O radar FMCW (Frequency-Modulated Continuous Wave) tem se mostrado uma solução inovadora e eficaz na assistência à navegação de pessoas com deficiência visual. No contexto desse sistema, as antenas de patch serial desempenham um papel crucial na detecção de obstáculos e na melhoria da segurança e mobilidade. A tecnologia que integra radar FMCW e antenas de patch serial é particularmente vantajosa para dispositivos compactos, como as bengalas brancas equipadas com radar, que são usadas por pessoas com deficiência visual. Para entender melhor essa aplicação, é essencial observar o design das antenas e como elas interagem com os sinais de radar para otimizar a detecção de objetos e obstáculos.
O projeto do radar FMCW usa uma combinação de guias de onda, como microstrip (MS), coplanar waveguide aterrada (GCPW) e coplanar waveguide (CPW). A principal ideia é permitir uma flutuação gradual do campo elétrico enquanto se mantém a impedância característica de cada seção em 50 ohms. O uso dessas três configurações de guias de onda tem a vantagem de manter uma transição suave entre os campos, o que é fundamental para reduzir perdas de inserção e evitar problemas parasíticos e radiativos.
O design da antena de patch serial é fundamental para o bom funcionamento do radar FMCW. Cada elemento da antena de patch é projetado de forma a otimizar a resposta da radiação, com um array retangular 8x1 escolhendo uma configuração de antena de cosseno para aumentar a resolução azimutal. O elemento da antena de patch tem dimensões baseadas na metade do comprimento de onda a 77 GHz, com um plano de terra em ambos os lados e um desvio no feed para aumentar a largura de banda. A rotação de 90 graus da antena de patch em torno do eixo Y permite que a radiação seja direcionada principalmente ao eixo X, o que é importante para otimizar a direção do sinal.
Além disso, o comportamento da impedância é um fator crucial no desempenho do radar. A impedância de entrada da antena, que é medida em ohms, afeta diretamente a eficiência de transmissão e recepção dos sinais. O uso da equação de impedância ajuda a otimizar a adaptação da antena para as condições específicas de operação, levando em consideração a variação de temperatura, umidade e orientação da bengala. As medições de impedância permitem não apenas verificar a ressonância da antena, mas também ajustar o sistema para melhorar o desempenho, mesmo em ambientes desafiadores.
A eficiência do radar FMCW com antenas de patch serial também está relacionada à sua capacidade de operar em uma ampla faixa de frequências, entre 0,007 GHz e 0,008 GHz, com um ganho de largura de banda de 2,4 GHz. A resposta do sistema pode ser ajustada por meio do alinhamento correto das linhas de alimentação e do espaçamento entre os elementos da antena. A melhoria da geometria e da disposição dos componentes da antena, como a redução do gap entre os elementos, tem um impacto significativo na resposta da antena e no desempenho geral do radar.
Além das características técnicas da antena, a adaptação do sistema de radar para o uso em dispositivos portáteis, como a bengala branca, exige a consideração de fatores como a eficiência energética e a interface de usuário. Para garantir que a bengala equipada com radar seja prática e útil, é fundamental otimizar o consumo de energia, permitindo períodos mais longos de uso. Além disso, a interface do usuário deve ser intuitiva e fornecer feedback vibratório ou háptico, para que a pessoa com deficiência visual tenha informações claras sobre os obstáculos à sua frente.
O radar FMCW assistido por antenas de patch serial não apenas oferece uma solução compacta e eficiente para a navegação de pessoas com deficiência visual, mas também representa um avanço significativo na integração de tecnologias de radar em dispositivos portáteis. A adaptação da antena e o design do sistema de radar, aliados à precisão no controle de parâmetros como impedância e largura de banda, tornam essa tecnologia uma ferramenta poderosa para melhorar a mobilidade e a segurança de indivíduos com deficiência visual.
Como a Comunicação entre Veículos Está Transformando a Mobilidade: A Era do Internet das Coisas e a Convergência de Tecnologias
A comunicação entre veículos (V2V) está se tornando uma pedra angular na evolução da mobilidade moderna. Em uma rede V2V, os veículos podem se comunicar diretamente entre si, sem a necessidade de dispositivos móveis, formando uma rede de troca de dados instantânea. No entanto, essa conectividade enfrenta limitações, como a distância e a linha de visão, o que pode impactar a eficácia da comunicação em áreas mais amplas e complexas.
A comunicação veículo-infraestrutura (V2I) expande essas interações, permitindo que os veículos se conectem com unidades de infraestrutura rodoviária (RSUs). Isso cria um canal de comunicação mais robusto, conectando veículos a redes maiores por meio das RSUs, o que possibilita serviços avançados, como monitoramento de tráfego em tempo real e estacionamento inteligente. No entanto, a eficácia dessa tecnologia depende da distribuição geográfica das RSUs, um fator que ainda limita seu alcance em algumas áreas urbanas.
A comunicação veículo-pedestre (V2P) foca na troca de dados entre veículos e dispositivos móveis carregados por pedestres, ciclistas e outros usuários vulneráveis das vias. Esta interação visa melhorar a segurança dos pedestres, alertando-os sobre riscos de acidentes e melhorando a visibilidade dos usuários. Contudo, problemas como a interferência radioelétrica e a utilização de equipamentos limitados ainda representam desafios na implementação desta tecnologia.
No contexto da rede móvel, a comunicação veículo-rede (V2N) integra os veículos com redes móveis, como o 5G, proporcionando conectividade além da linha de visão e suportando serviços de maior largura de banda. Essa integração, embora promissora, exige a expansão da infraestrutura para garantir conectividade em todas as localizações. Juntas, essas redes formam um complexo ecossistema de comunicação, conhecido como o "Internet Social dos Veículos" (SIoV), que é uma extensão das redes veiculares ad hoc (VANETs).
O aumento exponencial no número de veículos nas cidades tem gerado congestionamentos de tráfego, um problema crescente desde o lançamento do VANET em 2001. O objetivo inicial das VANETs era proporcionar condução segura e confortável, baseando-se no conceito de redes privadas móveis (MANET). Contudo, o layout das cidades modernas apresenta desafios consideráveis, como restrições de tráfego e vulnerabilidades na conectividade, onde a desconexão de um único veículo pode afetar toda a rede. Apesar de mais de uma década de operação, as VANETs não conseguiram superar esses desafios de forma efetiva.
Em contraste, a Internet dos Veículos (IoV) exibe uma inteligência significativa, incorporando a inteligência artificial (IA) e redes de aprendizado profundo. Diferente das VANETs, cujo objetivo principal era melhorar a segurança e eficiência do tráfego por meio da comunicação em tempo real, o IoV vai além, utilizando redes neurais convolucionais para extrair características relevantes dos dados brutos, como imagens de câmeras e pontos LiDAR. O uso de técnicas de aprendizado profundo não supervisionado, como autoencoders, facilita a extração de características poderosas, mesmo a partir de perfis de veículos não rotulados, minimizando a necessidade de etiquetagem cara e oferecendo uma solução eficaz para encontrar incertezas nos dados.
A IoV também se integra a sistemas de transporte mais amplos, como a aviação. Na aviação, a arquitetura da IoV envolve a integração de sistemas de aeronaves, veículos terrestres e infraestrutura, apoiada por sistemas de processamento de dados centralizados e descentralizados. As aeronaves equipadas com sensores habilitados para IoV realizam diagnósticos em tempo real e compartilham dados, o que permite uma manutenção preditiva e uma maior eficiência operacional. Veículos terrestres, como carros de bagagem e caminhões de combustível, se comunicam por meio dos frameworks V2V e V2I, otimizando a coordenação e a segurança nas operações. A infraestrutura habilitada para IoV, incluindo pistas de pouso, taxiways e sistemas de controle de tráfego aéreo, facilita o alocamento de recursos e a sincronização das operações.
O papel da computação em borda (edge computing) é fundamental nesse cenário, processando dados localmente para reduzir a latência em tarefas de alta prioridade. Além disso, os sistemas em nuvem oferecem plataformas centralizadas para análise de dados a longo prazo e colaboração entre aeroportos, garantindo uma visão unificada e coordenada.
A comunicação V2V, V2I e V2N no contexto da IoV não se limita à aviação. Esses paradigmas de comunicação criam um sistema robusto e interconectado que endereça as demandas dinâmicas dos ambientes modernos, tanto no transporte rodoviário quanto no aéreo. A transmissão de dados em alta velocidade por redes 5G, por exemplo, torna-se essencial para suportar aplicações de alta largura de banda, como a sincronização de operações e a minimização de riscos de colisões.
Além da conectividade entre veículos, o avanço no uso da Internet das Coisas (IoT) nas indústrias automotiva e aeronáutica está criando uma revolução na forma como gerenciamos a segurança, o desempenho e a manutenção dos veículos. Sensores inteligentes e dispositivos conectados dentro dos veículos estão gerando um volume crescente de dados, os quais, quando bem processados, podem fornecer insights valiosos para otimizar o desempenho dos veículos e a experiência do motorista.
Porém, a simples geração de dados não é suficiente. Para que o potencial da IoT se realize plenamente, é necessário aplicar técnicas avançadas de extração de características, de modo a extrair informações úteis dos fluxos de dados provenientes dos sensores a bordo, câmeras e outros dispositivos habilitados para IoT. A extração de características atua como uma chave para transformar os dados complexos em insights acionáveis, oferecendo um vislumbre do que está por vir na próxima geração de tecnologias automotivas.
Como o Modelo SHELL Pode Ser Atualizado para Enfrentar os Desafios da Aviação na Era Digital
O Modelo SHELL, desenvolvido por Edwards em 1972, continua sendo uma ferramenta essencial para a análise da interação entre humanos e sistemas em aviões. Originalmente concebido para apoiar a segurança operacional, a investigação de acidentes e a análise de tarefas na cabine de pilotagem, o modelo ganhou notoriedade por sua estrutura que inclui quatro blocos fundamentais: Software, Hardware, Liveware (elemento humano), e o Ambiente. Esses blocos trabalham juntos para explicar a relação entre os componentes de um sistema aeronáutico e o desempenho do piloto. Com o tempo, o modelo sofreu algumas modificações, sendo a mais significativa a introdução de uma segunda camada de Liveware, para refletir a interação entre o piloto e outras pessoas envolvidas na operação, como controladores de tráfego aéreo e tripulação.
Nos anos seguintes ao desenvolvimento inicial do SHELL, o modelo foi amplamente aceito e implementado como ferramenta para a educação em fatores humanos, investigação de acidentes e prevenção de falhas humanas. Porém, uma análise mais crítica do modelo à luz das transformações digitais recentes revela que ele não abrange adequadamente os novos desafios enfrentados pela aviação moderna, em particular aqueles ligados à digitalização dos cockpits e ao papel crescente dos sistemas computacionais na operação das aeronaves.
No contexto atual, as aeronaves estão cada vez mais dependentes de sistemas eletrônicos e computacionais sofisticados, que afetam tanto a operação dos aviões quanto a interação entre piloto e aeronave. A implementação de cockpits de vidro, o uso de sistemas de gerenciamento de voo e a automação de várias funções aumentaram a complexidade dos sistemas e das interfaces de usuário, criando novas áreas de risco que o modelo SHELL original não contemplava.
O bloqueio do modelo que trata do "hardware", por exemplo, referia-se originalmente aos componentes físicos das aeronaves, como controles e displays. Contudo, com a integração de sistemas computacionais de controle, o "hardware" agora também inclui elementos digitais, como computadores de bordo que controlam o desempenho da aeronave, sistemas de navegação e displays de instrumentos. A interação do piloto com esses sistemas vai além de simples comandos de controle; ela envolve a compreensão e a reação a informações digitais que são processadas automaticamente. Essas informações podem afetar a percepção do piloto sobre a situação de voo, tornando o modelo mais complexo do que inicialmente descrito.
No bloco "software", a introdução de computadores de bordo e sistemas automatizados tem implicações profundas. O software em questão não se limita mais a procedimentos e símbolos, como descrito no modelo original. Ele agora inclui algoritmos de controle de voo, alertas automáticos e até mesmo sistemas de emergência baseados em inteligência artificial que podem interagir com o piloto de maneiras que antes não eram previstas. Essa mudança exige uma reavaliação do que significa "software" dentro do modelo SHELL. O piloto, em vez de interagir com símbolos e procedimentos de forma passiva, agora se encontra no centro de um sistema dinâmico de interação que envolve a automação do voo e o processamento de dados em tempo real.
O aspecto do "Liveware" também passou por modificações significativas. O modelo original fazia referência ao piloto como o principal elemento humano em interação com o sistema. No entanto, a introdução de novas funções automatizadas e a interação com sistemas cada vez mais complexos exigem uma nova compreensão da interação humana com as máquinas. O piloto não apenas recebe informações de sistemas de bordo, mas também interage com uma rede de informações processadas que podem ser alteradas e adaptadas em tempo real, criando novas demandas cognitivas e de tomada de decisão.
Por fim, o bloco "ambiente" também evoluiu. O ambiente, na concepção original do modelo, referia-se principalmente às condições externas de voo, como o clima e a topografia. Com a digitalização, o ambiente passou a incluir o contexto digital do voo, onde o piloto interage com sistemas de navegação assistida por GPS, comunicação via satélite e outros sistemas de gestão de tráfego aéreo. Isso modifica a forma como o piloto percebe o seu espaço operacional, o que exige novas estratégias de gerenciamento e mitigação de riscos.
O modelo SHELL, conforme foi desenvolvido originalmente, encontra-se desatualizado para lidar com as complexas interações entre humanos e sistemas na aviação moderna. Para que seja efetivo na era digital, é necessário que o modelo seja revisado, incorporando a interação entre pilotos e sistemas automatizados de controle, bem como a forma como os computadores de bordo influenciam as decisões dos pilotos em tempo real. O modelo também deve considerar o impacto dos novos sistemas de comunicação e navegação, que transformam a forma como os aviões são operados e monitorados.
Além disso, é fundamental reconhecer que a digitalização não apenas introduziu novas tecnologias, mas também alterou profundamente a forma como as decisões são tomadas e as interações ocorrem dentro da cabine de pilotagem. O piloto de hoje não opera mais de forma isolada; ele interage constantemente com um sistema complexo e interconectado, onde o software, o hardware e as interfaces digitais desempenham um papel cada vez mais importante. Isso implica uma adaptação no treinamento de pilotos, na análise de falhas humanas e na investigação de acidentes, tornando os métodos de análise de desempenho mais sofisticados e com foco na interação digital.
Como os Fatores Humanos Influenciam o Desempenho nas Cabines de Aviões Modernos?
Na aviação moderna, a interação entre o "hardware", o "software" e os "livewares" (os membros da tripulação) é um fator determinante para a segurança e eficácia das operações. O conceito de "fatores humanos" nunca foi tão relevante quanto agora, em tempos de cockpit digital, onde sistemas avançados e tecnologias de automação coexistem com as habilidades humanas para controlar a aeronave. O estudo de como os humanos interagem com essas tecnologias, ou mesmo como as falhas na comunicação e na percepção podem levar a acidentes, é um campo crítico para melhorar a segurança operacional.
Consideremos, por exemplo, a interação do capitão (CAPT) e o primeiro oficial (FO) durante uma falha no sistema, que ilustra como a dinâmica de comunicação entre os membros da tripulação e os sistemas automatizados pode resultar em falhas catastróficas. Em uma situação específica, o capitão percebeu as mudanças no comportamento do hardware, causado pelas ações do MCAS (Sistema de Aumento de Características de Manobrabilidade), mas essas mudanças foram contrabalançadas com o uso do "trim" para manter a aeronave nivelada. No entanto, o capitão não comunicou ao primeiro oficial (FO) sobre a intensidade de suas ações no "trim" para manter a aeronave estável. O FO, imerso na interpretação das falhas do software e verificando os indicadores do sistema, não percebeu a interação entre as ações do capitão e o hardware da aeronave. A falta dessa percepção levou à perda de controle da aeronave quando o FO assumiu os controles. Este é um exemplo clássico de como a falta de comunicação e de vigilância entre os membros da tripulação, aliada à complexidade dos sistemas automatizados, pode resultar em desastres.
A falha, neste caso, não foi apenas uma questão técnica, mas também humana. O sistema de MCAS, que deveria ter melhorado a estabilidade da aeronave, tornou-se um fator de risco devido à falta de uma interação clara entre os membros da tripulação e a incapacidade do FO de perceber e reagir às mudanças feitas pelo capitão no "trim". Este evento reforça a necessidade urgente de um melhor entendimento das interações entre o "hardware" e os "livewares", destacando a importância de uma comunicação eficaz e de um treinamento mais apurado para os pilotos em como lidar com sistemas automatizados complexos.
A introdução de modelos como o C-SHELL, aprimorado para lidar com os desafios contemporâneos da cabine de vidro (glass cockpit), surge como uma ferramenta essencial para analisar os fatores humanos na aviação moderna. O modelo C-SHELL (compreendendo "Software", "Hardware", "Environment", "Liveware", "Liveware", "Liveware") se baseia na ideia de que a interação entre as pessoas (tripulação), os sistemas e o ambiente é crucial para a eficácia das operações de voo. O aprimoramento desse modelo, com a integração de novas ferramentas de análise, permite identificar melhor os pontos críticos onde falhas humanas podem se manifestar, seja na interação com o software, no uso inadequado dos controles ou na falta de uma comunicação clara.
Além disso, a evolução do cockpit digital e da automação na aviação torna ainda mais importante o uso de ferramentas atualizadas de análise de fatores humanos. As aeronaves modernas dependem fortemente de sistemas computacionais avançados, que exigem dos pilotos não apenas habilidades técnicas, mas também uma profunda compreensão das interações entre humanos e máquinas. A maneira como um piloto responde a falhas ou imprevistos nos sistemas automatizados deve ser treinada e praticada com frequência. Os simuladores de voo, por exemplo, desempenham um papel fundamental no treinamento de pilotos para lidar com situações de emergência, onde falhas de comunicação ou interpretação podem ser fatais.
Portanto, à medida que os sistemas de aviação se tornam mais complexos, as ferramentas de análise de fatores humanos também precisam evoluir. As tecnologias computacionais não vão desaparecer, e a automação continuará a desempenhar um papel crucial na segurança e eficiência da aviação. Porém, a maneira como os pilotos interagem com esses sistemas precisa ser continuamente aprimorada, e o treinamento deve ser mais focado na interação entre o ser humano e o sistema. Um cockpit "inteligente" e totalmente automatizado, sem uma comunicação eficaz entre os membros da tripulação, é tão perigoso quanto um sistema obsoleto e sem qualquer automação.
A compreensão do modelo C-SHELL aprimorado permite que se tenha uma visão mais clara dos desafios enfrentados pelos pilotos no cockpit digital. Este entendimento profundo dos cenários operacionais proporcionados por esse modelo leva a melhorias significativas no CRM (Gestão de Recursos da Tripulação), treinamento de pilotos, programas de simulação de voo, design de sistemas aeronáuticos e análise de acidentes e incidentes aéreos. A segurança da aviação moderna depende tanto da eficiência dos sistemas como da competência da tripulação em interagir com eles, destacando a importância de ferramentas de análise de fatores humanos que acompanhem as inovações tecnológicas.
Portanto, à medida que a aviação avança para um futuro cada vez mais digital e automatizado, a análise de fatores humanos precisa ser vista como uma prioridade. Não basta apenas confiar em sistemas automatizados; é necessário treinar a tripulação para entender profundamente como esses sistemas funcionam e como interagir com eles de forma eficaz, minimizando os riscos de falhas humanas e aumentando a segurança operacional.
Como a Arquitetura de Redes Neurais Convolucionais Transforma a Aeronáutica: Aplicações e Desafios no Desenvolvimento de Aeronaves Adaptativas
A adaptação estrutural em aeronaves utilizando redes neurais convolucionais (CNN) exige uma abordagem multifacetada, onde cada etapa, desde a coleta de dados até a integração com sistemas de controle, desempenha um papel crucial na eficácia e segurança do sistema. Uma das primeiras tarefas consiste em converter os dados sensoriais adquiridos em um formato adequado para o treinamento da rede neural e sua subsequente inferência. A especificidade da arquitetura da CNN deve ser adaptada às particularidades dos dados coletados e aos objetivos mais amplos do sistema adaptativo. Normalmente, essa arquitetura envolve camadas convolucionais para extração de características, camadas de pooling para redução de dimensionalidade e camadas totalmente conectadas para a tomada de decisões.
A criação de um conjunto de dados robusto é uma fase crítica nesse processo. Ele deve incluir exemplos rotulados de diversas condições estruturais e as respostas adaptativas correspondentes. Durante o treinamento, por meio do processo iterativo de retropropagação e algoritmos de otimização, a CNN aprende a entender as complexas relações entre os dados de entrada e as adaptações estruturais desejadas. Quando o treinamento da rede é bem-sucedido, inicia-se o processo de integração com o sistema de controle da aeronave, momento crucial onde algoritmos são desenvolvidos para interpretar as saídas da CNN e gerar sinais de controle que governarão o comportamento das partes adaptativas.
Essas partes adaptativas, que podem incluir superfícies ou controles de forma, são equipadas com atuadores capazes de traduzir os sinais de controle em ajustes tangíveis em tempo real. A eficácia dessa integração depende da resposta e precisão desses atuadores, que devem ser suficientemente rápidos e precisos para manter a aeronave em condições de segurança e desempenho ótimos durante o voo. Uma vez que a integração é concluída, a aeronave adaptativa passa por rigorosos testes em ambientes controlados. Esse processo envolve a simulação de uma gama de cenários, que variam desde diferentes condições de voo até situações envolvendo cargas estruturais ou danos potenciais, com o objetivo de avaliar o desempenho e a confiabilidade do sistema adaptativo.
Durante essa fase de testes, ajustes são feitos e os algoritmos de CNN e controle são refinados para melhorar a eficiência, a resposta e a eficácia geral do sistema. Esse ciclo contínuo de otimização visa melhorar a adaptabilidade da aeronave com base no feedback gerado durante os testes, garantindo que a aeronave se comporte de maneira ideal em condições operacionais reais. Além disso, a otimização busca equilibrar eficiência e confiabilidade, sempre com o objetivo final de alcançar o melhor desempenho possível nas condições operacionais do mundo real.
A segurança e a certificação desempenham um papel vital no desenvolvimento de aeronaves adaptativas. O sistema adaptativo precisa aderir a regulamentos de segurança rigorosos e normas de certificação dentro da indústria aeroespacial. Isso exige uma análise detalhada do design, da funcionalidade e da confiabilidade do sistema, assegurando que ele atenda aos critérios necessários para uma operação segura. O processo de certificação é essencial para obter a aprovação regulatória para a implementação da aeronave adaptativa em cenários reais de aviação.
A colaboração interdisciplinar é um aspecto fundamental em todo o processo de desenvolvimento. Engenheiros aeronáuticos contribuem com sua expertise em design de aeronaves, análise estrutural e aerodinâmica, enquanto especialistas em sistemas de controle desenvolvem algoritmos para tomada de decisões em tempo real. Além disso, é essencial a colaboração com especialistas em aprendizado de máquina, que desempenham um papel crítico na concepção, treinamento e otimização da CNN, garantindo que ela interprete de forma eficaz os dados dos sensores.
A criação de uma aeronave adaptativa estruturalmente utilizando CNNs exige uma abordagem holística, que envolve a integração de sensores, atuadores e sistemas de controle sofisticados. A seleção cuidadosa dos parâmetros de monitoramento, como a medição de deformações em componentes da aeronave, distribuição de cargas, parâmetros aerodinâmicos e vibrações, é fundamental para garantir que o sistema seja capaz de responder dinamicamente a mudanças nas condições. A capacidade de responder a essas variações é essencial para otimizar o desempenho e garantir a estabilidade da aeronave.
Além disso, sensores de temperatura e análise térmica também são cruciais para monitorar o impacto do estresse térmico na estrutura da aeronave. O monitoramento de cargas e de fatores como a aceleração e as vibrações são parâmetros importantes, pois fornecem informações essenciais sobre o comportamento dinâmico da aeronave e possíveis problemas estruturais. A pressão atmosférica, especialmente a variação com a altitude, também influencia diretamente a dinâmica estrutural da aeronave e deve ser considerada no processo de adaptação.
Entender como essas características, medidas por sensores especializados, influenciam o comportamento da aeronave e permitem ajustes em tempo real é essencial. Cada sensor e atuador em um sistema de aeronave adaptativa desempenha um papel crucial em garantir que a aeronave não apenas sobreviva, mas também se otimize continuamente em resposta às condições variáveis do voo.
Como a Realidade Aumentada e Virtual Está Transformando a Indústria da Aviação
Como o Efeito de Camada Dupla Elétrica em Transistores de Estado Sólido Pode Revolucionar a Computação Neuromórfica?
O que é a representação de Schrödinger e por que ela é fundamental na teoria das álgebras de operadores?

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