A visualização de dados desempenha um papel essencial na análise moderna, pois permite transformar números e estatísticas complexas em representações visuais que facilitam a compreensão e a comunicação. No universo de ferramentas de análise de dados, o SAS (Statistical Analysis System) se destaca como uma plataforma poderosa, capaz de criar visualizações impactantes e interativas. A seguir, exploraremos suas principais características e estratégias para otimizar o uso dessa ferramenta, além de discutir suas aplicações práticas em diversos campos, como pesquisa clínica, limpeza de dados financeiros e relatórios empresariais.
A visualização de dados, em sua essência, busca transformar dados brutos em informações significativas e de fácil digestão. O ser humano é naturalmente mais apto a processar informações visuais do que uma grande quantidade de números desconexos. Isso ocorre porque a percepção visual permite identificar padrões, tendências e anomalias com muito mais facilidade. Quando bem executada, a visualização serve como uma linguagem universal, capaz de superar barreiras técnicas e promover uma comunicação eficaz entre analistas, tomadores de decisão e o público em geral. Em um cenário saturado de dados, uma boa visualização não apenas torna a análise mais acessível, mas também agiliza o processo de tomada de decisão, oferecendo clareza e insights valiosos.
O SAS, com sua vasta gama de procedimentos gráficos e ferramentas analíticas, oferece um ambiente robusto para criar visualizações que vão além de gráficos estáticos. O sistema integra a visualização aos fluxos analíticos, o que garante que as representações gráficas não sejam apenas esteticamente agradáveis, mas também fundamentadas em uma análise estatística rigorosa. Com isso, SAS permite criar gráficos dinâmicos e interativos, nos quais o usuário pode explorar diferentes aspectos dos dados de forma mais profunda, tornando a análise mais compreensível e eficiente.
Um dos principais pontos fortes do SAS é a sua capacidade de personalizar as visualizações conforme as necessidades do usuário. Isso inclui desde a aparência e estilo de gráficos simples, como diagramas de barras ou dispersão, até visualizações mais complexas, como gráficos estatísticos ou mapas geográficos. Além disso, o SAS possibilita a criação de painéis interativos, que permitem ao usuário explorar dados de forma dinâmica, ajustando filtros e visualizando diferentes perspectivas de uma vez.
Entre as ferramentas mais populares do SAS para visualização de dados estão os procedimentos gráficos, como o PROC SGPLOT e o PROC SGPANEL. O PROC SGPLOT é extremamente útil para criar gráficos básicos, como dispersões e histogramas. Um exemplo simples é a criação de um gráfico de dispersão para explorar a relação entre vendas e receita, onde é possível visualizar a distribuição dos dados e identificar tendências ou outliers. Já o PROC SGPANEL oferece a capacidade de criar gráficos de múltiplos painéis, permitindo comparar diferentes conjuntos de dados em uma única visualização, o que é ideal para analisar dados por categorias, como vendas por região ou comportamento do consumidor ao longo do tempo.
Além da criação de visualizações impactantes, o SAS também é projetado para otimizar o desempenho durante o processamento de grandes volumes de dados. Isso é fundamental quando lidamos com datasets pesados ou exigências de tempo real, como em pesquisas clínicas ou na análise de grandes transações financeiras. O uso de técnicas como compressão de dados, processamento em memória e paralelização de tarefas pode acelerar significativamente o tempo de execução das análises, tornando o trabalho mais eficiente e ágil. Estratégias de otimização são essenciais para garantir que o sistema esteja operando no seu nível máximo de desempenho, especialmente quando o volume de dados cresce exponencialmente.
Em termos de aplicação prática, o SAS se mostra extremamente eficaz em áreas como a pesquisa clínica, onde a análise precisa e a visualização de dados podem salvar vidas. Gráficos que mostram a eficácia de medicamentos, padrões de dosagem ou a evolução de uma condição de saúde ao longo do tempo são essenciais para a comunicação de resultados e para a tomada de decisões médicas. No setor financeiro, a limpeza de dados e a visualização de transações financeiras podem ajudar a identificar fraudes ou padrões de comportamento incomuns, enquanto em relatórios empresariais, as visualizações permitem um entendimento mais profundo das operações e desempenho organizacional, seja no que diz respeito a vendas, produtividade ou satisfação do cliente.
Ao integrar o SAS em seu fluxo de trabalho analítico, é fundamental considerar as boas práticas para garantir que as visualizações não sejam apenas visualmente atraentes, mas também precisas e informativas. O uso de cores adequadas, a escolha dos tipos de gráficos mais apropriados para o tipo de dados e a clareza na apresentação das informações são aspectos cruciais. Além disso, a interatividade das visualizações permite que o usuário se aprofunde na análise de dados, ajustando filtros ou detalhando informações específicas, o que facilita a extração de insights mais profundos.
A adaptação das visualizações à audiência também é uma parte importante do processo. Ao criar visualizações interativas ou painéis personalizados, o analista deve sempre ter em mente as necessidades do público-alvo, seja ele técnico ou não. Isso inclui a escolha de visualizações simples e intuitivas quando o público não é especializado ou gráficos mais detalhados e complexos para aqueles com mais experiência técnica. A comunicação eficaz de dados, portanto, não depende apenas da qualidade das visualizações, mas também de sua adequação ao contexto e ao público.
Em suma, a visualização de dados com o SAS oferece um conjunto de ferramentas poderosas e flexíveis para transformar dados complexos em insights claros e acionáveis. Com uma combinação de personalização, interatividade e técnicas avançadas, o SAS é uma plataforma ideal para criar visualizações impactantes que não apenas embelezam os dados, mas os tornam mais compreensíveis, acessíveis e úteis para a tomada de decisão.
Como Compreender a Estrutura dos Programas SAS e Suas Funções Essenciais
Nos programas SAS, a sequência de instruções é executada de forma ordenada, e cada uma delas transmite informações ou comandos para o SAS, sendo necessário posicioná-las corretamente dentro do programa. Assim como em qualquer linguagem, o SAS possui regras específicas para a redação de programas, mas essas regras são notavelmente mais simples e diretas do que as da linguagem inglesa. Um ponto fundamental é que cada instrução SAS termina com um ponto e vírgula. O layout dos programas, por sua vez, oferece uma grande liberdade ao programador. Embora seja recomendado organizar o código de forma limpa, com cada instrução em uma linha separada e utilizando espaços para organização, isso não é uma exigência rigorosa. O programador pode escrever de maneira mais flexível, o que torna a programação em SAS mais acessível.
Com relação aos comentários, o SAS oferece duas formas de incluí-los: usando um asterisco () no início e no fim da linha, ou utilizando o formato de barra e asterisco (/ */). Os comentários são vitais para tornar o código mais legível e fácil de entender, especialmente para quem possa estar lendo o código depois de um tempo. A principal vantagem de utilizar comentários é que o SAS ignora essas linhas, funcionando como anotações pessoais que auxiliam na compreensão do que foi feito e por quê.
Dentro de qualquer conjunto de dados no SAS, o elemento central é a própria informação, organizada em variáveis e observações. Se adotarmos a terminologia de bancos de dados relacionais, podemos considerar os conjuntos de dados do SAS como tabelas. Cada linha representa uma observação, enquanto as colunas representam variáveis. Por exemplo, em uma tabela com as colunas ‘Id’, ‘Nome’, ‘Altura’ e ‘Peso’, cada linha corresponderá a uma observação distinta.
Os tipos de dados em SAS são divididos em dois grupos principais: numéricos e caractere. Dados numéricos lidam com valores numéricos, como soma, subtração e valores decimais. Eles podem incluir símbolos como sinais de adição ou subtração, ponto decimal e notação científica. Já os dados de tipo caractere incluem tudo o que não é numérico, como letras, números e caracteres especiais. O tamanho máximo para um campo de caractere é de 32.767 caracteres. A escolha entre usar dados numéricos ou de caractere depende principalmente do uso pretendido para a variável. Por exemplo, mesmo que os códigos postais sejam compostos por números, muitas vezes faz mais sentido tratá-los como dados de caractere, pois não se trata de um valor numérico para cálculo, mas sim de um identificador.
Em relação aos dados ausentes, o SAS os representa de maneiras distintas, dependendo do tipo de dado. Para dados numéricos, uma ausência é representada por um ponto (.), enquanto dados de caractere ausentes são simplesmente deixados em branco. Esse tratamento de dados faltantes deve ser considerado ao realizar qualquer análise, uma vez que pode impactar significativamente os resultados e a interpretação dos dados.
Ao nomear variáveis e membros de conjuntos de dados no SAS, é preciso seguir algumas regras simples. Os nomes devem ter no máximo 32 caracteres e começar com uma letra ou um sublinhado (_). Além disso, apenas letras, números e sublinhados são permitidos, sendo proibidos caracteres especiais como %, $, *, !, entre outros.
Os programas SAS são construídos utilizando dois elementos fundamentais: os passos DATA e PROC. O programa geralmente começa com um passo DATA, no qual um conjunto de dados SAS é criado, seguido por um passo PROC para processamento adicional. O passo DATA é utilizado para ler ou modificar dados, enquanto o PROC realiza análises, funções utilitárias ou gera relatórios. Cada passo pode conter uma ou várias instruções, mas a maior parte das instruções opera exclusivamente em um dos dois tipos de passo, seja DATA ou PROC. A principal diferença entre eles é o propósito: enquanto o passo DATA é voltado para a manipulação e criação de dados, o passo PROC é focado na análise e processamento dos dados.
No caso do passo DATA, ele inicia com a instrução DATA, onde um conjunto de dados é criado. Dentro desse passo, podem ser aplicadas várias técnicas de manipulação de dados, como loops DO, lógica IF-THEN/ELSE, funções numéricas e de caractere, além de técnicas de combinação de dados, como concatenação ou junção de dados. Já o passo PROC começa com a instrução PROC, seguida de uma especificação de procedimento, como a instrução PROC PRINT para imprimir os dados. O PROC possui um conjunto limitado de instruções, sendo semelhante a seguir uma receita. Ele é usado para realizar tarefas que vão desde ordenação e impressão até análises mais complexas, como cálculo de variâncias ou gráficos 3D.
No SAS, a execução do código segue uma ordem de execução rigorosa: os passos DATA e PROC podem ser organizados em qualquer sequência, o que oferece uma flexibilidade imensa. É possível ter um programa com apenas passos DATA ou apenas PROC, dependendo da necessidade. No entanto, entender o papel básico de cada um desses passos facilita muito a programação. Enquanto o passo DATA é responsável por ler e modificar dados, o passo PROC se ocupa da análise e dos procedimentos.
Além disso, o conceito de loop implícito dentro dos passos DATA é de extrema importância. Cada observação em um conjunto de dados é processada linha por linha, o que significa que o SAS executa a operação de leitura, modificação e escrita de cada observação individualmente. Essa característica, muitas vezes não explicitada, pode ser facilmente compreendida quando se observa que o SAS executa o código linha por linha, observação por observação, processando uma de cada vez.
A flexibilidade dos programas SAS oferece grandes vantagens para os analistas e programadores, permitindo que as operações sejam configuradas e organizadas de maneira eficiente para atender às diferentes necessidades de cada análise ou processo de manipulação de dados.

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