O Modelo de Cobrança Microsoft Customer Agreement (MCA) foi desenvolvido para simplificar o processo de faturamento e oferecer uma gestão transparente das despesas na nuvem. Com o tempo, todos os clientes que utilizam o Enterprise Agreement (EA), o Cloud Solution Provider (CSP) e o Pay-As-You-Go (PAYG) serão migrados para esse novo mecanismo de cobrança, o MCA, e suas entidades relacionadas.

Esse modelo se aplica de forma eficaz a diferentes tipos de organizações que buscam soluções mais flexíveis e claras, sem a complexidade de acordos empresariais maiores, como o EA. Entre os beneficiados estão as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), startups, organizações sem fins lucrativos e instituições educacionais. Para essas entidades, o MCA oferece uma estrutura simplificada para controle de custos, permitindo uma visão mais precisa das despesas com a nuvem e facilitando o planejamento orçamentário.

No contexto do MCA, as entidades de cobrança desempenham um papel crucial. Elas são estruturas responsáveis pela gestão do faturamento, da emissão de faturas e da alocação de custos. Estas entidades garantem que as despesas com a nuvem sejam rastreadas com precisão, e que as responsabilidades financeiras sejam claramente definidas. O modelo de cobrança no MCA inclui entidades como a Conta de Cobrança, que representa o relacionamento global do cliente com a Microsoft para fins de faturamento, e os Perfis de Cobrança, que permitem a separação das faturas, facilitando a gestão por departamentos ou projetos específicos dentro da organização.

Dentro dessa estrutura, existem funções específicas de gestão de cobrança, como o "Proprietário da Conta de Cobrança", responsável pelo gerenciamento global da conta, o "Proprietário do Perfil de Cobrança", que lida com as faturas e métodos de pagamento, e o "Gerente de Faturas", que supervisiona o processo de revisão e pagamento das faturas. Cada uma dessas funções é essencial para garantir uma operação eficiente e sem erros.

Além do MCA, a Microsoft oferece o Acordo Individual, um contrato mais simples e flexível, ideal para indivíduos ou pequenas organizações que não precisam da complexidade de acordos maiores. Esse tipo de acordo é ideal para freelancers, desenvolvedores independentes, pequenas empresas e startups, que utilizam recursos da Azure de forma mais pontual e com orçamentos reduzidos. A principal vantagem desse modelo é a simplicidade no gerenciamento das faturas, que são emitidas mensalmente e detalhadas, permitindo que os usuários acompanhem facilmente os custos dos serviços consumidos.

Uma das principais características do Acordo Individual é a flexibilidade no gerenciamento de custos. O modelo Pay-As-You-Go (Pague Conforme o Uso) é adotado, permitindo que os usuários paguem apenas pelos recursos efetivamente consumidos. Para facilitar esse processo, o portal Azure oferece ferramentas de análise de custos, que ajudam a monitorar o uso e a identificar oportunidades de economia.

Entretanto, o Acordo Individual apresenta algumas limitações. Uma delas é a falta de descontos significativos em comparação com acordos maiores, como o EA ou o MCA. Além disso, esse modelo é mais adequado para operações menores, já que pode não atender de maneira eficaz organizações que requerem recursos mais avançados ou uma gestão mais robusta.

Uma parte essencial da gestão de recursos na Azure é a Organização Hierárquica de Entidades. Essa estrutura facilita o gerenciamento e a governança dos recursos, proporcionando maior controle sobre as operações na nuvem. A organização das entidades pode ser feita de acordo com diferentes padrões, como o padrão de Unidade de Negócios, o padrão Geográfico, o padrão Funcional, o padrão de Separação de Carga de Trabalho e o padrão Misturado. Cada um desses padrões é adequado a cenários específicos, permitindo que a organização escolha a abordagem que melhor se adapta às suas necessidades operacionais e estratégicas.

A escolha do padrão de organização ideal depende das necessidades da empresa, sendo necessário avaliar qual abordagem trará mais eficiência no controle de custos e na alocação de recursos. Organizações com múltiplas divisões ou que operam em várias regiões podem optar por um padrão misto, enquanto aquelas que precisam de controle mais detalhado sobre projetos específicos podem preferir o padrão de Separação de Carga de Trabalho.

É importante destacar que, embora o MCA e o Acordo Individual proporcionem vantagens significativas em termos de simplicidade e controle de custos, a transição de uma estrutura de cobrança tradicional para o MCA deve ser feita com planejamento adequado. A mudança envolve uma revisão completa da forma como as despesas são geridas e monitoradas, o que pode exigir ajustes na organização interna de TI e na alocação de recursos.

Para qualquer organização, independentemente de seu porte ou tipo, é essencial ter uma visão clara de seus custos e um controle rigoroso sobre como esses custos são distribuídos entre diferentes departamentos, projetos e equipes. O MCA e o Acordo Individual oferecem ferramentas poderosas para isso, mas o sucesso na implementação depende da compreensão detalhada das entidades de cobrança, das hierarquias de recursos e dos padrões organizacionais. Dessa forma, as organizações podem garantir que estão utilizando os recursos de nuvem de maneira eficiente, sem surpresas no final do mês.

Como Utilizar Padrões de Organização para Gerenciar Recursos e Custos na Nuvem

O padrão de unidade de negócios e o padrão geográfico são abordagens fundamentais para a gestão eficaz de recursos e custos na nuvem, oferecendo estruturas claras para governança, controle de acessos e alocação de recursos. Essas metodologias têm se mostrado essenciais para empresas de diferentes portes, fornecendo não apenas visibilidade aprimorada sobre os gastos com a nuvem, mas também a capacidade de gerenciar recursos de maneira mais eficiente, garantindo que as operações sigam as regulamentações e otimizem a performance.

O padrão de unidade de negócios, por exemplo, organiza os recursos com base nas diferentes unidades ou departamentos de uma organização. Esse método proporciona uma visibilidade mais clara dos custos e do uso dos recursos na nuvem, permitindo um acompanhamento mais preciso e facilitando a identificação de áreas que podem ser otimizadas. Ao segmentar os recursos, é possível melhorar o controle e a governança, pois a centralização da administração das políticas e do acesso permite que as normas de conformidade sejam aplicadas de forma uniforme em diferentes grupos e assinaturas de recursos.

Além disso, a alocação de custos se torna mais simplificada, pois a utilização de tags e metadados para categorizar os recursos torna mais fácil gerar relatórios detalhados e realizar análises financeiras que auxiliam nas decisões empresariais. A escalabilidade desse padrão também é uma vantagem significativa. À medida que novos departamentos ou projetos surgem, eles podem ser facilmente integrados à estrutura existente, sem que haja interrupção nas operações globais da organização.

No entanto, implementar o padrão de unidade de negócios não é isento de desafios. Para grandes organizações, pode ser um processo complexo devido à diversidade de necessidades de recursos de cada unidade. Além disso, existe o risco de criar silos dentro da organização, caso as unidades de negócios se isolem excessivamente na gestão de seus próprios recursos. Isso pode resultar em ineficiências e falta de colaboração entre os departamentos. Outro ponto a considerar é o aumento do esforço administrativo necessário para garantir que as políticas de governança, controle de acesso e alocação de custos sejam devidamente implementadas e mantidas.

O padrão geográfico, por sua vez, organiza os recursos com base nas localizações geográficas das operações da empresa. Essa abordagem é particularmente útil para organizações multinacionais ou aquelas com operações em várias regiões e países. Ao adotar essa metodologia, as empresas podem atender a requisitos regionais específicos, otimizar o desempenho e gerenciar os custos de forma mais eficiente. Por exemplo, ao organizar os recursos geograficamente, uma organização pode garantir que os dados sejam armazenados em conformidade com as leis e regulamentos locais, como a GDPR na União Europeia ou outras normas em diferentes partes do mundo.

Além de atender à conformidade regulatória, o padrão geográfico também contribui para a otimização do desempenho, uma vez que os recursos são implantados mais próximos dos usuários finais, reduzindo a latência e melhorando a experiência do cliente. Em termos de recuperação de desastres e redundância, a distribuição de recursos em várias regiões garante maior resiliência e disponibilidade dos sistemas, mesmo em caso de falhas regionais. Outro benefício é a possibilidade de otimizar os custos de nuvem, já que diferentes regiões apresentam estruturas de preços distintas, permitindo que a empresa escolha locais com custos mais baixos para alocar recursos.

Contudo, a implementação do padrão geográfico também apresenta desafios. A gestão de recursos em várias regiões pode ser complexa, uma vez que cada uma delas pode ter configurações e requisitos de conformidade diferentes. Além disso, há o risco de duplicação de recursos, o que pode resultar em custos mais altos e desafios de gestão. Outro ponto a ser observado são os custos adicionais de transferência de dados e conectividade entre regiões, que devem ser considerados ao planejar a estratégia geográfica de implantação.

Ambos os padrões, tanto o de unidade de negócios quanto o geográfico, são adequados para diferentes tipos de organizações. O primeiro é ideal para empresas com uma estrutura bem definida, enquanto o segundo é mais adequado para corporações multinacionais ou organizações com requisitos regionais específicos. Para implementar com sucesso qualquer um desses padrões, é fundamental alinhar a estrutura da nuvem com a estrutura organizacional ou as necessidades regionais da empresa. A implementação de políticas de governança centralizadas, o uso de tags para alocação de custos e o monitoramento contínuo são passos essenciais para garantir uma gestão eficaz de recursos.

Além disso, a integração entre as abordagens de unidade de negócios e geográficas pode ser uma estratégia interessante para organizações que operam em várias regiões e com unidades de negócios distintas. Em tais cenários, um gerenciamento combinado de recursos pode maximizar a eficiência, garantir o cumprimento das normas e otimizar os custos, sem perder a flexibilidade necessária para a expansão e o crescimento da organização.

Como o Uso de Tagging no Azure Pode Impulsionar a Gestão de Custos e Governança

O uso de tags no Azure não se limita apenas à organização dos recursos, mas é uma ferramenta estratégica para otimizar a gestão financeira e de governança. As tags permitem uma abordagem detalhada no controle e alocação de custos, além de possibilitar a aplicação de políticas de governança que promovem a eficiência no uso de recursos. Este capítulo explora como o tagging, quando bem implementado, pode ser crucial para a gestão de custos na nuvem, trazendo benefícios tangíveis tanto para a administração quanto para a execução de estratégias de otimização.

O tagging no Azure pode ser realizado através de várias ferramentas, como o Azure CLI e PowerShell, e é uma técnica essencial para a categorização e acompanhamento de custos. Ao aplicar tags aos recursos, uma organização consegue agrupar, rastrear e relatar os custos por unidade de negócio, projeto ou departamento. Isso torna o processo de gerenciamento de custos mais transparente e eficiente. O uso dessas tags é amplamente suportado por modelos de recursos do Azure, como o Azure Resource Manager (ARM) Templates, que facilita a automação de deployments, garantindo que tags sejam aplicadas de forma consistente durante a criação dos recursos.

Um dos maiores benefícios do tagging é o conceito de "herança de tags". A herança de tags no Azure permite que recursos dentro de um grupo ou hierarquia herdem automaticamente as tags aplicadas ao nível superior. Isso assegura que os recursos sejam agrupados corretamente e facilita o processo de monitoramento e alocação de custos. Por exemplo, se uma tag for aplicada a uma assinatura ou grupo de recursos, ela será herdada por todos os recursos dentro dessa estrutura. Esse modelo de herança traz consistência e facilita auditorias regulares, uma prática essencial para garantir que a governança de custos seja mantida ao longo do tempo.

A herança de tags também pode ser reforçada com políticas do Azure Policy. Com o Azure Policy, é possível garantir que as tags sejam obrigatórias em todos os recursos criados. Isso se traduz em maior controle e conformidade, especialmente em grandes organizações, onde a escala e a complexidade podem dificultar o rastreamento manual de tags aplicadas. A criação e aplicação de políticas no Azure podem ser feitas por meio de templates, que são scripts reutilizáveis que ajudam a aplicar tags de forma automatizada. Essas políticas podem ser personalizadas para se adequar às necessidades de governança específicas de cada organização.

Além disso, a combinação da herança de tags com políticas de conformidade oferece uma forma robusta de garantir que todos os recursos atendam às regras de governança estabelecidas. A automação através de Azure Policy permite que organizações impeçam a criação de recursos sem as tags necessárias, o que ajuda a evitar a perda de visibilidade em relação aos custos e impede que recursos sejam mal alocados.

A partir de uma perspectiva de gestão de custos, o uso de tags também traz benefícios claros. Elas podem ser utilizadas para gerar relatórios detalhados de custo no Azure Cost Management. Por exemplo, as tags permitem identificar quais departamentos ou projetos estão consumindo mais recursos, facilitando a distribuição de custos de maneira precisa e transparente. Além disso, a utilização de tags torna o processo de identificação de oportunidades de otimização mais simples. Ao segmentar os custos de forma granular, é possível detectar áreas de desperdício, como recursos não utilizados ou mal dimensionados.

Um aspecto crítico que deve ser levado em consideração ao adotar o uso de tags é a governança regular. A implementação de auditorias frequentes e a análise do uso das tags ajudam a identificar falhas no sistema e a corrigir inconsistências. Essas auditorias devem ser feitas com a intenção de garantir que todos os recursos estejam corretamente classificados e que os dados de custo estejam sendo atribuídos adequadamente. A falta de auditoria ou a falta de disciplina na aplicação das tags pode resultar em uma visão distorcida dos custos reais de operação da nuvem.

Em termos operacionais, o uso de tags também facilita a tomada de decisões mais informadas sobre quais recursos precisam ser ajustados ou desativados. Através de um monitoramento contínuo do uso das tags e da geração de KPIs, é possível identificar rapidamente se algum serviço está fora de alinhamento com os objetivos de custos da organização.

Ao utilizar o tagging de forma eficaz no Azure, a organização não só aprimora a governança e a alocação de custos, mas também estabelece uma base sólida para políticas de automação e governança financeira no ambiente de nuvem. As tags, quando combinadas com políticas de compliance e práticas de auditoria regular, oferecem uma solução completa para a gestão eficiente de recursos e custos no Azure.

A compreensão completa do processo de tagging e suas vantagens vai além da simples aplicação de rótulos nos recursos. O uso inteligente das tags no Azure possibilita não apenas uma gestão financeira precisa, mas também fortalece a governança, melhora a transparência nos custos e ajuda a prevenir desperdícios. A chave está em integrar as tags ao ciclo de vida do recurso, garantindo que cada aspecto da operação de nuvem seja monitorado e otimizado com base em dados concretos.

Como Habilitar a Herança de Tags no Azure e Garantir uma Gestão Eficiente

A herança de tags no Azure é um recurso poderoso que permite a aplicação automática de tags de alto nível, como as de grupos de recursos ou assinaturas, a recursos filhos. Este processo facilita a gestão financeira, o rastreamento e a conformidade em grandes ambientes de nuvem. A seguir, exploraremos como configurar a herança de tags para melhorar a governança e a visibilidade dos seus dados, além de abordar as melhores práticas para o gerenciamento contínuo dessa funcionalidade.

A primeira etapa para habilitar a herança de tags no Azure é selecionar o escopo correto, seja uma assinatura ou um grupo de recursos. Dentro do portal do Azure, é necessário acessar as configurações, em seguida, clicar em "Configuração" no menu à esquerda. No campo de herança de tags, é possível editar as opções e selecionar a aplicação automática das tags de assinatura ou grupo de recursos para os novos dados criados.

Existem duas opções disponíveis para o comportamento da herança de tags: a primeira se refere à herança da tag de um recurso superior, enquanto a segunda aplica o valor da tag do grupo de recursos ou da assinatura se o nome da tag corresponder ao nome do recurso. Após configurar essas opções, é importante salvar as alterações, pois elas serão propagadas para os recursos filhos em até 24 horas.

No caso de perfis de cobrança do Microsoft Customer Agreement (MCA), o processo é semelhante. É necessário acessar a seção de gerenciamento de cobrança no portal do Azure e, dentro do menu de configurações, clicar em "Gerenciar perfil de cobrança". Da mesma forma, as opções de herança de tags podem ser editadas, com a possibilidade de aplicar automaticamente as tags de cobrança, assinatura e grupo de recursos aos novos dados de uso. Essa configuração também se propaga em até 24 horas para os registros de uso, tornando mais fácil a gestão de custos e a alocação de recursos.

Para garantir que a herança de tags esteja funcionando corretamente, é possível verificar a aplicação das tags nas seções de Detalhes de Uso ou Análise de Custos. As tags provenientes de níveis superiores, como assinaturas ou grupos de recursos, aparecerão nos dados de uso, o que facilita a análise financeira e a geração de relatórios.

A herança de tags também pode ser configurada utilizando o Azure Policy, o que permite a aplicação automatizada de tags para recursos específicos. Para isso, é necessário criar uma política de tag, definindo as condições sob as quais as tags devem ser aplicadas. As políticas podem ser tanto predefinidas quanto personalizadas, sendo que as políticas personalizadas oferecem maior flexibilidade. Um exemplo de política pode ser a aplicação da tag "Ambiente" para todos os recursos dentro de um grupo de recursos. A criação de políticas exige que o nome da tag seja especificado e que as condições de não conformidade sejam configuradas, permitindo a aplicação da política apenas para novos recursos ou recursos atualizados.

A gestão contínua da herança de tags envolve a manutenção das políticas de tag para garantir que elas estejam alinhadas com os requisitos organizacionais. Isso inclui a definição clara do escopo da política, considerando a hierarquia de recursos no Azure, e a revisão regular para assegurar que as convenções de tagging não estejam desatualizadas. Além disso, pode ser necessário excluir certos recursos da herança de tags ou aplicar tags diferentes, utilizando exclusões ou sobrecargas específicas, sem prejudicar a estratégia geral de tagging.

Uma abordagem avançada e altamente eficaz para uma gestão de tags mais rigorosa envolve combinar a herança de tags com a aplicação forçada de tags no nível do grupo de recursos. Utilizando o Azure Policy, é possível restringir a criação de novos grupos de recursos a somente aqueles que possuem tags específicas e valores permitidos, como "Departamento" e "Projeto". Por exemplo, um grupo de recursos só poderá ser criado se tiver as tags "Departamento" com valores como "Financeiro" ou "Marketing", e "Projeto" com valores como "Alpha" ou "Beta". Isso ajuda a garantir a consistência no uso das tags, melhorando o controle de custos e a visibilidade do ambiente na nuvem.

Além de melhorar a gestão de custos, a aplicação rigorosa de tags também facilita a conformidade regulatória, o rastreamento de uso e a alocação de recursos. A herança de tags no Azure permite uma governança eficaz, já que todas as partes da organização podem seguir um padrão uniforme para a classificação dos recursos. Quando as tags são aplicadas de maneira consistente, as equipes de TI conseguem otimizar suas operações e garantir que os custos estejam sendo distribuídos corretamente, sem a necessidade de inserção manual de dados.

Por fim, é importante observar que a herança de tags não afeta os recursos existentes, sendo aplicada apenas aos novos dados e registros de uso. Isso significa que é essencial garantir que todas as novas configurações de tags sejam implementadas antes da criação de novos recursos ou a coleta de novos dados, para garantir uma implementação eficaz. Além disso, o tempo de propagação das tags para os registros de uso pode levar até 24 horas, o que deve ser levado em consideração ao monitorar os dados.

Como Automatizar Tarefas e Controlar Custos no Azure: Estratégias para Eficiência e Sustentabilidade

Automatizar tarefas rotineiras no Azure pode ser uma das formas mais eficazes de gerenciar os custos operacionais, especialmente quando se trata de recursos que são usados esporadicamente ou de forma não otimizada. Criar runbooks para automatizar tarefas, como iniciar ou interromper máquinas virtuais (VMs) durante horários de pico e fora de pico, é uma abordagem prática que resulta em economia de custos significativa. Além disso, a programação da automação, utilizando horários específicos para disparar scripts de automação, pode garantir que os recursos sejam usados apenas quando necessário, evitando gastos desnecessários.

Um exemplo claro dessa automação seria o processo de desligamento de VMs em horários de baixa demanda. O uso de runbooks para automatizar esse processo não apenas reduz custos operacionais, mas também assegura que as máquinas sejam desligadas de maneira eficiente, sem a necessidade de intervenção manual. Esta prática pode ser configurada com a ajuda do Azure Automation, um serviço que oferece suporte à execução automatizada de processos sem a necessidade de recursos computacionais ativos o tempo todo.

No que diz respeito ao controle de custos, o Azure Policy permite aplicar políticas que restringem a criação de recursos de alto custo, garantindo que os recursos criados estejam dentro de limites previamente definidos. A automação da remediação através dessas políticas também é crucial: ao configurar políticas para corrigir automaticamente recursos não conformes, você pode garantir que sua infraestrutura esteja sempre alinhada às melhores práticas de governança financeira.

Além disso, o uso de etiquetas (tags) no Azure é uma ferramenta indispensável para a alocação de custos. A automação de etiquetagem pode ser configurada de maneira que as etiquetas sejam aplicadas automaticamente na criação de recursos, possibilitando uma segmentação clara por ambiente, departamento ou projeto. Através dessa prática, é possível realizar análises detalhadas dos custos associados a cada parte da organização, facilitando o rastreamento e a alocação precisa dos gastos. Relatórios automatizados que segmentam custos por tags podem oferecer uma visão valiosa sobre os gastos por equipe ou projeto, permitindo um controle ainda mais rigoroso sobre os custos.

O Azure Advisor também oferece recomendações valiosas para a otimização de custos, como o redimensionamento de VMs subutilizadas ou o desligamento de recursos desnecessários. Essas recomendações podem ser facilmente integradas com scripts de automação para implementar as medidas de economia automaticamente, tornando o processo ainda mais eficiente e livre de erros humanos. A integração dessas recomendações pode ser configurada para uma abordagem contínua de otimização de custos, garantindo que sua infraestrutura esteja sempre ajustada às necessidades reais de uso.

Outra abordagem fundamental para controlar os custos no Azure é o uso de Role-Based Access Control (RBAC), que assegura que apenas usuários autorizados possam criar ou gerenciar recursos, evitando gastos não autorizados. A configuração de funções personalizadas, com permissões específicas para tarefas de gerenciamento de custos, permite maior flexibilidade e segurança. Através do RBAC, você pode controlar de maneira rigorosa quem tem acesso a determinados recursos e garantir que as operações sejam realizadas de acordo com as diretrizes de governança estabelecidas.

A utilização das APIs e SDKs do Azure também facilita o acesso programático aos dados de custos, permitindo que as organizações integrem ferramentas de terceiros ou criem painéis personalizados para análise detalhada dos gastos. O uso de scripts do Azure PowerShell ou Azure CLI pode ser uma ferramenta poderosa para a automação da monitoração e relatórios de custos, criando uma infraestrutura de monitoramento que funcione de forma contínua e sem a necessidade de intervenção manual.

Com relação ao dimensionamento de recursos, o autoescalonamento é outra característica que pode ser configurada para ajustar automaticamente os serviços, como o Azure App Service ou conjuntos de escalonamento de máquinas virtuais, com base na demanda. Além disso, a configuração de escalonamento agendado pode garantir que a infraestrutura esteja otimizada para períodos de alta demanda, sem o risco de provisionamento excessivo durante períodos de uso baixo.

A automação na compra de instâncias reservadas ou planos de economia é uma estratégia interessante para otimizar os custos a longo prazo. O Azure oferece recomendações automatizadas que ajudam na identificação e compra dessas instâncias ou planos, tornando a gestão financeira ainda mais eficaz. Além disso, as notificações de expiração de reservas podem ser automatizadas para garantir que as renovações ou ajustes sejam feitos sem falhas.

A criação de painéis personalizados de monitoramento de custos também é uma estratégia fundamental. Esses painéis podem ser configurados para atualizar automaticamente com os dados de custo mais recentes, oferecendo uma visão em tempo real dos gastos da organização. A integração desses painéis com o Azure Monitor possibilita a criação de alertas e ações automatizadas com base em limites de custos definidos previamente, facilitando a detecção e correção de desvios de orçamento de forma proativa.

Ao adotar essas práticas e ferramentas nativas do Azure, é possível criar uma abordagem automatizada e proativa para o gerenciamento de custos. Em vez de depender de ajustes manuais constantes, você pode configurar um "piloto automático" para seus gastos, garantindo que a organização mantenha os custos sob controle enquanto foca em suas metas estratégicas.

É importante entender que a governança e a automação não são apenas ferramentas para controlar os custos; elas também oferecem uma maneira de alinhar o uso da nuvem com os objetivos de negócios de maneira sustentável. Através de uma governança eficaz, você consegue otimizar o uso dos recursos de forma que as operações se tornem mais eficientes e seguras. A automação reduz a possibilidade de erro humano, melhora a produtividade e permite uma abordagem mais ágil para gerenciar os recursos da nuvem em escala. A combinação de automação e governança no Azure não apenas ajuda a controlar os custos, mas também cria uma base sólida para um crescimento sustentável da infraestrutura em nuvem.