Durante o turbulento período do Biennio Rosso, entre 1919 e 1920, a Itália viveu uma crise social profunda, marcada por greves, ocupações de fábricas e um medo disseminado do avanço bolchevique. Foi neste cenário que Benito Mussolini, inicialmente com uma postura ambígua, conseguiu se posicionar como um “líder proteico”, capaz de adaptar seu discurso conforme as circunstâncias. Embora inicialmente mostrasse certa solidariedade aos trabalhadores, não hesitava em se aliar às forças industriais para garantir seu apoio, revelando uma duplicidade que se tornou característica fundamental de seu modo de agir. Essa ambiguidade política, junto com a violência organizada pelo movimento do Squadrismo, serviu para destruir a oposição socialista e garantir a ascensão do fascismo, enquanto Mussolini mantinha um discurso que simultaneamente agradava operários e patrões.
Essa mesma lógica de liderança contraditória e oportunista pode ser observada em figuras políticas contemporâneas, como Donald Trump. Trump também cultivou uma retórica de desconfiança em relação ao “establishment” político, atacando liberais e profissionais da política por, segundo ele, terem levado o país a um estado de degradação. Sua base, os “Trumpers”, não se enquadram perfeitamente no tradicional espectro partidário, pois seu apoio nasce mais da rejeição ao sistema vigente do que de uma adesão ideológica clara. Assim como Mussolini, Trump usou da polarização para se firmar como porta-voz de uma maioria “silenciosa”, dando voz a medos e ressentimentos de parcelas da população.
A comparação entre Mussolini e Trump evidencia que a ascensão de lideranças proteicas não depende da coerência ideológica, mas da capacidade de se adaptar a diferentes contextos e de manipular as emoções coletivas em torno do medo, da insegurança e do ressentimento. A relação com grupos políticos e econômicos muitas vezes é instrumental, pautada em interesses pessoais e oportunistas, mais do que em valores firmes. Isso explica as frequentes contradições desses líderes, como as posições de Trump sobre relações internacionais e alianças com ditadores, que revelam um pragmatismo baseado em interesses comerciais e políticos imediatos.
No caso italiano, a fragilidade da solidariedade entre classes e a ausência de um projeto político claro por parte do movimento fascista permitiram que o nacionalismo se sobrepusesse e corrompesse qualquer ideal inicial de justiça social ou transformação radical. Mussolini dizia indiferente que não importava se as fábricas pertenciam aos trabalhadores ou aos industriais, pois ele buscava controlar o jogo todo, revelando sua ambição de poder e seu estilo de liderança “jogador de cartas”, que sempre busca segurar todas as possibilidades abertas para si mesmo.
Outro ponto importante é a forma como essas lideranças se organizam para o poder. Trump, diferente de Hillary Clinton em 2016, apostou numa estrutura de campanha enxuta, baseada em tecnologia e comunicação digital, confiando em um núcleo pequeno e feroz que controlava as mensagens e as estratégias, enquanto sua adversária contava com um aparato muito maior, porém mais lento e dividido. Essa diferença reflete uma nova dinâmica na política contemporânea, onde a agilidade, o controle da narrativa e o uso das redes sociais podem superar estratégias tradicionais, especialmente em contextos de polarização e crise.
Além do que está explícito, é fundamental compreender que essas lideranças proteicas e populistas prosperam não apenas por prometer mudanças, mas porque conseguem explorar as contradições internas das sociedades e os medos mais profundos de seus cidadãos. A polarização que criam não só fragmenta a oposição, mas também desestabiliza instituições, pois apresentam a si mesmos como a única solução possível diante do caos. Essa dinâmica cria um ambiente propício para a erosão da democracia e para a ascensão de regimes autoritários, onde o discurso da intransigência e da exclusão se torna norma.
É necessário, portanto, que o leitor perceba a importância de analisar não apenas o discurso superficial dessas lideranças, mas também suas ações contraditórias, suas alianças pragmáticas e o contexto social que possibilita seu surgimento. A vigilância democrática exige compreender que o fascismo e o populismo contemporâneos não são simples repetições do passado, mas fenômenos que assumem novas formas, adaptando-se às condições atuais de comunicação, economia e política global.
Como a Falta de Ideologia e a Propaganda Moldam a Política Moderna
A política contemporânea vive uma transformação que reflete uma crise ideológica sem precedentes. O sistema tradicional de partidos, antes fundado em ideologias sólidas, hoje se fragmenta diante de um populismo crescente que ignora as normas estabelecidas, mas que, paradoxalmente, gera apoio popular. Donald Trump é o exemplo mais claro dessa mudança. Sua ascensão não se deu por meio de um programa político claro ou de um compromisso com ideais específicos, mas pela habilidade de explorar um vazio deixado pela política tradicional e pela frustração dos eleitores com o sistema. Ele não foi um político comum; ele se tornou a figura que desafiou a estrutura, propondo um discurso direto e muitas vezes irracional, mas que, de alguma forma, falava diretamente às emoções de uma parcela significativa da população americana.
O que Trump conseguiu foi ampliar uma lacuna de desconfiança em relação aos partidos tradicionais, uma brecha que vinha se alargando há décadas. Os mecanismos de escolha de candidatos dentro dos partidos estavam longe de ser democráticos, respeitando muito pouco a vontade popular. Isso foi claramente visível nas eleições de 2016, quando Trump questionou abertamente a validade do sistema eleitoral, acusando-o de ser fraudado, uma retórica que levou à ideia de que os resultados poderiam ser contestados. Algo até então impensável na política americana, onde o derrotado aceitava o resultado, independentemente das questões que pudessem surgir. O exemplo de Al Gore, que perdeu a eleição para George W. Bush em 2000 por uma margem mínima de votos, é um reflexo dessa tradição de aceitação pacífica dos resultados. Porém, Trump e seus seguidores desafiaram essa norma, criando um precedente perigoso.
Dan Rather, jornalista veterano, alertou para o impacto dessa mudança na política americana, identificando o tom e o nível do discurso político como fatores cruciais. Segundo ele, a atitude de indiferença, ou o "não importa", era um sinal claro de que algo estava errado e que o futuro do país dependia de uma mobilização contra esse espírito cínico, que ele atribuía principalmente aos republicanos que, segundo Rather, haviam colocado Trump no poder. Este processo não apenas envolvia a manipulação de ideais políticos, mas também uma concessão perigosa da mídia, que deu espaço para Trump espalhar suas mentiras e criar uma falsa equivalência entre os candidatos.
Além disso, o fenômeno Trump não pode ser explicado sem considerar a transformação mais ampla da política global. O populismo, como uma força política emergente, tem características distintas tanto à direita quanto à esquerda. No entanto, a versão mais destrutiva desse populismo tende a ser de direita, onde líderes como Trump nos Estados Unidos e diversos partidos europeus, como os da Itália, promovem um discurso anti-elitista e nacionalista, baseado na ideia de que as elites políticas estão de algum modo traindo os cidadãos comuns. Para esses líderes, a política deve ser moldada pelo “povo” contra o que eles percebem como uma ameaça de forças externas, como imigrantes e minorias étnicas, em uma luta pela preservação da identidade nacional.
A relação de Trump com a ideologia é, no mínimo, complexa. Ele se apresenta como alguém sem uma linha ideológica rígida, mas, em seus ataques a adversários, ele recorre frequentemente a categorias ideológicas, como a acusação de que seus inimigos são comunistas. Essa postura reflete uma tendência do populismo de direita de se afastar de ideologias tradicionais, mas ao mesmo tempo se apoiar em preconceitos, como as visões discriminatórias sobre grupos minoritários. Em muitos aspectos, a retórica de Trump é semelhante à de outros líderes populistas, como Silvio Berlusconi, na Itália, ambos empresários de sucesso com uma carreira midiática e uma habilidade extraordinária para manipular a opinião pública. Eles conseguem ganhar poder ao se desvincularem de uma ideologia tradicional, o que permite que capturem territórios políticos antes inexplorados.
Esse distanciamento das ideologias tradicionais não é uma novidade no cenário político. A política americana, de fato, nunca foi completamente ideológica da maneira que o vimos em outros países, mas a eleição de Trump a transformou. A falta de um programa claro e a sua atitude anti-intelectual eram marcas de uma nova forma de fazer política. Mais importante, ele não se apresentou como alguém que buscava um grande projeto ideológico, mas como uma resposta a um vácuo de desilusão com as promessas não cumpridas do establishment político.
Porém, para além da ausência de ideologia, o que realmente distingue Trump, e outros populistas de direita, é sua habilidade em mobilizar um discurso de ódio e medo, similar ao que vimos no fascismo do século XX. A propaganda, nesse contexto, não é mais apenas uma ferramenta de convencimento, mas um meio de moldar as consciências coletivas, distorcendo a realidade e criando uma narrativa que embute um senso de urgência e ameaça constante. O uso do medo, da violência simbólica e da glorificação de um passado mítico foram elementos chave em sua estratégia. Não é por acaso que a propaganda de Trump, como a de outros populistas, segue um caminho similar ao de Mussolini, com uma ênfase no carisma, no culto à personalidade e no apelo direto ao medo e ao nacionalismo.
O impacto disso na sociedade não pode ser subestimado. A manipulação da opinião pública por meio da mídia e da retórica é uma ferramenta poderosa que desestabiliza as fundações democráticas. Em um mundo onde a verdade é cada vez mais fluida e onde as ideologias se tornam maleáveis, é crucial que os cidadãos estejam alertas para os riscos dessa nova forma de governança, onde o discurso político se torna mais uma forma de entretenimento do que de verdade.
Como a vitória de Trump reforçou a direita italiana e transformou a relação Itália-EUA
A vitória de Donald Trump em 2016 teve um impacto profundo no espectro político italiano, especialmente fortalecendo a ala direita representada por figuras como Matteo Salvini, Giorgia Meloni e Silvio Berlusconi. Com Berlusconi, Trump compartilha não apenas uma imensa fortuna, mas também o perfil de líderes que ingressaram na política sem a tradicional competência técnica, baseando-se sobretudo em sua habilidade comunicativa. Essa mudança redefiniu a maneira de fazer política na Itália e estabeleceu um precedente para as democracias ocidentais em geral: em contextos de incerteza quanto à capacidade das instituições de resolver problemas, o eleitor tende a favorecer indivíduos que parecem ser outsiders do sistema, mesmo quando, na realidade, são profundamente integrados a ele, como é o caso de Berlusconi e Trump.
A conexão ideológica entre Trump e Salvini é evidente, com a xenofobia trumpista sendo um pilar fundamental do projeto político de Salvini. Quando este assumiu o Ministério do Interior, a relação Itália-EUA se estreitou ainda mais, refletindo um alinhamento não apenas econômico e comercial, mas também em valores culturais, como o trabalho, a família e os direitos civis. A expressão “America First” ecoa diretamente no “Prima gli Italiani” de Salvini, revelando um sincronismo político e ideológico. Em reuniões em Washington, em 2019, temas como segurança europeia contra ameaças russas e iranianas, investimentos chineses predatórios em infraestruturas e cooperação em defesa foram discutidos sob uma ótica compartilhada.
Essa aproximação se deu num momento de tensão interna na Itália, com Salvini apostando na ruptura da coalizão governamental para assumir o posto de primeiro-ministro. Contudo, as articulações políticas internas acabaram por favorecer a manutenção de Giuseppe Conte no governo, um personagem que Trump inicialmente considerava um outsider aliado, apesar das complexidades locais. Essa ambiguidade revela a dificuldade em traduzir o modelo populista americano diretamente para o contexto italiano, que tem sua própria dinâmica e história política.
Historicamente, a Itália sempre ocupou uma posição estratégica vital para os Estados Unidos, especialmente durante a Guerra Fria, atuando como uma âncora geopolítica no Mediterrâneo e um baluarte contra a influência soviética nos Bálcãs. Esse controle americano sobre a política italiana teve como objetivo primordial impedir o acesso dos comunistas ao poder. Após a queda do Muro de Berlim, essa dinâmica mudou, mas com a ascensão de governos populistas europeus, como o italiano, a importância estratégica de Roma se intensificou novamente no imaginário norte-americano, agora sob a ótica de um reforço da direita populista alinhada a Washington.
Interessante notar que essa admiração entre Itália e Estados Unidos não é recente. Nos primeiros anos do século XX, Benito Mussolini manifestava respeito pelo presidente Woodrow Wilson, vendo nele um líder que elevava a visão dos aliados para um futuro melhor, mesmo que divergisse em questões específicas. Durante o início do regime fascista, figuras como Ernest Hemingway também expressaram admiração por Mussolini, retratando-o como um homem carismático e um agente de mudança. Essa percepção foi amplificada por uma rede significativa de jornais americanos, controlada por italianos naturalizados nos EUA, que promoviam uma imagem moderna e militarmente forte da Itália fascista.
O uso da mídia, seja através do controle de jornais ou da recém-nascida indústria cinematográfica, serviu para difundir não apenas as imagens e símbolos do regime, mas também para consolidar uma narrativa que influenciava a opinião pública americana em favor de uma Itália modernizada e poderosa. Esse fenômeno revela a importância estratégica da comunicação política e da construção de imagem para o fortalecimento de regimes e lideranças, algo que ressoa nas estratégias contemporâneas de figuras como Trump e Salvini.
Além do texto, é fundamental compreender que a relação entre líderes populistas e a mídia é dialética e complexa, onde o poder da comunicação molda não apenas a percepção pública, mas também as próprias instituições democráticas. O eleitor, muitas vezes, se vê seduzido por discursos que prometem simplicidade e solução imediata para problemas complexos, revelando uma crise estrutural das democracias modernas. A internacionalização desse fenômeno indica uma transformação global, onde a crise das instituições tradicionais abre espaço para a ascensão de líderes que manipulam a narrativa para construir um senso de pertencimento e identidade, frequentemente às custas da exclusão e do autoritarismo.
Entender a relação histórica e simbólica entre Itália e Estados Unidos, desde Mussolini até Trump, também ajuda a perceber que as dinâmicas políticas nacionais estão imbricadas em redes globais de poder, onde a política interna é inseparável da geopolítica. A ascensão da direita populista italiana não é um fenômeno isolado, mas parte de um redesenho maior do cenário mundial, em que discursos nacionalistas e autoritários ganham terreno sob o pretexto de defender a soberania e os valores tradicionais contra ameaças internas e externas.
Como o poder político se entrelaça com o controle sexual: segredos, manipulação e a objetificação da mulher
No cenário do fascismo italiano, a sexualidade não foi apenas uma dimensão privada, mas um instrumento estratégico de poder e controle social. As relações estabelecidas nos bordéis, supervisionados de perto pela polícia política, revelavam muito mais do que simples práticas eróticas; elas se transformavam em fontes inesgotáveis de informação e influência. Os locais frequentados pelos squadristi em Milão, como o bordel da Via San Carpòforo, eram pontos nodais onde segredos do regime eram sutilmente desvendados, muitas vezes em meio a conversas casuais ou “pillow talk”. Cesare Albino Bianchi, proprietário entusiasta do regime, transformou o comércio sexual em uma engrenagem do fascismo, administrando uma rede de estabelecimentos lucrativos e mantendo sob vigilância constante o que se dizia e se fazia dentro deles.
A legislação da época delineava com rigor quem poderia ingressar na prostituição, vinculando essa decisão a critérios de emancipação — geralmente o casamento. No entanto, o bordel de luxo oferecia um diferencial significativo: menos clientes por noite, maior remuneração e uma apresentação estética impecável, com vestimentas assinadas por estilistas renomados como Biki. Esses espaços íntimos tornavam-se arenas de fortalecimento da camaradagem masculina, onde o discurso sexualizado e a troca de informações serviam como reforço do vínculo político e ideológico. A expressão “Claro que somos amigos, vamos juntos ao bordel!” sintetizava esse vínculo entre sexo e poder.
No auge desse sistema, a madame Fedora Sandelli se destacou como uma peça-chave, detentora de vários bordéis, inclusive o exclusivo na Via Ápia, em Roma, destinado a VIPs. Ali, a sofisticação das mulheres e a opulência das roupas contrastavam com a brutalidade dos eventos que se sucediam: mulheres engravidavam de figuras de alto escalão e enfrentavam clandestinidade e morte em abortos secretos, vítimas de uma política de silêncio e violência. A presença de oficiais nazistas e gerarchi fascistas nessas casas reforçava a dimensão transnacional do uso político do corpo feminino para obtenção de informações estratégicas e para o exercício do domínio.
Essa instrumentalização do corpo da mulher como moeda política não se restringiu ao passado histórico do fascismo. Um paralelo contemporâneo pode ser traçado com figuras políticas que mantêm atitudes e comportamentos de predadores sexuais, cujas relações de poder se manifestam na forma de misoginia e objetificação sistemática. A análise da vida pública de Donald Trump, por exemplo, revela uma trajetória marcada por comportamentos repetitivos de assédio e abuso sexual, não como eventos isolados, mas como uma prática estrutural que dialoga diretamente com sua construção de poder. A imagem emblemática de Trump em uma foto escolar, ao lado de uma mulher tratada apenas como acessório para a fotografia, simboliza uma visão onde o feminino é reduzido a um objeto de status, um adereço para reforçar uma masculinidade hegemônica.
As denúncias documentadas contra Trump, cuidadosamente compiladas em investigações e livros, indicam que sua conduta ultrapassou o limite do mero sexismo, alcançando o patamar de crimes graves. A normalização dessas práticas, alimentada pelo discurso público e a impunidade, cria um ambiente permissivo onde o abuso sexual é banalizado e perpetuado. A repercussão social dessas condutas reflete a urgência de enfrentar o sexismo e a misoginia em todas as suas formas, especialmente quando perpetuados por indivíduos que ocupam posições de poder e influência.
A dimensão simbólica e real dessa objetificação tem consequências profundas. Quando líderes enviam a mensagem de que mulheres são meros objetos de posse ou entretenimento, abrem caminho para uma cultura de violência, silenciamento e revitimização das mulheres que ousam denunciar. O enfrentamento desse ciclo passa pelo reconhecimento público das experiências das vítimas, pela garantia de justiça e pela desconstrução de sistemas sociais que alimentam essas dinâmicas predatórias. Sem essa conscientização e ação, perpetua-se um cenário onde a dominação masculina e o controle sobre o corpo feminino se mantêm como ferramentas invisíveis, porém poderosas, de manutenção do poder político e social.
É fundamental compreender que o entrelaçamento entre sexualidade, poder e política não se limita a episódios isolados ou a figuras individuais. Trata-se de uma estrutura sistêmica que permeia instituições e relações sociais, moldando comportamentos e discursos. Assim, a reflexão sobre essas dinâmicas deve ir além da denúncia dos casos específicos e alcançar uma crítica profunda das bases culturais, jurídicas e políticas que permitem e reforçam essas práticas.

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