No contexto da teoria das álgebras de operadores, particularmente em espaços de operadores não necessariamente limitados, a ideia de um conjunto completo de observáveis comutantes (CSCO) assume um papel fundamental na estruturação e análise dos sistemas quânticos. Para entender essa noção, é preciso considerar os conceitos de comutantes fracos e fortes, topologias envolvidas e as propriedades algébricas que definem esses conjuntos.

O comutante fraco de um conjunto de operadores é um espaço linear fechado em uma topologia fraca que contém o operador identidade e é *-simétrico, isto é, fechado sob a operação de adjunção. Este espaço pode ser gerado pela combinação linear de seus elementos positivos, embora, em geral, não forme uma álgebra. Em contraste, o comutante forte e o comutante fraco coincidem quando o conjunto de operadores considerados é auto-adjunto, ou seja, quando cada operador coincide com seu adjunto. Assim, a restrição à auto-adjunção assegura uma equivalência entre essas duas noções, facilitando o estudo das propriedades algébricas e topológicas desses conjuntos.

Um CSCO é definido como um conjunto finito de operadores hermitianos que satisfazem uma condição crucial de completude e comutatividade, assegurando que a álgebra polinomial gerada por esses operadores seja densa na álgebra de operadores observáveis considerada, na topologia apropriada. Essa completude implica que a interseção dos comutantes fracos destes operadores é exatamente a álgebra gerada por eles, o que garante uma representação suficiente para descrever completamente os estados do sistema.

Além disso, um CSCO está associado a um domínio denso de vetores analíticos que são estáveis e núcleos essenciais para cada operador do conjunto, o que é essencial para o tratamento matemático rigoroso desses objetos, especialmente em espaços de Hilbert. O operador soma desses observáveis é auto-adjunto e define o domínio de forma precisa, conferindo a estrutura necessária para manipulações funcionais e espectrais.

Exemplos clássicos ilustram a aplicabilidade do conceito: para um sistema quântico de uma única partícula, operadores como o número, a energia cinética, o quadrado do momento angular e uma de suas componentes formam CSCOs que refletem as quantidades físicas fundamentais do sistema. Em sistemas com múltiplos graus de liberdade, essa definição se estende naturalmente.

Também é relevante destacar que nem todos os conjuntos de operadores formam CSCOs. Por exemplo, o conjunto de coordenadas isoladamente não constitui um CSCO para a álgebra completa dos observáveis, embora possa formar um CSCO para uma subálgebra restrita, definida em domínios funcionais específicos, como o espaço de Sobolev. O conjunto dos momentos lineares pode incluir operadores pseudo-diferenciais e todas as potências reais do Laplaciano, o que amplia o escopo da análise funcional e geométrica desses sistemas.

No estudo das álgebras de operadores não-limitados, as propriedades dos ideais bilaterais fechados em uma topologia adequada desempenham papel essencial. Tais ideais podem ser classificados e analisados utilizando ordinais e cardinais que refletem a dimensão do espaço de Hilbert associado a projeções idempotentes auto-adjuntas. Essa abordagem estruturada é vital para compreender a decomposição das álgebras e o comportamento dos observáveis dentro desses espaços.

É importante compreender que a teoria subjacente aos CSCOs não se limita a uma abstração formal, mas possui implicações diretas para a interpretação e modelagem de sistemas quânticos, incluindo a descrição completa de estados e a definição precisa dos espectros de operadores físicos. A noção de densidade de vetores cíclicos e de núcleos essenciais garante que o espaço considerado seja suficientemente rico para representar todas as informações relevantes do sistema.

Além disso, a interação entre diferentes topologias — forte, fraca e a topologia gráfica — e as propriedades de fechamento das álgebras e seus ideais permitem uma análise sofisticada das estruturas operatórias envolvidas, incluindo a identificação dos elementos centrais da álgebra e a caracterização dos subespaços invariantes.

A compreensão profunda dessas construções é indispensável para avançar na análise matemática dos sistemas quânticos modernos, particularmente em cenários onde os operadores não são limitados e as condições de domínio são críticas para a definição e manipulação dos observáveis.

Como se constroem os autovetores generalizados para operadores hermitianos em espaços de Hilbert rigged?

Considere um espaço de Hilbert rigged, onde $ é um espaço nuclear de Fréchet, e um operador $ a \in (£) que é simétrico e possui índices de deficiência iguais. Sob essas condições, existem elementos Tk,xT_{k,x} que são autovetores generalizados de aa e definem os coeficientes de Fourier, conforme a fórmula

F(X)=Tk,x(u),u$,para quase todo λ,F(X) = T_{k,x}(u), \quad u \in \$, \quad \text{para quase todo } \lambda,

que corresponde à definição de autofunção generalizada. Os coeficientes de Fourier são dados por

uk,x=Tk,x(ϕ),ϕ$,u_{k,x} = T_{k,x}(\phi), \quad \phi \in \$,

para quase todo λ\lambda. Caso não queiramos decompor TλT_\lambda em componentes unidimensionais, a expressão

Tλ(u)=ux,T_\lambda(u) = u_x,

define mapas em Hxλ\mathcal{H}_{x}^{\lambda} para quase todo λ\lambda, constituindo autovetores generalizados vetoriais, conforme a concepção de Gelfand e Vilenkin. A condição

se Tλ(u)=0,u$u=0,\text{se } T_\lambda(u) = 0, \quad u \in \$ \Rightarrow u = 0,

significa que o conjunto dos autovetores generalizados é completo, ou seja, é capaz de representar totalmente o espaço.

O fundamento para essa construção está na possibilidade de escolher uma extensão auto-adjunta do operador aa, devido à igualdade dos índices de deficiência. A partir disso, o teorema fundamental de Maurin assegura que para qualquer subespaço EE estável sob AA, onde AA é tal extensão, o triplo (E,H,E)(E, \mathcal{H}, E^*) forma um espaço de Hilbert rigged. Assim, os autovetores generalizados existem e são completos. A completude se evidencia pela relação que implica a nulidade da norma quando o autovetor generalizado é zero, enquanto a transformação de Fourier é unitária.

O argumento que fundamenta essa construção também envolve a representação de EE como limite indutivo de uma família contável de espaços de Hilbert EnE_n, cujas inclusões são de classe Hilbert-Schmidt. Essa estrutura garante a continuidade dos mapas que associam cada elemento do espaço aos seus autovetores generalizados, assim como a aplicabilidade do teorema de Fubini para integração e a continuidade dos mapas TλT_\lambda.

A relevância desse resultado ultrapassa o caso particular, pois todo operador hermitiano admite uma família completa de autovetores generalizados, mesmo quando não é essencialmente auto-adjunto. A construção de tais famílias pode ser ampliada para todas as extensões auto-adjuntas do operador, garantindo decomposições espectrais e representações adequadas.

Além disso, qualquer família completa de autovetores generalizados determina uma "partição fraca da unidade", expressa por

kTk,x(u)Tk,x(v)dμ(λ)=(u,v),\sum_k \int T_{k,x}(u) T_{k,x}(v) \, d\mu(\lambda) = (u,v),

o que evidencia a relação íntima entre a decomposição espectral e a estrutura do espaço.

No contexto do formalismo de Dirac, os kets ψ|\psi\rangle são identificados com funções de onda, elementos do espaço de domínio de todos os observáveis, enquanto os bras ϕ\langle \phi| são elementos do espaço dual conjugado, garantindo uma correspondência antilinear. Essa correspondência, que se fundamenta na propriedade de autoduais dos espaços de Hilbert, não é perfeita para o conjunto completo de bras, pois alguns destes não correspondem a estados físicos, mas sim a estados generalizados que não podem ser realizados fisicamente com precisão absoluta.

Esses estados generalizados estabelecem pesos relativos a certos álgebra de observáveis, e seus valores médios relativos interpretam medidas relativas, conforme a teoria de Bogoliubov e colaboradores. O formalismo, quando interpretado com rigor, proporciona uma estrutura robusta para entender a relação entre estados físicos, estados generalizados e a medição em sistemas quânticos.

É importante compreender que a estrutura do espaço nuclear e o conceito de espaços rigged são essenciais para que essa formalização seja possível, pois permitem tratar operadores não essencialmente auto-adjuntos e suas extensões, bem como garantir a existência de bases generalizadas que contemplam todas as propriedades espectrais relevantes. Essa abordagem amplia a compreensão do espectro dos observáveis hermitianos, e conecta a rigor matemático com os conceitos intuitivos do formalismo de Dirac, mostrando que a existência e completude dos autovetores generalizados são fundamentais para a análise dos sistemas quânticos.

A noção de continuidade, integrabilidade e a aplicação de teoremas de análise funcional como o de Maurin e Fubini são cruciais para garantir que a decomposição espectral seja bem definida e operacionalmente utilizável, permitindo uma transição suave do formalismo matemático para interpretações físicas.

Como a dinâmica quântica se conecta com o operador Hamiltoniano e a evolução temporal

A dualidade entre os espaços JJ e BB é formalizada como um produto interno, porém representado por uma linha sólida. Tal formalismo é consistente com a injeção do espaço WW em seu dual WW'. Neste contexto, os auto-vetores generalizados assumem papel fundamental, e para evitar índices duplos, define-se WW de modo que se estabeleça a ortogonalidade delta de Kronecker entre as funções. Essa relação é a raiz do fato de que funções exponenciais, apesar de amplamente utilizadas, não representam estados no sentido estrito.

Físicos, contudo, empregam essas funções sob o nome de ondas planas, sobretudo em teoria clássica de ondas, como na óptica, onde representam estados com comprimentos de onda definidos propagando-se ao longo de trajetórias retilíneas. Mesmo aí, tais estados são idealizações. Na teoria quântica, uma onda plana generalizada corresponde à ausência total de informação sobre a posição, ou qualquer função dela dependente. Essa falta de informação torna essas funções um modelo abstrato que, apesar da utilidade prática, exige cuidado rigoroso na interpretação.

As ideias de Dirac, que formalizaram esse conceito, podem ser justificadas rigorosamente a partir da teoria aqui descrita, ainda que seu uso exija extrema cautela. Embora muitos físicos sintam-se à vontade com a notação de Dirac, ela é desnecessária em uma formulação matemática estrita. Há diversas abordagens da teoria por meio da "rigged triple" (tríade armada), como as obras de Maurin, Gel'fand e Vilenkin, entre outros.

Ao avançarmos para a dinâmica, até então tratada sob o aspecto cinemático, introduz-se o conceito de evolução temporal dos estados. Na formulação algébrica da teoria quântica, os estados descrevem o sistema instantaneamente. A medição de um observável aAa \in A em um estado TT corresponde ao valor esperado T(a)T(a). Suponha-se que, após um intervalo temporal tt, o sistema evolua sob a influência das forças presentes. O estado TT evolui para TtT_t, e o valor esperado do observável passa a ser Tt(a)T_t(a).

No caso de um estado puro determinado por um vetor vWv \in W, a formulação de Schrödinger implica que o vetor evolui segundo vt=Utvv_t = U_t v, onde UtU_t é um grupo unitário fortemente contínuo, denominado grupo unitário dinâmico. Pelo teorema de Stone-Naimark-Ambrose-Godement (SNAG), esse grupo é gerado por um operador auto-adjunto HH, tal que Ut=exp(itH)U_t = \exp(-i t H). Esse operador é conhecido como o Hamiltoniano do sistema, formalizando uma analogia quântica da dinâmica Hamiltoniana clássica. Adota-se, para simplificação, unidades naturais em que =1\hbar = 1.

Para a maior parte das discussões, assume-se WW como o espaço de Schwartz S(R3N)\mathcal{S}(\mathbb{R}^{3N}). É costume iniciar a construção do Hamiltoniano somando os operadores de energia cinética e potencial, que atuam sobre L2(R3N)L^2(\mathbb{R}^{3N}). O operador de energia cinética K0K_0 é definido sobre S(R3N)\mathcal{S}(\mathbb{R}^{3N}) pela ação diferencial segunda com coeficiente relacionado à massa dos corpos, e é auto-adjunto quando fechado adequadamente, conforme garantido por resultados clássicos em análise funcional.

A energia potencial VV, assumida derivável a partir de uma função potencial, atua por multiplicação, e sua extensão natural atua sobre funções de domínio amplo em L2(R3N)L^2(\mathbb{R}^{3N}). A soma H0=K+VH_0 = K + V deve ser tratada sob o aspecto de autoadjuntidade essencial para garantir a existência do grupo unitário dinâmico que modela a evolução temporal do sistema.

O teorema de Kato-Rellich oferece o suporte fundamental para essa construção, estabelecendo condições sob as quais a soma do operador cinético com o potencial gera um operador auto-adjunto essencial, permitindo assim definir a dinâmica quântica do sistema com rigor matemático.

É fundamental compreender que, na mecânica quântica, o conceito de estado e sua evolução estão profundamente ligados a estruturas funcionais sofisticadas, como espaços de Hilbert e operadores auto-adjuntos. O tratamento formal evita ambiguidades interpretativas, principalmente quando se lida com objetos generalizados como as ondas planas. Além disso, a evolução unitarizada dos estados reflete a conservação de probabilidades e a reversibilidade intrínseca do sistema isolado.

Mais do que a definição formal do Hamiltoniano, é imprescindível entender que a dinâmica quântica não é apenas uma evolução temporal arbitrária, mas está fortemente condicionada pela estrutura algébrica e topológica do espaço de estados e dos observáveis. A rigidez matemática assegura que os conceitos físicos clássicos, como energia e movimento, sejam transportados para o quadro quântico com coerência e precisão, evitando interpretações simplistas ou errôneas.

Para uma compreensão mais profunda, é recomendável explorar a relação entre as propriedades espectrais do Hamiltoniano e os comportamentos observáveis do sistema, assim como as implicações do teorema espectral para a decomposição dos estados. Além disso, a ligação entre a noção de grupo unitário dinâmico e simetrias do sistema fornece uma via poderosa para analisar invariâncias e conservações quânticas.

Como a Adição Cr-Aditiva e as Erros de Medição Influenciam o Comportamento das Medidas em Instrumentos de Medição Quântica

Consideremos uma família (Ai)(A_i), onde aAa \in A e SS é um estado. Então, a relação [S,ZB,T(A)a]=T(a)[S,B(A)W][S, ZB, T(A)a] = T(a) [S, B(A)|W] mostra que é suficiente demonstrar que [S,B(A)w][S, B(A)|w] é cr-aditiva; a extensão dos estados para funcionais gerais é imediata, dado que A1A_1 é gerador. Como SS é um estado, ele possui uma decomposição em estados puros, ou seja, 5(a)=52Arf(e:>aefc)5'(a) = 52A_{rf}(e^* : > aefc). Agora, como BB é fortemente cr-aditiva, para cada fcfc, temos que A(efc,B(A)ejfc)A^{(efc, B(A)ejfc)} é cr-aditiva. Definimos vv como a medida de contagem sobre N\mathbb{N}. A função fn(k)f_n(k) é dada por ektB(,lmedidaAektB(\bigcup, l-\text{medida} A cuja resultante é aa, e uma questão BB, definida por TT, tal que BAB \leq A.

O erro forte na medição de aa com II é uma função ha,b:Bor(K)×HRh_{a,b} : \text{Bor}(K) \times H \to \mathbb{R}, dada por MAB(A,u)=[(A)P(A)]vMAB(A,u) = ||[(A) - P(A)]v||, para ABor(R)A \in \text{Bor}(\mathbb{R}) e vHv \in H. Claramente, 0<ha,b(A,v)<v0 < h_{a,b}(A, v) < ||v||. Sob as mesmas circunstâncias, o erro fraco na medição de aa é a função φa,b\varphi_{a,b}, Bor(R)×S[0,1]\text{Bor}(\mathbb{R}) \times S \to [0,1], dada por aA,B(A,T)=T[A(A)B(A)]aA,B(A, T) = |T[A(A) - B(A)]| para todo TST \in S e ABor(R)A \in \text{Bor}(\mathbb{R}). Interpretamos &A_tB (A,T) como uma medida do erro incorrido ao medir aa no estado TT com o instrumento TT quando uma resposta positiva é obtida para a região AA.

Esses limites de erro não são sensíveis à falta de repetibilidade. Se II é um instrumento, ele define uma questão e, portanto, um observável. Se o instrumento é utilizado para medir o observável que define, as funções acima desaparecem de forma idêntica. No entanto, o instrumento não possui geralmente a propriedade de repetibilidade estrita. Diversas medidas disso podem ser desenvolvidas, tarefa que deixamos para o leitor interessado.

Quanto à continuidade e regularidade, existem várias consequências técnicas decorrentes da definição de instrumentos. A prova é algo técnica e pode ser consultada em Dubin e Sotelo [1] para maiores detalhes.

Proposição 7.3 (a) Um instrumento preserva a positividade e é cr-aditivo como uma aplicação I:Bor(R)X[m]I : \text{Bor}(\mathbb{R}) \to X'[m'], onde o subíndice ss indica que o espaço de aplicações contínuas é dotado da topologia de convergência simples. (b) Um instrumento TT é regularmente interno: para todos os conjuntos de Borel AA, T(A)=slimKTAT(A)T(A) = s - \lim K T A T(A), onde a convergência ocorre em £_(A7[//])s£_ |\_(A7 [//])^s, e o limite é em relação aos subconjuntos compactos filtrantes crescentes de AA. (c) Todo instrumento é limitado para a topologia de convergência simples em £(4W)£ (4'W).

A prova de (a) segue de que Z(A)£(>)Z(A) \in £(>) e p!p! é uma topologia polar, logo T(A)T(A) é um elemento de LetLet. Se TT é um funcional positivo e aAa \in A é um observável positivo, então Z(A)aZ(A) a é um observável positivo, de modo que (Z(A)T,a)=(T,Z(A)a)>0(Z(A)T,a) = (T, Z(A)a) > 0, do que segue que I(A)TI(A) T é positivo. Considerando que A1A2A_1 \subset A_2 são conjuntos de Borel reais, temos que (Z(A2)T,a)=(T,Z(A1)a)+(T,Z(A2A1)a)(T,Z(A1)a)(Z(A_2) T, a) = (T, Z(A_1) a) + (T, Z(A_2 - A_1) a) \geq (T, Z(A_1)a), provando que AZ(A)TA \to Z(A)T é cr-aditivo para todos os TA1T \in A_1. Como A1A_1 é gerador, a mesma conclusão é válida para todos os TA1T \in A_1.

Lembramos que qualquer medida de Borel positiva que seja finita sobre subconjuntos compactos de um espaço Hausdorff localmente compacto em que todo conjunto aberto é σ\sigma-compacto é regular (Rudin [1], 2.18). Isso é válido, por exemplo, para R\mathbb{R}. Seja TT um funcional positivo e aAsa \in A_s um observável positivo. Assim, m:Bor(R)Rm : \text{Bor}(\mathbb{R}) \to \mathbb{R}; m(A)=[T(A)T,a]m(A) = [T(A)T, a] é uma medida positiva sobre R\mathbb{R}. Como mm é limitada, temos 0<m(A)<m(R)<0 < m(A) < m(\mathbb{R}) < \infty, e portanto mm é regular, ou seja, é regularmente interna.

Agora, R\mathbb{R} é σ\sigma-compacto, e a regularidade interna pode ser expressa como m(A)=limnm(Kn)m(A) = \lim_{n \to \infty} m(K_n), onde (Kn)(K_n) é uma sequência crescente de subconjuntos compactos de AA, com KnAK_n \subset A. Usando a cr-aditividade para instrumentos provada na parte (a), temos 0[Z(AsT,a)][Z(A)T,a]0 \leq [Z(A_s T, a)] \leq [Z(A) T, a]. Como a sequência é monotonicamente completa, [I(A)T,a]=limn[T(Kn)T,a][I(A) T, a] = \lim_{n \to \infty} [T(K_n) T, a], mostrando que a expressão (7.20) está comprovada e que (b) foi demonstrada.

Em (c), para qualquer TAsT \in A_s', temos que 00 \leq \dots.