Analisar o montante total de gastos de campanha das empresas sem considerar o contexto específico de cada estado pode ser enganoso, especialmente ao comparar estados como Nova York e New Hampshire, onde o custo das campanhas legislativas estaduais difere drasticamente. Em estados onde as campanhas são mais caras, como Nova York, espera-se naturalmente uma maior contribuição de empresas e outros grupos de interesse. Essa medida, que compara o poder dos negócios ao do setor trabalhista, também incorpora implicitamente as variações nas regras de financiamento de campanha entre os estados.

No entanto, a suposição de que estados dominados por contribuições empresariais privadas apresentariam maior incidência de projetos de lei do ALEC não se confirma nos dados analisados. Observa-se, ao contrário, uma tendência inversa: estados onde o setor empresarial domina as doações eleitorais tendem a depender menos dos projetos do ALEC, especialmente dos que foram efetivamente aprovados. Isso pode indicar que, em contextos onde os negócios enfrentam maiores ameaças políticas, eles optam por investir mais diretamente nas eleições e nas batalhas políticas públicas, ao invés de atuar de forma velada por meio do ALEC. Além disso, é possível que o maior investimento empresarial em campanhas ocorra em estados com maior capacidade legislativa, onde a dinâmica política é diferente.

Além da influência do financiamento empresarial, a experiência e o papel dos líderes legislativos são fatores cruciais para o sucesso do ALEC. Embora legisladores mais inexperientes tendam a utilizar os projetos do ALEC com maior frequência, a organização não depende exclusivamente dos novatos para expandir sua influência. Os líderes legislativos seniores — caucus leaders, whips, líderes de maioria e minoria — desempenham papel fundamental na captação de novos membros para o ALEC e na consolidação da agenda da organização. Muitos desses líderes atuam como “cabeças de ponte”, incentivando recém-eleitos a aderirem ao grupo, convidando-os para reuniões e orientações oferecidas pelo ALEC.

A estratégia de recrutar líderes respeitados para cargos de chefia, desenvolvida inicialmente por Sam Brunelli, continua eficaz. Estados onde o ALEC conseguiu instalar um maior número de líderes estaduais em posições influentes apresentam níveis mais elevados de dependência dos projetos do ALEC, independentemente da orientação ideológica ou filiação partidária dos legisladores. Essa rede de líderes seniores não apenas promove a adesão, mas também é vital para a implementação de iniciativas legislativas mais ambiciosas.

Exemplos notórios dessa dinâmica são as batalhas contra os direitos sindicais no setor público em Wisconsin (2011) e Iowa (2017). Nessas ocasiões, o ALEC contou não só com o apoio dos legisladores novatos, mas também com líderes do partido e governadores que mantinham laços estreitos com o grupo. Scott Walker, governador de Wisconsin, foi um participante ativo do ALEC antes de assumir o cargo, patrocinando projetos de lei que visavam restringir direitos sindicais e privatizar serviços públicos. Ele reconheceu abertamente a importância do ALEC não apenas na oferta de modelos legislativos, mas também na produção de relatórios e dados que fundamentaram politicamente essas reformas.

Na mesma linha, líderes como Scott Fitzgerald e seu irmão Jeff, ambos com longa trajetória no ALEC, foram essenciais para a aprovação dessas propostas controversas, enfrentando resistência significativa de sindicatos e movimentos liberais. Em Iowa, o governador Terry Branstad, o líder da maioria Bill Dix e a presidente da câmara baixa Linda Upmeyer — esta última membro do conselho nacional do ALEC — formaram uma coalizão de liderança forte que foi determinante para a aprovação das medidas contra os sindicatos públicos, apesar da forte oposição.

Esses exemplos evidenciam que a aprovação de projetos do ALEC requer o apoio de toda a estrutura partidária republicana, incluindo figuras com ambições políticas e capacidade de mobilização dentro das instituições legislativas. A simples adesão de novatos não seria suficiente para superar a resistência pública e institucional que propostas como essas enfrentam.

É importante compreender que a dinâmica da influência do ALEC nos estados americanos vai muito além do financiamento empresarial direto e das contribuições eleitorais. A interação complexa entre a experiência legislativa, o papel dos líderes partidários e a capacidade organizacional do ALEC de formar redes internas é fundamental para entender como certas propostas ganham força e são efetivamente aprovadas. O cenário político estadual é multifacetado, e as estratégias de grupos como o ALEC adaptam-se a essas especificidades para maximizar sua eficácia.

Além disso, a relação inversa entre o domínio empresarial nas doações eleitorais e a dependência do ALEC sugere que o poder econômico nem sempre atua nos bastidores apenas por meio de organizações como essa. Em estados onde o ambiente político é mais conflituoso, as empresas preferem investir diretamente em campanhas e disputas eleitorais, o que revela diferentes estratégias de atuação política conforme o contexto local.

Como a Troika Direitista Influencia a Política Estadual e as Divisões com os Interesses Empresariais

A atuação da Troika Direitista, formada pelo ALEC (American Legislative Exchange Council), SPN (State Policy Network) e AFP (Americans for Prosperity), revela um padrão claro de como essas organizações influenciam políticas em nível estadual nos Estados Unidos, com um impacto significativo nos processos legislativos e na maneira como o governo interage com o setor privado. Ao examinar exemplos específicos, como a expansão do Medicaid e as divisões que surgem entre grupos empresariais tradicionais e os ativistas da Troika, podemos entender melhor o papel dessas entidades e seus interesses políticos.

A expansão do Medicaid, como parte da Lei de Cuidados Acessíveis (Affordable Care Act), oferece um exemplo paradigmático de onde as prioridades da Troika se distanciam das de muitas empresas tradicionais, especialmente aquelas representadas pelas Câmaras de Comércio Estaduais. Em estados onde a Câmara de Comércio não se opôs diretamente à expansão do Medicaid e manteve uma estrutura dedicada à saúde, quase 90% dos estados acabaram adotando a expansão do programa. Por outro lado, em estados onde a Câmara se manteve neutra ou contrária, a implementação foi significativamente menor. Essa evidência sugere que, quando as Câmaras de Comércio, com sua perspectiva mais pragmática, apoiam a expansão, os estados tendem a avançar com o programa. Em contraste, a Troika, que compartilha um compromisso ideológico com a redução do tamanho do governo, se opôs frontalmente, destacando a divergência entre a agenda política conservadora e os interesses mais pragmáticos de muitas empresas.

A questão central aqui não é apenas a oposição à expansão do Medicaid, mas a visão ideológica de que a intervenção do governo, independentemente do benefício econômico, deve ser minimizada. Para muitas empresas, no entanto, a expansão do Medicaid foi vista como uma oportunidade estratégica, alinhando-se a iniciativas como o investimento em infraestrutura, pesquisa e educação – áreas em que o investimento público pode fortalecer, e não enfraquecer, as operações comerciais. A Troika, com seu foco em uma agenda libertária, não compartilha dessa visão, privilegiando a diminuição de gastos públicos e a diminuição do envolvimento do governo na economia.

Ao investigar mais a fundo a relação entre a Troika e as Câmaras de Comércio, um estudo sobre o estado de Wisconsin oferece uma visão interessante. Entre 2005 e 2017, a Câmara de Comércio de Wisconsin e a AFP compartilharam posições em quase metade das propostas legislativas. Em grande parte dessas propostas, as duas entidades estavam alinhadas, com ambas apoiando reduções fiscais, enfraquecimento dos sindicatos e cortes em programas do setor público. No entanto, as divisões se tornaram evidentes em questões relacionadas a programas governamentais específicos, como educação, formação da força de trabalho e créditos fiscais para empresas. A AFP, que possui uma agenda ideológica mais rígida, demonstrou uma resistência significativa a essas iniciativas, enquanto a Câmara de Comércio, com seu foco mais pragmático, favoreceu essas políticas que podem beneficiar diretamente os negócios.

Essas tensões revelam como as organizações empresariais tradicionais, representadas pelas Câmaras de Comércio, podem, em certos casos, se opor à agenda da Troika, principalmente quando questões que envolvem gastos públicos e programas de bem-estar social estão em jogo. No entanto, é importante notar que, em muitos outros casos, a Troika e as grandes corporações encontram um terreno comum, especialmente em temas como regulamentações ambientais e do mercado de trabalho, onde o objetivo comum é minimizar o impacto do governo nos negócios.

Embora as divergências sobre políticas como a expansão do Medicaid sejam notáveis, elas não representam o padrão geral das interações entre a Troika e os interesses empresariais. A maioria das políticas defendidas pela Troika, como a redução de impostos e a eliminação de regulamentações ambientais e trabalhistas, tem o apoio das grandes corporações, já que estas buscam maximizar seus lucros em um ambiente de baixa interferência governamental. A divisão ocorre principalmente em áreas onde o governo desempenha um papel mais ativo, como na educação e nos programas de saúde, onde as preocupações com o custo público e os impactos a longo prazo se tornam mais evidentes.

Por fim, a crescente aliança entre ALEC, SPN e AFP não pode ser vista apenas como uma estratégia política voltada para interesses empresariais. Embora o ALEC, com sua forte base corporativa, e o AFP, com seu foco ideológico mais radical, compartilhem algumas prioridades, como a diminuição de impostos e a redução da regulamentação, as diferenças nas abordagens em questões sociais e de bem-estar público ressaltam as complexidades das políticas defendidas pela Troika. Enquanto a Troika busca minar a influência dos sindicatos do setor público e reduzir o alcance dos programas sociais, suas ações também têm um impacto duradouro na estrutura política e social dos estados, alterando permanentemente o equilíbrio de poder entre o setor privado e o governo.

Como o Investimento em Infraestruturas Políticas Locais Molda a Política nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a crescente influência de organizações conservadoras em nível estadual ilustra uma transformação significativa no cenário político. As estratégias adotadas por grupos como o American Legislative Exchange Council (ALEC), Americans for Prosperity (AFP) e State Policy Network (SPN) demonstram uma abordagem coordenada para expandir sua influência através de uma rede interligada de think tanks, grupos de pesquisa, e organizações de base. Esses grupos não se limitam a uma ação pontual em determinados estados, mas procuram estabelecer uma infraestrutura de longo prazo que garanta a implementação de políticas conservadoras em todo o território nacional.

Embora as discussões sobre preempção e a resistência de alguns estados, como a Carolina do Norte, mostrem como as cidades podem ser barradas de implementar legislações locais que protejam minorias ou melhorem as condições de trabalho, o poder crescente das organizações de direita evidencia um fenômeno mais profundo: uma estratégia de longo prazo que envolve a criação de uma rede de apoio capaz de influenciar o processo legislativo em múltiplos níveis. Em contraste, a esquerda tem se mostrado mais fragmentada em seus esforços de mobilização, frequentemente competindo por recursos escassos de doadores que, por muito tempo, priorizaram ações em nível federal em vez de investir em uma rede de mobilização sólida nos estados.

Essa falta de um investimento coordenado e consistente em esforços trans-estaduais tem sido uma das principais dificuldades enfrentadas pelos progressistas ao tentar formar uma rede que se contraponha à força organizada da direita. Durante anos, as fundações de esquerda foram relutantes em financiar iniciativas que envolvessem lobby ideológico em estados, o que permitiu aos conservadores consolidarem sua hegemonia sobre os processos legislativos locais e estaduais. A falta de apoio a esses movimentos trans-estaduais e a tendência da esquerda em duplicar esforços através de diversas iniciativas fragmentadas, como CPA, PLAN e PSN, resultaram em um emaranhado de pequenos projetos que não conseguiram competir com a capacidade massiva de organizações como o ALEC.

Além disso, os sindicatos, que poderiam ter oferecido uma base sólida de apoio financeiro para mobilizações à esquerda, estão em declínio acentuado. A ofensiva estratégica da direita contra os direitos dos trabalhadores, que inclui a implementação de políticas em estados chave, como as reformas que enfraqueceram os sindicatos públicos, tem afetado diretamente a capacidade dos progressistas de mobilizar recursos necessários para a construção de uma infraestrutura política competitiva. A perda de poder dos sindicatos tem criado um vácuo, deixando os progressistas em uma posição ainda mais vulnerável diante da crescente força das redes conservadoras.

O investimento nas infraestruturas estaduais é uma das estratégias-chave que as fundações conservadoras, como a Bradley Foundation, adotaram para expandir sua influência. A fundação, por exemplo, identificou que o melhor uso de seus recursos seria direcionado para o apoio de organizações com presença em múltiplos estados, como o ALEC e o AFP. A Bradley Foundation tem investido pesadamente em iniciativas como a Mackinac Center for Public Policy, o Goldwater Institute e a Foundation for Government Accountability, criando uma rede robusta que facilita o lobby coordenado entre os estados. Essas organizações possuem uma capacidade única de construir relações duradouras com legisladores, compartilhar recursos entre diferentes níveis de governo e influenciar políticas públicas com grande eficácia.

Por meio desse apoio estratégico, as organizações de direita não apenas influenciam as políticas dentro de um estado específico, mas conseguem criar uma presença nacional que é capaz de moldar a legislação de maneira coordenada e eficaz. Ao investir em think tanks e outras instituições políticas que operam de maneira interconectada, a direita criou um sistema robusto de mobilização política que tem moldado a agenda política dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos.

É importante compreender que a chave para o sucesso dessa estratégia reside na capacidade dessas organizações de estabelecer conexões duradouras com formuladores de políticas, além de desenvolver um sistema eficiente de coleta e análise de informações que possa ser usado para antecipar e reagir rapidamente às mudanças no cenário político. A coordenação entre organizações de base, think tanks e grupos de lobby permite que essas redes adaptem suas estratégias de forma flexível, ajustando-se rapidamente às dinâmicas políticas locais e nacionais.

Além disso, a resistência à mudança nas políticas públicas, especialmente em questões como a regulamentação ambiental e a saúde pública, tem sido exacerbada pela falta de uma oposição organizada e bem financiada em muitos estados. A esquerda, muitas vezes limitada pela fragmentação e pela falta de uma abordagem coordenada, ainda enfrenta enormes desafios para criar uma rede política capaz de rivalizar com a força da direita.

Portanto, é essencial que os progressistas compreendam a importância de construir uma infraestrutura política eficaz nos estados, utilizando uma combinação de recursos financeiros, apoio institucional e mobilização de base para criar uma presença política duradoura e coordenada. Somente com um esforço conjunto e bem coordenado em nível estadual será possível combater a crescente influência das organizações de direita e promover mudanças políticas substanciais em questões como justiça social, direitos dos trabalhadores e políticas ambientais.

A Influência da Troika e a Falha na Representação Política nos Estados Unidos

A falha na percepção que os legisladores têm das opiniões de seus eleitores não é apenas uma questão de desacordo casual, mas sim um reflexo de um problema estrutural mais profundo na política americana. Em um estudo recente, examinei como os legisladores estimam o apoio público a várias propostas políticas, incluindo o controle das emissões de dióxido de carbono por usinas de carvão e a concessão de status legal para crianças imigrantes que foram trazidas ilegalmente para os Estados Unidos, mas que se formaram no ensino médio. Para isso, utilizei dados de pesquisas de opinião pública em massa de 2016 para estimar a verdadeira proporção de pessoas nos distritos dos legisladores que apoiavam essas propostas e comparei a precisão das suposições dos legisladores com a opinião pública real.

Os resultados foram impressionantes: em média, os legisladores estavam errados em suas estimativas por 23 pontos percentuais, demonstrando uma discrepância significativa entre o que eles pensavam que seus eleitores queriam e o que os eleitores realmente desejavam. Em muitas questões políticas, os legisladores tendiam a superestimar o conservadorismo de seus eleitores, como foi o caso, por exemplo, das limitações sobre as emissões de usinas de carvão. Enquanto os legisladores acreditavam que menos de 50% dos seus eleitores apoiavam tais regulações ambientais, na realidade, 62% dos eleitores estavam a favor. A lacuna entre as percepções dos legisladores e as preferências dos eleitores foi ainda mais notável em questões como o controle de armas: enquanto os legisladores acreditavam que apenas 52% dos seus eleitores apoiavam verificações universais de antecedentes para vendas de armas, na prática, 85% dos eleitores estavam a favor dessa medida.

Essa discrepância pode ser parcialmente explicada pela relação estreita que muitos legisladores têm com grupos como ALEC (American Legislative Exchange Council), uma organização que promove políticas conservadoras. A análise revelou que quanto mais os legisladores afirmavam depender de ALEC para formular suas políticas, mais distantes estavam de entender as preferências reais de seus eleitores. Aqueles que relataram uma dependência frequente dessa organização estavam, em média, 10 pontos percentuais mais distantes da opinião real de seus constituintes do que os legisladores que não tinham qualquer relação com o grupo. Isso indica que organizações como ALEC podem estar contribuindo significativamente para a distorção da representação política nos Estados Unidos.

Outro fator que agrava esse problema é o enfraquecimento do movimento sindical, que historicamente tem sido uma voz crucial para os americanos de classe trabalhadora. ALEC, SPN (State Policy Network) e AFP (Americans for Prosperity) têm sido organizações-chave na promoção de políticas que minam o poder dos sindicatos, retirando uma voz importante da política americana. Embora as consequências econômicas da redução da influência sindical possam ser debatidas, é inegável que os sindicatos desempenham um papel vital na ampliação da representação política dos americanos de baixa renda.

Além disso, a falta de transparência nas relações entre os legisladores e os grupos de interesse, como ALEC, dificulta a responsabilização dos políticos. Muitas vezes, os legisladores recebem apoio e até mesmo ideias legislativas diretamente de ativistas, doadores e empresas ligadas a essas organizações, mas essa relação não é divulgada publicamente. Isso impede que os cidadãos saibam quem, de fato, está influenciando as decisões políticas que afetam diretamente suas vidas.

Por último, a crescente desigualdade de renda, riqueza e voz política nos Estados Unidos torna ainda mais alarmante o impacto da atuação desses grupos. O agravamento da desigualdade está em consonância com o aumento do poder das organizações da troika, que representam interesses privados e econômicos à custa do bem-estar da maioria da população.

A luta contra a captura dos estados por essas organizações exige reformas no sistema político. Algumas abordagens possíveis incluem restrições mais rígidas sobre os gastos políticos de empresas e doadores, aumento da capacidade legislativa dos estados, estratégias de pressão pública sobre empresas e doadores para interromper o apoio a grupos como ALEC, e, finalmente, a construção de organizações que se oponham a essas influências de maneira direta. Entre essas alternativas, as reformas sobre o financiamento de campanhas e a limitação dos gastos de empresas na política têm sido amplamente apoiadas, com um consenso crescente entre políticos de diferentes espectros ideológicos de que há dinheiro demais influenciando a política.

Porém, não se trata apenas de restringir o poder financeiro, mas também de reforçar a representação de grupos tradicionalmente marginalizados e de garantir maior transparência nas relações entre legisladores e grupos de interesse. A democracia, em sua essência, precisa ser mais inclusiva e aberta a todas as vozes, especialmente aquelas que não têm os recursos financeiros necessários para influenciar o processo político de forma direta. O fortalecimento da capacidade dos cidadãos de responsabilizar seus representantes e de saber de onde vem o apoio político é crucial para restaurar a confiança no sistema democrático e garantir que ele sirva a todos, e não apenas aos poucos privilegiados.