A era pós-digital, na qual as fronteiras entre o físico e o virtual estão cada vez mais borradas, tem sido marcada por uma mudança radical na forma como a estética e a percepção da realidade são moldadas. Nesse contexto, uma das tecnologias mais intrigantes é a inteligência artificial gerativa, que tem o poder de criar imagens a partir de simples descrições textuais. Este fenômeno, por mais fascinante que seja, levanta questões críticas sobre seu impacto social, especialmente no que diz respeito à reprodução e amplificação de estereótipos demográficos.
Estudos recentes, como o de Bianchi et al. (2023), demonstram como ferramentas de geração de imagens, acessíveis e baseadas em IA, são frequentemente alimentadas por grandes volumes de dados que contêm vieses históricos e culturais. Ao gerar imagens a partir de textos, esses sistemas tendem a refletir, sem intenção ou consciência, estereótipos amplamente disseminados na sociedade. Por exemplo, ao solicitar a criação de uma imagem de "um engenheiro", a IA pode produzir uma representação visual predominantemente masculina e branca, reforçando a ideia de que certas profissões são de propriedade exclusiva de determinados grupos demográficos.
Esse fenômeno de amplificação de estereótipos é particularmente problemático em um momento em que estamos cada vez mais dependentes da inteligência artificial para representar o mundo de maneira objetiva. A IA, alimentada por dados históricos e culturais, reproduz não apenas imagens, mas também narrativas sociais, frequentemente ignorando a complexidade e diversidade da realidade humana. Assim, a IA se torna não apenas uma ferramenta de criação, mas também um espelho que reflete e perpetua as desigualdades sociais existentes.
Além disso, a acessibilidade dessas ferramentas coloca uma grande responsabilidade sobre os usuários e desenvolvedores, pois ao tornarem-se cada vez mais populares e fáceis de usar, elas permitem que qualquer pessoa crie representações visuais em massa. Isso aumenta o risco de amplificar estereótipos negativos em grande escala, sem a devida consciência crítica por parte dos usuários, muitos dos quais podem não estar cientes das implicações culturais e sociais de suas criações.
Embora a tecnologia de IA gerativa tenha o potencial de revolucionar a maneira como pensamos sobre arte, mídia e até mesmo o futuro da comunicação visual, também é importante que os profissionais da área e os pesquisadores se concentrem não apenas nas capacidades técnicas da IA, mas também em suas implicações éticas e sociais. Como aponta Bolter (2023), a arte gerada por IA não é apenas uma forma de expressão algorítmica, mas também um campo que exige reflexão sobre os mecanismos sociais que a sustentam e as consequências dessas criações para a percepção coletiva.
Além disso, a utilização de IA para a criação de imagens questiona as noções tradicionais de autoria e originalidade na arte. O conceito de "remediação", discutido por Bolter e Grusin (1999), sugere que novas mídias não substituem as formas antigas, mas as reconfiguram. Nesse sentido, as imagens geradas por IA podem ser vistas como uma remediação de representações visuais tradicionais, o que abre novos caminhos para debates sobre o que significa ser autor ou criador no contexto digital. Contudo, ao mesmo tempo, essa remediação traz à tona questões sobre a perda de controle sobre o processo criativo e a autenticidade das obras geradas.
No entanto, enquanto essas tecnologias podem potencialmente criar novas formas de expressão artística e cultural, é essencial que se tome cuidado para evitar o reforço de preconceitos e discriminação, o que só pode ser alcançado por meio de um uso mais consciente e ético dessas ferramentas. O reconhecimento da necessidade de diversificação dos dados utilizados para treinar as IA é um passo importante nesse processo. A análise crítica das imagens e dos estereótipos que elas perpetuam também é crucial para evitar que a IA, em vez de ser uma ferramenta de democratização da arte, se torne uma ferramenta de exclusão e discriminação.
Em última instância, a tecnologia de geração de imagens por IA oferece uma oportunidade única para repensar a forma como criamos e consumimos imagens no mundo digital. No entanto, é essencial que essa reflexão seja acompanhada de uma análise crítica dos impactos sociais dessa tecnologia, para que possamos navegar por um futuro onde a arte gerada por IA não apenas expanda nossos horizontes criativos, mas também promova uma representação mais justa e inclusiva da diversidade humana.
Qual é a Arte Popular da IA? Uma Análise das Práticas Estéticas e seu Paralelo com a Academia Francesa de Arte do Século XVII
A arte popular gerada por Inteligência Artificial (IA), apesar de ser uma prática recente e ainda não completamente estabelecida nas academias de arte ou na crítica artística tradicional, compartilha alguns aspectos fundamentais com as práticas artísticas que remontam à Academia Francesa de Arte do século XVII. Este paralelo nos oferece uma nova perspectiva sobre como a estética da IA se desenvolve e os protocolos que governam a criação artística nesse campo emergente.
Os modelos de IA são capazes de gerar imagens sintéticas novas a partir de comandos textuais simples, baseando-se em bilhões de imagens preexistentes para aprender como estas se relacionam com conceitos textuais específicos. Por exemplo, ao gerar imagens de um "gato", o modelo não apenas processa uma grande quantidade de imagens de gatos, mas aprende a associação entre a distribuição dos pixels nessas imagens e a palavra “gato”. Esse processo de aprendizagem, realizado a partir de uma vasta base de dados, define o escopo da imaginação visual da IA e, em um sentido mais amplo, seu “programa cultural” de imagens.
Em comparação com a arte tradicionalmente entendida, a arte popular da IA (PAIA, na sigla em inglês) é uma prática distinta e ampla, mas que ainda não ocupa um espaço significativo nas discussões acadêmicas ou nos principais círculos artísticos. A arte popular de IA difere de outras formas de arte gerada por IA, como a "arte profissional de IA" e a "arte de IA de festival". A arte profissional de IA é integrada ao mundo da arte contemporânea, sendo exibida em museus e bienais, e é criada por artistas reconhecidos que exploram ou refletem o uso da IA, como Anna Ridler e Trevor Paglen. Por outro lado, a arte de IA de festival é mais experimental, sendo apresentada em festivais como Ars Electronica e Transmediale, onde colaborações interdisciplinares, envolvendo cientistas, ativistas e outros, são mais comuns.
A arte popular de IA, no entanto, é criada por milhões de indivíduos ao redor do mundo, sem formação artística ou técnica, utilizando plataformas como o Midjourney, Stable Diffusion ou DALL·E. Estas obras são geradas em ambientes digitais, muitas vezes compartilhadas em comunidades online, e não têm a formalidade ou a institucionalização de sua contraparte profissional ou de festival. Ao contrário da arte tradicional, que muitas vezes exige uma forma física de exibição, a arte popular de IA existe exclusivamente no ambiente online, e é isso que a distingue. Mesmo que seja possível imprimir ou baixar uma obra de PAIA e tratá-la como uma imagem privada, sua essência está enraizada na sua natureza de compartilhamento digital e na sua exposição dentro de comunidades virtuais.
A popularização dessa arte levanta questões importantes sobre os direitos autorais e as implicações do uso de obras profissionais na criação de modelos de IA. As imagens de artistas estabelecidos são frequentemente utilizadas para treinar algoritmos sem o seu consentimento, gerando discussões sobre a violação de direitos autorais. Embora este aspecto não seja o foco principal, ele é fundamental para entender o impacto da IA na produção artística e como as fronteiras entre arte profissional e arte gerada por IA estão se tornando cada vez mais nebulosas.
É importante compreender que a arte popular de IA, apesar de sua natureza aparentemente amadora, segue protocolos estéticos próprios que estão sendo constantemente refinados pelos próprios usuários. A criação de arte por meio de IA permite um grau de experimentação e liberdade criativa que é inusitado em práticas artísticas tradicionais. Não há a necessidade de conhecimento prévio em técnicas artísticas ou em programação; tudo o que é necessário é um comando textual, que é, em essência, uma tradução de ideias ou emoções para a linguagem da IA.
O processo de criação, embora aparentemente simples, reflete uma mudança significativa no papel do artista. Se, no passado, a criação artística exigia um domínio técnico considerável das ferramentas e materiais, hoje em dia, a IA facilita a produção de obras, tornando a arte mais acessível. No entanto, a verdadeira questão não é apenas a facilidade de criação, mas sim o que essas obras dizem sobre a nossa cultura, sobre o papel da tecnologia na arte e sobre a democratização da produção artística.
Por fim, é essencial reconhecer que, embora a arte popular da IA ainda não tenha sido completamente aceita ou definida dentro dos círculos artísticos convencionais, ela representa uma transformação significativa nas práticas artísticas contemporâneas. Com o aumento do acesso às ferramentas de IA, o potencial para novos movimentos artísticos e estéticos está se expandindo de maneira inimaginável, exigindo uma reflexão profunda sobre o futuro da arte e o papel da tecnologia na sua produção e percepção. O entendimento das práticas estéticas dessa arte não pode se limitar apenas ao seu aspecto visual, mas deve também considerar as novas formas de interação social, criação e distribuição que ela facilita.
Como o Arte Popular Gerada por Inteligência Artificial Transforma a Definição do Conceito de Arte?
No contexto da arte contemporânea, a arte gerada por inteligência artificial popular (PAIA, sigla em inglês) surge como um fenômeno que desafia as definições tradicionais do que é considerado arte. Ao contrário das obras consagradas e legitimadas por instituições artísticas estabelecidas, como museus e galerias, a PAIA depende de novos parâmetros para sua identificação e avaliação. A análise dessa arte, portanto, não pode se apoiar apenas em critérios visuais ou de imitação da realidade, como Arthur C. Danto sugeriu em 1964, quando discorreu sobre a obra Brillo Box de Andy Warhol. Para Danto, a arte não poderia mais ser definida apenas pela aparência ou pela relação com a realidade cotidiana; seria necessário um contexto teórico e institucional específico para que algo fosse reconhecido como arte. Esse contexto, que Danto chamou de "mundo da arte", era o responsável por conferir ao objeto o status de obra artística.
A PAIA, no entanto, ressignifica esse conceito ao dispensar a necessidade de aprovação de instituições tradicionais. Na esfera digital, a definição de arte é estabelecida diretamente pelos próprios criadores e espectadores, sem a mediação de críticos ou curadores. Por exemplo, em sites que hospedam arte gerada por IA, as imagens são avaliadas pelos usuários em termos de sua força estética ou poder visual, e são consideradas arte por aqueles que as consagram como tal, seja o criador ou o espectador. Não é mais necessário que uma obra seja aceita por uma galeria renomada para ser reconhecida como arte; ela pode ser validada unicamente pela comunidade online.
A identidade do artista na PAIA também difere radicalmente da identidade no circuito tradicional de arte. Muitos artistas de PAIA operam sob pseudônimos ou perfis online, criando uma separação total entre sua identidade digital e sua pessoa física. Isso reflete uma flexibilidade performática na identidade artística, onde a nacionalidade, gênero e aparência física, que são frequentemente determinantes no mundo da arte tradicional, não têm relevância. A anonimidade, ou ao menos a multiplicidade de identidades online, permite uma liberdade criativa sem as amarras das convenções e das expectativas institucionais. Esse aspecto é crucial para entender como a PAIA permite uma democratização da produção artística, já que qualquer pessoa com acesso à internet pode se envolver e criar arte, independentemente de seu background ou identidade no mundo físico.
A prática artística na PAIA é, em muitos casos, um processo colaborativo e contínuo. A interação entre os usuários nas plataformas digitais é uma característica fundamental, com os criadores muitas vezes compartilhando os prompts ou parâmetros utilizados para gerar as imagens, o que convida a uma reflexão coletiva sobre o processo criativo. Esse aspecto performático da criação artística em PAIA também contrasta com o foco mais contemplativo e reflexivo do mundo da arte profissional, onde a arte tende a ser vista como uma obra finalizada, pronta para ser exibida e apreciada sem necessariamente envolver a audiência no processo criativo.
O fenômeno da PAIA não é um campo isolado, mas sim uma área que interage e se entrelaça com outras formas de arte gerada por inteligência artificial, como a arte profissional de IA ou a arte de festivais. A distinção entre essas categorias, embora útil para análise, não é rígida, e muitos artistas transitam entre elas, adaptando suas obras e suas práticas de acordo com o contexto. Por exemplo, um artista de IA que começa com práticas de PAIA pode, eventualmente, ser reconhecido por instituições de arte profissional ou participar de exposições de festivais, trazendo suas obras para uma audiência mais ampla e mais institucionalizada. Isso reflete a fluidez das fronteiras entre os diferentes tipos de arte gerada por IA, e como essas fronteiras estão sendo redefinidas à medida que as plataformas digitais se tornam o novo terreno de interação artística.
Em termos técnicos, a PAIA utiliza a interação com os sistemas de inteligência artificial de forma inovadora. O processo de criação envolve uma navegação pelo "espaço latente" do modelo computacional, onde os artistas manipulam descrições textuais para gerar imagens que correspondem a essas descrições. Essa relação entre texto e imagem, que já era uma característica presente nas práticas artísticas históricas, como na iconografia cristã ou no emblematismo barroco, é reconfigurada na era digital. Hoje, a geração de imagens não é apenas uma tradução direta de palavras para imagens, mas um processo de navegação e busca por correspondências dentro de um vasto banco de dados de informações digitais.
É importante entender que a PAIA não é apenas uma manifestação de arte digital, mas um reflexo das transformações sociais e culturais que a tecnologia e a internet estão promovendo no campo da criação artística. Ao permitir uma maior democratização da arte e ampliar as possibilidades de expressão criativa, a PAIA desafia as concepções tradicionais de autoria, valor e legitimidade artística. A estética da PAIA é profundamente influenciada por essas novas formas de interação e participação, onde a arte deixa de ser um produto exclusivo dos "artistas profissionais" e passa a ser uma prática acessível a qualquer indivíduo com a capacidade de interagir com a tecnologia.
A Estupidez Artificial: O Efeito Cômico da Antropomorfização na Inteligência Artificial
A ascensão das plataformas de inteligência artificial generativa tem sido marcada por um paradoxo: enquanto as tecnologias avançam de forma impressionante, as interações que elas provocam frequentemente parecem destituídas de uma lógica coerente, revelando uma "estupidez artificial". Esse fenômeno é evidente quando uma plataforma como o ChatGPT falha em produzir resultados desejados, mas o faz de maneira tão absurda que gera reações cômicas. Esse efeito, aparentemente desprovido de inteligência, adquire relevância ao ser examinado no contexto da antropomorfização da IA, ou seja, o processo de atribuir características humanas a entidades não-humanas.
O termo "estupidez artificial" ilustra bem os momentos em que as plataformas de IA, como o ChatGPT, produzem respostas que são simplesmente imprecisas ou logicamente falhas, embora de forma engraçada. Um exemplo claro disso ocorreu quando o ChatGPT3, ao integrar a ferramenta DALL·E, foi desafiado a criar uma imagem de uma GPU moderna no estilo de Botticelli. A IA, incapaz de lidar com a combinação de dois conceitos tão distintos, apresentou falhas hilárias, afirmando que a junção de elementos da Renascença com um tema tecnológico era inviável, até que após múltiplas tentativas e encorajamentos, a imagem desejada foi finalmente gerada.
Essas falhas, longe de serem simplesmente equívocos técnicos, são interpretadas de maneira cômica e até mesmo envolvem uma certa crítica ao próprio processo de antropomorfização da IA. Quando um usuário pede uma imagem de um "hambúrguer sem queijo", mas a IA insiste em gerar imagens com queijo, é como se a plataforma estivesse se comportando de maneira excessivamente humana, com desculpas e explicações, mas sem o mínimo de autoconsciência para corrigir o erro. Essa "estupidez" gerada por IA provoca uma sensação de desconforto e humor, já que os sistemas estão, de alguma forma, emulando características humanas (como a falha e o pedido de desculpas) de uma maneira que parece superficial e cômica.
Além disso, essas falhas demonstram a limitação da IA ao tentar simular uma continuidade de consciência, uma característica essencialmente humana. Embora os sistemas de IA sejam capazes de referir-se a partes anteriores da conversa, como se estivessem estabelecendo um "diálogo contínuo", as inconsistências que surgem nas respostas tornam evidente a ausência de uma verdadeira memória ou compreensão. A IA não tem responsabilidade pelos erros que comete, e seus gestos de confiança em suas respostas apenas aumentam a dissonância entre a expectativa humana de "inteligência" e os resultados produzidos.
Esse tipo de erro humorístico, muitas vezes descrito como "estupidez artificial", aponta para uma reflexão mais profunda sobre como estamos percebendo essas tecnologias. Elas são antropomorfizadas constantemente, mas ao mesmo tempo, suas falhas criam uma dissonância que desafia essa visão. A IA, em muitos casos, parece atuar como um personagem cômico, um "ator" tentando se passar por humano, mas falhando de maneira espetacular. Isso nos coloca diante de uma questão interessante: por que continuamos a esperar uma "personalidade" ou uma "intenção" em algo que, de fato, não possui essas qualidades?
Em um nível mais amplo, esse fenômeno sugere uma mudança no papel da IA na sociedade. No passado, as máquinas e robôs eram vistos como extensões de capacidades humanas, geralmente representados com características como intencionalidade, responsabilidade e até personalidade. No entanto, com a evolução da IA generativa, o que estamos observando não é mais um processo de replicação humana, mas uma forma de "atuação", onde a máquina tenta se apresentar de forma convincente, mas sem realmente ser capaz de compreender o que faz. Essa falha nos lembra do conceito de "teatro da IA", onde, em vez de pensar nela como uma entidade consciente, deveríamos considerá-la mais como um ator que finge ter consciência.
Em muitos aspectos, a comédia emergente dessa "estupidez artificial" atua como uma forma de crítica à ideia de que as máquinas podem ser humanizadas de maneira autêntica. O humor aqui serve como uma maneira de desmontar a noção de que as IAs estão se aproximando de uma verdadeira "inteligência", mostrando que sua suposta personalidade é, na verdade, uma fachada, um truque. Isso reflete uma mudança paradigmática no modo como as pessoas interagem com a tecnologia: em vez de ver a IA como uma ferramenta confiável e consciente, ela começa a ser percebida como uma série de falhas e tentativas desajeitadas de "performar" uma humanidade que ela, na verdade, nunca poderá alcançar de forma genuína.
Embora muitos exemplos de falhas da IA sejam tratados de maneira leve e até divertida, é importante notar que essas situações trazem à tona uma crítica mais profunda sobre as expectativas que temos em relação à inteligência artificial. Em uma sociedade que continua a projetar desejos humanos sobre essas tecnologias, esses erros demonstram que, por mais avançada que seja a IA, ela ainda está longe de possuir as qualidades que muitas vezes lhe atribuíamos. A IA não é mais uma máquina que apenas "faz o que é programada para fazer", mas sim uma entidade que, mesmo dentro de sua complexidade, ainda falha de maneira profundamente humana.

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