O processo de avaliação e otimização de configurações de design em produtos adaptáveis envolve uma série de etapas complexas que garantem que o produto final atenda a todos os requisitos de desempenho ao longo de seu ciclo de vida. Para facilitar essa compreensão, são apresentados modelos que permitem comparar e selecionar as melhores alternativas entre diversas configurações de design, considerando tanto os parâmetros operacionais quanto as condições de utilização.
Uma das abordagens iniciais é a análise das configurações operacionais, como ilustrado na figura 4.7. Cada candidato de configuração de design está associado a um conjunto de nós representando as câmaras de operação, usando diferentes fases e ciclos, como o uso de LN2 ou LCO2, que são explorados durante os ciclos operacionais. A escolha entre essas alternativas depende do comportamento esperado durante a utilização do produto, que pode variar significativamente de acordo com o tipo de ciclo aplicado.
A avaliação de cada configuração é feita através de medidas específicas, que podem ser variáveis ao longo do tempo, uma vez que as condições do produto mudam ao longo de sua vida útil. Essas medidas de avaliação são determinadas para um tempo específico do ciclo de vida, denotado como T, e são calculadas levando em consideração os parâmetros associados a cada fase de operação. Dependendo da natureza da medida de avaliação, ela pode ser uma função monotônica (aumentando ou diminuindo) ou não-monotônica do tempo de utilização do produto. Para que essas medidas possam ser comparadas entre si, elas são frequentemente convertidas em índices de avaliação padronizados, variando entre 0 e 1, onde 1 representa o nível máximo de satisfação.
As medidas de avaliação podem ser classificadas em três categorias principais: "quanto menor, melhor", "quanto maior, melhor" e "nominal, melhor". Essa classificação ajuda a entender como as variáveis afetam a avaliação global do produto. A avaliação geral, então, é obtida por meio da combinação de todas as medidas individuais, ponderadas por fatores que refletem a importância relativa de cada uma. Essa combinação leva em consideração todos os aspectos de avaliação ao longo do ciclo de vida do produto, desde seu início até o seu fim.
Com o grande número de opções de configuração de design e parâmetros operacionais, a otimização é um passo fundamental para garantir que a solução final seja a mais eficiente e adequada. A otimização geralmente envolve a escolha do valor ótimo para cada parâmetro, levando em conta a função de avaliação. Existem vários métodos para realizar essa otimização, incluindo o uso de programação genética, que aplica técnicas evolutivas, como reprodução, cruzamento e mutação, para encontrar a melhor solução. Esse método é particularmente útil quando as soluções podem ser representadas por estruturas de dados em árvore, como no caso de máquinas reconfiguráveis.
A otimização pode ser realizada utilizando diferentes abordagens baseadas em objetivos específicos, como o método do "caso médio", "caso melhor" e "caso pior". No método do "caso médio", o objetivo é maximizar a média do índice de avaliação durante todo o ciclo de vida do produto. Este método é amplamente utilizado em situações onde se busca um desempenho equilibrado ao longo do tempo. O método do "caso melhor", por outro lado, é ideal para quando se deseja maximizar a avaliação em um único ponto específico do ciclo de vida, como no caso de designs que exigem o máximo desempenho em momentos críticos. Já o método do "caso pior" é aplicado quando o objetivo é minimizar os piores resultados ao longo do ciclo de vida, como em projetos onde a segurança e a confiabilidade são prioritárias.
Essas diferentes abordagens de otimização permitem que o designer escolha a melhor configuração, levando em conta não apenas o desempenho geral, mas também as necessidades específicas de cada produto, como a maximização de desempenho, a minimização de riscos ou a busca por uma solução equilibrada ao longo do tempo.
É crucial que, ao considerar as medidas de avaliação e otimização, o projeto de configuração leve em conta não apenas as variáveis técnicas e operacionais, mas também o contexto em que o produto será utilizado. Fatores como a durabilidade, a eficiência energética e o impacto ambiental podem desempenhar papéis igualmente importantes na escolha da melhor solução de design. Além disso, o acompanhamento contínuo das métricas de desempenho ao longo do ciclo de vida do produto, utilizando modelos de simulação e análise de dados, é fundamental para ajustes finos nas fases de operação posteriores.
Vantagens do Design Adaptável na Engenharia de Produção
O design adaptável, uma abordagem cada vez mais relevante no contexto da engenharia de produção, oferece uma gama de benefícios tanto para os produtores quanto para os usuários, com ênfase na redução de custos, vantagens de marketing, sustentabilidade ambiental e flexibilidade no processo de fabricação. Este conceito é particularmente aplicável a empresas que fabricam uma gama de produtos com funções semelhantes, como os fabricantes de automóveis, onde diferentes modelos podem ser variações de um design básico. A figura 1.8 ilustra essa adaptabilidade de design em que um conjunto de veículos Ford compartilha não apenas o mesmo design geral, mas também vários componentes, como chassi, faróis, motores e acessórios. Esse tipo de abordagem não só permite uma produção em larga escala mais eficiente, mas também reduz os custos de serviços pós-venda e facilita a personalização para os usuários, permitindo diferentes funcionalidades em produtos similares.
No contexto de sistemas grandes e complexos, como plantas nucleares, usinas de energia, fábricas e estaleiros, a adaptabilidade de design se torna ainda mais crucial. Esses projetos são marcados por altos custos, longos prazos e complexidade tanto no design quanto na construção. No caso desses sistemas, a flexibilidade no design não é apenas benéfica, mas essencial. Isso ocorre porque muitas vezes é impossível prever todas as exigências de design antes de iniciar a construção. O design evolui ao longo do tempo, e adaptações podem ser feitas conforme as necessidades mudam durante o andamento do projeto. Além disso, como esses sistemas geralmente têm uma vida útil longa, é importante que sejam projetados para se adaptar a mudanças nos requisitos, nas regulamentações e nas tecnologias ao longo do tempo.
Em relação aos benefícios ambientais, o ciclo de produção da engenharia pode ser descrito como o fluxo de recursos naturais, como materiais e energia, para uma cadeia de produção, e o fluxo de resíduos e poluentes de volta para a natureza. O design adaptável visa redirecionar o fluxo de recursos usados de volta para a cadeia de produção. Um exemplo disso é o processo de remanufatura de peças usadas, que pode ser mais eficaz do que a reciclagem, pois reintroduz partes e componentes no processo de produção, ao invés de apenas reaproveitar materiais. A vantagem do design adaptável é que ele não se concentra apenas nos materiais ou nas peças dos produtos, mas sim na utilidade do próprio produto, permitindo que ele seja reutilizado em estágios posteriores da cadeia de produção, o que resulta em impactos ambientais superiores.
Além disso, ao considerar a aplicabilidade do design adaptável, é importante notar que ele pode ser aplicado em diferentes tipos de produtos e sistemas. Produtos discretos, como ferramentas e automóveis, podem ser classificados de acordo com suas características de produção, volume e variedades. O design adaptável se torna especialmente útil quando produtos são feitos em volumes médios e variedades pequenas, permitindo a criação de famílias de produtos com módulos e variantes, otimizando tanto o custo de desenvolvimento quanto a personalização. Para produtos únicos ou sistemas, o design adaptável pode ser utilizado para adaptar um design existente a uma nova aplicação, reduzindo significativamente os custos e o tempo de desenvolvimento.
À medida que o processo de design avança, a liberdade para fazer mudanças relacionadas à função diminui. Portanto, o design adaptável deve ser implementado o mais cedo possível, enquanto ainda há flexibilidade para mudanças. Quando o projeto atinge estágios mais avançados, outras considerações, como o ciclo de vida do produto, se tornam mais relevantes. A abordagem de design adaptável também pode ser aplicada a outras áreas da engenharia, como a engenharia elétrica e a engenharia química, proporcionando vantagens semelhantes. Na engenharia elétrica, por exemplo, ao projetar um sistema de geração de energia com a abordagem de design adaptável, a adição de novos módulos de geração de energia pode ser realizada com menor esforço e custo. Na engenharia química, processos relativamente independentes podem ser modificados sem impactar outros subsistemas, permitindo que instalações sejam projetadas para facilitar upgrades e expansões.
Assim, o design adaptável não só torna os processos de fabricação mais eficientes e econômicos, mas também oferece vantagens significativas em termos de flexibilidade, personalização e sustentabilidade. Ele permite que os produtos evoluam conforme as necessidades do mercado, ao mesmo tempo em que oferece soluções mais ecológicas ao reduzir o desperdício e permitir a reutilização de componentes. Ao integrar essa abordagem desde as fases iniciais do design, os produtores podem garantir não só um melhor produto final, mas também um processo de produção mais ágil, sustentável e alinhado com as demandas futuras.

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