escala nanométrica, a dispersão uniforme das nanopartículas, e a manutenção da integridade estrutural do grafeno são condições imprescindíveis para a otimização desses sistemas. A compreensão dos mecanismos envolvidos na redução do óxido de grafeno, bem como das técnicas de caracterização, permite o desenvolvimento racional de compósitos cada vez mais eficientes e adaptados a diferentes demandas tecnológicas.

Deutsch
Francais
Nederlands
Svenska
Norsk
Dansk
Suomi
Espanol
Italiano
Portugues
Magyar
Polski
Cestina
Русский