Como o Amortecimento Viscoso e a Elasticidade das Juntas Afetam a Regulação de Robôs
A análise do sistema dinâmico de robôs com elasticidade nas juntas revela uma série de complexidades associadas ao amortecimento viscoso e à influência das forças dissipativas. Quando as equações que modelam os comportamentos das juntas elásticas incluem amortecimento viscoso (representado pelo termo D em (11.5)), o sistema deixa de ser puramente algébrico, transformando-se em um problema dinâmico que requer a resolução de um sistema de equações diferenciais. Neste caso, a presença do amortecimento altera a estrutura dos cálculos, uma vez que reduz a ordem das derivadas de qd˙ envolvidas. Assim, a solução exige a aplicação de um modelo dinâmico simples, mas não trivial.
No modelo apresentado, a equação do link com a inclusão dos termos dissipativos é dada por:
Aqui, o termo θ˙d, que corresponde à velocidade do motor, aparece no lado direito da equação, exigindo a diferenciação da expressão para obter a equação final:
Dθ¨d+Kθ˙d=wd
Este sistema é um sistema dinâmico linear de primeira ordem, estável assintoticamente, onde wd é uma função que depende da trajetória do link qd(t) e suas derivadas. A solução dessa equação nos permite determinar o torque nominal que deve ser aplicado pelo motor, dado o estado inicial θ˙d(0). A chave aqui é que qualquer valor inicial de θ˙d(0) leva a um perfil de torque específico τd(t), que, por sua vez, gera o movimento do link desejado qd(t).
A partir dessa formulação, é possível ver que a trajetória do link qd(t) deve ser diferenciável em todas as suas ordens, incluindo uma aceleração bem comportada. Qualquer alteração na inicialização das dinâmicas internas, como começar de um estado de equilíbrio, resulta em uma escolha única para a velocidade inicial θ˙d(0), e o estado do motor θd(0) pode ser avaliado usando a equação (11.17).
A regulação do robô, especificamente quando se busca mover uma junta elástica para uma configuração desejada e constante, sem planejar uma trajetória, requer a definição de uma lei de controle que estabilize o sistema de maneira assintótica. Uma solução global seria preferível, pois funcionaria para qualquer estado inicial do sistema. O controle envolve o ajuste do torque necessário para atingir o equilíbrio de forma estável, levando em consideração os efeitos dissipativos das juntas.
Nos sistemas modernos, é comum que a medição da posição do motor e do link seja feita através de sensores de posição, como codificadores ópticos. No entanto, devido à elasticidade das juntas, o comportamento medido da posição do link (e, por consequência, da velocidade) pode ser influenciado pelo local onde o sensor está montado no conjunto motor/transmissão. A falta de sensores de velocidade e a dependência de medições de posição tornam o feedback de estado incompleto, limitando a eficácia do controle.
No caso de uma única junta elástica, um estudo simples pode ser feito usando um controlador PD que depende apenas das medições de posição do motor. Esse controlador é capaz de alcançar a regulação desejada, mesmo na presença de fricção e elasticidade nas juntas. A adição de compensações de gravidade ao controlador PD pode ser necessária quando a gravidade entra em cena, mas em um cenário sem gravidade, esse controlador PD sozinho é suficiente.
Em termos de modelagem dinâmica, a inclusão de fricção viscosa e outras forças dissipativas gera sistemas de equações diferenciais de alta ordem. Para analisar a resposta do sistema, usa-se a transformada de Laplace, que permite derivar funções de transferência que descrevem a relação entre o torque aplicado e as posições do motor e do link. O comportamento do sistema, como mostrado pelos diagramas de Bode, revela comportamentos típicos de ressonância e antirressonância, dependendo da força do amortecimento e das propriedades elásticas das juntas. Esses gráficos são úteis tanto para compreender as limitações do controle quanto para identificar os parâmetros do modelo do sistema.
Por fim, ao lidar com sistemas com elasticidade nas juntas, é fundamental entender que as equações de transferência envolvem um comportamento mais complexo do que o de sistemas com juntas rígidas. A presença de ressonâncias e o aumento da complexidade nas equações de controle exigem que o controle do sistema seja ajustado para lidar com essas não-linearidades e fenômenos dinâmicos adicionais.
Como as Matrizes de Rotação Definem a Orientação no Espaço
A matriz de rotação, em sua essência, é uma ferramenta matemática que descreve a transformação da orientação de um objeto no espaço tridimensional. Sua principal aplicação ocorre em diversas áreas da robótica, computação gráfica e engenharia, pois permite que as transformações geométricas sejam realizadas de maneira eficaz, preservando as propriedades dos objetos durante a rotação.
Uma matriz de rotação é uma matriz quadrada de ordem 3, que realiza uma transformação linear no espaço tridimensional. Quando aplicamos uma matriz de rotação sobre um vetor, o vetor é rotacionado, mas não sofre alterações de magnitude, mantendo a sua norma inalterada. A rotação é realizada em torno de um eixo, e o ângulo de rotação é determinado pela posição dos elementos da matriz. Em um contexto tridimensional, podemos realizar uma rotação em torno dos eixos x, y ou z, com cada tipo de rotação representado por uma matriz diferente.
As matrizes de rotação elementares, como as de rotação em torno de cada eixo coordenado, são fundamentais para a construção de rotinas mais complexas. Uma rotação em torno do eixo x pode ser representada pela matriz: