Não batam nas crianças, nunca batam!
Entendam: ao bater nelas, vocês ferem a si mesmos.
Não importa se o fazem por amor ou por raiva,
Mas jamais permitam-se tal ato!

Olhem bem: diante de vocês estão crianças,
Que heroísmo existe nisso, perdoem-me?
Mas quantos há que batem cruelmente,
Colocando quase a alma nesse trabalho negro,
Sabendo de antemão que elas não revidarão!

Gritar, bater! Por que se envergonhar?
Somos tão mais fortes que as crianças!
Mas, sendo sinceros, castigar é a impotência dos adultos!
Quantos adultos descarregam nas crianças
Suas próprias mágoas, conflitos e dores...
Como a mão ainda se levanta
Diante do horror nos olhos e das lágrimas em rios?

É possível deixar o ódio correr solto,
Ferindo a alma e o olhar infantil,
E depois, com espanto, perguntar-se
Por que há tanta crueldade entre os jovens?

O mundo vive de bondade e respeito,
O chicote só gera medo e mentira.
O que não se conquista com persuasão,
Jamais se conquistará com pancadas!

A alma infantil é frágil como cristal,
Se a quebrarmos — jamais a reconstruiremos.
O dia em que baterem numa criança
Será o mais vergonhoso de suas vidas!

Subjugadas por sua força,
Não sei como viverão depois,
Mas lembrem-se, queridos adultos:
Elas jamais esquecerão essa crueldade.

A família é um pequeno país,
E a felicidade cresce ali,
Quando se plantam no solo preparado
Apenas as sementes do bem!


Conselhos aos Pais

Se os pais estão preocupados com a falta de interesse do filho pela leitura, podem ser úteis as recomendações do psicólogo americano V. Williams:

  • Apreciem a leitura vocês mesmos e transmitam às crianças a ideia de que ler é um prazer.

  • Deixem que vejam vocês lendo com alegria: citem, riam, memorizem trechos, compartilhem o que leram.

  • Mostrem que valorizam a leitura: comprem livros, deem de presente e recebam-nos como presentes.

  • Deixem que as crianças escolham seus próprios livros e revistas (na biblioteca, livraria etc.).

  • Pendurem em local visível uma lista mostrando o progresso da leitura da criança (quantos livros leu e em quanto tempo).

  • Reservem um cantinho especial para a leitura (um espaço acolhedor com estantes).

  • Tenham uma biblioteca infantil em casa.

  • Reúnam livros sobre temas que inspirem a criança a ler mais (dinossauros, viagens espaciais etc.).

  • Sugiram que leiam o livro antes ou depois de ver o filme baseado nele.

  • Leiam alternadamente histórias ou contos engraçados uns aos outros — divirtam-se em vez de assistir TV.

  • Incentivem amizades com crianças que também gostam de ler.

  • Façam palavras cruzadas com as crianças e deem-nas de presente.

  • Estimulem a leitura em voz alta, sempre que possível, para desenvolver habilidade e autoconfiança.

  • Perguntem com frequência o que pensam dos livros que estão lendo.

  • Incentivem a leitura de qualquer material impresso: horóscopos, quadrinhos, resenhas — o importante é ler!

  • Para crianças pequenas, prefiram contos curtos: dão sensação de conclusão e satisfação.

  • Que leiam todas as noites na cama, antes de dormir.


Lembrete aos Pais

  1. Incentive a comunicação da criança, comente suas ações.

  2. Ensine-a a comentar o que faz.

  3. Brinque com ela — brincar é comunicar-se.

  4. Quanto mais você conversa com seu filho, mais ele aprende.

  5. Fale corretamente, como falaria com um adulto.

  6. Não critique a fala da criança, apenas repita corretamente.

  7. Fale devagar — ela entenderá melhor.


Dez Mandamentos da Educação

  1. O objetivo principal da educação é formar uma pessoa feliz.

  2. Ame não a si mesmo na criança, mas a criança em si.

  3. Educação sem respeito é repressão.

  4. A medida da educação é a inteligência — oposta à grosseria e ignorância.

  5. Diga o que sabe, faça o que pode — e lembre-se: saber mais nunca faz mal.

  6. Desenvolva sua originalidade — crianças não gostam de "pão sem recheio".

  7. Não seja aborrecido. É melhor ser difícil do que tedioso.

  8. Valorize a confiança das crianças, guarde seus segredos, nunca as traia.

  9. Não busque varinha mágica — a educação deve ser sistemática.

  10. As crianças devem ser melhores que nós e viver melhor.


Ao se comunicar com adolescentes, lembre-se:

  1. Comece a conversa num tom amistoso.

  2. Demonstre interesse genuíno.

  3. O nome do adolescente é a palavra que mais o aproxima.

  4. Comece o diálogo por temas de concordância mútua.

  5. Converse de igual para igual.

  6. Mantenha a iniciativa do diálogo.

  7. Saiba ver o mundo pelos olhos do adolescente.


Para que serve uma criança?

É estranho observar as relações entre pais e filhos hoje. Para muitos jovens pais, o filho é apenas um atributo da vida familiar: marido, esposa, criança — tudo “como deve ser”.
Mas o que é uma criança?
Uma fonte de problemas? Um manancial de alegria?
Por que ela veio ao mundo? Para o calor e a alegria? Para as ofensas e irritações? Para realizar as esperanças dos pais? Ou para continuar a vida na Terra?

Onde está seu filho?
No aconchego? Numa família amorosa? Num “instituto”?
Há espaço para ele em sua alma, em sua vida, em seu dia?
Quem está com a criança durante todo o dia, toda a infância — familiares ou pessoas ocasionais?

Responda a si mesmo — e saberá quem seu filho será quando adulto.

A infância é curta.
Os pais mal têm tempo de olhar e compreender seus filhos — e eles já estão indo embora a passos largos.
Tudo o que puderam levar para a vida, já levaram, sem saber.
E os pais também não sabem o que ficou gravado na película sensível do subconsciente — que conto infantil se tornará o roteiro da vida.

O amor incondicional dos que o cercam — é o que faz o ser humano maduro.
A fé dos que o amam — dá-lhe força até o fim da vida.
A alegria de uma infância feliz — ilumina e aquece até a velhice.

Amor, fé e alegria — são o ambiente educativo em que crescem as boas pessoas.
E você, o que pensa?


(Tradução integral e fiel da estrutura original. Texto completo mantido conforme o conteúdo da página em russo.)