A detecção de anomalias é um conceito fundamental para compreender e melhorar a observabilidade de infraestruturas em ambientes modernos de TI. Com a transição de muitos sistemas legados para a nuvem, a forma como os administradores de sistemas lidam com os recursos mudou significativamente. No passado, os profissionais precisavam ter um profundo conhecimento sobre os recursos do sistema para gerenciá-los adequadamente, mas com a nuvem e os sistemas gerenciados, como os oferecidos pelos provedores de nuvem como Google e Microsoft, essa necessidade se reduziu. O gerenciamento de recursos é, muitas vezes, delegado aos provedores, e o conhecimento profundo dos sistemas locais se perde, uma vez que o fornecedor cuida de grande parte da infraestrutura. Isso levanta uma questão importante: como essa mudança afetará o futuro da administração de sistemas e a capacidade de detectar e corrigir falhas?
A detecção de anomalias vai além da simples monitoração de falhas de aplicativos. Quando um erro ocorre em uma aplicação, o processo comum é reverter para a versão anterior. No entanto, os erros de infraestrutura são frequentemente mais complexos e difíceis de diagnosticar, não sendo um erro no código, mas uma falha em um recurso do sistema, cujo código de erro muitas vezes não é claro. Além disso, a análise de logs, muitas vezes, não fornece sinais claros de onde está o problema. Em contrapartida, a observabilidade de aplicações é relativamente mais fácil de entender e monitorar, pois falhas nesses sistemas são detectadas por meio de objetivos de nível de serviço (SLO).
No entanto, na infraestrutura, os sinais são ambíguos, e determinar a falha em um recurso do sistema é uma tarefa desafiadora. Falhas pequenas, que ocorrem em recursos do sistema, como pequenas latências na infraestrutura, muitas vezes passam despercebidas, uma vez que não são identificadas de forma eficaz pelas ferramentas comerciais de observabilidade e OpenTelemetry, que ainda estão em falta quando se trata de suportar a observabilidade da infraestrutura. A detecção de anomalias, portanto, se apresenta como uma extensão necessária da observabilidade da infraestrutura, permitindo que riscos sejam identificados proativamente, antes que eles se transformem em falhas maiores.
Um dos maiores desafios da detecção de anomalias em infraestruturas está na escalabilidade. As infraestruturas modernas são compostas por dezenas de milhares de recursos, algo comum e fora do escopo direto do gerenciamento de um engenheiro de confiabilidade de site (SRE). Enquanto falhas em aplicativos podem ser mais fáceis de isolar, as falhas em infraestruturas tendem a ser de maior escala e mais difíceis de diagnosticar. Aqui, a detecção de anomalias oferece uma abordagem mais eficaz para identificar essas falhas em tempo real. No entanto, esse processo pode ser caro, e os resultados nem sempre são tão eficazes quanto se imagina.
Existem várias razões pelas quais a detecção de anomalias não consegue atingir seu potencial total em muitos casos. Uma delas é a limitação das ferramentas de rastreamento, que são essencialmente orientadas para a aplicação e não suportam a infraestrutura. Isso significa que erros fora do escopo de rastreamento não podem ser coletados ou medidos. Além disso, as ferramentas de observabilidade comerciais se concentram mais nas aplicações e não fornecem suporte adequado à infraestrutura. Isso é exacerbado por uma falta de recursos para lidar com os problemas de infraestrutura mais complexos, como falhas na camada do kernel ou no Kubernetes, que raramente são detectadas pelas ferramentas tradicionais de detecção de anomalias e AIOps.
No contexto de Kubernetes, por exemplo, é mais difícil identificar retransmissões na rede, já que as ferramentas tradicionais de monitoramento de rede não são adequadas para esse tipo de infraestrutura moderna. As ferramentas comerciais de observabilidade muitas vezes falham em detectar retransmissões no nível do Kubernetes, limitando sua capacidade de identificar problemas de rede antes que eles impactem o desempenho da aplicação. O problema não se limita apenas às retransmissões: a maioria dos problemas relacionados ao Kubernetes e à infraestrutura do kernel não são identificados pelas abordagens tradicionais de detecção de anomalias. Isso resulta em falhas no projeto de detecção de anomalias, deixando a infraestrutura vulnerável a falhas não detectadas.
A latência de desempenho é outra área crítica que precisa ser compreendida. A latência é frequentemente causada pela sobrecarga de um número limitado de recursos acessados por múltiplos processos, projetados para maximizar a utilização dos processos dentro de recursos limitados. O relacionamento entre recursos e processos é assimétrico, o que significa que recursos podem se tornar um ponto crítico, causando falhas de desempenho à medida que são sobrecarregados. A detecção de anomalias deve, portanto, se concentrar não apenas na latência em níveis mais altos, como nas aplicações, mas também nos recursos e processos subjacentes, pois a latência que ocorre nesses níveis inferiores pode se propagar para camadas superiores, afetando o desempenho da aplicação como um todo.
Além disso, a detecção de anomalias e AIOps precisam observar a relação entre recursos e processos de maneira mais granular e em tempo real, permitindo a análise das causas fundamentais. Caso contrário, se a detecção de anomalias se limitar a identificar apenas a latência no nível da aplicação, estará sendo um método de detecção falho. Isso pode levar a diagnósticos equivocados, colocando a responsabilidade exclusivamente na aplicação e ignorando os problemas subjacentes na infraestrutura.
A abordagem eficaz para a detecção de anomalias deve ser integrada à observabilidade tanto de aplicações quanto de infraestrutura, permitindo uma análise precisa da causa raiz. A detecção de falhas em tempo real, tanto em aplicativos quanto em infraestrutura, é essencial para garantir a continuidade dos serviços e a prevenção de falhas maiores. No entanto, sem uma análise eficaz da causa raiz, baseada na observabilidade da infraestrutura, os problemas tendem a reaparecer e escalar, o que implica em uma operação baseada apenas na esperança de que os erros não se transformem em falhas críticas.
A detecção de anomalias em infraestruturas não precisa ser excessivamente sofisticada ou dependente de modelos de classificação de causa raiz complexos. Em vez disso, deve ser uma ferramenta simples e prática, que possa ser rapidamente aplicada para detectar falhas em nível de infraestrutura sem a necessidade de definir limites ou SLOs, que são difíceis de aplicar a infraestruturas tão complexas. Isso permitirá uma detecção rápida e precisa de problemas, sem sobrecarregar os administradores de sistemas com tarefas de configuração complexas.
Como otimizar o desempenho de sistemas distribuídos com Druid: práticas essenciais
Ao trabalhar com sistemas distribuídos, especialmente aqueles baseados em microserviços como o Druid, uma série de estratégias se torna essencial para garantir que a infraestrutura e os recursos sejam aproveitados ao máximo. A eficiência no processamento de consultas e na gestão de dados demanda uma combinação de pré-agregação, processamento de cache e uma análise cuidadosa das janelas de tempo, para reduzir o impacto de I/O desnecessários, que podem degradar o desempenho.
Em ambientes como Kubernetes, onde cada pod deve ter a alocação correta de recursos, é fundamental entender que a configuração inadequada de memória pode causar falhas constantes nos pods, interrompendo o fluxo de dados e aumentando a latência. A alocação de recursos, portanto, deve ser feita com precisão, levando em consideração as especificidades de cada nó do sistema. Por exemplo, o nó histórico é centrado em memória devido ao grande volume de dados que precisa carregar na memória, enquanto o broker exige mais capacidade de CPU devido à natureza das suas operações de consulta.
A importância da compreensão do sistema não pode ser subestimada, pois a otimização dos sistemas depende da análise contínua e da adaptação de sua configuração. As equipes de Engenharia de Confiabilidade de Sites (SREs) devem ter a experiência necessária para depurar códigos, monitorar métricas e ajustar sistemas de maneira eficaz para evitar falhas e melhorar o desempenho.
Druid, como uma plataforma de processamento de dados em tempo real, é organizado em microserviços interdependentes, e a complexidade da comunicação entre esses serviços é um dos principais desafios quando se trata de diagnóstico de problemas. Cada microserviço — como os nós históricos, middle managers e brokers — interage de maneira diferente com os dados e, portanto, exige recursos distintos. Identificar o nó que está sobrecarregado ou com falhas de desempenho é um processo que exige paciência e um olhar atento para as métricas e logs, que não são fornecidos nativamente pelo Druid, mas podem ser integrados via extensões.
Ao executar Druid, especialmente em grandes clusters, é crucial compreender a relação entre os diferentes tipos de recursos necessários para cada componente. Cada processo de ingestão, indexação e armazenamento de dados deve ser cuidadosamente ajustado para garantir que não haja sobrecarga e que o sistema opere de forma eficiente. A ingestão de dados pode ser otimizada por meio de rollups, um tipo de agregação prévia que reduz o tamanho dos dados a serem armazenados e melhora a performance das consultas. No entanto, desabilitar os rollups pode ser necessário quando a granularidade das consultas exige que os dados sejam armazenados em sua forma original.
Ao criar índices no Druid, o processo de segmentação é fundamental. A criação de segmentos exige um equilíbrio entre compressão, tamanho dos blocos de dados e a distribuição eficiente dos recursos. A latência na escrita de dados pode ocorrer durante a criação dos índices, e, para mitigar isso, é importante segmentar a cadeia de escrita de maneira eficaz, verificando os pontos de latência, desde o processo de criação do índice até o armazenamento nos discos.
Além disso, a escolha do sistema de armazenamento pode influenciar significativamente o desempenho do Druid. O uso de soluções como AWS S3 pode ser problemático em ambientes de produção, onde o número de operações de leitura e escrita pode sobrecarregar a capacidade de processamento, resultando em lentidão. Testar o desempenho com sistemas mais ricos em métricas, como o MinIO, pode ser uma maneira mais eficaz de ajustar a interação entre Druid e o armazenamento de objetos, antes de migrar para uma solução em produção.
A gestão eficiente de recursos e a configuração correta do ambiente de armazenamento são apenas uma parte da equação. O Druid também exige uma configuração detalhada de tiering e caching, processos essenciais para garantir que os dados sejam acessados de forma eficiente e que o tempo de resposta de consultas seja minimizado. O tiering envolve a definição de políticas de retenção de dados e a configuração de como e quando mover dados entre diferentes camadas de armazenamento, o que pode ter um impacto direto no desempenho do sistema.
Por fim, em um ambiente multitenant, onde múltiplos clientes ou usuários acessam o mesmo cluster de dados, a gestão de recursos e a alocação de capacidade devem ser feitas de forma que não haja sobrecarga para qualquer tenant. A segmentação eficiente dos dados, a configuração adequada do tiering e a implementação de políticas de caching são aspectos fundamentais para garantir que cada usuário tenha acesso rápido e sem interrupções às informações que precisa.
É importante lembrar que, além de ajustar a infraestrutura e os recursos, o acompanhamento constante das métricas de performance e a análise dos logs de erro são práticas essenciais para identificar gargalos e falhas potenciais. O processo de tuning de Druid nunca deve ser estático, sendo necessário um monitoramento contínuo e ajustes regulares para garantir que o sistema continue funcionando de maneira eficiente à medida que as demandas de dados aumentam.
Como funcionam os recursos do sistema, threads e rastreamento em ambientes complexos?
Os recursos do sistema constituem a base essencial para o funcionamento eficaz de qualquer sistema operacional e aplicação. Desde drivers de dispositivos, módulos dinâmicos, até threads — que podem ser de usuário ou de kernel —, cada elemento desempenha um papel específico na orquestração do processamento, entrada/saída e gerenciamento de memória. A distinção entre threads de usuário e kernel revela diferentes níveis de controle e interação com o hardware, influenciando diretamente o desempenho e a escalabilidade dos processos.
A implementação de threads envolve múltiplos aspectos, como o estado das threads, o agendamento e as trocas de contexto (context switches), que são cruciais para a multitarefa eficiente. O uso de threads virtuais e corrotinas traz soluções mais leves e flexíveis para a concorrência, permitindo um aproveitamento otimizado dos recursos do processador. Isso é especialmente importante em ambientes onde se processam grandes volumes de dados e onde a latência deve ser minimizada.
O rastreamento do sistema (system tracing), exemplificado por ferramentas como KUtrace e BCC/bpftrace, fornece uma visibilidade profunda do comportamento das aplicações e do kernel, permitindo identificar gargalos, condições de corrida e problemas de sincronização. A observabilidade aprimorada do sistema auxilia na detecção de falhas e anomalias, além de possibilitar a análise detalhada do fluxo de dados em aplicações distribuídas, como clusters Cassandra e bancos de dados OpenSearch.
No contexto da máquina virtual Java (JVM), o gerenciamento de threads, a coleta de lixo (garbage collection) e a compilação Just-In-Time (JIT) são processos fundamentais que impactam a performance das aplicações. O entendimento das interações entre esses componentes, além dos aspectos de paralelismo e não bloqueio (asynchronous/non-blocking), é indispensável para o desenvolvimento de sistemas responsivos e resilientes.
A integração de métricas e rastreamento no ambiente de microserviços, especialmente em arquiteturas orientadas a eventos como Kubernetes com ferramentas de escalonamento automático (KEDA) e monitoramento via Prometheus, permite ajustar o desempenho e garantir a alta disponibilidade. A análise dos logs, métricas e eventos, combinada com modelos de machine learning e inteligência artificial para IT (AIOps), potencializa a automação da detecção e resolução de problemas.
A programação concorrente não deve ser abordada apenas como um desafio técnico, mas também sob a ótica da observabilidade, monitoramento e depuração em tempo real, fatores que influenciam diretamente a confiabilidade dos sistemas modernos. É fundamental compreender que a sincronia inadequada, falhas de comunicação e condições de corrida podem causar degradação silenciosa do desempenho e problemas difíceis de diagnosticar.
Além disso, é importante ter clareza sobre as ferramentas e metodologias que permitem um entendimento aprofundado do fluxo de operações — desde a captura de chamadas de sistema, análise dos estados das threads, até o processamento de pacotes de rede e operações de disco. Essas técnicas possibilitam a construção de sistemas que não apenas executam tarefas complexas, mas também oferecem transparência operacional para os engenheiros e operadores.
Compreender o papel dos dados de telemetria, rastreamento distribuído e agregação de métricas é indispensável para alcançar a excelência operacional em ambientes de TI cada vez mais dinâmicos e distribuídos. O domínio dessas técnicas permite antecipar falhas, otimizar recursos e responder rapidamente a incidentes, garantindo assim a continuidade dos negócios.
Como Implementar uma Análise de Causa Raiz Eficaz com Observabilidade e AIOps
A coleta de logs e métricas desempenha um papel crucial em sistemas distribuídos e microsserviços, especialmente ao se considerar ferramentas como OpenSearch e Grafana. Estas plataformas oferecem abordagens distintas para monitoramento e análise de dados, mas também podem ser usadas em conjunto para otimizar a visibilidade do sistema e a resolução de problemas. Um aspecto importante nesse processo é a configuração adequada dos pipelines de dados para coletar e analisar logs e métricas de maneira eficiente.
O OpenSearch, em particular, utiliza o Fluent Bit para a coleta de logs e métricas. Essa arquitetura permite separar os pipelines para métricas e logs, oferecendo flexibilidade e escalabilidade ao lidar com grandes volumes de dados. Através da configuração de pipelines adequados, é possível implementar um sistema de observabilidade robusto. Porém, embora o OpenSearch possua a capacidade de coletar e processar dados de log, suas funcionalidades de correlação ficam atrás das oferecidas pelo Grafana. O foco do OpenSearch está mais em funções analíticas relacionadas aos logs, enquanto o Grafana se destaca pela capacidade de correlacionar sinais e fornecer uma visão abrangente do comportamento do sistema.
No cenário de observabilidade, a coleta de métricas e logs deve ser acompanhada de uma análise detalhada, como demonstrado nos pipelines do exemplo: o coletor OpenTelemetry é utilizado para recolher tanto métricas quanto traces, enquanto o Fluent Bit se ocupa dos logs. Todos esses dados são carregados no Data Prepper, que, por sua vez, os insere no OpenSearch. Esse processo é fundamental para a obtenção de uma visão holística do sistema, onde os traces ajudam a identificar a origem de falhas, enquanto os logs fornecem detalhes cruciais sobre os eventos que ocorrem em tempo real.
A verificação dos resultados no OpenSearch é um passo essencial para a validação do processo de coleta. O OpenSearch fornece informações detalhadas sobre os traces, como mostrado na tela do mapa de serviços, que exibe dados de cada trace processado, incluindo a quantidade de spans, duração e mensagens associadas. Isso facilita a análise de desempenho de cada serviço dentro de uma arquitetura distribuída. Além disso, o OpenSearch também permite detectar padrões e anomalias nos logs, um recurso valioso para a identificação precoce de problemas no sistema. No entanto, se a análise de correlação entre logs e métricas for um requisito essencial, é recomendável o uso do Grafana, que oferece uma interface mais poderosa para essa tarefa, principalmente ao combinar dados de OpenSearch com outras ferramentas como Tempo ou Jaeger.
A combinação de ferramentas como OpenSearch e Grafana cria uma solução eficaz para a implementação de práticas de AIOps (Inteligência Operacional Artificial) e análise de dados. O Grafana, por exemplo, permite a correlação não apenas de logs, mas também de métricas e traces, fornecendo uma visão unificada do comportamento do sistema. Embora o OpenSearch seja altamente competente para análise de logs e gerenciamento de dados, ele ainda apresenta limitações em comparação ao Grafana em termos de recursos de correlação.
Ao configurar uma solução de observabilidade, é fundamental que os desenvolvedores e arquitetos sigam padrões de boas práticas para garantir que os dados coletados sejam consistentes e úteis para análise. Quando logs e traces são gerados sem um padrão claro, a correlação entre eles torna-se difícil, o que prejudica a eficácia dos alertas e da detecção de anomalias. Por isso, estabelecer um processo bem definido de coleta e estruturação dos dados, que inclua o uso de tags, labels e IDs padronizados, é fundamental para uma análise eficiente.
Além disso, a adoção de listas de verificação e scorecards de qualidade de dados pode ajudar a melhorar gradualmente a precisão das informações coletadas, tornando os sinais mais confiáveis ao longo do tempo. Isso é particularmente importante em sistemas complexos, onde a quantidade de dados gerada pode ser massiva e a qualidade dos mesmos pode impactar diretamente a eficiência das operações.
Embora a correlação de dados em OpenSearch seja limitada, ela ainda oferece recursos úteis para o diagnóstico de falhas e análise de performance. Quando a necessidade de uma correlação mais avançada for identificada, o Grafana se torna uma ferramenta indispensável. A integração entre essas ferramentas permite uma combinação poderosa de análise de dados, possibilitando a criação de dashboards e alertas que fornecem informações detalhadas sobre o estado e o desempenho do sistema.
Um dos aspectos mais importantes na implementação de uma solução de observabilidade é a criação de dashboards eficazes. Ferramentas como o Grafana permitem a visualização de uma ampla gama de gráficos, incluindo mapas de serviços, polystats, heatmaps, histogramas e outros tipos de representações gráficas que ajudam a identificar rapidamente problemas no sistema. A escolha do tipo de gráfico adequado depende do tipo de dado que se deseja analisar e do contexto do problema.
Os polystats, por exemplo, são especialmente úteis para expressar o estado da infraestrutura de TI, como o uso de CPU, memória e disco em nós, servidores e containers. Essas representações ajudam a visualizar rapidamente o desempenho de recursos críticos e a identificar possíveis gargalos. A combinação de polystats com mapas de serviços permite uma visão panorâmica do sistema, oferecendo um ponto de partida para a análise de causa raiz.
Outro gráfico útil é o mapa de serviços, que fornece uma visão detalhada da interação entre os diferentes serviços dentro de uma arquitetura distribuída. Ele pode ser utilizado para identificar falhas ou áreas com desempenho abaixo do esperado. Além disso, a implementação de heatmaps e flame graphs permite uma visualização mais detalhada de problemas de desempenho, como latência ou consumo excessivo de recursos, ajudando a concentrar os esforços de resolução nos pontos críticos.
Por fim, o uso de alertas e anotações em dashboards pode ser um diferencial importante para garantir uma reação rápida a eventos anômalos. Ao configurar alertas baseados em métricas e logs, a equipe de operações pode ser imediatamente notificada sobre problemas antes que eles se tornem críticos.
É importante lembrar que a observabilidade não é uma solução única para todos os problemas, mas uma parte integrante de um processo contínuo de melhoria. As ferramentas utilizadas, como OpenSearch e Grafana, devem ser escolhidas de acordo com as necessidades específicas do ambiente, com foco na combinação ideal de métricas, logs e traces para alcançar uma análise eficaz de causa raiz. Além disso, é fundamental que as equipes envolvidas na criação da observabilidade sigam práticas bem estabelecidas e mantenham uma abordagem colaborativa para garantir que todos os aspectos do sistema estejam sendo monitorados de maneira eficiente.

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