A alimentação desempenha um papel crucial na prevenção e no tratamento de doenças inflamatórias. O conceito de que a dieta pode afetar diretamente a inflamação no corpo humano tem sido amplamente discutido nos últimos tempos. A inflamação crônica, frequentemente associada a doenças como artrite, doenças cardíacas, e até mesmo certos tipos de câncer, pode ser significativamente atenuada através de escolhas alimentares adequadas.

O Dr. Cowden, por exemplo, aplica um protocolo de desintoxicação que inclui uma dieta vegetariana, sucos de vegetais combinados com alho e, em alguns casos, pimenta caiena, juntamente com saunas de baixa temperatura. Este método visa limpar o corpo de toxinas que danificam as paredes das artérias e promovem o acúmulo de placas arteriais. A dieta, rica em vegetais e pobre em alimentos processados e gorduras saturadas, ajuda a restaurar o equilíbrio e diminuir os danos causados pela inflamação.

De forma semelhante, o livro de Jack Challem, "The Inflammation Syndrome", descreve como a inflamação pode ser combatida com mudanças simples na alimentação. Muitos alimentos conhecidos, como trigo, milho, leite, produtos lácteos e carne vermelha, são fontes potenciais de alérgenos que contribuem para a inflamação no organismo. Certos alimentos, como os da família das solanáceas, que incluem batatas, tomates, berinjelas e pimentões, têm sido identificados como causadores de reações inflamatórias em muitas pessoas. A eliminação ou redução desses alimentos da dieta pode trazer alívio significativo, especialmente para quem sofre de condições inflamatórias crônicas.

Esses alérgenos alimentares, como a caseína (presente no leite) e o glúten (encontrado em muitos grãos), são conhecidos por desencadear uma cascata inflamatória no corpo. Além disso, alguns aditivos alimentares podem agravar ainda mais essas reações. Estudos científicos acumulados desde 1911 mostram que dietas específicas podem induzir remissões de inflamações crônicas, substanciando a teoria de que o que comemos tem um impacto direto no grau de inflamação presente em nosso corpo.

A ingestão de óleos saudáveis, como os encontrados no azeite de oliva extra virgem, no óleo de linhaça e nos peixes de águas frias, como atum, salmão e sardinha, também tem um efeito anti-inflamatório comprovado. Além disso, o ácido gama-linolênico (GLA), presente no óleo de prímula, óleo de borragem e óleo de groselha preta, é outra substância que auxilia na redução da inflamação.

Outro ponto importante é a escolha consciente de alimentos e gorduras. Eliminar gorduras animais e vegetais prejudiciais, como óleos refinados e frituras, pode ter um impacto positivo na redução da inflamação. Além disso, ao consumir alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, verduras folhosas e legumes coloridos, é possível fortalecer as defesas naturais do corpo contra os processos inflamatórios.

As dietas tradicionais que evitam alimentos refinados e aditivos químicos apresentam uma incidência muito menor de doenças inflamatórias. As populações que seguem esses padrões alimentares, mais "primitivos", têm taxas muito mais baixas de doenças como artrite reumatoide e doenças cardíacas, em comparação com aquelas que consomem dietas ocidentais ricas em açúcares refinados e gorduras saturadas.

Portanto, é essencial adotar uma alimentação rica em vegetais cozidos, azeite de oliva, frutas frescas, grãos inteiros e carboidratos não refinados. A redução do consumo de açúcar, gorduras saturadas, carnes vermelhas e carboidratos refinados tem um impacto direto na saúde geral do corpo, ajudando a manter a inflamação sob controle.

A seguir, uma lista de alimentos a serem evitados e alimentos a serem consumidos para ajudar na diminuição da inflamação:

Alimentos a Evitar:

  • Açúcar

  • Adoçantes artificiais

  • Alimentos processados

  • Comidas de fast food

  • Carne vermelha

  • Carne de porco

  • Pães e massas refinadas

  • Alimentos congelados e enlatados

Alimentos a Consumir:

  • Peixes como salmão selvagem e outros peixes oleosos

  • Nozes e sementes, como nozes, linhaça e abóbora

  • Azeite de oliva e óleo de canola

  • Soja

  • Frutas, especialmente morangos e mirtilos

  • Legumes, especialmente vegetais de folhas verdes

  • Aveia e outros grãos integrais

  • Água

O azeite de oliva, em particular, é um excelente combatente contra a inflamação devido à sua riqueza em vitamina E e compostos polifenólicos, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Além disso, a ingestão de pelo menos cinco porções diárias de frutas e vegetais é essencial, já que os pigmentos em frutas e vegetais coloridos contêm fitoquímicos poderosos com ação anti-inflamatória.

Com base nos princípios de uma dieta anti-inflamatória, é possível não apenas controlar, mas também prevenir condições inflamatórias crônicas. Comer alimentos ricos em antioxidantes, fibras e ácidos graxos essenciais pode transformar a saúde, promovendo um corpo mais saudável e equilibrado.

Quais tratamentos alternativos podem ser eficazes no tratamento de doenças cardiovasculares e derrames?

O uso de lasers de baixa energia (luz laser vermelha a infravermelha de 20 miliwatts) tem se mostrado promissor no tratamento de paralisias decorrentes de derrames. De acordo com a Dra. Naeser, dos seis pacientes tratados, cinco mostraram melhoras significativas, especialmente aqueles com paralisias de leve a moderada. Curiosamente, os benefícios foram observados mesmo quando os tratamentos começaram três ou quatro anos após o derrame. Essa abordagem, ao atuar sobre os nervos afetados, estimula a regeneração celular e pode ajudar a recuperar a função motora em casos que antes eram considerados irreversíveis.

Além disso, o especialista em tratamentos alternativos David A. Steenblock, M.S., D.O., de Mission Viejo, na Califórnia, propõe uma série de recomendações para a prevenção de derrames, baseadas em hábitos de vida saudáveis. O abandono do fumo e do consumo excessivo de álcool, a evitação de substâncias como anfetaminas e cocaína, e a monitoração regular da pressão arterial são algumas das orientações fundamentais. Ele também destaca a importância do exercício diário, de uma alimentação rica em vegetais frescos e com baixo teor de gordura e açúcar, e a necessidade de suplementação com magnésio, cálcio, vitaminas E e C, além de bioflavonoides. Para mulheres com mais de 35 anos, ele recomenda evitar o uso de anticoncepcionais, que podem aumentar o risco de complicações cardiovasculares.

Outro método alternativo que tem atraído atenção é a terapia de quelação, que oferece uma alternativa significativa a procedimentos invasivos como cirurgias de revascularização coronária. A quelação usa agentes como o EDTA (ácido etilenodiaminotetraacético) para remover depósitos de cálcio nas artérias, um processo que tem mostrado aliviar os sintomas da angina e prevenir infartos e derrames. Dr. Norman Clarke, M.D., foi um dos pioneiros ao sugerir que a quelação poderia remover o cálcio não só de tubos e caldeiras, mas também das artérias humanas. Estudo após estudo tem confirmado sua eficácia, com resultados positivos significativos em pacientes que sofreram de doenças arteriais obstrutivas.

Pesquisas realizadas em 1988, envolvendo 2.870 pacientes, documentaram melhorias substanciais em 93,9% dos casos tratados com quelação de EDTA. A terapia pode ser administrada por via intravenosa, com o tratamento sendo realizado várias vezes por semana ao longo de dois a três meses. Uma das principais vantagens dessa terapia é que ela não apresentou efeitos colaterais graves, conforme indicado por estudos e praticantes ao longo dos anos. O Dr. Elmer Cranton, M.D., estimou que a quelação pode evitar até 85% das cirurgias de revascularização, proporcionando uma alternativa menos invasiva e potencialmente mais segura.

Além disso, a quelação intravenosa tem mostrado benefícios, mesmo em casos onde não há uma redução significativa da calcificação nas artérias coronárias. Isso ocorre porque a principal causa de derrames e infartos é o rompimento de placas arteriais vulneráveis e não calcificadas, que podem formar coágulos sanguíneos. O tratamento de quelação pode ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a oxigenação dos tecidos cardíacos, mesmo sem alterar substancialmente as placas calcificadas. O Dr. Gordon, por exemplo, desenvolveu um protocolo de quelação oral, que, embora não ofereça os mesmos benefícios de longo prazo que a terapia intravenosa, tem mostrado ajudar na prevenção de complicações cardiovasculares e permitir aos pacientes um nível mais elevado de atividade física.

Outra terapia alternativa que vem ganhando espaço é a terapia enzimática, com o uso de produtos como o Wobenzym-N, desenvolvido pela Mucos Company na Alemanha. Este suplemento enzimático não tem como objetivo digerir alimentos, mas sim atuar no sangue, tratando fatores inflamatórios que contribuem para doenças cardiovasculares e outras condições sérias, como níveis elevados de fibrinogênio e proteína C-reativa. Ao contrário dos medicamentos anti-inflamatórios convencionais, o Wobenzym-N não apresenta os efeitos colaterais comuns, como sangramentos gastrointestinais, que podem ser associados ao uso prolongado de aspirina ou AINEs.

Além das opções mencionadas, a terapia com oxigênio também tem mostrado resultados positivos. Estudo realizado na Baylor University revelou que a infusão de peróxido de hidrogênio nas artérias de pacientes com aterosclerose pode limpar placas arteriais, ajudando a restaurar a circulação. Essa abordagem pode ser útil especialmente para pacientes com problemas arteriais avançados, oferecendo uma forma adicional de tratamento para melhorar a saúde cardiovascular.

Em conclusão, há uma variedade de opções terapêuticas alternativas que têm se mostrado eficazes no tratamento de doenças cardiovasculares e derrames. A quelação, a terapia com lasers de baixa energia, a terapia enzimática e o uso de oxigênio têm mostrado benefícios tanto na prevenção quanto no tratamento dessas condições. Ao contrário do que muitos podem pensar, a medicina alternativa oferece soluções promissoras e complementares que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir a dependência de métodos invasivos e com riscos elevados.