O gerenciamento de custos na nuvem se tornou uma das maiores prioridades para as organizações que utilizam plataformas como o Azure. Através da utilização do FOCUS, uma poderosa ferramenta de coleta e análise de dados, é possível obter insights detalhados sobre os gastos e otimizar o uso dos recursos na nuvem. Abaixo, são apresentados os passos essenciais para começar a utilizar o FOCUS, além de casos de uso práticos para a análise de custos.
O primeiro passo para começar a trabalhar com o FOCUS é acessar a seção de Gerenciamento de Custos na plataforma Azure. Lá, você deve criar uma nova exportação usando o modelo FOCUS, o que gerará os dados de faturamento no formato FOCUS. Após a configuração da exportação, é necessário fazer o download do arquivo de dados, que geralmente estará no formato CSV ou JSON. Com esses dados, você poderá começar a análise diretamente ou com o auxílio de relatórios pré-configurados fornecidos pelo Azure. Esses relatórios já vêm prontos para mostrar padrões de gasto na nuvem e são uma boa maneira de se iniciar no gerenciamento de custos.
Se você busca um nível mais avançado de análise, é possível integrar os dados do FOCUS ao Microsoft Fabric, uma ferramenta de análise que permite consultar os dados usando SQL e criar relatórios e visualizações personalizadas. Essa etapa possibilita uma exploração mais profunda dos dados de custos e proporciona uma análise de maior complexidade.
Uma das grandes vantagens do FOCUS é a biblioteca de casos de uso do FinOps fornecida pela Microsoft, que oferece consultas SQL e soluções específicas para otimizar os custos na nuvem. Esses recursos podem ser extremamente valiosos para as equipes de FinOps, pois oferecem respostas rápidas para questões comuns e ajudam a melhorar a eficiência do gasto na nuvem. Ao seguir os passos mencionados, você pode começar rapidamente a utilizar o conjunto de dados FOCUS no Azure e obter informações essenciais sobre os custos de nuvem, como será ilustrado nos exemplos a seguir.
A análise de custos de serviços ao longo do tempo pode revelar padrões de crescimento esperados ou inesperados no consumo de serviços em nuvem, uma informação essencial para que a equipe de FinOps possa priorizar as conversas de otimização de uso e tarifas com as áreas de produto, engenharia e finanças. A consulta SQL exemplificada pode ser utilizada para extrair essas informações de forma eficiente, agrupando os dados por mês, provedor e serviço. Esse tipo de análise é fundamental para detectar áreas onde o gasto na nuvem está aumentando de maneira inesperada e pode indicar a necessidade de um maior controle de consumo.
A compreensão dos custos por categoria de serviço também é um ponto crítico no gerenciamento financeiro da nuvem. A segmentação dos custos por categoria, como Análise, Computação, Banco de Dados e Armazenamento, oferece uma visão abrangente dos gastos totais e ajuda a identificar quais áreas estão consumindo mais recursos, o que pode resultar em insights úteis para otimizar o uso dos serviços.
Outra análise importante é a verificação da precisão das faturas dos provedores. O FOCUS possibilita a comparação entre os dados de cobrança e as faturas emitidas pelos provedores, o que permite a validação da exatidão dos valores cobrados, evitando discrepâncias e gastos imprevistos. Com isso, a equipe de FinOps pode garantir que os custos são corretamente alocados e correspondem às faturas emitidas.
Além das opções descritas acima, o Azure também oferece diversas outras maneiras de obter dados de custos e consumo. Uma delas é a integração com o Power BI, que permite a criação de relatórios personalizados e visualizações poderosas. Para clientes com contrato Enterprise Agreement (EA), o aplicativo Power BI do Gerenciamento de Custos é uma opção muito conveniente para começar a trabalhar com os dados de custos. A utilização do Power BI é facilitada pela conexão direta com os dados do Azure Cost Management, e com ela, é possível gerar relatórios e dashboards dinâmicos e personalizados, fornecendo uma análise clara e visual dos gastos.
O Power BI Connector do Gerenciamento de Custos do Microsoft Azure é uma ferramenta adicional que permite realizar visualizações avançadas com dados detalhados. Esse conector suporta autenticação OAuth 2.0 e requer permissões adequadas para a conexão aos dados do Azure. Com ele, você pode acessar uma série de tabelas de dados, como os resumos de saldo de contas, os eventos de faturamento, e as transações relacionadas às instâncias reservadas. Isso facilita a criação de relatórios e a análise de custos ao longo do tempo.
Essas opções de visualização e análise de dados não apenas fornecem uma visão clara dos gastos, mas também permitem um acompanhamento detalhado do consumo, facilitando o processo de otimização e controle dos custos. O uso dessas ferramentas pode ajudar a prevenir surpresas na fatura e garantir que os recursos da nuvem sejam utilizados de maneira eficiente e econômica.
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Como Gerenciar e Aplicar Tags no Azure Usando PowerShell e ARM Templates
O gerenciamento de tags no Azure é uma prática essencial para manter a organização e o controle sobre recursos na nuvem. O uso de tags permite categorizar e identificar recursos de forma eficiente, proporcionando uma forma clara de rastrear o uso e os custos, além de facilitar a governança e o compliance. Utilizar ferramentas como o PowerShell e os Azure Resource Manager (ARM) Templates pode otimizar esse processo, tornando-o mais automatizado e consistente, especialmente em grandes ambientes de nuvem.
O uso do PowerShell para aplicar tags oferece flexibilidade e automação, essenciais para o gerenciamento em larga escala. A seguir, abordamos como utilizar o PowerShell para aplicar, listar, atualizar e remover tags, além de como incorporar tags diretamente nos ARM Templates para que a aplicação seja feita durante o processo de implantação de recursos.
Primeiramente, é necessário garantir que o Azure PowerShell esteja instalado na máquina local. Para isso, execute o seguinte comando no PowerShell:
Após a instalação, faça login na sua conta do Azure:
Com a autenticação realizada, podemos aplicar as tags aos recursos. O comando a seguir ilustra como adicionar tags a uma máquina virtual específica:
Além de adicionar tags, o PowerShell também permite listar as tags associadas a um recurso. Para obter as tags de uma máquina virtual, por exemplo, utilize o seguinte comando:
É possível também listar as tags por grupo de recursos ou por assinatura:
Além disso, a ferramenta permite que as tags sejam atualizadas ou removidas de forma rápida e eficiente. Para atualizar uma tag existente, você pode usar o comando Update-AzTag, passando o parâmetro -Operation Replace:
Para remover tags, basta adicionar o parâmetro -Operation Delete:
Esses comandos permitem um gerenciamento eficiente das tags nos recursos do Azure, com a vantagem de poderem ser automatizados e aplicados em grande escala.
Incorporando Tags nos ARM Templates
Outra maneira poderosa de gerenciar tags é incorporá-las diretamente nos ARM Templates. Essa abordagem elimina a necessidade de aplicação manual após o provisionamento dos recursos. Ao definir tags dentro do template, elas são automaticamente aplicadas durante a criação do recurso, garantindo consistência e redução do risco de erros.
Um exemplo de ARM Template para criar uma máquina virtual com tags seria:
Esse template declara que a máquina virtual "myVM" será criada na região "eastus" e será marcada com as tags "Department" e "Project". O uso de ARM Templates proporciona uma maneira declarativa e escalável de aplicar tags a múltiplos recursos simultaneamente.
Para implantar o template, você pode usar o Azure CLI ou PowerShell. No PowerShell, o comando seria:
Após a implantação, as tags podem ser verificadas diretamente na interface do Azure ou com comandos PowerShell, como mostrado anteriormente.
Herança de Tags e Benefícios
A herança de tags no Azure é uma funcionalidade que permite a propagação de tags aplicadas em níveis superiores, como grupos de recursos ou assinaturas, para os recursos filhos dentro dessas estruturas. Isso facilita o gerenciamento e a aplicação consistente de tags em toda a organização. A herança pode ser configurada por meio do Azure Cost Management ou de políticas de governança, garantindo que a estrutura de tags seja mantida sem a necessidade de intervenção manual em cada recurso.
A herança de tags oferece diversos benefícios:
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Gestão de Custos Simplificada: Ao aplicar tags em níveis superiores, é possível categorizá-los automaticamente em todos os recursos filhos, o que facilita a alocação e o rastreamento de custos.
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Visibilidade Financeira Aprimorada: Tags permitem que as despesas sejam associadas a unidades de negócios, equipes ou projetos específicos, proporcionando uma visão detalhada dos gastos.
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Redução da Sobrecarga Operacional: Ao eliminar a necessidade de aplicar tags manualmente a cada novo recurso, os administradores ganham eficiência.
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Consistência: Tags aplicadas de forma consistente garantem que todos os recursos sejam categorizados de maneira uniforme, facilitando relatórios e auditorias.
Implementar a herança de tags é um passo importante para as práticas de FinOps, uma vez que proporciona maior clareza e controle sobre os gastos na nuvem, ao mesmo tempo em que reduz a carga administrativa associada ao gerenciamento de tags.
Por fim, a herança de tags facilita a alocação de custos com base em unidades de negócios, departamentos ou projetos, e pode ser configurada facilmente através do Azure Portal, garantindo que as práticas de governança estejam alinhadas com as políticas da organização.
Como obter economia significativa com Azure Reservations e Azure Savings Plans?
A escolha entre Azure Reservations e Azure Savings Plans representa uma decisão estratégica essencial para organizações que buscam reduzir custos operacionais na nuvem sem comprometer desempenho, confiabilidade ou escalabilidade. Ambas as opções oferecem modelos de economia por meio de compromissos de longo prazo com os serviços da Azure, mas com níveis distintos de flexibilidade, aplicabilidade e impacto financeiro. Compreender esses modelos exige atenção cuidadosa aos padrões de uso, previsibilidade de cargas de trabalho e objetivos organizacionais de médio a longo prazo.
Azure Reservations oferecem descontos substanciais — que podem chegar até 72% — ao comprometer recursos específicos como máquinas virtuais, bancos de dados SQL, App Services ou recursos de armazenamento por períodos de um ou três anos. A lógica subjacente é simples: em troca da previsibilidade de uso, a Azure oferece preços mais baixos. No entanto, essa previsibilidade vem à custa da flexibilidade. Os recursos reservados são vinculados a tipos específicos de instância, regiões e escopos administrativos (como assinatura ou grupo de recursos), o que exige planejamento preciso e conhecimento detalhado do ambiente de TI. Por exemplo, workloads previsíveis como bancos de dados gerenciados ou serviços web com demanda estável são candidatos ideais para reservas. Em cenários de uso intensivo e contínuo, como análises em Synapse SQL pools, os descontos podem atingir até 65%, consolidando-se como uma das opções mais vantajosas para ambientes analíticos de grande escala.
Por outro lado, Azure Savings Plans oferecem um equilíbrio entre economia e flexibilidade. Em vez de comprometer tipos específicos de recurso, o usuário compromete-se com um gasto horário fixo em recursos de computação, como máquinas virtuais, App Services e Azure Functions. Esse modelo permite maior adaptabilidade a mudanças na carga de trabalho, mantendo ainda assim descontos relevantes — variando entre 30% e 65% dependendo da duração do compromisso e do tipo de serviço. A lógica de aplicação automática dos maiores descontos primeiro permite uma gestão inteligente dos recursos, otimizando os benefícios financeiros sem a necessidade de administração granular. Além disso, o plano pode ser pago de forma mensal ou antecipada, oferecendo liberdade orçamentária sem alteração do valor total.
Ambos os modelos requerem avaliação contínua de desempenho e utilização. A aquisição isolada, sem monitoramento posterior, raramente resulta em economia real. Ferramentas como Azure Advisor e Cost Management tornam-se indispensáveis na análise de padrões de uso, permitindo decisões baseadas em dados e ajustes finos — seja na mudança de escopo de uma reserva, na divisão ou fusão de reservas existentes, ou na redefinição do compromisso financeiro de um Savings Plan.
A escolha do escopo adequado também é crítica. Com a possibilidade de aplicar reservas a nível de assinatura ou grupo de recursos (e, em modo de pré-visualização, a grupos de gerenciamento), torna-se possível alinhar a estratégia de alocação de custos com a estrutura organizacional, favorecendo a governança e a responsabilização por centros de custo.
A aquisição, em ambos os casos, é feita diretamente pelo portal Azure, em processos intuitivos mas que exigem atenção a cada etapa: seleção do serviço, definição da região, escolha do termo de compromisso, especificação da quantidade ou gasto horário, e validação das informações antes da compra. O modelo de descontos é aplicado automaticamente aos recursos compatíveis, o que torna imperativo garantir que os recursos ativos correspondam às condições da reserva ou plano adquirido.
O que se observa é que o verdadeiro valor desses instrumentos vai além dos descontos diretos. Eles impõem uma disciplina de planejamento de capacidade e incentivam práticas mais maduras de governança financeira na nuvem. A possibilidade de trocas parciais em determinadas reservas, ou mesmo reembolsos e realocações, mitiga parcialmente o risco de imprecisão no planejamento inicial. Contudo, a margem de manobra permanece limitada, especialmente no modelo de Reservations.
Importante compreender que a adoção dessas práticas exige maturidade organizacional: a habilidade de prever uso com base em dados históricos, a capacidade de alinhar times de TI e Finanças na tomada de decisão, e o uso contínuo de ferramentas analíticas para ajustes estratégicos. A cultura de otimização de custos deve estar presente desde a concepção de workloads até o seu ciclo de vida completo na nuvem.
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