A função h(r)i,j,k(x,y,t)h(r)_{i,j,k}(x, y, t), embora definida como uma acumulação de infinitas funções convexas, pode ser expressa de maneira equivalente como uma função polinomial à medida que LL tende ao infinito. Esse comportamento é demonstrado por meio de uma formulação que aproxima a função h(r)i,j,k(x,y,t)h(r)_{i,j,k}(x, y, t) como um polinômio de variáveis discretas, cujos coeficientes são obtidos por integração. A introdução de uma variável z=l/Lz = l/L, onde z[0,1]z \in [0, 1], permite expressar as variáveis de forma simplificada, como A(r)i,j,k(z)A(r)_{i,j,k}(z) e B(r)i,j,k(z)B(r)_{i,j,k}(z), o que facilita a modelagem do problema e a análise da trajetória.

Com esse modelo simplificado, os fatores que representam as distâncias entre os pontos da trajetória, como di,jd_{i,j}, são levados em consideração. Estes fatores são funções convexas de (x,y)(x, y), o que significa que uma aproximação adicional é necessária para resolver o problema de forma eficaz. O uso da desigualdade entre as médias aritmética e geométrica proporciona uma simplificação adicional, permitindo obter uma representação precisa da função h(r)i,j,k(x,y,t)h(r)_{i,j,k}(x, y, t), o que facilita o cálculo de uma solução eficiente para o problema de otimização.

A implementação de métodos de diferenciação, como o uso de 1/L1/L, permite aproximar funções convexas de forma eficiente, e as condições de otimização tornam-se mais fáceis de serem resolvidas. O foco do modelo está em garantir que as funções resultantes sejam concavas em relação às variáveis de interesse, como (x,y,t)(x, y, t), o que possibilita o uso de métodos de programação convexa para encontrar soluções aproximadas para o problema de otimização. Assim, o problema P3P3 pode ser substituído por um problema convexo P4P4, que se resolve de forma eficiente utilizando técnicas de sub-gradiente, como o método do elipsoide.

Esse método iterativo, ao longo das iterações, ajusta as variáveis de controle x(r),y(r),t(r)x(r), y(r), t(r) para maximizar a energia colhida enquanto mantém as restrições de viabilidade. Ao incorporar uma aproximação concava da energia colhida, o problema se torna convexamente resolvível. Cada iteração gera um novo ponto local que reflete uma solução melhorada para o problema de trajetória de UAV, com a função objetivo sendo ajustada a cada passo.

Além disso, uma avaliação numérica dos algoritmos propostos revela que a solução iterativa com uma aproximação concava é capaz de superar várias abordagens benchmark, como a SHF linear e a SHF ingênua, ao otimizar a transferência de energia para múltiplos dispositivos. A comparação com o limite superior mostra que a abordagem proposta alcança resultados próximos ao ótimo sem violar as restrições de velocidade do UAV. A incorporação do modelo não linear de colheita de energia revela-se crucial para melhorar o desempenho, especialmente em cenários com longas durações de carregamento e limites de velocidade mais altos para o UAV.

Por fim, a comparação com métodos como o SCP (programação convexa sucessiva) demonstra a vantagem do uso de pontos de virada na trajetória, que ajudam a equilibrar a resolução da trajetória com a eficiência computacional. O SHF proposto, ao mesmo tempo que reduz o custo computacional em comparação com o SCP, mantém um desempenho próximo ao ótimo, o que o torna uma escolha eficiente para problemas práticos de otimização de trajetória de UAV.

É importante entender que, além dos resultados matemáticos, a modelagem e otimização de trajetórias de UAV para transferência de energia sem fio em múltiplos usuários não se restringem à simples implementação de um algoritmo. A complexidade do cenário envolve uma série de variáveis que devem ser cuidadosamente ajustadas para garantir a viabilidade do sistema, levando em conta limitações físicas como a velocidade do UAV, a capacidade de colheita de energia dos dispositivos e as condições ambientais. Além disso, o ajuste fino das aproximações utilizadas na modelagem matemática é essencial para a precisão dos resultados, já que as simplificações podem afetar a performance real do sistema em casos práticos.

Como a Otimização da Trajetória de UAV e a Orientação de Antenas Direcionais Afetam a Eficiência de Colheita de Energia

A otimização da trajetória de um UAV (Veículo Aéreo Não Tripulado) e da orientação das antenas direcionais é um campo essencial para melhorar a eficiência na colheita de energia, especialmente em cenários envolvendo redes de sensores sem fio (SNs). Em um ambiente em que a energia é um recurso limitado, a capacidade de maximizar a energia colhida a partir de fontes externas, como energia solar ou a partir de um UAV em movimento, se torna um fator crucial para o sucesso operacional dos dispositivos conectados à rede.

Para entender melhor como isso ocorre, consideramos a análise de uma função que depende das variáveis dk[n]d_k[n] e μ[n]\mu[n], que representam, respectivamente, a distância entre os sensores e o UAV e a eficiência de colheita de energia dos sensores em diferentes pontos da trajetória. Esta função h(r)1,k,n(dk[n])h(r)_{1,k,n}(d_k[n]), que está relacionada à colheita de energia, exibe uma convexidade no que tange a variável dk[n]d_k[n], mas não mantém essa propriedade quando analisamos x[n]x[n] e y[n]y[n] simultaneamente. Esta falta de convexidade conjunta é um obstáculo para a otimização direta e exige uma abordagem mais cuidadosa para encontrar uma solução eficiente.

O próximo passo é reformatar a função h(r)1,k,n(dk[n])h(r)_{1,k,n}(d_k[n]), para que se torne mais manipulável dentro dos modelos matemáticos que permitem a otimização. Ao considerar uma variável γ\gamma, que é definida como a distância quadrada entre o ponto de colheita e os pontos de orientação das antenas, conseguimos manipular as equações de maneira a permitir a análise mais precisa das funções h(r)1,k,n(dk[n])h(r)_{1,k,n}(d_k[n]) e h(r)2,k,n(μ[n])h(r)_{2,k,n}(\mu[n]), que representam as distâncias e as eficiências de colheita, respectivamente. A manipulação dessas equações permite uma avaliação mais exata da energia gerada, o que é fundamental para a otimização do sistema.

A análise de convicção, como visto nas equações 9.38 e 9.39, nos ajuda a identificar em quais condições a função de colheita de energia será convexa ou côncava. Quando o termo C(r)2,k,nC(r)_{2,k,n} for positivo, temos uma função convexa em relação às variáveis x[n]x[n] e y[n]y[n]. Isso significa que podemos aplicar um modelo de otimização baseado em uma aproximação convexa para a colheita de energia. Por outro lado, quando C(r)2,k,nC(r)_{2,k,n} é negativo, o modelo se torna côncavo, e a abordagem de otimização deve ser ajustada para garantir que as soluções ainda sejam viáveis e eficientes.

O uso de aproximações convexas permite que a questão de otimizar a trajetória do UAV e a orientação das antenas direcionais seja resolvida por métodos de otimização convexa, como o uso de algoritmos iterativos. Durante o processo iterativo, a solução local de cada iteração oferece uma aproximação mais precisa da energia colhida, levando a melhorias contínuas na eficiência do sistema. Essa abordagem permite uma solução progressiva para o problema de maximizar a energia colhida, enquanto mantém a viabilidade do sistema em todas as etapas do processo.

Ao resolver o problema de otimização usando essas aproximações, o sistema atinge um ponto de convergência que garante uma solução subótima, mas eficaz. Essa solução final determina tanto a trajetória ótima do UAV quanto a orientação das antenas direcionais de forma conjunta, maximizando a eficiência na colheita de energia para os sensores na rede.

É importante destacar que a solução final será obtida após um número limitado de iterações, após o qual as melhorias na colheita de energia tornam-se cada vez mais marginais. Embora a solução nunca seja ideal, ela será suficientemente eficiente para garantir que a rede de sensores funcione de maneira eficaz dentro dos limites impostos pelas condições do ambiente e pelas capacidades de otimização do sistema.

Ao seguir o algoritmo iterativo proposto, a eficiência de colheita de energia pode ser maximizada, resultando em uma melhor performance geral do sistema. Entretanto, é crucial que o processo de otimização seja adaptado às condições do ambiente real, onde fatores como a densidade de sensores, a variabilidade do ambiente de transmissão e as limitações dos próprios UAVs podem influenciar significativamente os resultados.

Como a Alocação de Potência Adaptativa e a Estratégia de Trajetórias Otimizadas Impactam a Eficiência da Transferência de Energia em Redes Multi-UAV

Em redes de transferência de energia sem fio (WPT) assistidas por múltiplos UAVs, um dos desafios cruciais está na alocação eficiente de recursos para maximizar a energia coletada pelos dispositivos de destino (GDs). A proposta de um modelo de colheita de energia não linear (EH) permite que os UAVs ajustem dinamicamente os níveis de potência de transmissão de acordo com a sua distância dos GDs. Esta adaptação é essencial para otimizar a eficiência do processo de transferência de energia.

Quando se compara o desempenho de dois esquemas multi-UAV (com EH linear e não linear), o modelo não linear se destaca. Nele, os UAVs podem reduzir a potência de transmissão quando estão distantes dos GDs, economizando energia, e aumentar a potência quando se aproximam dos GDs, garantindo uma maior transferência de energia. Este comportamento adaptativo assegura que a energia seja utilizada de maneira mais eficaz, o que resulta em um melhor desempenho geral da rede. Em contraste, o esquema linear de EH não possui controle tão refinado, o que leva a um uso subótimo da potência e, consequentemente, a um desempenho inferior.

Outro aspecto importante observado no modelo de EH não linear é a eficiência de utilizar múltiplos UAVs de forma coordenada. O uso de um único UAV para cobrir vários GDs, embora viável, apresenta limitações notáveis. A trajetória de voo de um único UAV, ao tentar cobrir uma área maior e visitar os GDs sequencialmente, leva a perdas de caminho mais elevadas e, consequentemente, a uma redução da energia colhida. Mesmo com ajustes na potência de transmissão, um único UAV não consegue manter o mesmo nível de eficiência que o sistema de múltiplos UAVs coordenados. A limitação de alcance espacial e a maior distância entre o UAV e os GDs tornam esse modelo menos eficiente.

No entanto, quando há coordenação entre vários UAVs, a capacidade de cobrir a área de forma mais eficiente aumenta significativamente. Cada UAV pode ser alocado estrategicamente para garantir que a transferência de energia seja feita de maneira mais otimizada, reduzindo perdas e garantindo que os GDs recebam a energia de forma mais constante e eficiente. Isso é particularmente evidente quando comparamos a alocação de recursos em diferentes cenários, incluindo a transferência com um único UAV versus múltiplos UAVs, e a aplicação de esquemas de EH não linear versus linear.

A otimização das trajetórias dos UAVs é, portanto, uma das chaves para melhorar a eficiência da colheita de energia. A trajetória deve ser projetada de maneira a minimizar as perdas de caminho e a maximizar a proximidade dos UAVs aos GDs nos momentos em que a energia está sendo transferida. Em sistemas de múltiplos UAVs, é possível realizar ajustes dinâmicos durante a operação, o que torna o sistema mais flexível e adaptável às condições variáveis do ambiente. No entanto, isso requer um controle preciso da alocação de potência e das trajetórias para garantir que os UAVs não apenas cubram toda a área necessária, mas também minimizem as perdas energéticas durante o processo de transferência.

Além disso, é importante considerar as limitações operacionais dos UAVs, como restrições de velocidade, protocolos de anti-colisão e orçamentos de potência. A eficácia do modelo proposto é comprovada por meio de simulações numéricas, que mostram que, ao utilizar múltiplos UAVs com um modelo de EH não linear, o sistema supera tanto as configurações de UAV único quanto aquelas que utilizam o modelo de EH linear. Esses resultados indicam a superioridade da proposta em termos de eficiência e desempenho geral.

Um aspecto fundamental, além das questões técnicas abordadas, é a compreensão do impacto das estratégias de alocação de potência e otimização de trajetórias em termos de viabilidade prática. A adaptação dinâmica dos UAVs à distância dos GDs, assim como a implementação de um controle eficiente sobre a alocação de potência, não apenas melhora a eficiência energética, mas também contribui para a sustentabilidade do sistema, reduzindo o consumo de energia de forma inteligente.