Ao trabalhar com Elasticsearch, a manipulação de dados, incluindo a exclusão de documentos, é uma parte crucial do processo. Quando precisamos excluir um documento de um índice, o Elasticsearch oferece uma maneira eficiente de realizar essa operação, levando em consideração o desempenho e a integridade dos dados. A exclusão de um único documento ou múltiplos documentos pode ser feita de maneira simples, mas é importante entender o funcionamento por trás dessas operações.
Para deletar um documento específico, o primeiro passo é recuperar o ID do documento. Esse ID é geralmente obtido por meio de uma consulta de pesquisa, que retorna uma lista de documentos no índice. A partir dessa lista, identificamos o documento que desejamos excluir e registramos seu ID. Uma vez que o ID é conhecido, a exclusão pode ser realizada utilizando a API de exclusão do Elasticsearch.
O processo começa com o seguinte código em Python, que é projetado para ler o ID do documento a ser deletado a partir de um arquivo temporário:
Depois de obter o ID, podemos verificar se o documento existe no índice e, em seguida, proceder com a exclusão, utilizando o código:
Ao executar esse script, se o documento for deletado corretamente, a saída mostrará o status da operação. A exclusão, no entanto, não é imediatamente refletida no índice. No lugar disso, o documento é marcado como deletado. Esse comportamento é intencional e visa melhorar o desempenho do sistema.
O Elasticsearch, em vez de remover fisicamente os documentos excluídos de forma imediata, espera até que ocorra um processo de mesclagem durante as tarefas de otimização. Esse processo garante que a remoção física dos documentos seja feita de maneira controlada, sem causar reestruturações caras no índice. Esse mecanismo permite que o Elasticsearch trate as exclusões de maneira eficiente, minimizando o impacto nas operações em andamento.
Após a exclusão, é possível realizar uma nova busca no índice para verificar se o documento foi removido. O número de resultados retornados pela pesquisa deve ser zero, confirmando que a exclusão foi bem-sucedida.
No entanto, quando o objetivo é excluir múltiplos documentos de forma mais eficaz, o uso da API "Delete By Query" é a melhor abordagem. A vantagem desse método é que ele permite excluir documentos que atendem a critérios específicos, sem a necessidade de fornecer IDs individuais. Por exemplo, para excluir todos os filmes de um determinado gênero, basta executar uma consulta como a seguinte:
Esse tipo de exclusão é especialmente útil quando lidamos com grandes volumes de dados. Além disso, para melhorar ainda mais o desempenho ao excluir muitos documentos de uma vez, é recomendado usar o parâmetro "slices" no "Delete By Query". O parâmetro "slices" divide a tarefa de exclusão em operações menores e paralelizadas, o que não só melhora a eficiência da operação, mas também reduz a carga sobre o cluster. Esse método é uma prática recomendada para garantir que a exclusão em larga escala seja realizada de forma eficaz e sem sobrecarregar o sistema.
Porém, é importante lembrar que, antes de executar uma exclusão por consulta, o índice pode precisar ser reindexado, especialmente se os documentos excluídos forem posteriormente adicionados novamente. A reindexação garante que o índice esteja atualizado antes de realizar qualquer operação de exclusão em massa.
Além de deletar dados, o Elasticsearch oferece outra funcionalidade importante relacionada à análise de texto: os analisadores. Um analisador em Elasticsearch é uma ferramenta fundamental para o processamento de texto, como tokenização e normalização, antes que os dados sejam indexados. Ao configurar um analisador específico, é possível controlar como o texto será interpretado durante o processo de indexação, o que pode ser crucial para melhorar a relevância e a precisão das buscas.
Por exemplo, ao usar um analisador padrão combinado com um filtro de stopwords para o inglês, conseguimos garantir que palavras irrelevantes (como "o", "a", "de", etc.) sejam removidas antes de o texto ser indexado. Isso pode ser particularmente útil em cenários onde a precisão da pesquisa precisa ser aprimorada, evitando que termos comuns interfiram na relevância dos resultados.
Para configurar um analisador no Elasticsearch, o código Python começa com a criação de uma instância do cliente Elasticsearch, seguido pela definição das configurações do índice, incluindo o analisador:
Com essas configurações, um novo índice é criado com o analisador específico, e ao indexar texto, ele será processado de acordo com as regras definidas. O Elasticsearch fornece várias opções de analisadores prontos, dependendo das necessidades do caso de uso, incluindo analisadores específicos para diferentes idiomas.
A utilização de analisadores pode ser testada por meio do endpoint _analyze, permitindo verificar como o texto será processado antes de ser indexado:
Esse tipo de configuração e análise é fundamental para garantir que a indexação e a pesquisa no Elasticsearch sejam feitas de forma eficiente e com alta relevância para os usuários finais. Além disso, com o uso adequado de analisadores, é possível ajustar e personalizar a forma como o texto é tratado, resultando em um sistema de busca mais preciso e alinhado com as necessidades do negócio.
Como Definir e Gerenciar Privilégios de Acesso no Elastic Stack
No Elastic Stack, a gestão de privilégios de acesso é um aspecto fundamental para garantir que os usuários e sistemas possam acessar apenas os dados e funções que são necessários para suas tarefas, mantendo a segurança e a conformidade dos dados. A configuração de privilégios é feita por meio da definição de diferentes tipos de papéis (roles), que podem ser atribuídos aos usuários com base nas necessidades específicas de suas atividades. Esses papéis são compostos por uma combinação de privilégios que determinam o nível de acesso e as permissões concedidas dentro do Elasticsearch, Kibana e outros componentes do Elastic Stack.
Existem diferentes categorias de privilégios que podem ser configuradas para gerenciar a segurança e o acesso. Os privilégios de cluster, por exemplo, são aqueles que permitem que os usuários gerenciem operações em nível de cluster, como monitoramento da saúde e desempenho, gerenciamento de usuários e funções, e execução de tarefas administrativas. Já os privilégios de índice controlam o que um usuário pode fazer em índices específicos, como leitura e escrita de dados ou gerenciamento de configurações de índices.
Além disso, existem privilégios específicos do Kibana, como o acesso a espaços no Kibana (Kibana spaces), onde os usuários podem criar e gerenciar dashboards e visualizações, bem como utilizar ferramentas de desenvolvimento. A segurança avançada no Elastic Stack também permite configurações mais granulares, como restrições em documentos, campos e sub-recursos, o que proporciona um controle detalhado sobre o que os usuários podem visualizar e modificar em nível de dados.
A gestão de papéis no Elastic Stack pode ser feita de forma simples, utilizando a interface gráfica do Kibana, ou por meio da API de gerenciamento de papéis do Kibana. O uso de papéis no Kibana facilita a criação de funções específicas para os usuários, garantindo que cada um tenha apenas o acesso necessário para realizar suas atividades.
No entanto, em situações onde o Kibana não é utilizado diretamente, como em aplicativos de busca ou sistemas de terceiros que utilizam o Elasticsearch como repositório de dados, pode ser necessário definir papéis específicos para o Elasticsearch. Esses papéis são criados diretamente pela interface do Elasticsearch, sem a necessidade de permissões do Kibana, e podem ser gerenciados também pela API dedicada de gerenciamento de papéis do Elasticsearch.
Ao criar papéis personalizados, o administrador pode definir um conjunto preciso de privilégios para cada usuário. Por exemplo, ao definir papéis com privilégios de acesso a índices específicos ou a espaços do Kibana, é possível controlar o acesso a dados sensíveis e garantir que os usuários vejam apenas as informações relevantes para suas funções.
A granularidade de acesso no Elastic Stack pode ser estendida para configurações ainda mais finas, como a segurança em nível de campo e em nível de documento. A segurança em nível de campo permite que o administrador defina quais campos de um documento um usuário pode acessar, ocultando ou mostrando informações específicas, conforme necessário. Esse nível de controle é útil, por exemplo, quando se deseja garantir que certos dados, como números de identificação pessoal, não sejam expostos para usuários que não possuem a permissão adequada.
A segurança em nível de documento, por outro lado, permite restringir o acesso a documentos específicos dentro de um índice. Essa funcionalidade é especialmente útil quando se quer garantir que um usuário só tenha acesso a documentos que atendem a certos critérios, como registros de logs de um determinado serviço ou informações relacionadas a um grupo específico de dados.
Esses mecanismos de segurança avançada podem ser configurados tanto através da interface gráfica do Kibana quanto por meio da API do Elasticsearch. A segurança em nível de campo e documento permite uma flexibilidade considerável na definição de papéis, proporcionando uma proteção adicional para dados sensíveis ou críticos.
No exemplo de um caso real, se um usuário tem o papel "cookbook_business_reader", ele pode ter acesso apenas a certos campos de um índice, com campos como "insee" sendo restritos. Quando um administrador configura a segurança em nível de campo para excluir certos campos, esses campos não serão visíveis nas visualizações, nos resultados de pesquisa ou em outros lugares dentro do Kibana. Por outro lado, se o objetivo é restringir o acesso a documentos específicos dentro de um índice, como logs relacionados a um determinado ambiente Kubernetes, a segurança em nível de documento pode ser aplicada para garantir que apenas registros relevantes sejam acessados pelo usuário.
Além disso, as permissões de acesso em nível de campo e documento podem ser ajustadas conforme a necessidade de diferentes papéis dentro da organização. Por exemplo, um papel de "business_reader" pode ter acesso apenas a registros de vendas ou financeiros, enquanto um papel de "observability_reader" pode ter acesso apenas a logs de sistema ou eventos de monitoramento, dependendo das regras de segurança definidas.
Esses controles de acesso são uma parte crucial para garantir que o Elastic Stack seja utilizado de maneira segura e eficiente, especialmente em ambientes corporativos, onde o gerenciamento de dados sensíveis é uma prioridade.
A importância de um bom gerenciamento de privilégios no Elastic Stack não pode ser subestimada. A configuração correta de papéis e privilégios garante que os dados sejam acessados e manipulados apenas por usuários com as permissões necessárias, minimizando o risco de exposições indesejadas ou alterações não autorizadas. Quando combinada com práticas de monitoramento e auditoria adequadas, essa abordagem proporciona uma solução robusta para a segurança dos dados dentro do Elastic Stack.

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